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Fotografias Semanais que contam a
 história de Campos do Jordão.

de 10/02 a 16/02/2012

 

 

Históricas - Criação da Comarca - Campos do Jordão


Grupo de Jordanenses que correu de Campos do Jordão a São Paulo, provavelmente, em final do ano de 1944 ou início de 1945. A finalidade dessa façanha, entregar em São Paulo, ao Interventor Federal Fernando Costa (1941 a 1945), petição para que fosse criada a Comarca desligando definitivamente o Município de Campos do Jordão da Comarca de São Bento do Sapucaí à qual dependia juridicamente.

Interventor federal era a denominação do governador nomeado pelo Presidente da República. No caso de São Paulo, o Interventor Federal Fernando Costa (1941 a 1945) fora nomeado pelo Presidente da República Getúlio Dorneles Vargas (1930 a 1945).

Em 16/junho/1934 foi constituído o Município de Campos do Jordão.

A Criação de Comarca de Campos do Jordão ocorreu em 30/novembro/1944. A partir dessa data, Campos do Jordão desligou-se da Comarca de São Bento do Sapucaí.

A Comarca de Campos do Jordão foi instalada em 13 de junho de 1945, no edifício da Prefeitura Sanitária, em Vila Abernéssia, em solenidade presidida pelo Dr. Nelson Filizola Barbosa, o seu primeiro Magistrado.

Em sessão solene, à qual compareceram autoridades e pessoas gradas, além de significativa presença de pessoas, foi declarada efetiviamente em vigor para todos os efeitos, a partir daquela data, a Comarca de Campos do Jordão, de acordo com o decreto estadual nº 14.334, de 30 de novembro de 1944, assinado pelo Interventor Federal Fernando Costa (1941 a 1945), na conformidade das normas estabelecidas na Lei Orgânica nº 311, de 02 de março de 1938.

COMARCA - No Brasil, é termo jurídico que designa uma divisão territorial específica, que indica os limites territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de primeira instância. Assim, pode haver comarcas que coincidam com os limites de um município, ou que os ultrapasse, englobando vários pequenos municípios. Nesse segundo caso, teremos um deles que será a sede da comarca, enquanto que os outros serão distritos deste, somente para fins de organização judiciária. Comarca seria o lugar onde o juiz de primeiro grau tem competência, o lugar onde exerce sua jurisdição.

Na foto, da esquerda para a direita: Biscoito, Waldemar de Andrade o Mamá, o grande esportista do atletismo jordanense Emídio José dos Santos, Leonildo Medeiros, José de Oliveira, o conhecido José Bernardino e João Francisco Guedes, conhecidíssimo pintor no período de 1945 a 1980, proprietário do Bar da Estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão, durante 40 anos. João Guedes como era conhecido, foi pai do Adão, do Bar da Estação, do José, funcionário do Escritório M.P. Contabilidade (Moacyr Padovan), da Dalva, do João, professor de educação física e atleta, da Diva e da Aparecida, radicadas em Taubaté. Os três garotos sentados, infelizmente, não foram identificados.

OBS: Foto gentilmente cedida pelo amigo José Guedes.

 

 

 

Personalidades - Encontro de amigos - década 1940


Na foto, tirada sobre os trilhos da Estrada de Ferro Campos do Jordão, quase em frente ao histórico e famoso Cinema Jandyra que aparece em parte do lado esquerdo da foto, mesmo local onde, atualmente, está sediada a Papelaria Aquarela e outros estabelecimentos comerciais, posando para fotografia histórica, antigos moradores de Campos do Jordão que se destacaram em várias atividades. Da esquerda para a direita:

- Fernando Guarinon Zen - Conhecido comerciante estabelecido em Campos do Jordão, por mais de quatro décadas, na Av. Dr. Januário Miráglia, 1361, atualmente Av. Frei Orestes Girardi, em frente a Estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão, com a tradicional, maravilhosa e inesquecível “Relojoaria Guarinon”. Essa relojoaria era um estabelecimento comercial muito bonito, com balcões envidraçados e amplas vitrines, também, envidraçadas, onde os finos produtos eram exibidos para o público. Em seu amplo estoque de mercadorias eram encontrados: óculos de diversos tipos e procedências, relógios de pulso, de bolso, de parede; canetas de diversas e famosas marcas, como Parker, Scheaffer; louças, porcelanas, talheres e baixelas de aço inox e prata; copos e jarras de vidro e cristal, de diversas procedências. Enfim, os mais finos artigos para gostos esmerados e para bem presentear.

Seu Guarinon como era mais conhecido, era um exímio e experiente artesão da prataria e ourivesaria. Com grande facilidade e habilidade, fazia alianças de diversos tipos, anéis, braceletes, broches, colares, chaveiros e uma infinidade de artigos, com incrustações de pedras preciosas, pérolas e outros metais, sempre ao gosto e critério dos interessados ou por ele idealizados com muito gosto, para atender aos mais refinados interesses de seus clientes.

Nesse estabelecimento, também, existia uma oficina muito bem aparelhada, com relojoeiros experientes e aptos para efetuar consertos de relógios de diversos tipos, jóias etc..

- Caio Jardim, escritor que viveu por longo tempo, em terras jordanenses, autor de “Ilha Submersa”, que, depois de curado, integrou-se totalmente nas lides da estância serrana, participando, ativamente de todos os empreendimentos que, a partir da década dos anos 30, foram despontando no Alto da Serra, destacando-se, sobretudo, na direção da Revista “Sanatorinhos”, publicação da Associação dos Sanatórios Populares de Campos do Jordão que, por longos anos, prestou importantes serviços de divulgação de Campos do Jordão.

A par dessa atividade intelectual, em muito colaborou com Sanatorinhos, que ajudou a fundar.

Intelectual de grande sensibilidade, homem bom e culto, traduzia livros para as editoras José Olympio e Universitária, tendo falecido em 24 de abril de 1945. Inimigo da ditadura, sempre postulou pelos princípios democráticos, e porque, excelente tradutor de inglês, francês, alemão e italiano, era disputado pelas editoras nacionais, que admiravam o seu conhecimento e estilo.

Sempre recusou convites, freqüentes, que o obrigassem a abandonar Campos do Jordão. A morte o surpreendeu em plena elaboração de um livro sobre palpitante tema psico-social. O SENAC deu a uma das classes que instalou em 1949, o seu nome, e na década de 60, o autor deste trabalho (Pedro Paulo Filho), quando vereador, criou por lei municipal o “Fórum de Debates Caio Jardim”, como pálida homenagem à sua memória. No coração de Vila Abernéssia, o Poder Público fixou uma placa em uma de suas vias públicas: Travessa Caio Jardim.

Foi uma figura cândida, porém, enérgica, que ajudou os humildes e doentes.

OBS: Do livro História de Campos do Jordão, da autoria doe Pedro Paulo Filho, Editora Santuário - 1986 - página 434.

- Américo Richieri, farmacêutico formado pela “Escola de Pharmácia e Odontologia de Pindamonhangaba” que foi, durante várias décadas, o proprietário e responsável pela Farmácia Santa Izabel de Campos do Jordão, instalada na década de 1930, na Avenida de Ligação, posteriormente Av. Dr. Januário Miráglia, atualmente Av. Frei Orestes Girardi, em frente à Estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão. Permaneceu com a Farmácia até a década de 1970. Era uma farmácia tradicional ao estilo antigo, linda e maravilhosa, com seus enormes armários de madeira escurecida, dotados de portas emolduradas, também com madeira, com vidros transparentes, mostrando em seu interior, dispostos em prateleiras especiais, os diversos medicamentos expostos e colocados à disposição dos clientes. Seu balcão com estrutura da mesma madeira, mantinha em toda sua frente e em seu tampo, vidros que possibilitavam a exposição dos produtos ali colocados para venda.

A Farmácia Santa Izabel existe até hoje, já passando por diversos proprietários depois do Sr. Américo Richieri. Também, infelizmente, foi totalmente modificada. Foram retirados todos aqueles lindos armários de madeira e balcão envidraçados, transformando-a numa Farmácia comum dos dias atuais, sem qualquer característica que possa torná-la diferençada das demais, mantendo para o futuro, uma lembrança inesquecível de uma determinada época.

Nessa Farmácia passaram profissionais inesquecíveis que, por força de expressão, eram todos chamados de farmacêuticos. Por ela passaram dentre outros, farmacêuticos inesquecíveis como o Seo Zezinho (José Soares de Oliveira), Castorino Ribeiro de Almeida que depois foi um dos primeiros proprietários da tradicional Farmácia Santo Antonio, Seo Antonio, José João da Silva, atualmente proprietário da Farmácia Santo Antonio juntamente com seu irmão Joaquim João da Silva.

- Dr. Nelson Barbosa - Um dos primeiros e famosos dentistas a clinicar, por vários anos, em Campos do Jordão, nas décadas de 1930 e 1940, com consultório localizado em Vila Jaguaribe, proximidades da Igreja de Nossa Senhora da Saúde.

- Sebastião Gomes Leitão - Chegou em Campos do Jordão em 1921. No ano seguinte, em 1922, ingressou como funcionário da Estrada de Ferro Campos do Jordão na função de telefonista, considerando que a ferrovia, também, era a empresa que mantinha os serviços de telefonia de Campos do Jordão. Posteriormente foi promovido a agente da estação. Contou em um depoimento que, no ano de 1932, ficou quase um mês sem dormir normalmente, devido às tropas revolucionárias que chegavam e regressavam, ininterruptamente, através dos bondes da ferrovia.

Sebastião Leitão participou ativamente de várias entidades de Campos do Jordão, especialmente, junto aos Sanatórios, entre eles o Bandeira Paulista Contra a Tuberculose onde foi administrador por longos anos e Sanatorinhos Ação Comunitária de Saúde, onde foi fundador. Em 26 de abril de 1980, a diretoria do “Sanatorinhos” o agraciou com a “Medalha Cruz de Ouro”, destinada aos que, com abnegação e sacrifício, trabalharam pela Instituição.

 

 

 

Politica - Visita de Ulisses Guimarães


Reunião histórica do início da década de 1950, quando da visita do Deputado Federal (1951 a 1995) Dr. Ulysses Silveira Guimarães (Itirapina, 6 de outubro de 1916 — Angra dos Reis, 12 de outubro de 1992), político e advogado brasileiro que teve grande papel na oposição à ditadura militar e na luta pela redemocratização do Brasil. Morreu em um acidente aéreo de helicóptero no litoral ao largo de Angra dos Reis, sul do estado do Rio de Janeiro).

Na foto, da esquerda para a direita: Sr. Simão Cerineu Saraiva, Chefe da Agência dos Correios e Telégrafos de Campos do Jordeão, Sr. Marílio Teixeira dos Santos, o conhecido Seu Santos da tradicional Alfaiataria Santos, Sr. Nestor de Oliveira Pinto da Silva, proprietário da famosa Farmácia São Paulo, Dr. Waldir Alves de Mello, ex-vereador e advogado; vereador Miguel Lopes de Pina (1952 a 1955), não identificado, Dr. Ulisses Guimarães, não identificado, o médico e Prefeito Municipal Dr. Antonio Nicola Padula (04/12/1953 a 20/11/1956), Sr. Emílio Luiz de Brito e o comerciante Sr. Fernando Guarinon Zen.

 

 

 

Pessoas - Encontro - década 1960


Um encontro de amigos e familiares, na década de 1960.

Na foto, da esquerda para a direita: Juvenal Rocha Pinheiro, o conhecido Daval, seu irmão Jewel Rocha Pinheiro, sua cunhada, Vanda Kara José Pinheiro e o marido Jair Rocha Pinheiro, Sr, Floriano Rodrigues Pinheiro e, com quase toda certeza, o Sr. Rubens Endel Sirin e Mário Crisol Donha, de costas.

 

 

 

Pessoas - Caminhada...


Foto da década de 1960. Caminhando num belo jardim de Campos do Jordão, Paulo Roberto de Almeida Murayama o conhecido Shizutinho, filho do saudoso casal, professora Cecília de Almeida Leite Murayama e do agrônomo Dr. Shizuto José Murayama, com quase toda certeza, acompanhado da linda professora Anastácia Leão Brasileiro, professora da cadeira de Educação Física feminina do Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão - C.E.E.N.E..

 

 

 

Festividades - Abernéssia F. Clube - década 1970


Na sede social do Abernéssia Futebol Clube - A.F.C., na década de 1970, em um dos famosos bailes que animavam a sociedade jordanense, inclusive, muitos turistas que visitavam Campos do Jordão, reunidos para uma foto histórica as seguintes pessoas:

Na frente, à esquerda: Maria de Nazareth Pereira Martins, esposa do José Marcos Martins, o Marcão.

Sentados, da esquerda para a direita: Martinha, Francisco de Souza Miranda, o conhecido seu Miranda, Agripino Lopes de Moraes, José Ferreira Areal, na época, presidente do Clube, a esposa Sra. Guiomar.

Em pé, na mesma ordem: Paulo Celso Lopes de Morais, Ana Maria Paulo Ramos, a Sra.Olga, esposa do Sr. Agripino, Guiomar Helena Areal, Edith Schlote e não identificada.

 

 

 

Energia Elétrica - Antiga Usina C.Jordão


Na foto, do final da década de 1980, em primeiro plano, o prédio da antiga Usina Hidrelétrica “Evangelina Jordão”, ainda coberto de telhas de zinco e ao fundo, o prédio onde estava instalada a antiga subestação e painéis de controle. Os dois, em precárias condições de conservação e praticamente, inutilizados.

Esses prédios, no passado, foram utilizados pela antiga Casa das Máquinas geradoras da Usina Hidrelétrica “Evangelina Jordão” de Campos do Jordão. Essa Usina, inicialmente pertenceu à Companhia de Eletricidade de Campos do Jordão, idealizada e iniciada no ano de 1918 pelo Dr. Robert John Reid e Alfredo Jordão Junior, passando posteriormente, a partir da década de 1940, para a responsabilidade da antiga CSME - Companhia Sul Mineira de Eletricidade, responsável pela distribuição da energia elétrica para toda cidade, até o ano de 1966.

 

 

 

Energia Elétrica - Antiga Usina - C. Jordão


Nesta foto, um dos prédios mostrados anteriormente na foto anterior, no passado, estava instalada a antiga subestação e painéis de controle da Usina Hidrelétrica “Evangelina Jordão”.

Esse maravilhoso acervo e os demais, passaram para a responsabilidade da Companhia Energética de São Paulo - CESP, que sempre procurou valorizar e restaurar esse patrimônio histórico, sempre, com muito carinho e dedicação. Atualmente essa propriedade pertence à atual Concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica em Campos do Jordão, a Elektro.

Na oportunidade da foto do ano de 1993, o prédio totalmente reformado pela Companhia Energética de São Paulo - CESP, foi re-inaugurado com a presença do Diretor de Distribuição da CESP, engenheiro Cláudio Guedes. Nesse prédio, foi inaugurado o Centro de Operações da Distribuição de Campos do Jordão - COD, instalado no prédio principal da antiga Subestação de Vila Abernéssia.

O prédio da antiga Usina Hidrelétrica “Evangelina Jordão” que, na foto anterior aparecia com sua cobertura original de telhas de zinco, também, foi totalmente reformado e recuperado, nele foi instalado moderno almoxarifado para materiais e equipamentos especiais, utilizaos nas redes de enrgia elétrica. Saudades de uma época que, infelizmente, acabou e que não voltará jamais.

Atualmente esses prédios continuam sendo utilizados para outras finalidades, pela atual concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica em Campos do Jordão, a Elektro.

 

 

 

Energia Elétrica - Antiga Usina - reforma


Esta é a parte interna do prédio da antiga Usina Hidrelétrica “Evangelina Jordão” que, em foto anterior, aparecia com sua cobertura original de telhas de zinco, bastante comprometida. Este prédio, também foi totalmente reformado e recuperado. Nele foi instalado moderno almoxarifado para materiais e equipamentos especiais, utilizados nas redes de energia elétrica.

Saudades de uma época que, infelizmente, acabou e que não voltará jamais.

Atualmente esses prédios continuam sendo utilizados para outras finalidades, pela atual concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica em Campos do Jordão, a Elektro.

Na foto, da esquerda para a direita: Antonio Ademir Venâncio, prefeito municipal da cidade irmã São Bento do Sapucaí, engenheiro Wilson Pinto, Diretor Técnico de Distribuição da CESP, o engenheiro eletricista do Distrito de Campos do Jordão, Luiz Carlos Mendes, o querido amigo “carcule”, engenheiro eletricista Paulo Ernesto Strazzi, gerente da sede Regional da CESP de Atibaia-SP., engenheiro eletricista Wilson de Carvalho Dias, Gerente do Distrito de Ubatuba-SP., Diretor de Distribuição da CESP, engenheiro eletricista Cláudio Guedes, engenheiro eletricista José Francisco Alves Pinto, Gerente do Distrito de Campos do Jordão-SP. e bacharel Edmundo Ferreira da Rocha, Chefe da Seção Comercial do Distrito de Campos do Jordão.

 

 

 

Históricas - Chácara Fracalanza


Nesta foto da década de 1930, uma boa visão da grandiosidade da famosa propriedade denominada “Chácara Fracalanza”, com a magnífica e bela casa principal, de propriedade do Sr. Julio Fracalanza, na época.

A linda casa principal, acredito, em estilo português, na época, pertencia ao saudoso Sr. Julio Fracalanza, um pioneiro de Campos do Jordão, desde os anos da década de 1910. Essa casa está situada no local atualmente denominado Vila Fracalanza, em homenagem à família pioneira. Embora bastante prejudicada pelo passar do tempo, continua muito bonita, guardando o imponente estilo que a tornou diferençada em relação às demais existentes na região. Atualmente, parte dessa propriedade, inclusive a casa, pertencente aos familiares.

Praticamente, toda área que aparece na foto, e muito mais, pertencia ao mesmo proprietário e fazia parte dessa Chácara.

JULIO FRACALANZA foi importante e famoso industrial paulista, filho de Angelo Fracalanza que, em 1884, iniciou as atividades da Metalúrgica Fracalanza, especializada na produção de artigos de utilidade doméstica, entre eles, talheres, baixelas, bandejas, panelas, etc., especialmente em aço inoxidável e prata. A indústria foi transformada em S/A no ano de 1922, e Julio Fracalanza assumiu sua direção em 01 de maio de 1923.

Julio Fracalanza, no início da década de 1920, iniciou aqui em Campos do Jordão o cultivo de frutas europeias, que se adaptavam muito bem ao clima e ao nosso solo, em sua famosa propriedade situada na entrada da então Vila Nova, atual Vila Abernéssia, nas proximidades da Chácara Dom Bosco, dos padres salesianos, bem na frente do nosso saudoso Sanatório Sírio. Nessa propriedade, denominada “Chácara Fracalanza”, formou um grande pomar, chegando a ter, aproximadamente, vinte mil árvores variadas, entre elas, macieiras, pessegueiros, pereiras e ameixeiras.

Em sua chácara, que se notabilizou pela sua plantação pioneira de frutas tipicamente europeias, produziu, durante várias décadas, frutas de excelente qualidade e em grande quantidade, especialmente diversos tipos de maçãs, entre elas: Deliciosa vermelha, Calvile Blanche, Renette Canadá e Belle Fleur Jaime. Julio Fracalanza valorizou e notabilizou a cidade de Campos do Jordão, tendo sido o pioneiro, não só em Campos do Jordão, mas também no estado de São Paulo e no Brasil. Com essa plantação e cultivo das maçãs, a atividade tomou grande impulso em Campos do Jordão, incentivando diversos outros produtores, entre eles o Sr. Paulo Bockmann que, na realidade, acabou se transformando no maior produtor de toda região, sendo até cognominado o “Rei das Maçãs”.

Durante boa parte das décadas de 1950 e 1960, Campos do Jordão, graças ao início da cultura da maçã pelo Sr. Julio Fracalanza, foi palco de seis “Festas Nacionais da Maçã”, iniciadas por meio do dedicado trabalho desenvolvido pelo saudoso e competente engenheiro agrônomo da nossa Casa da Agricultura, Dr. Shizuto José Murayama.

Edmundo Ferreira da Rocha 16 de janeiro de 2012.

 

 

 

Históricas - Cine Glória - início construção


Foto provavelmente do mês de setembro do ano de 1942, mostrando o início das obras as obras da construção do “Campos do Jordão Cine Ltda.”, o novo cinema de Campos do Jordão, posteriormente, inaugurado como o nome de “Cine Glória”.

Ao fundo, à esquerda, o prédio sobrado que pertencia ao Pensionato Maria Auxiliadora, demolido posteriormente, ficando somente a parte térrea onde, até a década de 1970, funcionou o Pensionato de mesmo nome, nos últimos quinze anos, sob a direção da Sra. lídia Mukai, depois, Feurukau. Mais ao centro, o prédio onde esteve instalado por vários anos, o “Hotel Vista Alegre” e, posteriormente, a residência da família Domingues Pereira, formada pelo casal Sr. Julio Domingues Pereira e Dona Alvina. Atualmente esse prédio pertence ao Sr. Silvio Rios, o conhecido Bolinha da antiga INCOS e do Banco do Estado de São Paulo - BANESPA.

OBS: Foto gentilmente cedida pela Família Richieri.

Um pouco da história do Cine Glória

Em 8 de março de 1942, reuniu-se a sociedade para deliberar sobre a compra de um terreno a fim de edificar um novo cinema. Uma comissão constituída por Lourival Francisco dos Santos, Aristides de Souza Mello, Luiz de Mello Matos, Paschoal Olivetti e Pedro João Abitante, foi nomeada para a escolha e avaliação de um terreno.

Bady Salim propôs à Sociedade a venda do prédio do Cinema Jandyra, do qual era proprietário, juntamente com madame Desiré Pasquier.

Opôs-se à idéia Nelson Gonçalves Barbosa, e a sociedade acabou optando pela compra de um terreno de 2.470m2, ao lado da Prefeitura.

Em abril de 1942, subscreviam quotas da sociedade Lourival Francisco dos Santos, Joaquim Pinto Seabra, Pedro Paulo, Horácio Padovan, José Carvalho Jr., Luiz de Mello Mattos, Rubens R. Pinheiro, Antonio Jorge Marques, Délio Rangel Pestana e Olavo Martins Parreira.

Outra comissão fora nomeada para a elaboração do projeto de construção do novo cinema: Alexandre Mac Kerrow, Luiz Villares, Luiz de Mello Mattos, Américo Richieri e Floriano Pinheiro, tendo o prefeito Lourival Francisco dos Santos se comprometido a abrir uma estrada em frente ao terreno.

Em 28 de agosto de 1942, era autorizado o início das obras, que, graciosamente, foram administradas pela Sociedade Construtora de Campos do Jordão, empresa de construção civil, montada em 25 de março de 1942, e constituída por Alexandre Mac Kerrow, Floriano Pinheiro, Alfredo Barros do Amaral, Alberto Veiga Filho e Luiz José de Carvalho e Melo Mattos. Em 1943, Campos do Jordão Cine Ltda. era transformada em sociedade anônima com base em um estudo encomendado ao Dr. Luiz Nazareno de Assumpção.

A empresa, para a construção do prédio do novo cinema, valeu-se de empréstimos do Banco de Itajubá e do Dr. Lincoln Ferreira Faria.

Trabalhou como empreiteiro de obras no novo cinema, Francisco Bento Filho.

Concluído o prédio, Joaquim Correa Cintra continuou a desempenhar as funções de gerente. Conta-se que houve uma eleição para a escolha do nome da nova casa de espetáculos. Arthur Ramozzi apresentou sua sugestão, Cine Glória e Joaquim Correa Cintra, Cine Vitória.

Posta em votação, ganhou a primeira proposta.

Anos mais tarde, o acervo da empresa “Campos do Jordão Cine Ltda.” foi transferido à Cia. de Cinemas do Vale do Paraíba que manteve o Cine Glória aberto até agosto de 1981, tendo sido seus últimos gerentes Romeu Godoy, Sebastião Cintra, José Pinheiro Silva e Roberto Félix da Silva.

O edifício do Cine Glória foi desapropriado em 1984 pelo prefeito João Paulo Ismael e transformado em 1985 no Espaço Cultural “Dr. Além”.

Infelizmente, por falta de freqüência e retorno financeiro, o Cine Glória foi desativado para tristeza de seus poucos freqüentadores. O cinemascope no antigo Cine Glória foi inaugurado em agosto de 1955, com o filme “O Príncipe Valente”.

Do livro “História de Campos do Jordão”, da autoria do Advogado, jornalista, escritor e historiador Pedro Paulo Filho - Editora Santuário - 1986 - Páginas 466 e 467.

 

 

 

Históricas - Praça da Bandeira - Inauguração 1942


Maravilhosa foto da inauguração da nossa “Praça da Bandeira”, o Jardim de Vila Abernéssia, no dia 19 de novembro de 1942.

À esquerda da foto, o prédio onde, na época, estava instalada a “Pensão Maria Lucia”, de propriedade da Sra. Maria Lucia Bueno de Camargo, para ambos os sexos, com seis leitos e mensalidades de 300 a 5000 mil réis. Esse prédio existe até hoje e nele está instalada a sede da Associação Jordanense dos Aposentados e Pensionistas - AJAPE.

Na seqüência, o prédio construído pelo Sr. Próspero Olivetti, ainda existente, onde, na época, estava sediada a “Pensão Mantiqueira”. Nesse mesmo prédio, posteriormente, por vários anos, esteve sediado o “Hotel Brasil”, de propriedade do Sr. Gontran Emílio Ballion. Na parte térrea, na quarta porta da esquerda para a direita, estava sediada a tradicional “Casa Cânticos”, inicialmente, de propriedade do Sr. Manoel Pereira Alves e, posteriormente, do Sr. Alberto Bernardino e esposa Dona Gracinda. As três primeiras portas, no final da década de 1940, abrigaram o famoso armazém de secos e molhados denominado “A Bandeirante”, de propriedade do Sr. Julio Domingues Pereira. Atualmente, nas oito primeiras portas da parte térrea desse prédio, está sediado o conhecido e famoso “Restaurante e Pizzaria do Serginho”.

Em seguida, o famoso prédio do Palacete Olivetti, onde, na época, estava sediada a “Pensão e Sanatório Campos do Jordão”, para ambos os sexos, de propriedade do Sr. Hans Hanbensak, com 30 leitos e mensalidades entre 400 e 600 mil réis. Nesse prédio, posteriormente, durante muitos anos, esteve estabelecido o “Hotel Montanhês”, do casal Sr. Wolfgang Böhme e a esposa Dona Érica Böhme. Ele, um dos tripulantes do famoso navio alemão Windhuk que, em plena guerra, fugindo das embarcações da marinha inglesa, ancorou no porto de Santos no dia 07 de dezembro de 1939. Posteriormente, por alguns anos, esse prédio foi a sede da Prefeitura Municipal.

Na parte térrea desse prédio, nessa época, do lado esquerdo, ao nível da Rua Brigadeiro Jordão havia a "Pharmácia Olivetti", de propriedade do dono do prédio Sr. Próspero Olivetti e do filho Sr. Paschoal Olivetti. Nesse mesmo espaço, posteriormente, por vários anos, foi o escritório de advocacia do advogado Dr. Raul Barbosa Lima. Do lado direito estava sediado o “Salão REX” - especializado em serviços de barbearia, cabeleireiro, permanente, tintura e manicure, além de contar com um serviços de engraxate. Esse salão era de propriedade dos saudosos e ilustres Irmãos Mastrandréa, Mário e Alfredo. O serviço de engraxate era executado pelo popular, conhecido e saudoso Mudinho Preto ou Mudinho do Aureliano, filho da Dona Eduvirges. Posteriormente esse salão mudou-se para a Av. Dr. Januário Miráglia, ao lado da Agência de Ônibus da Empresa - Viação São Paulo Campos do Jordão, de propriedade do Sr. Antonio de Oliveira Pires.Nesse espaço, posteriormente, esteve instalada a Agência da Caixa Econômica Estadual e, algum tempo depois, uma Leiteria.

Atualmente, em toda parte térrea desse prédio, está instalada a Cervejaria “Dom Sabor”.

Ao lado do “Palacete Olivetti”, o antigo prédio onde, por várias décadas, estiveram sediados, os Escritórios, da Companhia de Eletricidade de Campos do Jordão, CSME - Companhia Sul Mineira de Eletricidade, CEMIG - Centrais Elétricas de Minas Gerais, CESP - Companhia Energética de São Paulo. Nesse local, a Cesp construiu um novo prédio e, ainda permaneceu por muitos anos; posteriormente a Elektro, na época em que ocorreu a privatização da CESP, assumiu o controle da distribuição da energia elétrica para a cidade, permanecendo no local por algum tempo, com Escritório e Agência de Atendimento.

A foto mostra ao fundo, em fase de construção a torre principal, a Igreja de Santa Teresinha do Menino Jesus, a nossa Igreja Matriz de Campos do Jordão. Essa Igreja teve sua pedra fundamental lançada em 29/06/1931 e teve sua capela-mor inaugurada em 1936, porém, a torre gótica principal, somente foi concluída no ano de 1942.

 

 

 

Históricas - Fazenda Lagoinha - 1950


Linda foto da década de 1950 mostrando parte das terras pertencentes à Fazenda Lagoinha, sempre pertencente à tradicional família paulista Reis Magalhães. Foi muito importante para toda região localizada no caminho que demanda ao atual Bairro do Rancho Alegre/Descansópolis e Horto Florestal. Suas terras e lagoas ficaram famosas e embelezaram a região por várias décadas, determinando o nome da região “Lagoinha”. Infelizmente, as lagoas já não existem mais.

Essa Fazenda, nas décadas de 1940 e 1950 se notabilizou pela criação de carneiros, para a produção de lã e também pela criação de gado de leite.

Essa Fazenda Lagoinha foi, por diversas décadas, administrada pelo casal Dino Godoy e Marcelina Godoy com todos seus filhos, Manoel, o Néco, Silvio, Belizário, o Bili, Toninho, Marina, Justina e Maria Tereza.

OBS: Foto gentilmente cedida pelas amigas Helena Terezinha Moysés da Silva e Lia Reismann.

 

 

 

Paisagens - Morro do Elefante


Nesta foto da década de 1960, uma linda e maravilhosa visão do morro do Elefante, ainda, totalmente primitivos, sem as lamentáveis e destruidoras marcas que o descaracterizou quase que totalmente. Marcas que alguns, inimigos da cidade com toda certeza, insistem em dizer que faz parte do progresso. Lamentável ! destruição e descaracterização irreversível de nossas belezas naturais, jamais podem fazer parte do que se denomina progresso!

Esse morro e muitos outros de nossa cidade, deveriam permanecer intocáveis para a posteridade. Quando muito, em seus topos poderia haver, simplesmente, um pequeno e discreto mirante para que todos, jordanenses e turistas, pudessem, sempre, observar a amplidão e beleza da nossa cidade.

OBS: Foto gentilmente cedida pelas amigas Helena Terezinha Moysés da Silva e Lia Reismann.

 

 

 

Históricas - Tênis Clube - 1970


Linda foto da década de 1970 mostrando a bela alameda de pinheiros, adornada de lindas hortênsias, existente na entrada da linda sede do Campos do Jordão Tênis Clube de Turismo, já na administração do saudoso presidente Plínio Freire de Sá Campello, da qual, orgulhosamente, fiz parte durante vários anos, como secretário da recreação, novo nome idealizado pelo Campello, para o cargo antigamente conhecido como diretor social.

OBS: Foto gentilmente cedida pelas amigas Helena Terezinha Moysés da Silva e Lia Reismann.

 

 

 

Pessoas - Lançamento de livro - 1999


Foto do dia 21 de agosto de 1999, tirada no Campos do Jordão Parque Hotel, quando do lançamento do primeiro livro de poesias “Era uma vez...”, da autoria da poeta professora Maria José Ávila, a conhecida professora Zezé.

Na foto, da esquerda para a direita: José Gonçalves, Edmundo Ferreira da Rocha e Benedito Alves da Silva, o conhecido Deloro.

 

 

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