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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

Saudades da Vila Capivari antiga e adjacências 


Saudades da Vila Capivari antiga e adjacências

Composição com várias imagens da Vila Capivari antiga.

 

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O próprio dicionário da nossa língua pátria define bem a palavra SAUDADE: “Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las. Pesar pela ausência de alguém que nos é querido”.

É realmente isso aí e muito mais.

As narrativas a seguir, são de fatos dos quais tomei conhecimento ou vivenciei durante minha vida. Os nomes mencionados são de pessoas saudosas com as quais convivi ou cheguei a conhecer e estão gravados em minha memória. Assim sendo, é bem possível que muitas pessoas importantes e fatos interessantes e maravilhosos deixem de ser aqui relatados, por não terem chegado até mim em época oportuna. Para mim, a história não deve ser estanque e, por isso, deve ser constantemente atualizada. Se alguém souber de algum fato interessante ou de algum nome importante, que deva ser lembrado nestas reminiscências sobre a Vila Capivari de outrora, por favor, entrem em contato comigo pelos endereços constantes na página inicial do site.

A saudade do nosso Capivari antigo é algo que aumenta a cada ano que passa, diante da total e incontrolada descaracterização do seu lindo visual, bucólico, tradicional, tranquilo e acolhedor. Quase nada do que existe no Capivari de hoje pode representar o que foi esse bairro de Campos do Jordão, denominado Bairro Turístico, até a década de 1970.

Procurarei enumerar os principais pontos comerciais, residências tradicionais de moradores da cidade ou de turistas que as mantinham para utilização em períodos de férias e que fizeram parte da nossa Vila Capivari de outrora. Poucos ainda persistem, porém completamente modificados com o decorrer do tempo. Estarei registrando alguns detalhes importantes, que fizeram suas histórias e nos trazem muita SAUDADE, motivando-nos a não nos esquecermos...

– Antigamente, o diminuto espaço do atual centrinho da Vila Capivari era enorme, amplo, bem arejado, simples e sem sofisticação, porém acolhedor e tranquilo. Os poucos estabelecimentos comerciais lá sediados eram de pessoas que moravam em Campos do Jordão e vestiam a camisa da cidade. Muitos trabalhavam lá, quase que, praticamente, em troca do clima e sem a pretensão ou a ganância de ficarem ricos em uma ou algumas temporadas de férias.

No Centrinho de Vila Capivari

– No centrinho da Vila Capivari de hoje tudo é muito sofisticado, aglomerado e apertado. A cada ano que passa a aglomeração de pessoas, veículos e demais apetrechos que lá são introduzidos e colocados com o intuito de agradar, divertir e atrair os turistas impede que alguém como nós, jordanenses de sempre, porém com mais de quarenta anos de idade, tenhamos um mínimo do conforto, do sossego, do silêncio e da tranquilidade daqueles anos dourados maravilhosos que, infelizmente, não voltarão jamais.

Ainda se mantém nesse centrinho algumas de suas características principais e iniciais. Uma delas é a nossa Igreja de São Benedito, a segunda igreja construída em Vila Capivari, pois a primeira foi construída em 1929 e demolida em 1940 e tinha como padroeira a nossa Santa Terezinha que, agora, é a padroeira de nossa Igreja Matriz de Vila Abernéssia. Até os ilustres, dedicados e maravilhosos freis, a maioria com seus sotaques característicos e puxados para o germânico, pertencentes à Ordem dos Frades Menores, já não estão à sua frente. Ainda bem que os padres atuais, pertencentes à Ordem dos Salesianos, são igualmente impecáveis;

Do pouco e do muito que existia na Avenida Dr. Macedo Soares, é impossível esquecer...

– a linda e bem montada Farmácia Emílio Ribas, do Sr. Paulo Gracie, egresso de um dos sanatórios de Campos do Jordão, para onde veio em busca da cura da tuberculose. Posteriormente, ela passou a pertencer a outro que para cá veio em busca de idênticas finalidades, o saudoso e querido Sr. José Elias, o “Calil”. Atualmente, a farmácia foi totalmente modificada – infelizmente, nada lembra o lindo e sóbrio visual tradicional da antiga;

– o Bar São Luiz, de propriedade do Sr. Ermínio, posteriormente do Sr. José de Almeida e de D. Laura Benvinda dos Reis, irmã da D. Gracinda, casada com o Sr. Alberto Bernardino, proprietários da Casa Ferraz e do Hotel Estoril I, localizado ao lado da ainda tradicional, porém totalmente desfigurada, Farmácia Emílio Ribas. Com suas duas mesas de snooker, divertia moradores do bairro em seus poucos momentos de lazer;

– a Livraria e Papelaria “Paula & Brito”,, dos amigos David Brito e Marques de Paula, posteriormente, adquirida e comandada, por muitos anos, pelo também amigo, o saudoso José Benedito Pires, mais conhecido como seu Pires;

– o Bar e Restaurante “Ao Franciscano”, filial do tradicional restaurante da capital paulista. Posteriormente, nesse mesmo local, vários outros estabelecimentos com comércio do mesmo ramo tentaram sucesso. Alguns conseguiram algum êxito, porém a grande maioria só conseguiu decepções.

Quem conseguiu sucesso por vários anos foi oBar e Restaurante Três Irmãos, de propriedade dos irmãos Abitante (Luiz, Sérgio e Orlando);

Também, além de muitos outros comerciantes que estiveram estabelecidos naquele endereço, os italianos Michelli Foschi e Mário Cavandoli conseguiram sucesso com a Confeitaria Italiana – CONFIT.

Em determinada época, devido aos insucessos constantes dos comerciantes que naquele local tentavam se estabelecer, costumava-se dizer que ali havia caveira de burro enterrada.

Esse encanto macabro somente foi definitivamente quebrado com a instalação do tradicional Restaurante Nevada, introduzido pelas mãos competentes do lusitano de boa estirpe, o Sr. José Manuel Gonçalves, também carinhosamente conhecido como Zé do Nevada. O Nevada, como ficou conhecido, permanece até hoje, porém mais sofisticado que outrora;

– a tradicional Mercearia Caruso, de propriedade do Sr. Julio Turra e do maravilhoso espanhol e grande amigo Delmiro Cerviño Fraguas. Esteve localizada, durante muitos anos, ao lado do atual Restaurante Nevada, em espaço que outrora este não ocupava.

Numa época desprovida dos atuais super e hipermercados, essa mercearia marcou época, pois tinha uma variedade muito grande de gêneros alimentícios, bebidas nacionais e importadas.

Ao lado da Mercearia Caruso havia a Companhia Imobiliária e Financeira – CIF, que comercializava imóveis aqui em Campos do Jordão, dando ênfase ao loteamento denominado Parque do Ferradura. Quem esteve à frente desse escritório, por vários anos, foi a maravilhosa e eterna Dona Hilda Degli Esposti que ainda continua no mesmo ramo, porém junto à tradicional CADIJ Imóveis.

Por falar em CADIJ Imóveis, esta é a mais antiga e tradicional imobiliária de Campos do Jordão, que, embora muito diferente do seu início, permanece no centrinho de Vila Capivari desde o início do ano de 1951.

No começo a CADIJ era Construtora e Imobiliária e seu primeiro e principal proprietário, o Sr. Antonio Leite Marques, também conhecido como Toninho da Cadij, dominou e liderou por muito tempo os negócios imobiliários de Campos do Jordão.

Posteriormente, a área imobiliária foi assumida por um de seus corretores de maior sucesso, o conhecidíssimo Walter Nicolau, e adquirida por este, continuou a liderar os grandes negócios imobiliários da cidade até os dias de hoje.

A partir do ano de 1953 houve uma separação. A Imobiliária continuou com o Toninho Leite Marques e a construtora passou a chamar-se COPEL, sob a direção do Dr. Marcos Wulf Siegel, do Prof. Harly Trench e do Dr. José Ariosto Barbosa de Souza Junior.

A COPEL se estabeleceu, inicialmente, na Avenida Emílio Ribas, numa casa alugada por Waldemar Ferreira da Rocha, meu pai, de propriedade do saudoso Adauto Camargo Neves – um dos primeiros corretores de imóveis de Campos do Jordão – situada ao lado do atual Hotel JB. Nessa casa a COPEL se instalou nas salas da frente, subalugadas por meu pai que, também, trabalhou na construtora durante muitos anos como mestre de obras.

Nesse endereço da Av. Macedo Soares – 306 –, no local onde durante vários anos funcionou a COPEL, meu pai, Waldemar Ferreira da Rocha, e o grande e competente Prof. Harry Mauritz Lewin, associando-se, fundaram e instalaram a “Imobiliária Rocha” que, após muitos anos neste endereço, depois da saída do Prof. Harry, foi transferida para a esquina desta avenida com a Rua Heitor Penteado, no sobrado pertencente ao Sr. Antonio Elias Jacob, comerciante de São Paulo, da área de tecidos, local onde hoje está sediado o Hotel Europa.

Posteriormente, a COPEL transferiu-se para outra casa alugada por meu pai, pertencente ao Sr. Adelardo Soares Caiuby, situada na Avenida Macedo Soares, onde hoje está sediado o Hotel e Restaurante Itália, em frente ao Hotel Bologna, e, por último, instalou-se até sua extinção, no final da década de sessenta, em prédio próprio, situado ao lado da Igreja de São Benedito, prédio onde até pouco tempo atrás funcionava a Malharia Italiana do Sr. Giovani Zoffoli.

Aproveitando o gancho acima da Malharia Italiana, é preciso registrar que esta foi, realmente, a primeira malharia de Campos do Jordão. Idealizada pela Família Zoffoli (Giovani e esposa Ana, o pai Roberto, a mãe D. Tina Pagliacci, irmã do Augusto proprietário do Hotel Bologna), teve seu início em casa situada na Avenida Macedo Soares, de propriedade do Dr. Diogo de Toledo Lara, hoje incorporada ao prédio onde se acha instalado o Hotel Bologna.

Com o nome de “La Bottega Italiana”, ali funcionou durante muitos anos. Adquiriu fama e sucesso, revolucionou novo tipo de indústria sem fumaça, benéfico para a cidade e aliado a um comércio muito promissor, o das malharias, amplamente difundido posteriormente e até hoje. Muito ajudou no crescimento da economia de nossa cidade, até transferir-se para prédio próprio, anteriormente mencionado, adquirido da Construtora COPEL.

Também não podemos nos esquecer dos relevantes e históricos serviços prestados pela famosa, operante e tradicional “Foto Capivari”.

Essa foto, antes de passar a se chamar “Foto Capivari”, pertenceu, inicialmente, ao grande fotógrafo Manoel Luiz Ferreira, com o nome de idêntico estabelecimento, também de sua propriedade, localizado na Vila Abernéssia. A “Foto Abernéssia” foi transferida, tempos depois, para o fotógrafo Josias que, também, muito contribuiu para o sucesso da arte fotográfica em Campos do Jordão.

Sediada inicialmente em casa existente no local onde hoje se acha instalado o “Boulevard Geneve”, transferiu-se para o centrinho do bairro, já com o nome de “Foto Capivari”, aumentando a sua fama nas mãos do gentil e competente fotógrafo Jayr de Souza Lemos que, durante várias décadas, registrou momentos importantes da história da nossa cidade e da nossa Vila Capivari.

Não podemos deixar de registrar outros estabelecimentos comerciais que deixaram saudades, tanto para os jordanenses mais antigos como para os turistas mais tradicionais, que frequentavam Campos do Jordão com muita assiduidade, durante toda a temporada de Inverno, durante o tradicional mês de julho.

Que saudade da Agência do Expresso Zefir, também localizada no centrinho de Capivari, de onde partiam e aonde chegavam os ônibus que faziam a linha Campos do Jordão – São Paulo e vice-versa. Um de seus agentes, o saudoso português Sr. Ferreira, com seu bigode imenso, ao tradicional modo lusitano, com seu inseparável cachimbo tipo “Sherlock Holmes”, normalmente à noite, enquanto esperava o último ônibus que vinha da capital paulista e que chegava por volta das dez horas da noite, encantava os amigos, alguns turistas e curiosos tocando lindos fados em sua tradicional guitarra portuguesa. A esposa, a simpática e boa D. Alice, revezava com o marido o atendimento da Agência.

Nesse local, também ficaram famosos os agentes Francisco Barini, de saudosa memória, alto e atlético, simpático, ótimo amigo, com cabelos loiros e topete avantajado, sustentado por muita brilhantina; o Almeida Gonçalves, que nas horas de folga na Agência do Expresso Zefir era locutor da Radioemissora de Campos do Jordão, a mais alta do Brasil, comandando os programas “Boite em Sua Casa” e “À Luz do Abat-jour”. Ele, a exemplo do Sr. Ferreira, dava seus shows particulares enquanto aguardava o último ônibus, interpretando lindos boleros e música em idioma castelhano, acompanhado ao violão por várias pessoas tradicionais que lá compareciam quase todas as noites, dentre elas o Djalma ou Djalminha, egresso da nossa área especializada em tisiologia, visivelmente marcado pela torocoplastia – cirurgia que era realizada para a retirada de um dos pulmões ou parte de um destes, que exigia antecipadamente, a retirada de algumas costelas, deixando todos que a ela se submetiam descompensados fisicamente do lado em que a cirurgia era efetivada. Ficavam tortinhos, como costumávamos dizer, com um dos ombros mais baixo que o outro, devido à falta das costelas retiradas.

Sucesso absoluto naquele centrinho de Capivari foi o conquistado pela “La Crèmerie”, especializada em produtos lácteos produzidos em Campos do Jordão. Ficou famosa e sua fama permanece até hoje com a tradicional “Crèmerie”, batida feita com creme de leite batido com morangos frescos, introduzida pela arte do Sr. Arinos, técnico em laticínios do tradicional “Laticínios Bel-Air de Campos do Jordão”. Essa sua receita, ao longo dos anos, passou por diversas alterações, deixando-nos em dúvida se a receita de hoje é igual à original. A Crèmerie, posteriormente, esteve comandada, por vários anos, pelo José de Siqueira e Silva, o conhecido Zé Maloca, que foi, anteriormente, um dos bons e excelentes “barmen” do Grande Hotel de Campos do Jordão, durante várias décadas.

A história do centrinho de Capivari não pode esquecer:

– o Salão de Barbeiro do Sr. Amadeu Farina que, nas horas de folga, procurava complementar seus rendimentos fazendo lindas cúpulas de “abat-jour”, com palhinhas de espécie de junco, colhidas por ele nas proximidades de alguns lagos tradicionais de Campos do Jordão, onde esse material era abundante;

– o Açougue do Sr. Helmut, alemão que veio para o Brasil junto com a tripulação do famoso navio Winduk, no início do século passado, e que, na década de 50, encantava os fregueses e admiradores de seus tradicionais frios ao jeito e sabor alemão, tais como, embutidos diversos, salsichas, mortadelas etc. Posteriormente este açougue pertenceu, por vários anos, ao nosso amigo Plínio Vasconcellos de Oliveira que, juntamente com seus irmãos Aércio e Benedito, abasteceram os hotéis e restaurantes de então, com carnes de primeira qualidade;

– o técnico de antenas e de rádio e, posteriormente, de televisões, Sr. João Canossa, que residia em casa situada nos fundos do prédio de sua propriedade, onde até hoje se acha o Restaurante Nevada;

– a CIMAPE - Corretora de Imóveis Manoel Pêra, de propriedade do saudoso amigo Tito (Manoel Pêra) que, durante vários anos, trabalhou no ramo imobiliário, sendo a responsável pelo lançamento de muitos loteamentos residenciais em Campos do Jordão, especialmente na região de interesse turístico;

– a Loja “LOS ARTESANOS”, de propriedade do Sr. João Tavela e esposa D. Edith, responsáveis pela criação de inúmeras e maravilhosas peças de artesanato para decoração de residências, hotéis e comércio. O Sr. Tavela era um exímio artesão que trabalhava maravilhosamente cobre e metais diversos;

– a “Jordanense Lembranças”com sua arte tirolesa, tradicional loja de lembranças típicas, confeccionadas em madeira, couro e outros materiais, habilmente adornadas com lindos motivos em pirogravura; era propriedade do Sr. Karl Polhuber e esposa D. Ernestina, situada no local onde hoje se acha sediada “A Esquina dos Pastéis”;

– a bem servida quitanda da Bernadete Onishi, posteriormente transformada no Mercadinho Capivari, responsável pelo abastecimento de frutas, verduras, bebidas e gêneros alimentícios diversos, para jordanenses e turistas em geral;

– a Santos Boutique, especializada em lembranças típicas de Campos do Jordão, dos saudosos amigos Sr. Manoel dos Santos, o conhecido Mané do Ouro, e de sua esposa, a maravilhosa criatura Dona Hermínia. Ele, artesão do ouro, pessoa ligada aos esportes desde os tempos de Santos, onde sempre esteve ao lado do seu querido Santos Futebol Clube, especialmente durante a era Pelé;

– a Confeitaria WILLIE, do Wilhelm Patzke, alemão que veio para o Brasil por acaso, na época da guerra, com toda tripulação do famoso navio Windhuk. Confeiteiro de grande conhecimento, habilidade, tanto no navio em que trabalhava como no Grande Hotel de Campos do Jordão, onde trabalhou por vários anos após o término da guerra e liberação de toda a tripulação do navio;

– o sucesso da Sorveteria Biagio, da D. Benedita e do Sr. João Biagio;

– as maravilhas de uma pequena loja que encantou jordanenses e turistas. A charmosa “Lembranças do Oriente”, de propriedade do saudoso Kaichi Kawasaki e de sua esposa Dona Talita.

Na esquina da Rua Djalma Forjaz e da Avenida Macedo Soares, em frente ao atual Hotel Estoril, não podemos deixar de nos lembrar do Consultório Médico onde atendia o Dr. José Carlos da Silveira, conhecido clínico geral e pediatra das décadas de 40 e início de 60, e o Dr. Guilherme Schultz, médico pneumologista e tisiologista de grande experiência que prestou relevantes serviços no combate à tuberculose, durante algumas décadas, a partir da de 1940, secretariados por seus simpáticos e competentes assistentes, Sra. Iracema Abrantes e Nelson Soares.

Ao lado desse consultório, também outro consultório médico deve ser lembrado, sediado no local onde hoje está estabelecido o “Restaurante Panela de Ferro”. Nesse consultório, durante vários anos, o saudoso Dr. João Pedro Além, famoso e competente pneumologista que prestou relevantes serviços nessa área, em vários sanatórios de Campos do Jordão, especializados na cura da tuberculose, atendeu, também, como clínico geral e cardiologista, recebendo diariamente verdadeiras caravanas de pacientes, não só de Campos do Jordão, mas de todo o vizinho Sul de Minas Gerais.

Subindo a Avenida Dr. Macedo Soares podíamos ver:

– o Hotel Estoril, construído com muito trabalho e dedicação do saudoso Sr. Alberto Bernardino e sua esposa Dona Gracinda, casal português de grande valor que, praticamente desde a década de 1940, se radicou em Campos do Jordão, inicialmente com a tradicional “Casa Ferraz” de Vila Capivari e com o “Empório São Paulo”. Ambos os estabelecimentos, especializados no ramo de armazém geral, sendo importantes no comércio e fornecimento de gêneros alimentícios, bebidas, ferramentas etc., tanto para jordanenses e como para turistas residentes, desde a Vila Capivari até o longínquo Horto Florestal. O Hotel Estoril foi um marco no ramo hoteleiro de Vila Capivari a partir da década de 1960, responsável pela criação de grande complexo hoteleiro, hoje composto pelos hotéis: Estoril I e II, Serra da Estrela e Hotel Bologna, todos administrados pelo filho do casal, Alberto de Almeida Bernardinho, o Albertinho, e família;

– a residência do Dr. Octávio Augusto de Faria Souto e família, engenheiro responsável por uma empreiteira especializada na construção de asfalto que, nas décadas de 1950 e 1960, executou vários serviços de asfaltamento de ruas e avenidas de Campos do Jordão. Nessa época, o Dr. Faria Souto instalou a famosa pedreira SODIPE – Sociedade Distribuidora de Pedras, para fornecimento de pedras para os serviços de asfalta que realizava na cidade. O nome SODIPE, por vários anos, denominou o bairro que se formou ao redor dessa pedreira. Atualmente esse bairro chama-se Nossa Senhora de Fátima, embora muitos ainda o conheçam pelo antigo nome. Essa residência, depois de passar por grande reforma, é hoje a residência do Albertinho Bernardino e família;

– a casa do Sr. Diogo de Toledo Lara, grande empresário de São Paulo, proprietário de várias glebas de terras em Campos do Jordão, até proximidades da década de 1980. Essa casa foi totalmente modificada e hoje faz parte das instalações do tradicional Hotel Bologna;

– o tradicional e prestigiado Hotel Bologna, de propriedade do casal italiano Augusto Pagliacci e Dona Alba, com restaurante anexo, especializado na maravilhosa culinária italiana. Quase toda família Pagliaci trabalhava no hotel. Entre outros, os proprietários trabalhavam na administração; a cozinha, especializada na culinária italiana, contava com a experiência da Sra. Diva Pagliacci, mãe do seu Augusto; os sobrinhos Giovanni, Michelli e Emílio trabalhavam no restaurante como garçons. Esse hotel fez muito sucesso em Vila Capivari, prestigiou e valorizou a hotelaria de Campos do Jordão. Durante a década de 1960 e início da de 1970, o Hotel Bologna esteve arrendado para a família Chiarini, outra tradicional e famosa família italiana que veio para cá para continuar prestigiando o bom atendimento e a tradicional cozinha italiana do hotel. A família Chiarini fez história em Campos do Jordão. Também, todos trabalhavam no Hotel. O filho mais velho do casal Elizeu e Leontina, o Agostino, com o cunhado Delvino, casado com sua irmã Mirella, davam conta da administração do hotel; a área de camararia e lavanderia era comandada pela Mirella e pela Dona Leontina; o seu Elizeu comandava com rara habilidade a cozinha especializada na culinária italiana; os outros dois filhos do casal, o Rotoviano, mais conhecido como NIN, um italianão louro, alto e forte, com nariz amassado, lutador de box, parecido com o ator de cinema Kirk Douglas, e o irmão mais novo, o Otoliano, mais conhecido como NINE, auxiliavam no restaurante do hotel como hábeis garçons. Depois da saída do Delvino e da Mirella que voltaram para a Itália, os serviços desempenhados por ambos foram comandados pela Maria Helena Zolini Chiarini, esposa do Agostinho;

– a famosa casa do relógio, situada bem em frente ao Hotel Bologna, durante muitos anos de propriedade do gentil santista Sérgio Alca que, também, veio para Campos do Jordão em busca da cura da tuberculose. Acabou comprando essa casa onde, mesmo depois da cura, vinha constantemente passar temporadas de férias e repouso;

– a casa de férias do Sr. Antonio Elias Jacob, comerciante morador em São Paulo, situada no nº 371, onde também morei anos mais tarde com minha família, local onde hoje está instalado o Hotel Europa, da Sra. Marisa Pagliacci Bortoloni;

– a casinha situada ao lado do nº 371, também de propriedade do Sr. Antonio E. Jacob, onde morou por vários anos o saudoso, eminente e consagrado educador, professor, autor de mais de cinquenta obras ligadas, essencialmente, a temas educacionais, envolvendo entre outros temas, a filosofia, sociologia, psicologia e pedagogia, e diretor de nosso Colégio Estadual de Campos do Jordão, na década de 1950, Imídio Giuseppe Nérice, e sua esposa Capitã Bertha de Moraes Nérice, laureada enfermeira, formada pela 1ª Turma do Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército Brasileiro, veterana da 2ª Guerra Mundial, tendo prestado relevantes serviços na FEB – Força Expedicionária Brasileira, no teatro de operações da 2ª Guerra Mundial, na Itália, durante o período de 1942 a 1945, tendo sido condecorada com as medalhas de guerra e medalha de campanha, em dezembro de 1945. Nessa época morava nos fundos dessa casa, praticamente como caseiro, o culto e gentil Sr. Passos;

- o atuante Clube Campestre de Campos do Jordão, montado em um terreno situado ao lado da antiga casa do escritor Monteiro Lobato, onde hoje está instalado parte do Shopping Cadij. Parece incrível, nesse terreno, foi construída, por um grupo de entusiastas do voleibol, entre eles os irmãos Sergio e Renato, filhos do saudoso Sr. Délio Rangel Pestana, Célio Motta, Victor Hugo de Brito e muitos outros, uma simples quadra de saibro, onde se reuniam quase todas as tardes para a prática desse esporte maravilhoso. Vários campeonatos de voleibol foram disputados nessa simples quadra;

– o tradicional sobrado que pertenceu ao escritor Monteiro Lobato, onde morou em Campos do Jordão no final da década de 1930 e início da década de 1940, em busca da cura da tuberculose em seu filho Guilherme Monteiro Lobato. Nessa casa, posteriormente estiveram estabelecidas a Pensão de Dona Adelaide e Paulo Gracie e a Imobiliária Rondon, do saudoso Geminiano Nunes da Silva Rondon Filho, localizada ao lado do atual Shopping Cadij, pai das saudosas amigas Marilena e Cidinha e do amigo Vitor Hugo que, felizmente, permanece entre nós;

– a antiga casa situada na esquina com a Rua Camilo de Morais, onde, por vários anos, esteve instalada a primeira Agência do Expresso Zefir, empresa que mantinha frota de automóveis para transporte de passageiros entre Campos do Jordão, São Paulo e Santos e vice-versa. Posteriormente, residiram nessa casa o Sr. Amadeu Farina e família, do Salão de Barbeiros existente no centrinho de Capivari, e o saudoso amigo João Geraldo de Oliveira, contador e guarda-livros da Construtora Copel;

– a famosa e linda casa de veraneio, localizada onde hoje está sediado o Center Suíço, que foi de propriedade do benemérito e respeitado embaixador José Carlos de Macedo Soares, (06.10.1883 – 29.01.1968), diplomata, político, advogado, industrial, professor, importante figura da história brasileira, de saudosa memória, admirador, grande benfeitor e assíduo frequentador de Campos do Jordão;

– a Casa do Sr. Bruno Steinmann, grande artesão na fabricação de joias de vários tipos, confeccionadas em ouro, prata e pedras preciosas;

– da casa do grande amigo Dr. Giuseppe Sadun, um dos grandes representantes da Indústria Securit de São Paulo, famoso por algumas décadas, entre 1960 a 1990, pelo seu sítio situado no Vale do Baú, denominado Sítio do Contra, onde, com muita habilidade, persistência e dedicação, conseguiu ótimo resultado com a plantação de castanheiras, conseguindo colher castanhas maravilhosas, de excelente qualidade, iguais e até superiores às importadas de Portugal;

– a casa do Sr. Benedito Olimpio Miranda e sua esposa D. Jovelina, pais dos amigos Gilberto Miranda e Carmem Miranda, além de outras filhas maravilhosas, avós de inúmeros netos, entre eles a Alda e o Edimar. Nessa casa, há pouco tempo esteve instalado o sofisticado e excelente restaurante Santiago, de propriedade do Nelsinho do Nevada;

– o HOTEL AUGUSTA, de propriedade de Dona Augusta e do Sr. Eugênio Holl, um dos primeiros hotéis de Campos do Jordão, localizado na esquina da Av. Macedo Soares com a Rua Ribeiro de Almeida, no local onde hoje está sediado o Hotel Solar da Montanha, em frente ao Market Plaza, em Vila Capivari;

– a casa do Sr. Otávio Andrade e esposa, pais das saudosas Estela e Elizabeth Janacsek Andrade, situada ao lado do antigo e tradicional Hotel Augusta. Nesse local, até a década de 1960, o Sr. Otávio mantinha uma bem montada cocheira onde mantinha, cuidadosamente, vários, lindos e bem cuidados cavalos, utilizados para seu serviço de aluguel aos turistas e pessoas admiradoras e aficionadas aos esportes equestres. Também, suas filhas eram exímias amazonas e gostavam de cavalgar pelas nossas montanhas jordanenses;

– na Rua Ribeiro de Almeida, a residência do Dr. Antonio Rodrigues Alves, pertencente à tradicional família Rodrigues Alves, da qual foi um dos mais importantes o Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves (07/07/1848 a 16/01/1919), Presidente da República do Brasil (15/11/1902 a 15/11/1906);

– ainda na Avenida Macedo Soares, o Hotel e Restaurante BEREKÊ, de propriedade da saudosa amiga Dona Odila Dileta Jacomone Santos, a conhecida Dona LÉTA. No local, anteriormente, foi estabelecida a primeira sede do Hotel e Restaurante Bologna, da família Pagliacci, localizados em propriedade pertencente ao Sr. Orivaldo Lima Cardoso (primeiro proprietário das terras da Água Santa e suas águas maravilhosas, até milagrosas, hoje pertencentes à Minalba – Alimentos e Bebidas), em frente ao atual e tradicional Restaurante Só Queijo.

Na esquina da Rua Senador João Sampaio, de um lado, a casa de férias do Dr. Gaetano La Laina, morador de São Paulo que, esperando que a memória não venha a me trair, foi um dos proprietários da Eletroradiobrás. Do outro lado da esquina, a casa do Dr. José Ariosto Barbosa de Souza, engenheiro da Prefeitura Municipal, vereador e prefeito em determinada oportunidade, também um dos sócios da Construtora COPEL, anteriormente mencionada, pai do nosso saudoso amigo José Ariosto Jr. e dos amigos Algari, Aulus Plautus, Aloísio e Heloisa. No local dessa casa, hoje está o “Vila De Biagi”, hotel de propriedade do Ney, do famoso um e noventa e nove.

Na rua próxima, a Senador João Sampaio, a tradicional e muito procurada Fábrica de Doces Suíça Brasileira, de propriedade do seu José De Luca e D. Luzia Todarelli De Luca, responsáveis pela fabricação de deliciosas frutas cristalizadas, doces em geral, especialmente o famoso doce de leite. Nos finais de semana, enormes filas de ônibus de excursões ficavam parados nas ruas próximas para que os passageiros pudessem adquirir os famosos doces de sua fabricação; a tradicional Vila Danduca, situada em frente à casa do Dr. Ariosto; na sequência, a casa do Dr. Leon Zilber, engenheiro residente em São Paulo; o Pensionato Bethânia Vicentina, semelhante ao Pensionato São José, a seguir mencionado.

Na sequência, a mansão do Dr. Francisco Giaffoni, irmão do Dr. Afonso Giaffoni, adiante mencionado. O Sr. Francisco era pai do Nenê Giaffoni, um dos que fazia parte dos jogos de futebol realizados no saudoso campinho existente na propriedade do seu tio Afonso. No local dessa casa está sediado o Hotel Chateau que, inicialmente, pertenceu à Empresa Feldmann e Varella, sendo o Varella o famoso “Dudu da Loteca”, um dos primeiros ganhadores da Loteria Esportiva, na década de 1960;

– a Colônia Israelita Brasileira, sediada, por várias décadas, entre o Hotel Chateau e o Pensionato São José, local utilizado como colônia de férias dos filhos de israelitas moradores em São Paulo, posteriormente, transferida para uma propriedade muito maior e maravilhosa, situada no caminho do Horto Florestal;

– o Pensionato São José, das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, espécie de hotel que, inicialmente, somente recebia moças e senhoras da sociedade brasileira, caravanas de estudantes, também do sexo feminino, provenientes de diversos colégios da cidade de São Paulo e outras cidades do interior do Estado. Posteriormente, passou a hospedar casais;

– pouco mais adiante, já na esquina com a Av. Washington Luiz e Roberto Geffery, o antigo e maravilhoso prédio onde, inicialmente, foi estabelecida a Pensão Glória, na época da tuberculose e, posteriormente, os Hotéis Everest e Helvetia, que foram de propriedade de Emile Xavier Raymond Lebrun, o nosso saudoso e querido Monsieur Lebrun, do artista plástico Léo Horvat e, por último, de D. Hildegard Frentzel.

Ainda nessa esquina, a casa do Sr. José Bacelar, da tradicional família Bacelar de São Paulo. Nessa propriedade, durante vários anos o caseiro foi o Sr. Roberto Amorim e sua esposa D. Rola, com toda sua prole;

Na Rua Roberto Jeffery, a simples casa de madeira onde morava a família Pinho, com o seu Raul, D. Rosária e generosos filhos, entre eles Zé do Pinho, Luiz Arnaldo, Raulzinho, Vera; ele pedreiro, ela lavadeira que lavava roupas para diversas famílias jordanenses e de turistas que frequentavam Campos do Jordão.

Na Av. Washington Luiz, a casa de meus pais, Waldemar Ferreira da Rocha e Odete Pavan da Rocha, onde, durante vários anos esteve sediada a Imobiliária Rocha, responsável pela administração de inúmeros imóveis de propriedade de pessoas residentes em várias cidades do Estado e que vinham passar suas férias e finais de semana em Campos do Jordão.

Também nessa avenida a residência do saudoso Henrique Nelken, local onde hoje está sediado o Edifício dos Cravos, e do também saudoso Sr. Evaristo Comollati, proprietário da famosa empresa Comolatti de São Paulo, do magnífico Restaurante Terraço Itália, localizado no último andar do Edifício Itália, no centro de São Paulo. Foi um dos pioneiros da salmonicultura brasileira, mantendo aqui em Campos do Jordão, sob a responsabilidade do maior especialista e técnico no assunto, o Sr. Kioshi Koike, a Salmonicultura Terraço Itália, com a finalidade do abastecimento do seu restaurante mencionado. No local, atualmente, está sediada a famosa “Truta Azul”.

Em frente à propriedade do Sr. Comolatti, a linda residência onde, nas décadas de 1940 e 1950, residiu o Dr. José Carlos da Silveira. Foi famoso pediatra que clinicou em Campos do Jordão, sendo um dos principais médicos da cidade, especialmente na época da tuberculose, ficando à frente do Sanatório São Vicente de Paulo, o conhecido Sanatório do Padre Vita, especializado em crianças doentes ou fracas, filhos de tuberculosos.

Nas proximidades, na esquina da Rua Roberto Jeffery com a Av. Emílio Ribas, a casa do Sr. Francisco de Moura Azevedo, proprietário do “Laticínios Jordanense”, bem montada indústria de pasteurização de leite e fabricação de queijos e derivados, existente em Vila Abernéssia, nas décadas de 1950 e 1960, posteriormente Laticínios “Bel-Air”, de Aparecido Ribeiro.

Já na Avenida Emílio Ribas:

– o Refinado Posto Shell, revendedor dos combustíveis da famosa marca, de propriedade do saudoso Sr. Horácio Padovan, casado com D. Nair, pais do prefeito e médico tisiologista Dr. José Antonio Padovan, e Moacyr Padovan, Geraldo Padovan, Horácio Filho e Salete Padovan;

– as propriedades:

- do Sr. Carlos Jagobo Jens e de D. Jacyra, proprietária da famosa Malharia Jacyra, pais dos amigos Pedro, Johnny, Toninho e Ignês Emília;

- do Dr. Paulo Krause, engenheiro e construtor renomado de Campos do Jordão, nas décadas de 1940 a 1960, localizada na esquina com a Rua Senador João Sampaio;

- do Dr. Cristovam Monfort Ivancko e D. Marizaninha, ele um dos diretores da nossa Estrada de Ferro Campos do Jordão, na década de 1950, pais dos amigos Pedro, de saudosa memória, exímio comandante de voo da Varig, Cristovinho e Antonio Carlos;

- do Geraldo Pereira de Barros, irmão do governador Adhemar Pereira de Barros, cuja casa muito antiga, já em ruínas, ficava no local onde esteve sediado por vários anos o Restaurante Capivari;

- do desembargador Vicente de Paula Azevedo, cuja casa estava localizada na esquina com a Rua Ribeiro de Almeida, local onde hoje está sediada a Empresa S.C.A.;

- do Adauto Camargo Neves – homem de rara educação, de gentileza invejável, praticamente o primeiro corretor de imóveis de Campos do Jordão – e D. Benedita, pais dos saudosos Eduardo e Roberto Camargo Neves – em cuja casa, sediada ao lado do atual Hotel JB, morei por vários anos, conforme relato anterior;

– o Posto Esso de combustíveis diversos, até hoje existente, que, durante muitos anos, pertenceu a seu Wilson Brügger, saudoso, gentil e amigo, que, infelizmente, faleceu em virtude de infarto fulminante ao prestar salvamento à vítima de acidente envolvendo um dos bondinhos de nossa Estrada de Ferro Campos do Jordão.

Travessa Simão Cerineu Saraiva com Av. Dr. Emílio Ribas

– a casa do saudoso Wilson Mendonça da Costa Florin – pessoa ligada ao esporte e à Federação Paulista de Futebol, grande conhecedor e cuidadoso criador de canários de cor da raça “Roller”, para competições diversas – pertencente à Associação Paulista de Periquitos Australianos. O Sr. Wilson foi presidente, por muitos anos, da FOB – Federação Ornitológica do Brasil. Nessa casa, na década de 1970, esteve hospedado o grande e saudoso amigo Dr. Mário Hermes Trigo de Loureiro, famoso e querido dentista das Seleções Brasileiras de Futebol, participando de várias Copas do Mundo – das quais o Brasil veio a tornar-se Campeão Mundial, especialmente nos anos de 1958, 1962 e 1970 –, casado com a grande e eterna amiga Vânilde Shirley Mantovani Trigo de Loureiro. No local dessa casa hoje está sediado o Edifício Araucária;

Saindo das avenidas Macedo Soares e Emílio Ribas:

– na área de gêneros alimentícios, fez muito sucesso e prestou relevantes serviços à população jordanense e aos turistas o tradicional e bem montado “Empório São Paulo” de propriedade do gentil, educado e honestíssimo cidadão, Sr. Joaquim Pinto Seabra, que, juntamente com toda sua maravilhosa família (Dona Maria, a esposa, e os filhos Maria da Glória, Heleninha, Fernando e Terezinha, a Linda). A família residia na casa existente nos fundos de seu estabelecimento comercial.

O “Empório São Paulo” foi estabelecido na Rua Engenheiro Diogo de Carvalho, no local onde hoje se acha instalada a bela loja da “Malu Decorações”, no mesmo local onde anteriormente esteve instalado o Empório Damas, do Sr. Luiz Damas, e, posteriormente, a “Casa Pedro Paulo”, de propriedade do educado, simpático e gentil libanês Sr. Pedro Paulo e de sua esposa Dona Izabel (pais de nossos amigos Fausi Paulo, Pedrinho Paulo e Sergio Luiz), antes de ser transferida para a Vila Abernéssia, onde ficou estabelecida por mais de cinco décadas.

Já na Rua Djalma Forjaz vamos encontrar:

– em seu início, na esquina com a Av. Emílio Ribas, a casa de propriedade do Sr. João Dória, pai do João Dória Jr., jornalista, publicitário, apresentador e socialite brasileiro, ex-secretário da Paulistur e presidente da Embratur, idealizador do famoso Market Plaza de Campos do Jordão;

– a casa do saudoso e gentil Dr. Élbio Camilo e de sua esposa, D. Nice, uma das filhas do saudoso e maravilhoso Dr. João Toniolo, admirado e querido por todos que tiveram a oportunidade de conhecê-lo, médico dos pobres, grande admirador e apaixonado pelos pássaros de nossa terra. No local dessa casa, hoje está instalado, em parte, o famoso e lindo Boulevard Geneve, local de grande afluxo turístico de Campos do Jordão, um dos pontos mais fotografados da cidade, dada a característica especial de sua construção;

– a “Padaria Emílio Ribas”, estabelecida na Rua Djalma Forjaz, de propriedade do bom, tranquilo e generoso japonês Sr. Yoshio Otaki, “seu Luiz”, localizada na descida do Tênis Clube, ao lado do atual e tradicional Hotel Estoril. Essa padaria era grande ponto de encontro de muitas pessoas que gostavam da noite, especialmente dos tradicionais boêmios que, nas madrugadas, especialmente durante o inverno rigoroso da cidade, procuravam a porta dos fundos que dava acesso à área da masseira e confecção de pães e do forno onde eram assados. Ali, além de se aquecerem ao calor desse forno, aproveitavam para comprar e degustar os pãezinhos quentes e crocantes saídos diretamente do forno. Esse forno tinha uma porta de ferro com acesso pelo lado de fora da padaria, e por ela era adicionada a lenha para ser queimada e para aquecer o forno. Embaixo dessa porta, no chão, ficava acumulada muita cinza que mantinha um certo calor normal auxiliado pela proximidade do local onde a lenha era queimada. Era comum, quando chegávamos ao local, de madrugada, encontrarmos vários cães de rua ali acomodados, dormindo no meio daquela cinza toda. Até me lembro do simplório, pobre e solitário alugador de cavalos, apelidado Tiguira, que, muitas vezes, dormia lado a lado com os cães, acomodados nessas cinzas;

– o Empório Villar, do bom comerciante de gêneros alimentícios e bebidas diversas, seu Manoel Francisco Villar que, juntamente com o filho Zé Villar, atendia com presteza, gentileza e honestidade os jordanenses da Vila Capivari, vasta e seleta freguesia de turistas que mantinham residências de férias no referido bairro e adjacências, no armazém situado na Rua Djalma Forjaz, próximo à ponte de acesso ao Campos do Jordão Tênis Clube de Turismo que, felizmente, permanece até hoje servindo jordanenses e turistas;

– o BRUNO´S BAR, também na Rua Djalma Forjaz, entre a Padaria Emílio Ribas e o Empório Villar, nas proximidades da ponte de acesso ao Tênis Clube. Bar e lanches, noturno, com pista de dança, de propriedade do grande amigo Bruno Taioli, filho do saudoso amigo Pio Taioli, pai da Eda e da Dona Alba, esposa do Augusto Pagliacci, donos do Hotel Bologna. Este bar, posteriormente, passou a ser propriedade do também grande e saudoso amigo Martini Pelizzola, irmão do Giuseppe Pelizzola, o conhecido Zé Italiano.

Na Avenida Paulo Ribas não podemos esquecer:

– a casinha de Dona Flora Caiuby e irmã, um pouco à frente do Tênis Clube. Dona Flora foi, por vários anos, dedicada e primorosa presidente do clube durante as décadas de 1950 e 1960.

– a Sede Social do querido e histórico Campos do Jordão Tênis Clube, de muitas e saudosas histórias envolvendo jordanenses e, especialmente, turistas que tinham residências de férias em Campos do Jordão ou visitantes. Ao nome do clube, a partir da década de 1960, época do saudoso Presidente Campello, foram acrescentadas as palavras “de Turismo”.

– as casinhas onde, em uma delas, residiram por muitos anos o amigo Orestes Mário Donato, a esposa Malu, a filha Luciana; na outra o saudoso amigo belga de nascimento, jordanense de coração, monsieur Emile Xavier Raymond Lebrun, pai do saudoso Gui Lebrun, grande cartunista e desenhista, responsável pela elaboração de muitos desenhos animados comerciais, para nossa televisão brasileira, nas décadas de 1950 a 1970. Monsieur Lebrun, em muitas oportunidades, hospedou, em quarto anexo à sua casinha, o amigo e artista plástico Paulo Persifal;

– a residência de férias, situada quase em frente ao Tênis Clube do Dr. Eduardo Levy, pessoa importante da história de Campos do Jordão;

– a residência do Dr. Adelardo Soares Caiuby, tio da D. Flora Caiuby, ex-presidente do Tênis Clube, adquirida pelo saudoso amigo Orestes Mário Donato e esposa Maria Lucia Felix Donato, a Malu da “Malu Decorações”, onde reside até esta data;

– a casa de férias da família Domingos Leão, residente no Rio de Janeiro, casado com a irmã de D. Judith Teixeira, que foi casada com o saudoso João Alves Teixeira, o Joãozinho das moças, um dos fundadores do Tênis Clube e chefe do Posto Fiscal Estadual. Nessa casa os seus filhos Dílson e Dilton vinham passar as férias e movimentar nossos saudosos carnavais de outrora;

Nas proximidades do centrinho do Capivari, vamos encontrar outras coisas, casas e pessoas dignas de serem registradas e eternizadas para a história e para conhecimento das futuras gerações.

- o Zé Italiano, o Giuseppe Pelizzola, anteriormente mencionado. Não posso deixar de lembrar a sua tradicional e bem montada cocheira, onde mantinha seus lindos e bem tratados cavalos de aluguel e, também, em regime de pensão, diversos cavalos pertencentes a algumas pessoas amigas que não tinham condições de mantê-los em suas próprias residências. Inicialmente, essa cocheira esteve instalada nos fundos da casa onde morava, ali na Rua Mário Ottoni de Rezende, atrás do atual e badalado “Market Plazza”, Centro de Convenções. Posteriormente, foi transferida para propriedade bem maior, adquirida pelo Zé Italiano, localizada quase no sopé do tradicional e belo Morro do Elefante;

– a mansão da família Affonso Giaffoni, ainda existente, porém de outro proprietário, do cobiçado e maravilhoso campinho de futebol existente no terreno ao lado, também de sua propriedade, onde hoje está sediado o Centro de Convenções “Market Plaza”. Nesse campinho, disputamos diversas e acirradas partidas de futebol entre times de jovens da cidade e jovens pertencentes a diversas famílias de turistas, que também mantinham suas casas de férias aqui em Campos do Jordão, amigos de seus filhos Afonsinho, Zeca e do sobrinho Nenê, entre eles: Paulo, José e Luiz Fernando, da família Schiezari, Vitinho Simonsen, Curtis e muitos outros;

– o tradicional e inesquecível estabelecimento localizado na Rua Dr. Ribeiro de Almeida, de propriedade do tradicional e famoso casal, especializado em quitutes, assados, pães, roscas, doces e tudo de nossa culinária tradicional, seu Eduardo Salles e D. Egídia, que, em virtude do Salão de Bailes, existente ao lado, acabou sendo denominado “Chuveirinho”, devido às várias goteiras que, infelizmente, perturbavam e molhavam os exímios dançarinos nas épocas de chuva.

Da Av. Victor Godinho não podemos esquecer as residências de turistas especiais, amigos de Campos do Jordão, que frequentavam a cidade com assiduidade, em finais de semana e, especialmente, durante as badaladas temporadas de férias de inverno durante o mês de julho:

- Sr. Arlindo Conde e D. Dirce Conde e seus filhos maravilhosos. Atualmente, a casa em que moravam foi transformada em famoso ponto de encontro de Vila Capivari, com o nome de Mercearia, situada na esquina da Av. Victor Godinho com a Rua Djalma Forjaz, em frente ao famoso Boulevard Geneve;

- Dr. Albano e Dr. Feliciano Frizzo, banqueiros proprietários do Banco Frizzo de São Paulo, proprietários das residências que deram lugar ao famoso Shopping Aspen Mall, situado na esquina da Av. Victor Godinho com a Rua Djalma Forjaz;

- Dr. Teófilo Falcão, médico residente em Santos, que gostava de vir para Campos do Jordão e aproveitar para andar em seus cavalos especiais;

– a Casa Ferraz, de propriedade do casal Alberto Bernardino e Gracinda, localizada na esquina da Av. Victor Godinho com a Rua Ribeiro de Almeida; armazém especializado em secos e molhados – como se costumava dizer naqueles bons tempos –, responsável pelo abastecimento de gêneros alimentícios e bebidas à boa parte dos moradores de Vila Capivari e dos funcionários de nosso Horto Florestal e, também, da maioria dos turistas que vinham passar férias aqui na cidade. Posteriormente, esse casal mudou-se para o ramo da hotelaria, construindo o Hotel Estoril I que, atualmente compreende uma rede de hotéis, como o Estoril II, o Hotel Serra da Estrela e Hotel Bologna, todos dirigidos pelo filho Albertinho de Almeida Bernardino;

– a casa de tecidos, armarinhos, roupas e calçados “B. O. Miranda” (Benedito Olímpio Miranda), muito procurada pelos moradores de Vila Capivari, durante várias décadas, contígua à Casa Ferraz, muito bem gerenciada pelo saudoso amigo Sr. Moreira;

– a casa de férias do Sr. Vicente Angrisani, pessoa alegre, maravilhosa que a todos contagiava com sua simpatia, risada franca e divertida. Nessa mesma casa, anteriormente, a família do saudoso Jayme de Carvalho Santos, pai dos nossos amigos José Carlos, João Carlos e Luiz Carlos, todos Freire de Carvalho Santos;

Não podemos nos esquecer:

– do seu Hugo de Barros e sua maravilhosa esposa, D. Carmita, proprietários da residência hoje transformada na “Pousada do Conde”. Ele, eterno apaixonado pela pesca esportiva de trutas no nosso, atualmente poluído, rio Capivari, no trecho compreendido entre a Lagoinha e Horto Florestal. Ela, apaixonada pelo joguinho de cartas (buraco), no salão de jogos do nosso querido Tênis Clube de Turismo;

– da Família Sampaio Vidal;

– do Sr. Cabrale família, moradores na cidade de Santos - SP, da Dona Sofia;

– do Escritório da Companhia Sul Mineira de Eletricidade e de sua Subestação de energia elétrica, responsável pelo abastecimento de parte da cidade, onde havia eletricistas e pessoal administrativo para recebimento das contas de energia elétrica e serviços burocráticos diversos, que atendiam somente à área localizada desde a Parada Grande Hotel até a região do Horto Florestal. Interessante que a outra área da cidade, situada da Parada Grande Hotel até as vilas Abernéssia, Albertina, Santa Cruz, Bairro dos Mellos, Alto da Boa Vista, etc., era atendida pelo Escritório de Vila Abernéssia, onde outros eletricistas e pessoal administrativo estavam aptos para atender a idênticas atividades do Escritório de Vila Capivari, porém somente relacionadas a esta outra área. Com esse padrão de atendimento, os consumidores de energia elétrica podiam ser atendidos rapidamente. Em área da Cia. Sul Mineira, um improvisado campinho de futebol servia de palco para diversas partidas entre os eletricistas, os filhos do seu Geraldo, um dos eletricistas da companhia, conhecido por Botinha, o Paulinho, o Zezinho e o Carlos Vicente, que moravam na casa existente junto ao Escritório de Capivari, e seus amigos das proximidades, inclusive este que relata os fatos. Também, nesse local, em um caramanchão coberto de sapé, uma mesa de pingue-pongue era o ponto de divertimento dessa criançada mencionada e dos eletricistas, até as dez horas da noite. Dali saíram diversos campeões de tênis de mesa que disputaram muitos campeonatos na cidade;

– do lenheiro Jorge dos Santos, com seu depósito montado em barracão que, nas décadas de 1920 e 1930, foi utilizado como igreja católica improvisada, até apelidado de Vaticano. Também ponto de encontro de personalidades que frequentavam Campos do Jordão, entre elas o embaixador José Carlos de Macedo Soares, Gastão Mesquita, Willie Davids e o famoso escritor Monteiro Lobato;

– da D. Honorina, uma senhora negra, e seu esposo, o Sr. Luiz. Ela, mestre da culinária bem elaborada no tradicional fogão à lenha, responsável pelo fornecimento de marmitas especiais para muitos moradores de Campos do Jordão e turistas, apreciadores da boa e gostosa comida caseira. Sua casinha simples estava localizada na esquina da Av. Victor Godinho com a Eng. Roberto Jeffery;

Das residências dos radicados na cidade:

– do Sr. Kaichi Kawasaki (Carlos) e sua esposa, D. Talita, hoje transformada no Restaurante “Treviso”, proprietários da linda loja de “Lembranças do Oriente”, situada no centrinho de Vila Capivari;

– do Sr. João Dias Afonso, sua esposa, D. Olga, e filhos, Juca e Joãozinho, proprietários do maior conjunto de lojas que formava o pequeno centrinho de Vila Capivari;

– do Dr. Osório Pinto de Oliveira, famoso médico tisiologista, especializado em doenças pulmonares, que trabalhou com essa especialidade em muitos de nossos sanatórios especializados na cura da tuberculose e, também, em nosso Centro de Saúde;

Na Avenida Brasil, atual Dr. Antonio Nicola Padula:

– da casa onde residiu, por muitos anos, o saudoso amigo João Alves Teixeira e família. Ele, vereador da primeira legislatura de nossa Câmara Municipal, um dos fundadores do Tênis Clube e chefe do Posto Fiscal do Estado, da Secretaria da Fazenda; casado com D. Judith, pai dos amigos José Henrique, Marco Antonio, Carlos Eduardo e Paulo;

– da casa do Sr. Julio Turra, pessoa ligada ao esporte de Campos do Jordão, especialmente junto à Associação Atlética Jaguaribe de Futebol, proprietário de distribuidora de bebidas na década de 1950 e, também, juntamente com Delmiro Cervino Fráguas, da saudosa e muito bem montada Mercearia Caruso, sediada no centrinho de Vila Capivari;

Em várias outras ruas de Capivari:

– da mansão da família Gastão Vidigal, de muitas atividades, especialmente no ramo bancário, principal proprietário da famosa rede bancária do tradicional e saudoso Banco Mercantil de São Paulo S/A. Essa propriedade foi habilmente administrada pela saudosa Sra. Amazile Rodrigues Diniz, de saudosa memória, infelizmente falecida no último dia 13 de fevereiro de 2010;

– da maravilhosa residência da família Gastão Mesquita, um grande responsável pelo desenvolvimento do Norte do Paraná, cliente de meu pai, na Imobiliária Rocha, pessoa ligada à nossa história, especialmente no ramo da energia elétrica, tendo sido um dos proprietários da Companhia de Eletricidade de Campos do Jordão, a pioneira na cidade, sendo na sua época construída a barragem e a Usina do Fojo que, na época, serviu para reforçar o abastecimento de energia elétrica na cidade;

– da residência do Dr. Hermes Alves de Lima Junior, também cliente de meu pai na Imobiliária Rocha, grande amigo residente em São Paulo, no bairro Perdizes, onde, na década de 1960, ia com frequência bater longos e bons papos e assistir televisão. Grande associado do famoso e prestigiado Clube Comercial de São Paulo, onde frequentava, quase todas as tardes, local que conheci em sua adorável companhia;

– da residência do saudoso amigo e cliente de meu pai na Imobiliária Rocha, Sr. Giuseppe Birolini, casado com a maravilhosa Sra. Vitória Birolini, pai do famoso e competente médico Dr.Dário Birolini – do Hospital das Clínicas de São Paulo –, do Renzo e da Fiorela. Seu Birolini, como era mais conhecido, era um dos proprietários, juntamente com os irmãos Tibério, Nino, Luigi, Pietro e outros, da famosa Casa Italiana, sediada na Rua Antonio de Queiroz, situada no centro de São Paulo e, posteriormente, da famosa casa de massas e comida italiana, localizada na Rua Sete de Abril, “Massadoro”, e também da Doceria Paulista;

- do castelinho do Maluf, existente até hoje, pertencente ao Sr. Chafic Maluf; da famosa e tradicional Mansão Céu Azul, tradicional na paisagem do Capivari antigo;

-das residências do Sr. Emílo Barrionuevo; da família Squiezari; família Baskerville; família Ítalo Zácaro, grande advogado de São Paulo; família Moysés Sion; família Keneth Jorge Morse; da família Minas Yapudjjan; da famosa e interessante “Casa de Pedra”; do grande amigo Paulo Reismann e família, local onde hoje está sediada a Churrascaria “Churrasco ao Vivo” ; família Vitório Ferraz; Dona Zizinha Froenfelder; família Oscar Paul Landmann; Sra. Elizabeth Nobiling; família Edith Sagesse, mãe da Lia, da Ruth, Princesa da Festa Nacional da Maçã realizada em Campos do Jordão no ano de 1953, e do Zé Luiz; da família do Sr. Martiniano de Araújo, pai do grande amigo Walter, o Uru, da Egídia, do Lico, do Wilson e da Conceição; da residência do Dr. Jathyl Antonio de Lima Nunes, Promotor Público de Campos do Jordão na década de 1950, quando, no ano de 1953, durante festividades da Primeira Festa da Maçã, aceitou convite para participar de demonstração feita pelo grande especialista e divulgador, o maior lutador de jiu-jitsu de todos os tempos, Hélio Gracie, quando de apresentação feita em Campos do Jordão, não chegando a ficar dois segundos em pé;

– da famosa, prestigiada e procurada, por jordanenses e turistas, Pensão da Dona Olga Nascimento, especialmente pelo carinho com que eram tratados pela proprietária e pela maravilhosa comida caseira que ela servia, inclusive no sistema de fornecimento de marmitas. Ela, viúva do saudoso Sr. Ezequiel, grande artesão da madeira e marcenaria, praticamente o primeiro a dedicar-se à arte do entalhe na fabricação de peças de artesanato e placas, aqui em Campos do Jordão; pais dos amigos Francisco, Fernando, Floriano, o Telão e Elizabeth, a saudosa e conhecida Betinha da D. Olga, pelas festinhas que fazia em sua casa, nos finais de semana, onde participavam muitos alunos do nosso Colégio Estadual, onde, posteriormente, depois de formada, exerceu funções de professora por vários anos;

- do famoso “Ninho de Flora”, linda propriedade particular de propriedade de Mister William Sebastian Harlet, responsável pela introdução dos primeiros rododendros em Campos do Jordão, trazidos para cá da Inglaterra, na época da Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), aproximadamente em 1940. Essa propriedade teve um dos mais belos jardins de Campos do Jordão, cuidado pelas mãos habilidosas do saudoso amigo e experiente jardineiro, Sr. João Moysés, casado com a saudosa Dona Cândida, ou Dona Candinha, pais dos amigos Luiz Pereira Moysés, o Tubarão, Silvio Pereira Moysés, o Tio, o Benedito Valadares, e a Helena Terezinha, e padrasto dos saudosos amigos Nelson Pereira da Silva, o Nelsinho do Correio, e da Iracema, casada com o também saudoso Paschoal Calfa, proprietário de residência em Vila Capivari, onde foram plantadas as primeiras mudas produzidas pelo Sr. João Moysés. Hoje essa propriedade pertence à AFPESP – Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo;

- da linda, vistosa e interessante residência do Dr. José Eduardo Loureiro e família. Casa das mais deliciosas ameixas brancas de Campos do Jordão, que fez parte de minha vida e de história de minha juventude. Ele, famoso e conceituado advogado de São Paulo que sempre prestigiou e engrandeceu a advocacia brasileira, tendo sido, por vários anos, presidente da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo, no período de 1985 a 1987;

- da tradicional casa do Dr. Adhemar Pereira de Barros, governador do Estado de São Paulo, e sua maravilhosa esposa, D. Leonor Mendes de Barros, grandes benfeitores de Campos do Jordão. Situada ao lado da linha férrea da Estrada de Ferro Campos do Jordão, praticamente em frente ao atual Hotel JB, onde durante muitos anos D. Leonor fazia a tradicional comemoração de sua data natalícia, no dia 21 de julho, quando entregava às famílias e pessoas carentes de Campos do Jordão gêneros alimentícios, roupas e cobertores. Esta casa, infelizmente, foi demolida. A família, posteriormente, adquiriu a maravilhosa casa pertencente à famosa e internacionalmente conhecida pianista Magdalena Tagliaferro, situada nas proximidades, bem em cima do topo do morro situado aos fundos desta propriedade, quase no mesmo nível dos morros do Elefante e Tartaruga.

– da famosa Casa Branca, situada no caminho da tradicional Fonte Renato, pertencente ao Sr. João Gonçalves e sua benemérita e benfeitora esposa, D. Baby Gonçalves. Atualmente ela pertence à família do Dr. Caio de Alcântara Machado, do Centro de Convenções Anhembi de São Paulo.

Embora pouco distantes do centrinho de Vila Capivari, não podemos deixar de nos lembrar do armazém do seu João Siqueira, inicialmente chamado Empório Abissínia, posteriormente denominado “Empório Recanto Feliz”, por influência do amigo Plínio Freire de Sá Campello. Aliás, esse nome, posteriormente, passou a denominar todo o bairro;

– do armazém do Zezé Américo, José Dias Pereira, já na virada para o Jardim do Embaixador. Armazém que, durante várias décadas, serviu os moradores e turistas daquele bairro;

– da famosa e concorrida Pensão da Dona Ruth, estabelecida na antiga casa denominada Vila Mocinha, de propriedade do Sr. Belizário Pereira. A pensão, comandada por D. Ruth, e por seu marido, seu Pedro Alves Pereira – mais conhecido por Pedro Belizário, por causa do pai – e pelos filhos Chicão, Zé Meu, Tucha e outras filhas. A Pensão ficou famosa durante as décadas de 1950 até 1980 pelo fornecimento de comida caseira, muito bem elaborada e deliciosa, servida na própria pensão e em sistema de marmitas para muitos jordanenses e turistas.

Edmundo Ferreira da Rocha

23/02/2010

 

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