Após longa programação, depois de preparação demorada, finalmente, no site, justa e merecida Homenagem ao Advogado, Jornalista, Escritor, Historiador PEDRO PAULO FILHO.
Veja a homenagem e as fotos de Pedro Paulo Filho em diversas oportunidades da sua vida, na história de Campos do Jordão.
Pedro Paulo Filho - Historiador e Escritor...e a mão de veludo.
Pedro Paulo Filho, filho da Sra. Izabel Cury Paulo e do saudoso Sr. Pedro Paulo, antigo comerciante de Campos do Jordão, que somente aqui em Vila Abernéssia, com a famosa “Casa Pedro Paulo”, especializada em roupas e sapatos finos, tecidos e diversos artigos do vestuário masculino e feminino, manteve esse comércio por mais de quatro décadas. Nascido em Pindamonhangaba em 04 de setembro de 1937, veio para Campos do Jordão nas suas primeiras semanas de vida. É casado com a professora e advogada Guiomar Aparecida de Castro Rangel Paulo e tem um filho, Pedro Paulo Netto, administrador de empresas, também advogado.
Desnecessário apresentar aqui sua biografia pessoal considerando que quem tiver interesse em saber mais sobre esse grande jordanense deve acessar seu site pessoal – www.pedropaulofilho.com.br, onde terá acesso à sua vasta e completa biografia.
Quero aqui deixar registrada, singela homenagem, porém justa, a esse grande e querido jordanense, amigo de muitas e muitas décadas, de inúmeras e saudosas recordações de tempos inesquecíveis da nossa vida, de memoráveis passagens do cotidiano da nossa cidade, muitas das quais, tivemos oportunidade de acompanhar e vivenciar, magistralmente eternizadas e registradas na história e na cultura de Campos do Jordão.
Pedro Paulo Filho, para uns, Dr. Pedro Paulo para outros, simplesmente Pedrinho ou Dr. Pedrinho, e para alguns mais simples e humildes Tor Pedinho (corruptela de Doutor Pedrinho), sem dúvida, é um dos mais ilustres jordanenses de todos os tempos.
Costumo dizer, em muitas oportunidades, que o trabalho já produzido por Pedro Paulo durante todos esses anos em que vem se dedicando ao registro da história e da cultura de Campos do Jordão, e também da cultura brasileira em geral, é algo de fenomenal. Felizmente, esse grandioso, magnífico trabalho, continua em franca produção. É um escritor apaixonado pela literatura. Desde que passei a acompanhar mais de perto o seu trabalho de escritor, fico impressionado com a sua alta produtividade. Quando termina um livro e edita, no mínimo, já tem um ou dois em fase de preparação.
No trabalho que venho executando, especialmente durante os últimos quase vinte anos de minha vida, qual seja, iconografia, por meio da garimpagem e registro das imagens de Campos do Jordão, em suas diversas fases e épocas, enfrentei toda espécie de dificuldades e decepções, felizmente superadas pelas alegrias e satisfações que surgem a cada dia. Durante a execução desse trabalho de pesquisa e tentativa de deixar registradas as histórias da cidade, através de suas várias formas, no meu caso, especialmente por meio das fotografias, em muitas oportunidades pude sentir na pele como ele é difícil e oneroso. Reconheço e agradeço ao amigo Pedro Paulo a grande, valiosa e gentil ajuda que sempre dispensou a esse meu trabalho, colocando à minha disposição o seu vasto arquivo de fotografias antigas e históricas de Campos do Jordão.
Assim, posso imaginar e testemunhar, a favor do amigo Pedro Paulo, sobre as dificuldades e decepções que, com certeza, enfrentou durante grande parte da sua vida de pesquisador e historiador.
Pesquisar sobre todos os assuntos e ramos da nossa história e cultura é uma arte muito difícil. Algumas poucas vezes nos deparamos com pessoas, entidades, repartições públicas, agremiações, instituições, enfim, algum local que, possivelmente, detenha informações, arquivos, registros ou algo que possa auxiliar em levantamentos sobre determinado assunto ou época da nossa história, que nos atenda com a principal preocupação de, realmente, auxiliar e nos atender dentro daquilo a que nos propusemos. Normalmente, nos deparamos com quase total desinteresse, especialmente sobre coisas e fatos mais antigos, principalmente, se isso vier gerar trabalho adicional e imprevisto. Há, realmente, uma resistência para ajudar em tudo o que dê trabalho. Em muitas oportunidades, preferem sair pela tangente – aqui não tem nada arquivado que possa ajudar em sua pesquisa. Nosso arquivo foi totalmente destruído (por incêndio, enchente, ataque de cupins, roubado, incinerado, etc.).
Em diversas oportunidades, somente logramos êxito, conseguindo resgatar partes da nossa história e cultura, quando, por felicidade, são colocados à nossa disposição arquivos antigos. Assim, trabalhando sozinhos, conseguimos levar adiante as nossas pesquisas. Porém, somos obrigados a enfrentar não só o tempo que iremos despender para conseguir algum resultado satisfatório, aliás, um dos nossos grandes inimigos, mas também as condições nada favoráveis de alguns arquivos quase em fase de deterioração, que chegam até atacar o nosso sistema respiratório.
Vejam como é difícil, trabalhoso e oneroso o trabalho do pesquisador e historiador que tem em mente a grande e precípua preocupação de deixar registrado para o futuro e, oxalá, posteridade, especiais momentos sobre fatos históricos em geral.
Já tive a oportunidade de dizer inúmeras vezes, para pessoas amigas e até para o grande amigo Pedro Paulo: “Esse trabalho que você já desempenhou e vem desempenhando em prol da preservação da história e da cultura de Campos do Jordão é realmente hercúleo, monumental e magistral. Posso imaginar os grandes tropeços que você sofreu durante essa sua longa e demorada caminhada em busca dos seus principais objetivos, procurando deixar registrado para o futuro e posteridade um pouco da história. Eu não sei se teria a paciência e perseverança que sempre foram a sua tônica forte, para conseguir esse seu trabalho maravilhoso, digno de nosso total reconhecimento”.
Costumamos dizer, em muitas situações em que vislumbram o nosso sucesso, conquistas, posições sociais, etc.: “Vocês vêm o vinho que bebemos, mas não os tombos que levamos para conseguir o sucesso”.
Realmente, é a grande verdade, especialmente nesse trabalho desenvolvido e organizado pelo Pedro Paulo. Muitas vezes, com certeza, inúmeros tombos desastrosos aconteceram. Tombos quase definitivos, impondo a necessidade de doses duplas, triplas, ou até mais, de coragem, disposição e garra para continuar a longa e demorada busca dos seus reais objetivos. Muitos dos fios de cabelos brancos que hoje ornamentam a brilhante cabeça do Pedrinho Paulo são fortes heranças desse difícil, demorado e desgastante trabalho de pesquisador e historiador. Também, com certeza, depois do trabalho concluído com êxito, a grande satisfação e merecida recompensa pela vitória e do dever cumprido.
Vários trabalhos, elaborados paciente e cuidadosamente pelo Pedro Paulo tiveram e continuam tendo grande e merecido sucesso. Digo tudo isso com bastante conhecimento sobre as diversas dificuldades que deve ter enfrentado durante a difícil e demorada caminhada, encetada para a coleta da matéria necessária para a elaboração do livro sobre a História de Campos do Jordão, um compêndio de mais de oitocentas páginas, registrando fatos históricos sobre tudo o que aconteceu em Campos do Jordão, inclusive, muito antes da sua fundação oficial, até os dias atuais. Somente esse livro é mais que suficiente para afirmar, com muita convicção e merecimento, que Pedro Paulo Filho é o único e verdadeiro historiador em Campos do Jordão. Ao seu lado, em passado não muito distante, foi também grande historiador o nosso querido, dileto e saudoso amigo Condelac Chaves de Andrade, que, com certeza, abriu os caminhos iniciais para o magistral trabalho mencionado.
É preciso deixar registrado também: Pedro Paulo Filho, acredito, auxiliado por alguma intuição superior, executou esse grandioso trabalho sobre a história de Campos do Jordão, na hora certa, no momento exato. Qualquer demora na execução desse trabalho teria sido altamente desastrosa para a nossa história. Digo isso baseado em recentes pesquisas em que tenho tentado conseguir vários dados sobre alguns aspectos e setores da nossa história, para colocar em meu site especialmente dedicado a registrar a história e a cultura de nossa cidade pela fotografia, sem qualquer perspectiva de sucesso. Boa parte das entidades ou locais onde, possivelmente, poderíamos levantar esses dados que procuramos, já não existem mais, e ninguém sabe o paradeiro dos registros que, com certeza, existiam. Assim, grandes e importantes registros da nossa história já teriam sido perdidos para sempre, infelizmente. Graças ao trabalho dedicado e perseverante desenvolvido e executado pelo Pedro Paulo Filho, na hora exata, a grande maioria dos fatos e registros históricos da nossa cidade está preservada e registrada no seu magistral livro “História de Campos do Jordão”.
Com certeza, não fosse esse trabalho que garantiu o completo registro da nossa história, no momento oportuno, qualquer outra tentativa, em qualquer tempo futuro, não teria conseguido o mesmo êxito.
Pedro Paulo, felizmente, não parou por aí, esperando somente as glórias merecidas pelo trabalho elaborado. Já escreveu e publicou vinte e dois livros, sobre diversos assuntos, a grande maioria exaltando a nossa história e cultura e tudo aquilo que é relacionado à nossa cidade de Campos do Jordão. Posso afirmar, de primeira mão, já está, no mínimo, com mais três livros em pleno processo de elaboração.
Além de escrever muito e maravilhosamente bem, não posso deixar de exaltar também a sua grande habilidade na oratória. Aliás, dizem, que essa sua especial qualidade é herança do seu saudoso Pai, Sr. Pedro Paulo, que, como dizem aqueles que o conheceram e acompanharam durante boa parte da sua vida, em diversos e memoráveis momentos acontecidos em nossa cidade, dos quais sempre participou efetivamente, foi um dos grandes oradores que por aqui passaram. Lamento que, somente uma vez, ouvi um grande discurso proferido pelo Sr. Pedro Paulo. Embora em uma única vez, realmente posso confirmar essa sua grande qualidade e habilidade, entremeada da grande cultura que lhe era peculiar. Pedro Paulo Filho, como dizia meu professor de português, amigo Antonio Oirmes Ferrari, é realmente um grande filomela das palavras. Com a sua vasta e diversificada cultura, está sempre apto para falar em qualquer oportunidade, sobre os mais diversos assuntos, especialmente quando relacionados à história e cultura da nossa terra.
Essa sua grande habilidade com as palavras renderam grande sucesso em sua profissão de advogado. Especialmente nas diversas sessões do Tribunal do Júri em que, por inúmeras oportunidades, teve a oportunidade de demonstrar seu trabalho eficiente, seguro e altamente responsável, em defesas memoráveis, à frente de causas bastantes e difíceis, encantando todos que puderam presenciá-lo em plena atividade.
Também, na época em que se elegeu vereador à Câmara Municipal de Campos do Jordão, sendo o mais jovem vereador do Estado de São Paulo, pode demonstrar sua capacidade legislativa, conseguindo elaborar e aprovar leis de grande interesse para o município, trabalho seguro e responsável que assegurou a sua reeleição por mais duas legislaturas.
Pedro Paulo Filho sempre esteve diretamente ligado a todos os movimentos culturais, intelectuais, humanitários, beneméritos e filantrópicos de Campos do Jordão, em que prestou e continua prestando relevantes serviços por meio de várias entidades ligadas a cada uma dessas atividades.
É membro de destaque da nossa Academia Jordanense de Letras, com muito mérito, em reconhecimento ao seu grandioso e relevante trabalho na área da literatura, especialmente.
Pessoalmente, com grande convicção e segurança total, sem a mínima preocupação com a perfeição, pois que esta é muito difícil para todos nós, seres mortais, porém, à vista do que conheço do Pedro Paulo Filho, durante mais de cinquenta anos de amizade firme, despretensiosa, altamente consolidada e duradoura, posso afirmar que ele é um homem bom, de bons costumes, amigo fiel e digno, irmão escolhido de livre e espontânea vontade, uma pessoa altamente altruísta e humanitária.
Bem, para finalizar esta minha homenagem ao amigo de sempre, Pedro Paulo Filho, resta esclarecer o motivo da complementação do título: mão de veludo.
É uma longa e saudosa história ocorrida há muito tempo. Na época, éramos solteiros e não tínhamos namorada fixa. Claro, Pedro Paulo era mais velho que eu. Aliás, situação que continua até hoje..., claro. Mesmo assim, já éramos amigos. Em certa oportunidade, conhecemos duas belas jovens, turistas que visitavam Campos do Jordão. Para estreitar o nosso relacionamento, as convidamos para conhecer a Boate
1.003 (mil e três), de propriedade dos nossos saudosos e queridos amigos Werner e Frida. Essa boate estava situada ali na Rua Brigadeiro Jordão, em Vila Abernéssia. Por ironia do destino, a casa onde moro atualmente está sediada bem ao lado da casa onde essa boate esteve estabelecida. No escurinho da boate, sentados à mesma mesa, em bancos de canto, com capacidade para até três pessoas, dois a dois, Pedro Paulo, com uma eu com outra moça, em determinado momento mais afetivo, estranhei uma mão, embora macia, com calor diferente, acariciando minha mão que estava repousada sobre o encosto do banco, enquanto estava abraçado à minha acompanhante. Pensei: com certeza não é a mão da minha acompanhante. Olhei espantado e me assustei quando vi o Pedro Paulo dando gostosa gargalhada. Olhando para mim, falou: “Companheiro, você não está perdendo tempo, heim?” A mão que jocosa e fraternalmente estava acariciando a minha era a do Pedro Paulo, um eterno amigo brincalhão.
Creio que essa saudosa e inesquecível brincadeira, que resultou na minha eterna lembrança sobre a mão de veludo do Pedro Paulo, perdurou por todo sempre, porém de maneira bem diferente. Pedro Paulo, com o decorrer do tempo, depois daquela oportunidade, acabou se notabilizando, com muito mérito, como mão de veludo da literatura jordanense.
Fica aqui minha singela, porém merecida e justa, homenagem ao amigo, advogado, homem público, maravilhoso escritor que muito dignifica e honra a nossa cidade de Campos do Jordão.
Rogamos ao nosso Bom Deus, para que lhe conceda a graça de muita saúde, garra, vontade e disposição para que continue nos brindando com os seus maravilhosos e excelentes trabalhos, especialmente envolvendo a história e a cultura relacionadas a esta cidade de Campos do Jordão e que nunca deixe ociosa a sua operante, produtiva mão de veludo.
Acredito que posso dizer, com segurança e aval de toda população jordanense e de todos aqueles que amam Campos do Jordão:
PEDRO PAULO FILHO, CAMPOS DO JORDÃO TE AMA.
VOCÊ FAZ PARTE DA NOSSA HISTÓRIA.
PRECISAMOS DE VOCÊ.
OBRIGADO POR VOCÊ EXISTIR.
Edmundo Ferreira da Rocha
03 de maio de 2010.
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