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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

Costume antigo que caiu no esquecimento 


Costume antigo que caiu no esquecimento

Sexta Feira bSanta - Sexta Feira da Paixão

 

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Dia de Finandos - Dedicado a todos aqueles que deixaram a vida terrena.

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O silêncio absoluto que era exigido e acontecia no dia de Finados e na Sexta-Feira Santa.

Rememorando:

O Dia de Finados, também conhecido como Dia dos Mortos ou simplesmente Finados, é um dia especial e dedicados aos mortos. No Brasil faz parte de costume católico e consiste em visitar as sepulturas dos entes queridos que já morreram e enfeitar seus túmulos com flores. As pessoas também acendem velas por suas almas e rezam por eles nos cemitérios. É celebrado pela Igreja Católica, sempre no dia 02 de novembro.

A Sexta-feira Santa, ou Sexta-Feira da Paixão, é um dia considerado feriado em todo território nacional. Ocorre antes do domingo de Páscoa. É o primeiro dos três dias que celebram a ressurreição do Messias Jesus Cristo, que, de acordo com a doutrina cristã, morreu na cruz para salvar os seres humanos dos seus pecados. É um feriado móvel que sucede o fim da Quaresma, período de penitência de 40 dias que começa a seguir do Carnaval, na Quarta-Feira de Cinzas.

Lembro-me de que, desde meu tempo de criança e até uns dez anos de idade, já no ano de 1954, nessas duas oportunidades, dia de Finados e Sexta-Feira da Paixão, era exigido silêncio absoluto. Mesmo que aqui em Campos do Jordão, naquela época, existissem poucos automóveis, caminhões e ônibus, acredito que a quantidade total não deveria passar de uns cinquenta veículos – nessas duas oportunidades, nenhum deles buzinava. Era um silêncio total.

As crianças eram orientadas por seus pais e parentes para que, nesses dias, evitassem brincar gritando e correndo por todos os cantos.

Há também outra coisa que chamava a atenção e que nunca mais esqueci. Naquela época ainda não existia a televisão, somente o rádio, aliás, um aparelho que ainda custava muito caro e que poucas pessoas, somente as mais abastadas financeiramente, tinham em suas casas. Nessas duas oportunidades as rádios emissoras que, através das suas ondas sonoras, transmitiam músicas e alguns programas, como novelas (O Direito de Nascer, por exemplo) e algumas reportagens e programas especiais. As músicas transmitidas eram clássicas e orquestradas, jamais músicas populares e cantadas.

Embora esse costume, segundo tudo indica, tenha sido iniciado de acordo com a tradição católica, ele era seguido à risca, por todas as demais religiões, cultos e seitas.

Aos poucos essa tradição foi sendo esquecida. Nesses dias, com o decorrer do tempo, principalmente nos dias atuais, não há nenhum tipo de resguardo ou respeito como antigamente. O barulho, a cada dia, tem se tornado insuportável até nesses dias especiais, respeitados à risca no passado. Veículos em geral buzinam a todo instante, muitas vezes, sem qualquer necessidade. Motos em grande quantidade, em velocidades acima da permitida pelo código de trânsito, com escapamentos abertos querendo ultrapassar os veículos que se encontram, preferencialmente, às suas frentes, buzinando desesperadamente, irritando os motoristas e perturbando o silêncio de todos.

Infelizmente, o tempo passa muito rápido. Claro, muitas coisas, com o passar do tempo, mudaram para muito melhor que antigamente; porém, sempre temos saudades de muitas coisas e bons costumes antigos que, infelizmente, não voltarão jamais. Somente estarão guardados nas lembranças daqueles privilegiados que tiveram a oportunidade de vivenciá-los e conhecê-los. Muitas vezes, custa às pessoas da atualidade acreditarem que esses costumes e muitos acontecimentos comuns no passado tenham existido e acontecido.

Edmundo Ferreira da Rocha

21/11/2018

 

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