Julio Domingues Pereira - De simples lavrador a valoroso cidadão jordanense
Na foto- JULIO DOMINGUES PEREIRA, o homenageado.
Como um pequeno lavrador do Bairro do Baú, situado no município de São Bento do Sapucaí, conseguiu chegar a ser um valoroso e respeitado cidadão jordanense.
Julio Domingues Pereira, filho de Francisco Domingues Pereira e de Ana Estácia Sene, nascido em São Bento do Sapucaí – SP, no Vale do Baú, em 21/01/1915, e falecido em 24/11/2001 em Sapucaí Mirim – MG. Teve cinco irmãos mais velhos: Antonio, Maria, Benedita, Malvina e Sebastiana. A família era muito católica. Começou praticamente do nada.
Sua infância e adolescência foram muito simples, vividas com seus pais, em pequena área rural de uma fazenda situada no Vale do Baú, município de São Bento do Sapucaí, sempre cuidando da lavoura e trabalhando com a terra. Foi um menino muito peralta, mas responsável. Ajudava a mãe a tratar dos pequenos animais e nos serviços leves da casa. Também ajudou muito nas tarefas periódicas de dar sal para o gado que o pai criava. Andava pelos campos e morros a cavalo, normalmente em pelo, como se costuma dizer quando não se usam arreios específicos para montaria. Juntava o gado para levá-los para alimentação nos cochos próprios e aproveitava para contar as cabeças e ver se não estava faltando algum fujão. Com 10 anos de idade começou a comercializar na redondeza, de casa em casa, os pães e biscoitos que a mãe fazia. Com 11 anos, além de trabalhar na lavoura com o pai, semanalmente ia com o tio para Campos do Jordão, vender, no mercado municipal e em algumas residências, as frutas produzidas na propriedade.
Mais tarde, já mocinho, sozinho, com muito trabalho, dedicação e constância começou a trabalhar para conseguir seu sustento. Enfrentou a terra bruta, com enxadão, enxada, rastelo e outras ferramentas manuais que necessitavam de grande esforço físico. Estercou uma pequena área e nela fez uma hortinha onde plantou algumas verduras, como alface, acelga, chicória, couve, salsinha e cebolinha. Numa área um pouco maior, preparada previamente, com muito suor, plantou alguns tipos de legumes, dentre eles: cenoura, batata, tomate, rabanete, abóbora, repolho e alguns outros. Conseguiu algumas mudas de árvores frutíferas com alguns amigos e vizinhos que moravam na redondeza e plantou em sua área. Dentre outras, eram mudas de laranja, limão-cravo ou rosa, manga, abacate e banana. Mantinha também no quintal da sua casinha de taipa algumas galinhas, patos, marrecos, perus e, no pequeno chiqueiro, uns porquinhos para engorda. Felizmente, com todo esse trabalho, a dispensa da sua casa tinha muita fartura.
Casou-se, em 06 de fevereiro de 1934, com Alvina Maria de Jesus (12.06.1917 – 09.03.2015) – depois de casada Domingues Pereira –, nascida no Bairro do Centro, no município de Brasópolis – MG. Ele com 19 anos e doze dias; ela com 17 anos e pouco mais de cinco meses. O casamento civil foi realizado na cidade de Pirangussu, e o religioso na mesma cidade no Bairro do Centro, na capela de Nossa Senhora Aparecida.
Logo depois de casado, conseguiu, com muito esforço e trabalho, abrir um pequeno armazém no Bairro do Baú. Passou a comercializar alguns produtos fabricados artesanalmente, como alguns tipos de pães caseiros, assados nos tradicionais fornos de barro, bolos de milho, fubá, mandioca e outros, e também alguns tipos de cereais, como feijão e arroz, e ainda ferramentas agrícolas e de uso manual. Assim que começou a ter maior sucesso com sua pequena plantação, sempre trabalhando sozinho, algumas vezes auxiliado pela maravilhosa e dedicada esposa Alvina, trazia semanalmente seus produtos para serem vendidos na feira livre do Mercado Velho, na Vila Abernéssia, localizado onde hoje está sediado o nosso Fórum Embaixador José Carlos de Macedo Soares e a Agência 2 do Branco do Brasil. O único meio de transporte utilizado eram os cargueiros. Em alguns casos, entregava as mercadorias nas próprias residências de clientes amigos. Em todo trajeto do Vale do Baú até a Vila Abernéssia, quando possível, vinha a cavalo, mas muitas vezes vinha a pé, carregando nas costas pesados sacos com os produtos mais sólidos e, nas mãos, pequenas sacolas com as verduras, evitando estragá-las nesse precário meio de transporte. Também trazia para vender na feira pequenas sobras de ovos das suas galinhas e patas, parte do toicinho e da carne do porquinho gordo que, às vezes, era abatido, quando não eram utilizados para o sustento da família. Tudo que trazia era para ser vendido e transformado em dinheiro, para suportar as pequenas despesas da simples família.
Conseguia, semanalmente, algum dinheiro com a venda da sua produção que, na realidade, era o pouco que conseguia para manter e sustentar sua família, na época, composta da esposa e das três filhas – Darcy, Céris e Célia. Anteriormente já havia nascido Maria que, infelizmente, falecera após 15 meses. Depois nascera Lázaro que, também, infelizmente falecera com dois meses.
A labuta era dura e difícil. Começava, muitas vezes, antes mesmo do Sol nascer e se estendia por todo o dia, terminando já no início da noite.
Era um trabalhador incansável, inteligente, com grande visão de futuro. Sua vida começou a mudar até rapidamente. Em pouco tempo conseguiu comprar uma mula e dois jacás feitos de tiras de bambu. A partir daí, o transporte da sua pequena produção passou a ser feito no lombo do animal, desde o Vale do Baú até a feira da Vila Abernéssia, e passou a ser vencido com mais facilidade e sem grande parte do esforço físico e cansaço, gerado pelo transporte nos ombros e nos braços, embora muitas vezes, ainda, sua caminhada continuasse a ser feita a pé, acompanhando o animal. Em vez de trazer as mercadorias para a venda na feira livre uma vez por semana, passou a vir duas vezes. Daí em diante tudo começou a mudar. Além das mercadorias produzidas em seu sítio, passou a comprar boa parte da produção de alguns vizinhos e aproveitar a comodidade do novo meio de transporte e os espaços que sobravam nos jacás. Ainda assim conseguia trazer algumas mercadorias que os vizinhos pediam para trazer e vender na feira, em troca de alguma comissão.
Durante algum tempo essa foi a vida do seu Julio Domingues Pereira, com muito trabalho e dedicação constante.
Depois de algum tempo, no início de década de 1940, mudou-se com a família para Campos do Jordão. Moraram, primeiramente, em uma casa localizada na estrada da Vila Natal. Pouco tempo depois mudaram para uma casa preta de madeira localizada ao lado da linha férrea da Estrada de Ferro Campos do Jordão, localizada em Vila Abernéssia, ao lado do rio Capivari.
No ano de 1945, começou a fazer o desaterro de área onde deu início à construção de sua primeira casa. No dia 10 de novembro de 1945 mudou com a família para essa casa, construída em pouco mais de noventa dias, localizada na Rua Almirante Frontin em Vila Abernéssia, na subida ao lado da atual SEA – Sociedade de Educação e Assistência Frei Orestes Girardi. Nessa casa atendia, em regime de pensão, com casa e comida, algumas professoras que vinham de outras cidades para dar aulas em Campos do Jordão.
Essa casa, posteriormente, foi vendida ao saudoso Severiano Demétrio da Silva, antigo proprietário de açougue no Mercado Municipal.
Continuou com seu pequeno sítio no Bairro do Baú. Logo em seguida comprou um pequeno bar em Vila Abernéssia. Posteriormente, comprou um estabelecimento comercial localizado na Rua Brigadeiro Jordão – mais ou menos no local onde hoje está sediada a Casa Tietê, especializada em artigos de utilidades domésticas, gêneros alimentícios e bebidas em geral – chamado “Empório Brasil”. Ficou algum tempo com esse empório.
Em 1952 comprou um armazém maior localizado nas proximidades, no centro da Vila Abernéssia, e montou um moderno armazém de secos e molhados, como se costumava dizer antigamente, denominado “A Bandeirante”. Estava localizado quase em frente à Praça da Bandeira ou Jardim da Vila Abernéssia, ao lado do tradicional Palacete Olivetti, o prédio mais antigo de Campos do Jordão, na esquina entre as ruas Brigadeiro Jordão e Pereira Barreto, mesmo local onde, atualmente, está sediado o já bastante conhecido e famoso Restaurante do Serginho, “self-service”. Nesse grande armazém, que ocupava as três primeiras lojas térreas do prédio, também pertencente à Família Olivetti, era possível encontrar grande sortimento de gêneros alimentícios de qualidade superior, inclusive importados, como bacalhau norueguês e português, azeites de procedência portuguesa, italiana, espanhola e grega. Nas épocas natalinas nunca faltavam os produtos importados, como nozes, amêndoas, castanhas portuguesas, avelãs, passas, tâmaras árabes, figos turcos secos e muito mais. Esse armazém servia grande parte da população jordanense e, também, famílias tradicionais, que mantinham casas em Campos do Jordão, para utilização nos finais de semana e férias escolares de seus filhos. Além disso, servia também vários sanatórios especializados na cura da tuberculose e alguns hotéis existentes na época.
Na época em que “A Bandeirante” era considerado o melhor armazém de Campos do Jordão, o único concorrente que trazia alguma preocupação era o afamado armazém “Nestor Pereira, Pina S/A”, atacadista de gêneros alimentícios em geral, localizado na mesma Rua Brigadeiro Jordão, a pouco mais de duzentos metros um do outro. Quando esse atacadista passou a funcionar como um armazém comum, mantendo apenas o nome e administrado por alguns dedicados e antigos empregados, “A Bandeirante” passou a dominar esse tipo de comércio, passando a ter a preferência geral. Julio, sempre muito simples, atencioso e de cortesia ímpar, fez desse estabelecimento comercial o ponto de encontro ideal para profissionais liberais, médicos, advogados e comerciantes da cidade, local de grandes círculos de amizade.
Com o dinheiro arrecadado com as vendas semanais da produção da sua pequena propriedade situada no Vale do Baú, do primeiro e pequeno armazém e do seu famoso armazém “A Bandeirante”, conseguiu, às duras penas, guardar uma boa quantia que utilizou para comprar uma casa aqui em Vila Abernéssia, para onde se mudou com a família em 1958. Essa casa, na época em que comprou, era de propriedade da filha do Sr. Maurílio Comóglio, casada com o tabelião do Cartório do Registro Civil de Campos do Jordão, Sr. Sebastião Pinto. A rua de acesso a essa casa, como homenagem, é denominada Rua Maurílio Comóglio. Como a casa era bastante grande e já estavam acostumados, seu Julio e esposa, D. Alvina, continuaram alugando acomodações e dando refeições para professoras de outras cidades que davam aulas em Campos do Jordão. A Família foi aumentando. Nasceram outros filhos: o Francisco, a Regina, o Julinho e o Édison. Ao todo, sete filhos. A princípio morou, durante muitos anos, nessa casa, na realidade, um sobrado. Esse sobrado ainda existe, porém bastante modificado. Está localizado próximo ao Parque dos Cedros, nas proximidades do atual polo de estacionamento da Vila Abernéssia, onde, atualmente, são realizadas as feiras livres aos sábados. Esse sobrado, durante vários anos, depois que o seu Julio se mudou para outro local, abrigou um pequeno hotel denominado Hotel Vista Alegre e, depois, Hotel Colinas.
Mesmo depois de ter-se mudado para a Vila Abernéssia, de ter-se estabelecido com o “Empório Brasil” e com seu armazém “A Bandeirante”, manteve a sua pequena propriedade rural localizada no Vale do Baú. No ano de 1955, durante a realização da III Festa Nacional da Maçã de Campos do Jordão, durante a exposição de produtos agrícolas em geral, ganhou o primeiro lugar, recebendo medalha de ouro pela sua produção de milho.
Julio Domingues Pereira foi um homem muito querido pela comunidade jordanense, tanto pela sua seriedade, honradez e capacidade, como pela sua irretocável gentileza e educação. Participou de várias entidades filantrópicas e assistenciais de Campos do Jordão. Foi provedor da Associação dos Sanatórios Populares de Campos do Jordão, composta pelos sanatorinhos S1, S2 e S3. Foi muito importante para seus desenvolvimentos e aperfeiçoamentos, providenciando o término do Pavilhão Sanatorial; construiu as casas para os médicos e funcionários. No Sanatório S1 criou e inaugurou o berçário especialmente preparado para atender os filhos dos tuberculosos carentes. Conseguiu, com muito esforço e amizades especiais, adquirir para a entidade uma área superior a 150 alqueires, localizada no Bairro Renópolis, nas proximidades de Campos do Jordão, denominada “Colônia Agrícola Cláudio Sérgio Berê”, nome em homenagem ao filho do doador da área aos sanatorinhos. Lá foram incentivadas as plantações de frutas, legumes e verduras e criavam galinhas, porcos e vacas, parte para ser utilizada nos sanatórios e, também, para ser vendida, gerando rendas para a manutenção dos sanatórios.
No dia 19 de junho de 1954, com um grupo de amigos e cidadãos jordanenses bem intencionados, fundou o Rotary Club de Campos do Jordão, que ainda existe e está cada vez mais forte nos dias atuais.
Na década de 1960 candidatou-se a vereador à Câmara Municipal de Campos do Jordão e foi eleito para a Quarta Legislatura no período de 1º de janeiro de 1960 a 31 de dezembro de 1962.
No período de 01/01/1959 a 31/12/1962 era prefeito municipal de Campos do Jordão o Dr. José Antonio Padovan, primeiro prefeito eleito pelo voto popular. Seu vice-prefeito era o Sr. Mário Cola Francisco. Logo no início do mandato, o vice-prefeito Mário Cola Francisco veio a falecer inesperadamente devido a um acidente automobilístico na via Dutra.
No período de 01/01/1961 a 31/12/1962 era presidente da Câmara Municipal o engenheiro e vereador Fausi Paulo, e o vice-presidente era o vereador Julio Domingues Pereira.
No período de 13 de agosto de 1962 a 12 de setembro de 1962, o prefeito municipal, Dr. José Antonio Padovan, foi obrigado a se ausentar do cargo por motivo de viagem ao exterior. Automaticamente deveria assumir a posição de prefeito municipal o presidente da Câmara Municipal, vereador Fausi Paulo. Considerando impedimento pelo motivo de ser o cunhado do prefeito municipal Dr. José Antonio Padovan, assumiu interinamente o cargo de prefeito municipal nesse período o vereador Julio Domingues Pereira que, na ordem, como vice-presidente, era o substituto legal do Chefe do Executivo Municipal, com toda pompa e circunstância.
Julio Domingues Pereira também teve atuação marcante, especial e dedicada em muitas entidades assistenciais de Campos do Jordão, dentre elas a Santa Casa de Campos do Jordão “Hospital Dr. Adhemar de Barros”, a SEA – Sociedade de Educação e Assistência ¬– Frei Orestes Girardi, o Sanatório São Vicente de Paulo, do saudoso e benemérito padre Vita, e diversas comunidades religiosas. Também foi juiz de paz, mais conhecido como juiz de casamentos.
A partir de 1965 foi residir com a família na cidade de São José dos Campos, onde foi proprietário de duas quitandas especializadas em frutas, uma próxima à Rodoviária e outra no Jardim Paulista. Posteriormente, foi proprietário de uma bem montada mercearia de gêneros alimentícios.
Em 1967, morando em São José dos Campos, veio a Campos do Jordão votar. Nesse dia, acabou comprando o maior restaurante e lanchonete da Vila Abernéssia, famoso durante muitos anos com o nome de “Itapeva Lanches – bar e restaurante”. Convidou o genro Wadih Assaf Sobrinho, mais conhecido como Didi, para sócio e administrador desse novo comércio, porém pouco tempo depois venderam.
Posteriormente, com a idade chegando e alguns problemas de saúde, mudou-se novamente. Foi residir com a esposa Alvina na cidade de São Bento do Sapucaí. Sempre com o mesmo espírito humanitário que sempre marcou sua vida, muito ajudou e foi um dos responsáveis pela construção e abertura de um asilo denominado “Recanto São Benedito”, que funciona até os dias atuais.
Posteriormente, a partir da década de 1970, o seu Julio “da Bandeirante”, do famoso Armazém “A Bandeirante”, como ficou tradicionalmente conhecido, com a esposa D. Alvina e alguns filhos ainda não casados, mudou-se para uma pequena, bem formada e linda chácara localizada na cidade de Sapucaí Mirim – MG, proximidades da bela São Bento do Sapucaí – SP. Essa chácara era a grande paixão do seu Julio, da esposa e de toda família e amigos. Nessa chácara, por diversas vezes, programou grandes festividades comemorativas das datas dos aniversários do casal, dos filhos e dos netos, onde fazia questão da presença dos inúmeros amigos que havia granjeado durante sua longa e profícua vida de comerciante exemplar, de político e de homem pertencente à sociedade de Campos do Jordão. Nessas oportunidades, havia muita comida deliciosa, doces à moda campestre, todos maravilhosos, preparados sob o controle e orientação da esposa D. Alvina, também churrascos inesquecíveis, sempre regados com ótimo chope, cervejas, refrigerantes e sucos.
O tempo passa e, infelizmente, não somos eternos. No dia 24/11/2001, com 86 anos de idade, depois de 67 anos de casamento com D. Alvina, tendo comemorado bodas de ouro e diamante, o seu Julio Domingues Pereira nos deixou e partiu para o Universo Celestial onde, com certeza, foi muito bem recebido e onde deve estar prestando relevantes serviços. Deixou muita saudade e jamais será esquecido por todos aqueles que foram seus amigos, parentes e conhecidos. Deixou um grande exemplo como ser humano admirável, de grande valor, honesto, sério, trabalhador incansável, chefe de família exemplar, cristão convicto e dedicado. Ele fez parte da nossa história e da nossa cultura.
Em sua homenagem, com muito mérito e louvor, durante a administração do prefeito municipal Lélio Gomes (01/01/2001 a 31/12/2004), a pequena praça localizada entre a Praça da Bandeira ou Jardim da Vila Abernéssia e o prédio da antiga Telefônica recebeu o nome de “Praça Julio Domingues Pereira”. A praça fica em frente ao local onde, durante muitos anos, o seu Julio da Bandeirantes esteve estabelecido com o saudoso, famoso e prestigiado Armazém “A Bandeirante”, de secos e molhados, como denominado à época. Esse armazém foi localizado no mesmo local onde hoje está estabelecido o conhecido “Sérgio Restaurante”.
Edmundo Ferreira da Rocha
24/09/2015
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