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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

Jordanenses na 2ª Guerra Mundial 


Jordanenses na 2ª Guerra Mundial

Homenagem aos Pracinhas Jordanenses Campos do Jordão 1945

 

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Além da inigualável contribuição ofertada por Campos do Jordão ao Brasil, enquanto Estação de Cura, há outros exemplos edificantes que orgulham a nossa história. Em 1944, a cidade não possuía mais do que 20 mil habitantes e sem embargo de sua baixa densidade demográfica, foi relevante a participação da Estação de Cura à FEB – Força Expedicionária Brasileira. Participaram do campo de operações de guerra na Itália 4 jordanenses: Antonio Bento de Abreu, morto em Montese, na Itália, pela artilharia alemã, José Garcia de Mello e Vicente Francisco de Paula que retornaram vivos a Campos do Jordão. O expedicionário Antonio Bento de Abreu, jordanense da Água Santa, é um herói jordanense, esquecido e pouco evocado, embora tenha dado a vida pelo País. Foi aquinhoado, ou melhor, sua família recebeu 3 medalhas, a de Campanha, Sangue do Brasil e Cruz de Combate. Com certeza, seus familiares as trocariam pela sua vida. Incorporou-se ao R. I. – Regimento de Infantaria – em fevereiro de 1944 e logo em seguida à Força Expedicionária Brasileira, partindo para a Europa em fevereiro de 1944 no navio “Naval Transportation Service”, desembarcando com seus companheiros em Nápoles, na Itália. Foram todos incorporados ao exército norte-americano, sob o comando do general Mark Clark. Em 1944 foi louvado pelo general Zenóbio da Costa e depois de combater em dezenas de cidade italianas contra os alemães, foi elogiado pelo coronel Segadas Viana. Em 16 de abril de 1945, na região de Montese, foi morto em combate pela artilharia alemã. O Poder Público Municipal, em sua homenagem deu-lhe o nome de via pública em Vila Ferraz. Os expedicionários que retornaram vivos foram homenageados em 1945 pela população jordanense, com desfile escolar e um monumento em Vila Abernéssia, feito por Carlos Barreto, além de discursos em praça pública, presente o prefeito Lourival Francisco dos Santos e uma enorme massa popular. Nos anos 80 o prefeito Fausi Paulo fez erigir na Praça da Bandeira uma placa com o nome dos expedicionários e a gratidão do povo jordanense. Também deu à memória de José Garcia de Melo a denominação de rua em Vila Nadir.

Houve um pequeno equívoco. Como os arquivos municipais registraram o nome do pracinha Vicente da Silva, corrigiu-se o seu nome verdadeiro, que é Vicente Francisco de Paula, que aos 78 anos de idade foi recebido em Campos do Jordão e homenageado pelo prefeito Lélio Gomes e pelo secretário de turismo Carlos Gouvea. Impõe-se também registrar a participação de uma jordanense adotiva: Bertha Moraes Nérici, a primeira voluntária a compor o Corpo de Enfermagem da FEB. Retornando da Itália, ela adquiriu tuberculose e viveu 10 anos em Campos do Jordão e seu marido, o professor Imídeo Giusepe Nérici dirigiu vários anos o Colégio Estadual e Escola Normal de Campos do Jordão. Bertha Moraes Nérice escreveu o livro “Testamento de uma Enfermeira”, relatando sua dolorosa experiência na 2ª Guerra Mundial. Contou seu marido que quando surgiu a Hidrazida, poderoso remédio descoberto para a cura da tuberculose, encomendou da Suiça uma amostra do Laboratório Sandoz, que, infelizmente, foi furtado nos correios. Pediu outra dose e encaminhou para dona Bertha em Campos do Jordão. Vindo seu marido visitá-la em Campos do Jordão, soube que dona Bertha não havia tomado o remédio milagroso; fornecera a outra paciente que se encontrava em pior estado. O marido encomendou pela terceira vez a Hidrazida e aí ela tomou, tendo adquirido uma melhora extraordinária. Dona Bertha Moraes Nérici doou à Prefeitura Municipal os diplomas e medalhas recebidas pelo emérito professor Imídeo Giusepe Nérice, um brasileiro de fama internacional na área da educação. 4 vidas e 4 destinos que orgulharam Campos do Jordão e, porque dizer ao Brasil? 13/04/2011 - Pedro Paulo Filho - Advogado e historiador

13/04/2011

 

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