Home · Baú do Jordão · Camargo Freire  · Campos do Jordão

Crônicas e Contos · Culinária  ·  Fotos Atuais · Fotos da Semana

  Fotografias · Hinos · Homenagens · Papéis de Parede · Poesias/Poemas 

PPS - Power Point · Quem Sou  · Símbolos Nacionais · Vídeos · Contato

Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

O esquecido Dr. REID 


O esquecido Dr. REID

Dr. Robert John Reid e seu habitual kilt escocês, em foto da década de 1920.

 

Clique para Ampliar!

 

Clique para Ampliar!

 

Clique para Ampliar!

 

Clique para Ampliar!

 

 

Alguém disse que o esquecimento é pior que o desprezo.

Por causa disso, os antigos falavam que havia uma região do esquecimento, local pior que a morte. A nosso ver, esquecido em Campos do Jordão é o fundador de Vila Abernéssia, o engenheiro Roberto Reid.

Ao menos sobrou uma modesta via pública com seu nome. No entanto, pelo que ele fez em prol da terra jordanense é pouco. Muito pouco. Por muito menos, a cidade paulista de Olímpia erigiu-lhe uma estátua em via pública.

Robert Reid foi Juiz de Paz quando ainda Campos do Jordão era Distrito de São Bento do Sapucaí. Meteu-se na política, tornando-se alto membro do PRP – Partido Republicano Paulista. Foi nomeado agrimensor na Ação de Divisão da Fazenda Natal, de onde se originou o município de Campos do Jordão. Doou o terreno para a construção do primeiro cinema jordanense, pedindo apenas que lhe dessem o nome de sua filha Jandira. Também doou o terreno para a construção da estação ferroviária de Vila Nova, solicitando que lhe dessem o nome de Estação Abernéssia. Doou o terreno para a implantação da Praça da Bandeira, onde se comemorou a Emancipação da cidade como Município. Reid criou a palavra Abernéssia arbitrariamente, comovido com a semelhança de Campos do Jordão com sua terra natal. Extraiu ABER de Aberdeen, terra de seus pais, NESS de Inverness, sua terra natal e IA, sufixo de Escócia. Doou muitos terrenos para os jordanenses, que se aproveitavam do velho escocês quando estava bebido e embebido de uísque, sua adorável predileção. Quando Campos do Jordão se iniciava como Município, com um sócio, implantou uma usina de energia elétrica que abastecia os moradores da cidade nascente. Lutou muito para que o Governo de São Paulo encampasse a Estrada de Ferro Campos do Jordão, quando a S. A. fundada por Emílio Ribas e Victor Godinho estava financeiramente quebrada, ferrovia que alavancou a cidade, seja como estação de cura de tuberculose, seja como estância de turismo. Hoje, seu túmulo está logo na entrada do cemitério municipal quase caindo aos pedaços. Um saudoso amigo que presenciou seu sepultamento contou-me, que como Reid era um homem grandalhão, foi preciso cortar as extremidades do seu caixão para que ele descesse à sepultura. Ele me disse: “ao homem que doou tanta terra em vida, depois que morreu faltou-lhe um pouquinho de terra.” Aí de quem trabalhar por Campos do Jordão à espera de reconhecimento póstumo.

Dr. Pedro Paulo Filho-Advogado e Historiador

 

 

Acesse esta crônica diretamente pelo endereço:

www.camposdojordaocultura.com.br/ver-cronicas.asp?Id_cronicas=96

 

Voltar

 

 

- Campos do Jordão Cultura -