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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

Quem foi esse tal de Macedo Soares ? 


Quem foi esse tal de Macedo Soares ?

Embaixador José Carlos de Macedo Soares

 

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A pergunta já foi feita várias vezes. Revela, no mínimo, um assustador desinteresse pelas coisas de nossa terra.

Toda pergunta é verdadeira. A resposta nem sempre.

Neste caso, a resposta é absolutamente verdadeira.

José Carlos de Macedo Soares é uma das figuras mais importantes na história de Campos do Jordão, de São Paulo e do Brasil. Aqui, as autoridades municipais reverenciaram a sua memória, dando o seu nome a importante via pública de Vila Capivari e as estaduais, ao Fórum da Comarca. É pouco. Muito pouco. Ele foi a personalidade mais importante de nossa terra, enquanto Estação de Cura da Tuberculose. Adquiriu em 1921 uma grande área do Banco do Brasil, a que deu o nome de sua esposa Fazenda Santa Mathilde. Em 1922 ajudou a fundar a Liga Beneficente para auxiliar o tuberculoso pobre, doando o terreno onde foi edificado o Centro de Saúde “Silvestre Ribeiro”. Possuía uma casa na Rua João Sampaio, em Vila Capivari e doou um terreno para as Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, na avenida que tem seu nome em Vila Capivari. Católico praticante. Trouxe os primeiros padres para a cidade, alguns já enfermos. A sua grande obra foi a fundação da Cia. de Melhoramentos de Campos do Jordão, projetando Vila Capivari. Doou terreno para a construção da Casa de São Carlos, perto da Parada Damas.

Macedo Soares teve ativa participação na construção da Rodovia SP-50 (Campos do Jordão – São José dos Campos) em 1936. Doou áreas de terras para a construção de quase todos os sanatórios de tratamento de tuberculose na Estação de Cura (Sanatório Divina Providência, Sanatório São Paulo, Preventório Santa Clara, Sanatório Santa Cruz, Sanatorinhos nº 1, Sanatório São Cristóvão, Sanatório Nossa Senhora das Mercês).

Costumava doar terrenos para operários, fazendo constar da escritura a cláusula de inalienabilidade, para impedir a revenda e garantir a construção da casa própria. Doou terreno para construção da Congregação Mariana.

Macedo Soares, com seu largo de prestígio influenciou muito na nomeação de prefeitos municipais junto ao Governo do Estado. Foi Interventor Federal em São Paulo, Ministro da Justiça e Ministro das Relações Exteriores no Governo Vargas, recebendo o titulo de “Chanceler da Paz”.

Fundou o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e participou da Academia Brasileira de Letras, como grande historiador católico.

A Edilidade jordanense deu-lhe o titulo de ”Cidadão Honorário”. Homem rico e sem filhos deu um destino benemérito e social aos seus bens. Na década de 60, visitou o saudoso prefeito José Padovan, quando foi recebido com todas as regalias. Pediu licença para dar ao jovem médico 5 conselhos, que José Padovan ouviu e seguiu ao longo da vida: 1º conselho – “Meu jovem prefeito, nunca pretenda solucionar imediatamente os problemas de sua cidade. Coloque-os numa pasta, e o deixe repousar. Depois de algum tempo, verificará que a maioria dos problemas foram solucionados sem a sua interferência.” 2º conselho – “Nunca use o poder de que está investido para perseguir a quem quer que seja, mesmo seus inimigos”. 3º conselho – “Aprenda a receber calúnias como coisas inerentes ao seu cargo”. 4º - conselho – “Se receber alguma denuncia, ouça todas as partes. A verdade nem sempre está onde a gente procura”. 5º conselho – “Não pense que está perdendo tempo ouvindo os humildes. Até os mais pobres sempre tem alguma coisa para nos ensinar. Ouça-os também”. O prefeito agradeceu comovido, mas Macedo Soares respondeu: “Não pense que estes conselhos são meus. Aprendi-os com o Presidente Getúlio Vargas!”

Meu Deus! E ainda há gente que pergunta: “Quem foi esse tal de Macedo Soares?”

Texto da autoria do Historiador, Advogado e Escritor Pedro Paulo Filho.

18/10/2011

 

Acesse esta crônica diretamente pelo endereço:

www.camposdojordaocultura.com.br/ver-cronicas.asp?Id_cronicas=109

 

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