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Fotografias Semanais que contam a
 história de Campos do Jordão.

de 10/12 a 16/12/2010

 

 

Artes Plasticas - Camargo Freire entrega quadro a Frei Orestes


Na década de 1970, nas dependências da SEA - Sociedade de Educação e Assistência de Campos do Jordão, o Professor Expedito Camargo Freire, o conhecido e renomado pintor Camargo Freire, juntamente com a Irmã Lucia Zanin, fazem uma surpresa ao Frei Orestes Girardi.

Na oportunidade, o Mestre Camargo Freire faz a entrega do quadro da sua autoria ao Frei Orestes, onde este, quando de sua visita a Roma, é cumprimentado pelo Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana, o Santo Padre, Papa João Paulo VI (Concesio, 26 de setembro de 1897 - Castelgandolfo, 6 de agosto de 1978. Foi Papa do dia 21 de junho de 1963 até à data da sua morte, em 6 de agosto de 1978).

Esse quadro poderá ser visto neste site, no especial Camargo Freire, em foto original e colorida.

OBS: Foto gentilmente cedida pela SEA.

 

 

 

Arquitetura - Tenis Clube e a sede da década 1940


A segunda e linda sede do Campos do Jordão Tênis Clube, na década de 1940. Uma construção simples, coberta de sapé, situada no mesmo local da sede atual, revestida de costaneiras de pinheiros, araucária angustifolia (Tábua obtida da extremidade exterior do tronco do pinheiro, e que não é tão perfeita quanto as outras serradas da parte intermediária dele).

 

 

 

Energia Elétrica - Habilidade dos eletricistas da Cia. Sul Mineira


Na década de 1950, antigos funcionários da CSME - Companhia Sul Mineira de Eletricidade, demonstram suas habilidades com as escadas de trabalho. Utilizando duas escadas na posição vertical, sobem e se equilibram nas mesmas, sem que estas estivessem encostadas ou apoiadas a qualquer superfície fixa.

Na foto, à esquerda, Francisco Cândido Ribeiro, ao centro, Carlos Velasco, à direita Antonio Rabelo e em cima de todos José Rabelo de Araújo.

 

 

 

Escolas - Formandos 1954 - Grupo Escolar do CEENE


Formandos do Grupo Primário anexo ao CEENE - Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão - Ano de 1954.

Primeira Fileira, de baixo para cima, da esquerda para a direita: Não identificada, Paulo Compagno Rodrigues, Marina Mateus Vidal, José Antonio de Oliveira, Dirce dos Santos, Hisae Nakamura, Christa Anita Luise Marr, Aparecida Araki e Maria Yochico Shimoda.

Segunda fileira, na mesma ordem: José Carlos R. Câmara, Marina M. Anzai, José Carlos Vieira Pinto, Vilma Saloun Nejar, Luiz Antonio G. da Silva, Elizabeth Aparecida Gonzalez, Reinaldo Dias Pereira, Darly Assis Mello e João Moreira Faria.

Terceira fileira, na mesma ordem: Evaldo Alves Sobrinho, Ana Célia Odaguire, Hilda Maria Azevedo Carvalho, Adhemar Ribeiro, Oliete de Figueiredo, José Hajime Nodomi, Dirce L. Rangel, João Antonio Pereira de Castro e Josefina Quirino Silva.

Quarta fileira, na mesma ordem: Homero Godliauskas Zen, Maria Ondina Silveira, Márcio Braga Lauretti, Ana Maria S. Lima, Vasco Castro Ferraz Junior.

Os professores: Hilda Rezende Carvalho, Mary Aparecida R. de Arruda Camargo, Raul Pedrosos de Morais, Diretor e João Marcondes de Moura, Inspetor de Ensino.

 

 

 

Esportes - Equipe de voleibol e basquetebol do Grêmio


Equipe de Basquetebol e voleibol do GEJ - Grêmio Estudantil Jordanense, do CEENE - Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão - Ano de 1953, quando jogou com equipe de visitantes da cidade de São Paulo que, infelizmente, não conseguimos saber o nome e também dos seus integrantes.

Na foto, agachados, da esquerda para a direita: Professor Gad Aguiar, Paulo Vaz Dias, Francisco Aquino Neto, mais conhecido como Chico Menezes, Luiz Vaz Dias, não identificado, da equipe visitante, José Luiz do Valle, Pedro Paulo Filho, Fernando Antonio Conceição e Léo Kokis Gonçalves da Silva.

Em pé, na mesma ordem: Não identificado, não identificado, não identificado, Mário Bockmann, o conhecido Pico, da equipe visitante, Francisco Akamine, o Chiquinho Japonês, Wolney Procópio Marques, da equipe visitante, idem, idem, idem, idem, Fernando Carvalho, Professor Raul Pedrosos de Morais, Diretor do Colégio de Campos do Jordão e seu filho Luiz Antonio e outro visitante.

 

 

 

E.F.C.J. - Subestação de Eugênio Lefèvre


A importante Subestação de Eugênio Lefèvre, situada no Município de Santo Antonio do Pinhal-SP..

“No início, a energia elétrica necessária para a ferrovia era fornecida pela Empresa de Eletricidade São Paulo e Rio, filiada à Companhia Carris, Luz e Força do Rio de Janeiro, a famosa LIGHT.

O ponto de entrada de energia elétrica ficava no quilômetro cinco, sendo fornecida em 30 KV, trifásica, 60 ciclos, com potência reservada de n500 KV.

A partir daí, era transportada por meio de uma linha de transmissão, de propriedade da ferrovia, até a sua única subestação retificadora, instalada no meio do caminho, entre Pindamonhangaba e Campos do Jordão, em Eugênio Lefèvre, na Serra da Mantiqueira (atual pátio da Estação).

Nesse ponto, a voltagem da energia fornecida era abaixada para 2.000 volts, sendo então, alimentada por dois grupos de motogeradores de 250 KV cada um. Cada grupo era constituído de um transformador de 700 KVA, que reduzia a corrente de 3.000 para 2.000 volts, um motor síncrono de 500 KVA e dois geradores de corrente contínua de 250 KV e 750 volts ligados em série. O equipamento era capaz de suportar uma sobrecarga de 50% por duas horas.

A corrente elétrica retificada de 1,5 KV era distribuída em dois circuitos diferentes, denominados de Pindamonhangaba e de Campos do Jordão.

A rede elétrica era suportada por postes de ferro, constituídos de dois trilhos gêmeos com nove metros de altura, apoiados nas curvas por cabos de aço de 50 metros quadrados de secção.

Esses postes também sustentavam a linha de transmissão com a corrente de 30 KV fornecida pela concessionária pública.

O circuito negativo era formado pelos trilhos, ligados por “bonds” constituídos de cabos de cobre. A rede era seccionada de seis em seis quilômetros por meio de chave faca.”

OBS: Do livro “História da Estrada de Ferro Campos do Jordão - Uma escalada para a vida” - autoria de Pedro Paulo Filho, Noovha América Editora Distribuidora de Livros Ltda. - São Paulo - 1ª Edição -2008, com fotos da Coleção de Edmundo Ferreira da Rocha.- - Páginas 85 e 86.

 

 

 

Famílias - A tradicional Família Abitante


A tradicional, conhecida e importante Família Abitante.

Na foto estão faltando, o Patriarca da família Sr. Pedro João Abitante e o filho mais velho Luiz Abitante, na época, infelizmente, já não estavam entre os presentes.

Na primeira fileira, sentadas, da esquerda para a direita: Odete e Guiomar Abitante, a Matriarca da família Sra. Palmira Spinosa Abitante e a nora Margarida, a Margot, esposa do Orlando Abitante.

Em pé, na mesma ordem: Sérgio e Orlando Abitante; as netas, filhas do Sérgio e da Maria - Daniela, Cássia e Marcos, Eliana, filha da Odete, Sergio Luiz e a mãe Maria, esposa do Sérgio Abitante.

O Sr. Pedro Abitante, como era amais conhecido, chegou em Campos do Jordão nos idos de 1927 como contratado pela firma Sampaio e Machado, de Alexandre Marcondes Machado.

Construiu as primeiras casas para Dona Sinhazinha, esposa de João Baptista de Mello Peixoto e Para Roland Davids. Em 1928, a pedido de Willie Davids, construiu a represa do Fojo.

A partir de 1930 começou a edificar por conta própria, sendo sua primeira casa a de Luiz Damas, situada na Rua Engenheiro Diodo de Carvalho, 229, onde posteriormente estiveram estabelecidos a Casa Pedro Paulo, o Empório São Paulo, a Loja de Decorações Henry Matarasso e por último a Malú Decorações que continua, até hoje, no mesmo local, porém em prédio novo.

OBS: Foto gentilmente cedida pela amiga Guiomar Abitante.

 

 

 

Festividades - Carnaval da década de 1950 - Saudades


Na década de 1950 em um dos tradicionais corsos carnavalescos realizados em Campos do Jordão, que percorriam as ruas centrais de Vila Abernéssia, as lindas meninas, hoje saudosas amigas, Marilena e Cidinha Rondon, filhas do também saudoso casal Geminiano Nunes da Silva Rondon Filho e D. Cida Rondon.

 

 

 

Flora e Fauna - Pintassilgo


O maravilhoso pintassilgo, numa determinada época, até aos anos 1980, foi bastante abundante nestas paragens de Campos do Jordão. Voavam por toda nossa cidade. Eram lindos, espeialmente os machos, com o peito de coloração predominantemente amarelo ouro e ponta das asas, a cauda e a cabeça da cor preta. Grande cantor que nos deixava encantados com seus trinados melodiosos, dando vida à nossa vegetação nativa, onde estava sempre, à procura do assa-peixe ou cambará-guaçu, arbusto de folhas oblongas, amplas e membranáceas, grande produtor de flores violáceas-pálidas reunidas em capítulos densos e numerosos que, depois de secos produzem pequeninas sementes especiais para a boa alimentação dos pintassilgos, canários-da-terra e coleirinhas.

Lamentavelmente, devido à caça constante, desrespeitosa e sem critérios, esses maravilhosos pássaros eram pegos em grandes quantidades. Eram caçados em açalpões e outros tipos de armadilhas onde eram usados os visgos, espécie de massa aderente feita com o leite, acredito que cozido ou defumado, colhido após ranhuras feitas nos troncos e galhos das figueiras. Esse visgo era colocado em pequenas varetas de bambu e afixadas nas gaiolas onde sempre existia uma “chama”, pássaro da mesma espécie que acostumado a cantar, ficava cantando com muita frequência causando muita curiosidade aos pássaros que estavam soltos nas proximidades. Os coitados dos pintassilgos, iludidos com o canto das “chamas”, acabavam se aproximando e pousando nessas varetas e não conseguiam mais sair, ficando com as patinhas presas nessa massa colante. Em seguida, os pássaros presos ao visgo eram retirados com muito cuidado e colocados em gaiolas sobressalentes. Assim, grande quantidade desses e de outros pássaros que também já desapareceram de nossas terras, eram aprisionados em viveiros e gaiolas, em casas particulares. Também, grandes quantidades desses pássaros eram caçados para serem vendidos para diversos outros colecionadores de outras cidades.

Assim, hoje, lamentavel e dificilmente alguns exemplares podem ser visto por estas paragens.

Edmundo Ferreira da Rocha - 10-12.2010

O Carduelis magellanica ou pintassilgo pinheirinho como é conhecido é, sem duvida alguma um dos pássaros mais conhecidos e apreciados pelos criadores brasileiros.

Este pássaro pode ser encontrado desde o centro oeste até o sul do Brasil. Suas cores vivas seu comportamento ativo e seu belíssimo canto fascinam os apreciadores de aves.

O macho apresenta a cabeça, pontas das asas e cauda pretas, o peito e ventre são amarelo ouro e o dorso verde acinzentado, podendo variar de acordo com a região onde vive.

A fêmea apresenta-se toda verde acinzentada com as pontas das asas pretas e o chamado espelho, que nada mais é , que uma pinta amarelo ouro nas asas, este espelho é comum r todas as espécies de pintassilgo.

Na natureza estes pássaros nidificam durante o fim da primavera e início do verão. No cativeiro deve-se procurar seguir o mesmo período de reprodução.

O pintassilgo se reproduz em cativeiro com relativa facilidade, basta ajuntar o casal no período certo em gaiolão de criação e colocar uma camuflagem de folhas artificiais ao redor do ninho que a fêmea começa a nidificar. A alimentação em cativeiro também é muito simples, se baseia em uma mistura de sementes como, alpiste, niger, linhaça e perila, uma farinhada de ovo, um gritz mineral, verduras e legumes como; almeirão e jiló por exemplo.

Muitos criadores gostam de cruzar o pintassilgo com canárias para obterem o híbrido. O nome dado ao híbrido de pintassilgo com canária é pintagol. Estes mestiços são muito apreciados pela vasta variedade de cores que podem apresentar e pela incrível disposição que estes pássaros tem para cantar. No entanto a criação de pintassilgos “puros” vem aumentando e se difundindo cada vez mais, o que é muito bom pois assim podemos preservar esta espécie tão maravilhosa.

Bruno Pedro Longo Acadêmico de Medicina Veterinária Revista CPCCF 2006 Arquivo editado em 19/02/2007

http://www.criadourokakapo.com

 

 

 

Históricas - São Paulo F.C. treina em C.Jordão em 1949


No ano de 1949, a Equipe de Futebol do São Paulo Futebol Clube, da Capital, sob comando do experiente e conceituado Técnico Vicente Feola, veio concentrar-se em Campos do Jordão e participou de grande e eficiente treinamento para enfrentar o Campeonato Paulista de Futebol daquele ano.

Os treinamentos, inclusive um treino coletivo enfrentando a conceituada equipe do Campos do Jordão Futebol Clube foram realizados no campo de futebol existente na propriedade pertencente ao Campos do Jordão Tênis Clube, em Vila Capivari.

Na oportunidade, três lindas moças, representantes da ala feminina da torcida do São Paulo Futebol Clube, entregou aos jogadores uma cesta de flores e uma flâmula.

Na foto, agachados, da esquerda para a direita, os jogadores do São Paulo Futebol Clube: Ruy, Leônidas da Silva, o grande e famoso Diamante Negro, o jogador que inventou e ficou famoso com seus gols de bicicleta e Teixeirinha.

Em pé, na primeira fileira, na mesma ordem: Bauer, Não identificado, Não identificada, Maria Ludovica Dal Pino, a conhecida Lolly, atualmente proprietária do Terrazza Hotel, filha do casal Sr. Mário Dal Pino e D. Nenê, antigos e primeiros proprietários do Hotel Refúgio Alpino, Não Identificada, Remo, Noronha e Vicente Ítalo Feola (01/11/1909 - 06/11/1975), o grande e respeitado técnico de futebol, o primeiro que conquistou uma Copa do Mundo de Futebol, com nossa Seleção Brasileira, no ano de 1958 na Suécia. Vicente Feola participou da fase de treinamento da Seleção Brasileira de Futebol em 1962, na cidade de Campos do Jordão. Estando em recuperação de nefrite aguda, foi substituído pelo técnico Aymoré Moreira que conseguiu nossa segunda Copa Mundial no ano de 1962 no Chile.

Ainda em pé, na segunda fileira, na mesma ordem: China, Ponce de Leon, Mauro, (campeão mundial de futebol nas copas de 1958 na Suécia e 1962 no Chile), Savério e Mário.

 

 

 

Sanatórios e Pensões - Sanatório São Vicente de Paulo


Há muitos anos atrás, o Padre José Vita encontrou-se em Campos do Jordão com o Padre Antonio de Almeida Moraes Jr., mais tarde Arcebispo de Niterói, que viera a Campos do Jordão, pregar em uma solenidade.

À noite, Pe. Vita lhe diz:

- Sabe que tenho um problema a resolver?

Esta semana fui chamado a atender uma menina tuberculosa. Durante toda a semana, procurei um lugar para ela em um dos sanatórios locais. Não havia lugar. Disse então comigo: preciso construir um sanatório para as crianças pobres e abandonadas.

O Pe. Morais Jr. respondeu-lhe:

- Faça, Pe. Vita, eu virei falar no lançamento da pedra fundamental.

Logo, Pe. Vita recebia a doação de uma área de terras de Adelaide S. Hehl, ao mesmo tempo em que adquiria, por compra, um terreno de João Rodrigues da Silva, vulgo “João Maquinista”, perfazendo assim 4 alqueires de matas e alguns pinheiros.

Era outubro de 1932 e terminava a Revolução Constitucionalista.

Campanhas foram iniciadas em vários grupos escolares do Estado objetivando a arrecadação de fundos.

Pe. Vita mandou construir um barracão, a que deu o nome de “Abrigo São Vicente de Paulo”, onde eram, inicialmente, internados doentes adultos, assistidos, graciosamente, pelos Drs. Adalberto Monteiro de Barros e Marco Antonio Nogueira Cardoso.

Mais tarde, Pe.Vita construiu um edifício maior, todo de madeira, destinado a crianças pobres, tuberculosas, uma vez que os doentes adultos tinham à sua disposição a rede hospitalar de Campos do Jordão.

Teve excelente atuação a essa época a Associação das Damas de Caridade, fundada em 27 de junho de 1933, com o fim de socorrer os pobres. A Associação ajudou demasiado a obra do Padre Vita. Foi no fim de 1935, a conselho do Prefeito Antonio Gavião Gonzaga, que Pe. Vita começou a internação de crianças, inicialmente, em número de 3, de 3 a 12 anos, de ambos os sexos, em ato solene ao qual compareceram o Embaixador José Carlos de Macedo Soares e sua esposa, D. Mathilde.

O Sanatório Infantil começara com 17 leitos e depois passou a 30, para meninos, e igual número para meninas, atingindo a capacidade de 60 leitos.

Os pedidos de internação surgiam de todos os lados.

De início, os serviços internos eram dirigidos por D. Brígida de Freitas, e por um grupo de jovens católicas. Mais tarde assumiram essa supervisão as Pequenas Missionárias de Maria Imaculada. O nome do Sanatório São Vicente de Paulo começou a propagar-se por todo o País, como sanatório infantil de tratamento de tuberculose, dado o pioneirismo da iniciativa no Brasil e quiçá na América Latina.

Campanhas desencadeavam-se daqui e de acolá para ajudá-lo.

Foi quando Dona Rita Cardoso Penteado começou a congregar senhoras de Campos do Jordão, para confecção de agasalhos às crianças internadas, constituindo uma associação a que se chamou de “Anjos Tutelares”.

Nesse mesmo sentido, eclodiam campanhas em São Paulo, Rio, Santos, e Campinas, e certa feita, tal foi o volume de doações, que foi necessário levar o excedente a leilão.

Começou a germinar em Pe.Vita a idéia de construir um novo sanatório com capacidade para 250 crianças, o que o levou avante, com todas as suas forças. De fato, em 29 de junho de 1940, iniciou a sua construção, lançando a pedra fundamental que teve como madrinha D. Leonor Mendes de Barros, esposa do Dr. Adhemar de Barros, Interventor Federal em São Paulo.

Eis que, quando os alicerces já estavam fincados, o prefeito municipal decide embargar as obras, sob a alegação de que a construção se achava aquém dos limites da zona sanatorial. Sem perder a calma, Padre Vita vale-se da ajuda de seu amigo, Antonio Gavião Gonzaga, ex-prefeito, que residia no Rio de Janeiro, por intermédio de quem pediu uma audiência ao Sr. Getúlio Vargas, Presidente da República.

Em companhia de Gavião Gonzaga, Padre Vita foi recebido pelo Chefe da Nação, a quem narrou, documentalmente, a situação constrangedora.

Imediatamente, o Presidente solicitou ao seu secretário particular, que, por via telefônica transmitisse o seguinte recado ao Interventor Federal em São Paulo: “Diga ao Dr. Adhemar de Barros, que o Pe. Vita, vindo de Campos do Jordão, está aqui para me apresentar uma queixa, e que o Pe. Vita está por mim autorizado a prosseguir, sem embargo, as obras de construção de seu sanatório, destinado ao tratamento de crianças tuberculosas pobres”.

Evidentemente, a medida antipática não fora adotada por inspiração do Dr. Adhemar de Barros, mas, chegando a Campos do Jordão, de retorno, Pe. Vita reuniu seus operários e lhes determinou o prosseguimento das obras, sem qualquer interrupção até o seu término.

E, de fato, concluiu-se um majestoso edifício com 3 andares, o térreo e mais 2 superiores, em imponentes linhas arquitetônicas, com todos os componentes e instalações hospitalares.

Em 13 de maio de 1946, era fundada a Associação do Sanatório S. Vicente de Paulo, com a assistência do Padre José Vita e a seguinte diretoria: Irmã Maria Letícia Bastos (presidente), Irmã Maria Filomena Rodrigues da Costa (secretária) e Irmã Maria Antonieta Augusta Arantes (tesoureira). A Entidade substituía a Associação das Damas de Caridade, de quem recebeu todo o patrimônio.

Vencido o contrato com as Irmãs de Maria Imaculada, vieram de Pindamonhangaba 10 Irmãs Franciscanas Alemãs, da Terceira Ordem Seráfica de São Francisco com a incumbência de cuidar das crianças, e eis que é marcada a inauguração do novel nosocômio - 28 de agosto de 1946.

São Vicente de Paulo foi à denominação dada à obra, em homenagem ao Santo que percorria, dia e noite, os becos de Paris, recolhendo e amparando crianças recém-nascidas, rejeitadas e abandonadas por seus pais.

Pela manhã, houve a bênção e missa pontificar, oficiada por D. Francisco Borja do Amaral, Bispo Diocesano durante a qual proferiu oração lapidar o grande tribuno sacro, D. Antonio de Almeida Moraes Jr., então pároco da Igreja Matriz de Santo Antonio, de Guaratinguetá.

As 60 crianças que ocupavam o pavilhão de madeira foram transferidas para o novo Sanatório com capacidade para 250 leitos, e durante vários anos, o ilustre médico pediatra, Dr. José Carlos da Silveira, assessorado pela Dra. Maria das Dores Alves Gonçalves, ali prestou serviços.

Atuou em seguida, como diretor-clínico, o Dr. Nathanael Silva, um dos maiores pediatras de São Paulo, e atualmente o Dr. Franklin Alckmin Bueno Maia.

Dez anos depois, Pe. Vita equipava o Sanatório com sala de cirurgia e todo o arsenal especializado.

A Casa da Criança

A poucos metros de sua obra, Pe. Vita edificou sua residência para poder melhor supervisionar o funcionamento do nosocômio, e à direita de quem entra no pátio, havia uma área pantanosa, onde pretendia, um dia, construir um belo edifício para nele funcionar a Casa da Criança.

Depois de drenar o terreno e estaqueá-lo, convenientemente, iniciou essa construção, equipada de dependências com ambulatório, farmácia, capela, dormitórios, berçários, isolamento, cozinha e refeitório, com capacidade para 46 lugares.

No dia 6 de março de 1954, D. Antonio de Moraes, então arcebispo de Olinda e Recife, ali esteve para proceder à bênção e a inauguração da Casa da Criança, que contou com a presença do Governador do Estado, Lucas Nogueira Garcez.

O pediatra Nathanael Silva prestou serviços naquela Instituição como diretor-clínico, sendo sucedido pelo Dr. Franklin Alckmin Bueno Maia.

Foi nessa época rescindido o contrato com as Irmãs Franciscanas Alemãs, e para substituí-las, foram convocadas as Irmãs Franciscanas do Imaculado Coração de Maria, que tiveram o encargo de assistir as crianças enfermas de Pe. Vita.

Instituto Secular

Em outubro de 1957, quando D. Francisco, Bispo da Diocese, visitou a Paróquia de Santa Terezinha, e logo em seguida, o Sanatório São Vicente de Paulo, Pe. Vita reuniu um grupo de voluntárias que foram apresentadas ao Bispo, ocasião em que manifestou o desejo de organizar um Instituto Secular. Ao se despedir, D. Francisco deixou registrado no Livro de Tombo do Sanatório, a sua solidariedade, dando ao grupo o título de Pio Sodalício.

Elaboradas as constituições para o pretendido Instituto, e levadas a Roma por D. Francisco, por ocasião do Concílio Vaticano II, as mesmas não puderam ser aprovadas por se destinarem à constituição de uma congregação religiosa, e dessa forma, em 1963, D. Francisco deu ao Pio Sodalício, por direito diocesano, o decreto de Pia União, e já em 1966, retornando em visita a Campos do Jordão, recebia a consagração das 7 primeiras voluntárias: Odete Freire, Neuza Vaz da Silva, Elza Lopes, Elza Maria de Abreu, Iracema de Souza, Ramira Teodora dos Santos e Apolônia do Nascimento.

O antigo pavilhão de madeira ficou reservado para a sede provisória do noviciado das futuras filhas de Nossa Senhora das Graças.

Mais tarde, em 13 de novembro de 1973, um ano após a morte de Pe. Vita, a sede do noviciado foi definitivamente transferida para Pindamonhangaba, para a Chácara São José, de propriedade do Sanatório São Vicente de Paulo.

Estavam assim lançadas as bases de um Instituto Religioso, e das 7 primeiras religiosas, a Irmã Odete Freire foi escolhida diretora do Sanatório e Supervisora Geral do Instituto Religioso.

Em 27 de novembro de 1973, atendendo a seu desejo, todo o acervo patrimonial, que se achava em nome da Associação Sanatório São Vicente de Paulo, passou para o Instituto das Filhas de N. S. das Graças, uma vez que, em 2 de fevereiro de 1974 a Sagrada Congregação dos Religiosos e dos Institutos Religiosos do Vaticano dava o “nihil obstat”, para a fundação da Congregação das Filhas de N. S. das Graças.

Padre José Vita

O Pe. José Vita nasceu em 23 de março de 1895, em Sapucaí Mirim, antes conhecida como Santana do Paraíso, cidade mineira, e foi batizado em São Bento do Sapucaí, cidade paulista mais próxima.

Viveu sua infância na fazenda de seu pai, Donato Vita, com sua mãe, Maria Leopoldina Ferreira, e em 1909, ingressava no Seminário Menor de Pirapora, de onde se transferiu para o de Taubaté, em 20 de fevereiro de 1911.

A bênção e vestição, de batina teve lugar em 17 de fevereiro de 1915, e D. Epaminondas Nunes de Ávila e Silva conferiu-lhe as quatro Ordens Menores em 19 de setembro de 1917.

Quando esteve para morrer, por doença cardíaca, já desenganado, Dom Epaminondas conferiu-lhe a ordem do Subdiaconato em 16 de março de 1918, e, no dia seguinte, a Ordem do Diaconato. Não morreu, porque Deus lhe reservara uma missão.

Passava as férias na fazenda de seu pai, e de lá andava a cavalo 9 quilômetros até a paróquia de São Bento do Sapucaí.

Numa dessas andanças encontrou um menino pobre que insistia em ser padre, mas não tinha recursos, ao que Pe. Vita conseguiu do Bispo Diocesano autorização para que ele não pagasse as anuidades.

Esse menino pobre teve aulas para os vestibulares do Seminário em Taubaté, e seu professor foi Plínio Salgado, o grande escritor e político católico, de São Bento do Sapucaí.

O jovem conseguiu ser aprovado e ingressou no Seminário, de onde saiu para ser o maior orador sacro brasileiro: D. Antonio de Almeida Moraes Jr.

Quem vai, pela variante do bairro Zé da Rosa, em direção a Sapucaí Mirim, em estrada de terra, depois de atravessar uma ponte de concreto, na divisa de Estado, encontrava à direita, uma tosca moradia, com os dizeres: “Aqui nasceu D. Antonio de Moraes, Arcebispo de Niterói.”

Pe. Vita foi ordenado em 20 de abril de 1919, em solenidade presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, D. Ângelo Giacinto Scapardini, uma vez que Dom Epaminondas se achava enfermo.

Sua primeira designação foi para lecionar no antigo Colégio São Miguel, em Jacareí, em 1920, e no início de 1922, foi nomeado vigário cooperador de Caçapava, dali se transferindo para Lambari, em Minas Gerais.

Em maio de 1924 sofre uma hemoptise e retorna à fazenda de seu pai, onde é recebido por sua madrasta, Angelina; recuperando-se, dirige-se a Pindamonhangaba, em casa de sua irmã, Tereza Granato, passando a prestar serviços ao pároco João José de Azevedo.

Dom Epaminondas designa-o para prestar serviços em Santo Antonio do Pinhal, onde, com a ajuda do povo, construiu a Igreja Matriz.

Nessa época, as obras da E. F. Campos do Jordão já chegavam até a estação de Eugênio Lefèvre, a poucos quilômetros de Sto. Antonio do Pinhal.

Em 1926, guiado pela Providência, comprou uma casa em Vila Abernéssia, onde passou a morar com suas duas irmãs solteiras, Mariquinha e Cotinha. Aí iniciou a sua grande obra.

No dia 7 de setembro de 1954, foi agraciado por decreto doPapa Pio XII, com o honroso título de Monsenhor Camareiro Secreto de S. Santidade, presente o Governador Lucas Garcez, e em 30 de abril de 1959, com o título de Cidadão Honorário de Campos do Jordão.

Faleceu em Campos do Jordão, no dia 13 de dezembro de 1972, às 23:45 horas, assistido por suas Irmãs, chefiadas por Odete Freire e pelos seus médicos e amigos, Drs. Franklin A. Bueno Maia e Alfonso Chung Zumaeta.

Em sua homenagem póstuma, a via de acesso ao Sanatório São Vicente de Paulo, passou a ser denominada de “Rua Monsenhor José Vita”, e bem assim a Escola de 1° Grau de Vila Abernéssia. Apagara-se uma luz na terra, e começou a brilhar mais uma estrela no céu.

OBS: Histórico do Livro “História de Campos do Jordão” da autoria do Escritor Pedro Paulo Filho, Editoria Santuário - 1986, Páginas 295 a 300.

 

 

 

Hotéis - Alcalá Plaza Hotel


O belo, simpático e bom Alcalá Plaza Hotel. Conceituado e já tradicional hotel de Campos do Jordão, muito procurado para realização de encontros, convenções, confraternizações e palestras, durante todo ano e, especialmente para hospedagem, em finais de semana e períodos de férias.

Está localizado, ao longo da Avenida Dr. Emílio Ribas, no início da Vila Capivari, ao lado da Praça João de Sá, o poeta autor do Hino a Campos do Jordão.

 

 

 

Paisagens - Vila Capivari - Década 1920


Percebam que a vegetação existente nessa grande área vislumbrada pela foto, estava concentrada somente nas confluências dos morros onde, normalmente, há um pequeno curso d´água. No geral, a vegetação era apenas rasteira e composta de gramíneas, capins diversos, inclusive a famosa vassourinha, pequena vegetação de pouco mais de 10 a 15 centímetros de altura, que deixava os campos todos floridos de tons rosáceos, quase sempre, nas proximidades do carnaval, nos finais dos meses de fevereiro e começo de março.Felizmente, no que restou de nossos morros, ainda podemos ver esse espetáculo, embora bem reduzidamente.

Existiam poucas construções naquela época. À esquerda da foto, a Estação Emílio Ribas, da Estrada de Ferro Campos do Jordão. Ao centro, no primeiro plano, apenas duas casas na Avenida Emílio Ribas; um pouco mais acima, pequeno aglomerado de pouco mais de dez casas, nas Avenidas Victor Godinho e Macedo Soares. Mais à direita, um novo aglomerado de pouco mais de uma dezena de casas, situadas ao longo da mesma Av. Emílio Ribas, nas proximidades das Ruas Ribeiro de Almeida, Senador João Sampaio e Robert Jeffery.

 

 

 

Personalidades - Tênis Clube - Associados e simpatizantes - 1937


Foto do ano de 1937, mostrando alguns Associados e simpatizantes do Campos do Jordão Tênis Clube.

Na foto, da esquerda para a direita: Um veranista não identificado, Dr. Gualter de Almeida - Médico, outro veranista não identificado, Dr. José Mestres, Dr. Enzo Julio Trípoli - famoso e conceituado Delegado de Polícia de Campos do Jordão, Engenheiro Paulo Krause, Engenheiro Aristides de Souza Mello - posteriormente Prefeito Municipal Interino de Campos do Jordão (entre 1937 e 1938) e Dr. Lincoln Ferreira de Faria, médico.

 

 

 

Pessoas - Ginasianos - ano 1963


Turma da quarta série ginasial do saudoso CEENE - Colégio e Escola Normal de Campos do Jordão, sentados em banco da nossa Praça da Bandeira de Vila Abernéssia, o nosso Jardim Municipal, ao lado do atual Gazebo Municipal.

Na foto, sentados, da esquerda para a direita: Márcio Chaves de Andrade, Francisco Richieri, o Chiquinho, Márcio Carletti, o Piúva, Edison dos Santos, o Dinho, Antonio Marmo de Oliveira Nascimento, o Vaca, José Neves de Miranda, o Zé Docinho.

Em pé, na mesma ordem: Joaquim Custódio da Silva, Paulo Roberto de Almeida Murayama, o Shizutinho, Lucio Flávio Andreoli, o Papagaio, Alexandre Brizola dos Santos, Alberto de Almeida Bernardino, o Albertinho e um garoto não identificado.

 

 

 

Politica - Encontro político - Década 1950


Encontro de políticos na década de 1950.

Na primeira fileira, da esquerda para a direita: Joaquim Calleres do Amaral, Escrivão da Delegacia de Polícia de Campos do Jordão, Vereador Francisco Bento Filho, Construtor, Gumercindo Barros Galvão, Dentista, Paulo Cury, comerciante e Prefeito Municipal, Sr. Antonio Carvalho, Chefe da Estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão; Aureliano Vasquez, Deputado Juvenal Lino de Matos, Dr. Orestes de Almeida Guimarães, Vereador e Ex-Prefeito Municipal, Vereador João Alves Teixeira, Vereador Joaquim Corrêa Cintra, Presidente d Câmara Municipal de Campos do Jordão e o Vereador João Mariano Pontes, construtor.

Na segunda fileira, na mesma ordem: Não identificado, José Ferreira Areal, Benedito Máximo de Carvalho, o conhecido Fazanello, Romeu Rodrigues Pinheiro, o Zito da Papelaria e Livraria Pinheiro, e o Vereador Tarcísio Coutinho.

 

 

 

Transportes - Elegante charrete no Hotel Toriba


No início da década de 1950 uma elegante charrete em frente ao lindo e magnífico Hotel Toriba, orgulho da classe hoteleira de Campos do Jordão, por mais de seis décadas.

Na foto, a Dona Guisy (esposa do Sr. Laszlo Janos) e o filho Cláudio Laszlo, pioneiros e primeiros proprietários de linda residência situada na região próxima ao Hotel Toriba. A família Lazlo nunca deixou de freqüentar e prestigiar Campos do Jordão. Durante muitos anos, a família Laszlo foi proprietária da famosa KOSMOS FOTO, da cidade de São Paulo, tendo valorizado as paisagens de Campos do Jordão através de lindas fotografias, transformadas em cartões postais especiais, por eles elaborados, distribuídos para várias cidades brasileiras.

Dona Guisy, húngara de nascimento e brasileira de coração, introduziu em Campos do Jordão, na década de 1940, famosa geléia de framboesa, com receita caseira da tradicional confeitaria do Império Austro - Húngaro. As framboesas eram cultivadas por ela aqui em Campos do Jordão e as geléias confeccionadas no velho, bom e tradicional fogão de lenha. Em sua homenagem, essa tradição é mantida por seus descendentes.

OBS: Foto gentilmente cedida pelo amigo Cláudio Laszlo.

 

 

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