Fotografias Semanais que contam a
história de
Campos do Jordão.
de
09/09 a 15/09/2016
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Pessoas
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O Pracinha - Bento Rodrigues do Prado
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Na foto da década de 2000, o saudoso amigo Bento Rodrigues do Prado, o conhecido Pracinha que, infelizmente, nos deixou no dia 04/setembro/2016, partindo para integrar o nosso imenso e desconhecido Universo Celestial onde, com certeza, será bem acolhido e será um grande reforço para as inúmeras atividades lá desenvolvidas sob o Comando do Nosso Eterno Criador.
Bento Rodrigues do Prado ficou conhecido pela alcunha de Pracinha desde quando, na década de 1940, foi convocado para o serviço militar pelo Exército Brasileiro. Tendo ficado de prontidão, aguardando convocação para integrar a Força Expedicionária Brasileira - F.E.B. para seguir para o teatro de operações da Itália, na IIª Guerra Mundial. Durante esse período, sempre que vinha para sua terra natal, São Bento do Sapucaí, vinha orgulhosamente vestido com o uniforme do Exército Brasileiro. Assim, começou a ser chamado de Pracinha, ficando a partir daí, por toda vida, conhecido por Pracinha. Vários daqueles que foram convocados na época, acabaram seguindo para os campos de batalha, inclusive, quatro daqui de Campos do Jordão. O nosso Pracinha, felizmente, não seguiu para os campos de batalha considerando que a IIª Guerra Mundial terminou em maio de 1945.
O conhecido Pracinha, durante muitas décadas, foi um dos principais profissionais especializados na arte da instalação e reparos de todo tipo de redes de águas e esgotos residenciais e comerciais de Campos do Jordão, comumente chamados de encanadores. Qualquer problema com esse tipo de serviço o primeiro que era procurado era o Pracinha e ele, sempre muito atencioso, sempre muito alegre e com um largo sorriso no rosto, vinha o mais rápido possível. Via de regra, seu fiel companheiro era o seu tradicional e famoso Jeep Willys Overland, modelo 1957, de cor verde, onde carregava na parte traseira, uma verdadeira oficina com as ferramentas especializadas e alguns materiais essenciais para executar os mais variados reparos.
Lembro-me muito bem, durante as décadas de 1950 até 1980, quando meu pai estava em plena atividade com a sua tradicional e saudosa “Imobiliária Rocha”, era o responsável pela administração de algumas dezenas de casas que pessoas residentes fora de Campos do Jordão, mantinham aqui na cidade para serem utilizadas em finais de semana e férias escolares de seus filhos. Nessa época, qualquer problema relacionado à parte hidráulica e rede de esgotos, o Pracinha estava sempre pronto e disponível para atender com a máxima presteza e rapidez.
Curiosamente, quando fui prestar exames para tirar minha carta de motorista, no longínquo ano de 1967, também lá estava o amigo Bento Rodrigues do Prado, o Pracinha. Nessa época o Delegado de Polícia de Campos do Jordão era o saudoso Dr. Benedito Dalmo Florence, mais conhecido como Dr. Dalmo, de boa estatura, bastante gordo, muito simpático, atencioso e grande escritor e poeta. Esses exames para motorista, além da parte prática de volante pelas vias públicas da cidade e estacionamento com baliza, acompanhado de um examinador, incluía, um ditado que era feito pelo próprio Delegado de Polícia. Ele escolhia uma frase ou um texto e ditava para que o candidato examinado pudesse escrever e demonstrar que não era analfabeto e que sabia escrever. O Dr. Dalmo nesse particular era inesquecível. Ele perguntava para o candidato qual era sua profissão. Dependendo da profissão de cada um ele fazia uma frase relativa a essa profissão e ditava para que o candidato escrevesse na folha de papel própria. Jamais me esqueci que o Pracinha estava à minha frente e seria examinado antes de mim. Atrás vários outros candidatos. Dr. Dalmo perguntou ao Pracinha “Qual a sua profissão?” e o Pracinha respondeu: “Eu sou encanador Doutor”. Dr. Dalmo falou: “Então escreva aí: Hoje vamos entrar pelo cano”. Foi uma risada geral de todos que estavam na fila. Felizmente o Pracinha escreveu direitinho e foi devidamente aprovado. Eu também fui aprovado.
Uma outra curiosidade. Eu, enquanto jovem, lá pelos idos de 1950 e 1960, era procurado por vários empreiteiros da construção civil, inclusive o Pracinha, para datilografar recibos de serviços prestados para que pudessem receber os valores das pessoas contratantes. Graças à minha boa memória, jamais me esqueci dos nomes completos desses empreiteiros. Até pouco tempo, sempre que me encontrava com o Pracinha, especialmente no Banco, mesmo que ele não estivesse me vendo, imediatamente, falava seu nome completo: Olá meu amigo Bento Rodrigues do Prado. Ele se virava rapidamente, olhava para mim e dizia: “Não acredito! Você sabe o meu nome completo. A maioria das pessoas só me chama por Pracinha.” Aí eu dizia. “Desde que fiquei sabendo de um nome pela primeira vez, jamais esqueço.”
O Pracinha foi casado com a Sra. Eunice Vieira do Prado, a Matriarca da Família Rodrigues do Prado, mãe de seis filhos: Fátima Deuscélia, Rondon José, Maria Solange, José Getúlio, Isabel Cristina e Paulo Afonso, todos muito bem criados e pessoas valorosas que prestam relevantes serviços para a nossa cidade. D. Eunice sempre prestou relevantes serviços para as nossas Igrejas Católicas de Campos do Jordão. Durante muitos anos foi responsável por cursos de Catecismo, transmitindo e ensinando aos jovens, instruções orais metódicas elementares sobre os dogmas e preceitos da religião. Também, sempre, com sua voz maravilhosa, foi a destacada e apreciada interprete de lindas canções especialmente selecionadas para acompanhar missas, normais e casamentos diversos. Participa, também, de corais inesquecíveis, juntamente com muitas senhoras maravilhosas pertencentes à comunidade religiosa católica de Campos do Jordão. Atualmente participa de um coral especial que tem se destacado em diversas solenidades especiais de Campos do Jordão, o “Coral da Terceira Idade”.
OBS: Recorte de Foto gentilmente disponibilizada no Facebook por membro da Família do Pracinha.
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E.F.C.J.
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Bonde à gasolina - Morro do Elefante
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Bela foto importante e histórica do início da década de 1970, mostrando a automotriz movida à gasolina, da Estrada de Ferro Campos do Jordão, a primeira a subir a Serra da Mantiqueira no ano de 1917. Essa automotriz foi construída com motor de 22 HPs, de potência, fabricado pela Mercedes Benz.
Durante vários anos a partir da década de 1960 essa automotriz histórica ficou exposta no topo do Morro do Elefante, encantando admiradores, porém, infelizmente, foi muito danificada pela ação de outras pessoas inescrupulosas.
Posteriormente essa automotriz foi retirada desse local e recolhida à garagem e oficinas da Estrada de Ferro Campos do Jordão, sediada na cidade de Pindamonhangaba e foi totalmente recuperada. Inclusive seu motor foi restaurado pela própria Mercedes Benz. Atualmente, recuperada, já esta de volta a Campos do Jordão e já faz parte do Museu Ferroviário que está sendo montado nas dependências anexas da Estação Emílio Ribas de Vila Capivari, para onde, outras relíquias pertencentes à ferrovia, deverão ser transferidas e expostas à visitação pública.
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Personalidades
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Emílio Ribas e Família
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Na bela foto da Família do Dr. Emílio Ribas:
Em pé, da esquerda para a direita: Paulo Bulcão Ribas (filho), Ilia (nora e esposa de Paulo), Felix Ribas (filho), Nazaré (neta), José Ribas (filho) e Castilho (genro).
Sentados, na mesma ordem: Dr. Emílio Marcondes Ribas, Ruth (filha), Maria Carolina Bulcão Ribas (esposa) e Marieta (filha).
OBS: Foto gentilmente cedida pela amiga e bisneta do Dr. Emílio Ribas, Lucília Ribas Chaves
Dr. Emílio Marcondes Ribas
O sanitarista Emílio Ribas, um dos criadores do Instituto Butantan e pioneiro na luta contra a febre amarela e a varíola, é tema de uma exposição de fotos e vídeos aberta ontem em São Paulo.
Em comemoração aos 150 anos do nascimento do sanitarista de Pindamonhangaba (SP), (Pindamonhangaba - 11/Abril/1862 - São Paulo - 19/fevereiro/1925), no dia 11 de maio de 2012, foi lançada a biografia "Emílio Ribas: O Guerreiro da Saúde", escrita pelo médico José Lélis Nogueira e editada, por enquanto, em tiragem limitada para doação.
Ontem, no dia 10/maio/2012, Emílio Ribas foi escolhido como patrono da saúde pública de São Paulo pelo governador Geraldo Alckmin.
Livro: “Emílio Ribas: O Guerreiro da Saúde”
Preocupado em perpetuar os grandes feitos do sanitarista Emílio Ribas, o autor Lélis Nogueira lançou livro biográfico que conta a trajetória de luta do paulista que mudou os rumos da saúde publica do Brasil. A narração consiste na contextualização do cenário da medicina do último século e do espírito revolucionário de alguém que ia contra a opinião científica, alcançando a cura para diversas doenças.
Em um dos trechos, Lélis explica o embate heróico do profissional que na cidade de Jaú precisou enfrentar a fúria de populares que queriam invadir o hospital para retirar os pacientes do isolamento. Na época, além de desacreditarem na cura dos enfermos, entendiam que os familiares mereciam morrer em suas próprias residências, próximo aos familiares. Emílio Ribas entendia que desta forma a doença só se multiplicaria, e estrategicamente organizou uma ação armando prisioneiros contra esse grupo de pessoas e ainda conseguiu convencer os detentos a voltar para o presídio.
Realizações do médico Emílio Ribas
- Pioneiro na luta contra a febre amarela no Brasil e na América do Sul;
- Criador do Instituto Butantan, na época em que a peste invadiu o Brasil (1899);
- Idealizador de Campos do Jordão como estância climática, juntamente com Victor Godinho, em 1911;
- Juntamente com o Dr. Victor Godinho, idealizou e construiu a Estada de Ferro Campos do Jordão, no período de 1912 a 1914, para possibilitar um acesso mais rápido e confortável para todos aqueles que, acometidos de doenças pulmonares, especialmente a terrível tuberculose, pudessem vir, para os altos da Mantiqueira à procura do clima especial e invejável de Campos do Jordão, na época, a única tentativa para a cura desse males.
- Estudou a forma atenuada da varíola, levando os seus estudos aos grandes centros científicos, onde foram discutidos e acatados;
- Reorganizou o Serviço Sanitário, remodelando o Desinfectório Central, o Hospital de Isolamento, os Laboratórios de Análises Clínicas e Bromatológicas, o Farmacêutico e a Seção de Engenharia Sanitária.
– Idealizador do Sanatório de Santo Ângelo, o primeiro com características mais humanas de assistência aos hansenianos no Brasil.
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Históricas
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Capivari - década 1940
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Linda foto de Vila Capivari no início da década de 1940, mostrando no primeiro plano, uma das quadras do Tênis Clube, a área onde, atualmente, está sediado o Hotel “Serra da Estrela”, o “Churrasco ao Vivo”, a Pousada “Telhado de Ouro” e a tradicional Casa de Pedra.
Ao centro da foto, à esquerda, a bela casa que pertenceu ao Benemérito Embaixador José Carlos de Macedo Soares, local onde, atualmente, está sediado o “Center Suíço”.
Também ao centro, a casa que, dentre outras utilizações, foi sede da primeira agência do tradicional “Expresso Zefir”, empresa de transporte de passageiros entre Campos do Jordão e São Paulo ou Santos e vice-versa, em automóveis normais, posteriormente, em micro ônibus e ônibus. No local, atualmente, está sediado o Shopping “Jardim Miranda”; à direita a casa, anteriormente de propriedade do famoso escritor Monteiro Lobato, onde residiu do ano de 1937 até início da década de 1940, local onde, posteriormente, estiveram estabelecidos a Pensão da Dona Adelaide Gracie e, a partir da década de 1960, a “Imobiliária Rondon”, de Geminiano Nunes da Silva Rondon, local onde atualmente está estabelecido o “Fort House”.
Um pouco mais à direita a casa que pertencia ao Sr. Antonio Elias Jacob, onde por alguns anos, também na década de 1960, esteve estabelecida a tradicional “Imobiliária Rocha”, do saudoso Sr. Waldemar Ferreira da Rocha. Nesse mesmo local, atualmente, está sediado o tradicional “Hotel Europa”.
À esquerda da foto o prédio do tradicional e histórico Hotel Augusta e, no morro que aparece atrás, bem próximo à parte inferior da mata existente, o local onde, no ano de 1944, foi construído o Grande Hotel de Campos do Jordão, atualmente, Grande Hotel SENAC.
Também à esquerda, a casa que pertenceu ao Sr. Benedito Olimpio Miranda, onde, há pouco tempo, está sediado o Restaurante “Gato Gordo”.
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Históricas
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Camargo Freire e Paulo Persifal
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Esta é uma foto de um desenho de um “Cristo Crucificado” feito pelo grande artista plástico Paulo Persifal, no ano de 1962 e, gentilmente oferecido como presente, em 31/09/1967, ao amigo e grande talento das artes plásticas de Campos do Jordão e Mestre da pintura da paisagem de Campos do Jordão, professor Camargo Freire. Na dedicatória Persifal escreveu: “Ao amigo Camargo Freire, dono de uma simpatia e de uma bondade simples e cativante. O amigo P. Persifal - 31/09/1967 - C. Jordão.”
Paulo Persifal, um artista plástico de grande talento e potencial para a pintura mais moderna. Foi um grande amigo que morou aqui em Campos do Jordão durante alguns anos na década de 1960. Morou numa casinha situada na propriedade pertencente ao Campos do Jordão Tênis Clube de Turismo, visinho dos saudosos amigos Orestes Mário Donato e Emile Xavier Raymond Lebrun.
Via de regra freqüentava muito o centrinho da Vila Capivari e estava sempre nos Restaurantes: Nevada, do saudoso Sr. José Manoel Gonçalves, o conhecido Seu Zé do Nevada e do Lídio Benedito de Toledo e, também, na famosa e saudosa, “Cremerie - Hot-Dogs”.
Normalmente à noite, estava conosco no Tênis Clube, batendo longos papos, dançando com as amigas. Especialmente, nos sábados à noite, apresentava um pouco da sua arte na saudosa e pequena boate do Clube. Naquela década de 1960 eu era o Secretário da Recreação do Clube, nome idealizado pelo saudoso presidente Plínio Freire de Sã Campello para substituir o cargo de Diretor Social. Também, na época, introduzi na Boate do Clube uma grande novidade, a moderna, espetacular e maravilhosa iluminação com a “lâmpada negra”. Fiz diversas decorações no teto do palco da Boate com tintas acrílicas coloridas. Com a iluminação da luz negra, chamavam muito a atenção de todos, ficavam brilhantes e lindas. Também, as roupas dos freqüentadores, especialmente aquelas de cores acrílicas, usadas pelas garotas e moças e, também por alguns rapazes, ficavam maravilhosas. Nas noites dos sábados, o Persifal montava no palco da pequena Boate seu cavalete especial com uma grande tela de vidro transparente. Ao som de alguma música romântica previamente escolhida, utilizando uma paleta com diversas cores de tintas acrílicas, por trás da tela, de frente para o público, ia pintando com os dedos paisagens e motivos maravilhosos que, com a iluminação da luz negra, ficavam de beleza indescritível, arrancando grandes aplausos de todos que lotavam a boate do clube nessas oportunidades. Infelizmente não tiramos fotos dessas apresentações e desses quadros que não duravam mais que poucos momentos, pois, ao final das apresentações, eram totalmente apagados para nova utilização da tela de vidro.
Durante o tempo que ficou aqui em Campos do Jordão, Persifal imortalizou algumas figuras pitorescas, simples, porém históricas para a cidade. Pintou o famoso, inesquecível e saudoso João Leite, o inigualável andarilho Mata Sapo e outros. Desenhou também, diversas pessoas de Campos do Jordão utilizando uma técnica inédita e muito utilizada por ele, utilizando cinzas de cigarro e pedaços de carvão, tipo “crayon”. Eu mesmo tenho em minha casa quatro quadros que ele desenhou, retratando meus pais e meus irmãos.
Paulo Persifal, também, durante o tempo que residiu em Campos do Jordão, com sua experiência artística, prestou relevantes serviços na organização de diversos desfiles aqui realizados, especialmente os dos concursos para escolha e eleição da Miss Campos do Jordão. Também, muito auxiliou na preparação das diversas equipes que participaram do programa de auditório de competição Cidade x Cidade, criado na década de 1960, apresentado como quadro do saudoso Programa Silvio Santos, exibido pela TV Tupi - Canal 4.
Lamentavelmente, perdemos totalmente o contato e notícias do Paulo Persifal. Seus pais residiam na cidade de Taubaté, porém, nunca conseguimos contato.
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Históricas
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Abernéssia - Década 1930
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Foto inédita e histórica, mostrando parte da Vila Abernéssia pouco fotografada no passado.
A foto da década de 1930, mostra:
Bem ao centro da foto, a casa que pertenceu à tradicional e importante Família Pasquarelli (Sr. Fabiano Pasquarelli e Dona Domenica Fiorentini Pasquarelli, mais conhecida como Dona Domingas Pasquarelli). Na ruazinha logo atrás, a área onde foi construído o tradicional e famoso “Grupo Escolar Municipal Rio Branco”, atualmente. Escola Monsenhor José Vita.
Na esquina entre a antiga Avenida de Ligação, atualmente Av. Dr. Januário Miráglia e a famosa e tradicional do Sapo, atualmente Rua João Rodrigues da Silva é visível o início da construção do Posto Fracalanza, de venda de combustíveis, da bandeira “Atlantic”, pertencente ao saudoso Sr. Horácio Padovan. Atualmente, nessa esquina, também ocupando grande parte da área livre mostrada na foto, inclusive a área onde estava a casa da Família Pasquarelli, hoje está sediado o Supermercado Maktube, anteriormente Supermercado Paratodos e Rosado.
Partindo dessa esquina da antiga Avenida de Ligação e Rua do Sapo, atualmente Av.Dr. Januário Miráglia, a famosa e tradicional Rua do Sapo, posteriormente denominada Rua João Rodrigues da Silva, em homenagem ao famoso e histórico João Maquinista, como era mais conhecido, de muitas histórias interessantes do início de Campos do Jordão. Ao longo dessa rua, especialmente do lado direito, muitas casas foram construídas posteriormente. Também, algumas das casas que aparecem, permanecem até hoje. Uma delas foi demolida recentemente, a casa de número 137 onde, durante 23 anos, esteve sediada a Igreja Batista de Campos do Jordão. Um pouco mais à esquerda, algumas casas que pertencem à atual Vila Ferraz, inclusive, à esquerda da foto, a linda casinha de madeira, pintada de verde, que pertecia ao saudoso Sr. Francisco de Souza Miranda, da Prefeitura Municipal, casado com a Martinha.
Ao fundo, bem ao centro, a antiga e famosa “Favela”. À direita, o local posteriormente denominado Buraco da Onça.
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Pessoas
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Werner Ruhig
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Na foto de junho de 1984, tocando acordeão, com certeza, uma animada polca alemã, o saudoso alemão de nascimento e jordanense de coração Werner Ruhig. gentilmente cedida pelo amigo Peter Böhme.
Werner Ruhig foi um dos tripulantes do famoso navio alemão Windhuk que, no dia 21 de julho de 1939 partiu da Alemanha com destino à África do Sul, transportando 400 passageiros e 250 tripulantes. Os passageiros tinham como objetivo participar de safáris ou negócios comerciais. Já em plena África do Sul terrível a notícia do início da Segunda Guerra Mundial no dia 01 de setembro de 1939. Em plena Guerra o navio Windhuk passou a ser perseguido e teve que fugir das embarcações da marinha inglesa e, por isso, acabou por desviando a sua rota de retorno, aportando primeiramente em Angola e depois, acabou ancorando no porto de Santos no dia 07 de dezembro de 1939. Terminada a guerra no dia 02 de setembro de 1945, depois de ficarem aprisionados em campos de concentração no Vale do Paraíba, muitos, no de Pindamonhangaba de 1942 a 1945, foram libertados. Vários desses tripulantes vieram para Campos do Jordão para trabalhar nos tradicionais e maravilhosos - Hotel Toriba e Grande Hotel. Cada um tripulante do navio tinha as suas especialidades profissionais.
Vários desses alemães que pertenciam à tripulação do navio Windhuk vieram para Campos do Jordão – 34 ao todo. Para cá vieram graças à intervenção do também alemão Henrique Hillebrecht, visando ao aproveitamento da mão de obra ociosa dos alemães do Windhuk. Destacaram-se no ramo da hotelaria, especialmente nos hotéis Toriba e Grande Hotel, na época de sua propriedade comercial, como músicos, barmen, cozinheiros, garçons, maîtres d´hotel, gerentes de hotel, cabeleireiros, confeiteiros. Graças ao Sr. Henrique Hillebrecht, esses alemães fincaram as primeiras estacas da infraestrutura hoteleira de Campos do Jordão. Trabalharam em diversas atividades ligadas ao ramo da hotelaria e do bom atendimento ao turista.
Os tripulantes do navio alemão de 17 mil toneladas, com 176 metros de comprimento, 22 de largura e 9,6 de calado, da Deutsche Afrika Linien e da Woermann Linien, denominado Windhuk, que zarpou de Hamburgo, na Alemanha, em 21 de julho de 1939, para iniciar sua rota normal, oceano adentro, jamais poderiam imaginar que, por alguma fatalidade, muitos anos mais tarde, haveriam de interligar-se à história de Campos do Jordão.
Werner, também, trabalhou por algum tempo no Grande Hotel de Campos do Jordão. Posteriormente, a partir do início da década de 1950, juntamente com sua esposa D. Euphida Ruhig, montou aqui em Vila Abernéssia a saudosa, tradicional e inesquecível “Boate 1.003”. Era uma casa noturna, com bar e pista de dança. Foi estabelecida na Rua Brigadeiro Jordão, 1.003, responsável pelo nome famoso. Foi um local muito conhecido e procurado pelos boêmios e amantes da boa música, da dança, da tranqüilidade, dos lanches especiais, dos encontros amorosos e até dos encontros de amigos para bater um bom papo, tomar alguma bebida e degustar iguarias especialmente preparadas pelo casal. Permaneceu em pleno funcionamento durante mais de duas décadas, aqui em Campos do Jordão.
No interior dessa casa noturna denominada Boate, três cômodos interligados abrigavam várias mesas e bancos, normalmente duplos, para que os casais pudessem se sentar juntos, ouvir uma boa música da época – Ray Conniff, Billy Vaughan, Paul Mauriat, Glenn Muller, Pat Boone, Ray Charles, Frank Sinatra, Johnny Mathis, Dick Farney e Lucio Alves, Nelson Gonçalves, Silvio Caldas, Carlos José, Agnaldo Rayol, Agnaldo Timóteo, Francisco Petrônio, Cauby Peixoto, Renato e seus Blue Caps, Sérgio Mendes, Ângela Maria, Elizeth Cardoso, Maria Bethânia, Gal Costa etc.
Na sala do meio, a mais ampla de todas, havia uma pequena pista de dança, onde os casais apaixonados podiam dançar de rostos colados e até dar uns beijinhos furtivamente, sempre se escondendo dos olhares atentos e rigorosos do Werner que, sempre, se preocupava e muito, em manter a boa reputação da sua casa noturna.
Nessa sala, no teto, havia um céu especialmente desenhado, com uma pequena lua e várias estrelinhas, que também iluminado por uma pequena luz azulada, dava um efeito bastante bonito e inesquecível.
Nessas salas, a iluminação já era bem diminuta, com lâmpadas coloridas e acondicionadas em lustres feitos com pequenas rodas de carroças.
O Werner, além de ser o dono da Boate 1.003, trabalhava com a Frida, sua esposa, praticamente sozinhos no local.
A Frida comandava o bar e a música através do pequeno amplificador de som e de um antigo toca-discos que executava as músicas dos discos LP e compactos de vinil, e também ajudava na preparação dos drinques e lanches preparados hábil e maravilhosamente pelo Werner.
A Frida era uma pessoa boa e gentil, porém muito séria e que se mantinha quieta em seu local de trabalho, não dando muita oportunidade para conversas.
Na época, os drinques mais solicitados e que eram preparados com maestria pelo casal eram: cuba-libre (mistura de rum com coca-cola), HI-FI (mistura de crush ou suco de laranja e vodka), Gin-Fizz (mistura de gin, suco de limão e soda), whisky souer (mistura de whisky, suco de limão e açúcar, servido em taça de coquetel incrustada de açúcar), Dry Martini (vermute seco, gelo e uma azeitona espetada no palito), Daikiry (rum branco, limão e açúcar), Bloody Mary (vodka, gotas de limão e molho inglês, sal, pimenta-do-reino branca moída a gosto) e muitos outros, além da tradicional cervejinha servida em garrafas pequenas, para não ficar com aquele aspecto de botequim barato.
A parte comestível era preparada, também, com muito carinho e habilidade. Para acompanhar qualquer bebida, o Werner sempre servia os seus famosos amendoins torrados e salgadinhos, preparados por ele com maestria, com um segredinho que, uma noite, ele muito discretamente me contou: antes de serem colocados na assadeira para torrar, eram passados em clara de ovo batida em neve e adicionado o sal, tomando o cuidado para não torrar em excesso. O misto-quente, o churrasquinho servido no pão francês, o bauru e o americano, todos eram divinos. Uma iguaria servida magistralmente e com o toque de um “chef” alemão, disputadíssima nas madrugadas, era o Beef-Tartar, iguaria feita com carne moída crua, temperada com salsinha, cebola, pepino em conserva, alcaparra, mostarda e azeite e era servido com pão de forma ou pão francês cortado em fatias e manteiga.
Que saudade do 1.003, do Werner e da Frida. Lá passei bons momentos de minha vida e, tenho certeza absoluta, muitos, igualmente, passaram momentos inesquecíveis naquele local maravilhoso. Werner foi uma pessoa maravilhosa e um grande amigo.
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Históricas
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Pedra do Baú - Rampa de serviço
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Uma foto diferente, inédita e histórica mostrando uma simples rampa de madeira, Essa rampa foi especialmente construída ligando o topo da Pedra do Baú ao solo existente em sua base. Por essa rampa, durante a construção da casinha ou abrigo que foi instalado sobre a Pedra do Baú, desciam sobras de materiais e entulhos que necessitavam ser retirados e voltar para o solo na base da mesma, evitando que fossem, perigosamente, jogados lá de cima, podendo causar grandes transtornos e até acidentes fatais.
A casinha construída em cima da Pedra do Baú, na década de 1940, era dotada de 21 camas de campanha, especialmente para pernoite de alpinistas. Era feita de tijolos e madeira, com telhado de cobre, com sistema próprio para armazenamento das águas pluviais. Foi construída pelo Empreiteiro Floriano Rodrigues Pinheiro, sob o patrocínio do empresário Dr. Luiz Dumont Villares. Na frente dessa casinha havia um pedestal que sustentava uma placa e um sino de bronze para ser tocado quando da conclusão das escaladas. A placa tinha os seguintes dizeres : “Refúgio Antonio Cortez / Escalado em 12.8.1940 / Inaugurado em 1948 / Altitude 1.900 Mts.”
Nada disso existe atualmente, a linda casinha do topo da Pedra do Baú, foi totalmente destruída por ações de puro vandalismo, juntamente com todos pertences que adornavam seu interior, inclusive diversos livros e objetos de decoração, cozinha com vários utensílios, lareira, sistema de água, a placa, o sino e muitas outras coisas, Hoje somente é possível ver alguns vestígios da sua fundação.
A Pedra do Baú
A Pedra do Baú faz parte do chamado Complexo do Baú. Esse complexo é um conjunto de rochas gnaissicas (Rocha metamórfica feldspática laminada, nitidamente cristalina, e de composição mineralógica muito variável). É formado por três rochas: a Pedra do Baú é a principal, a maior e mais alta, com 1.950 metros de altitude; as outras duas, localizadas ao redor da principal, o Bauzinho, com 1.760 metros de altitude e a Ana Chata, com 1.670 metros de altitude.
Em terras vizinhas a Campos do Jordão, no município de São Bento do Sapucaí, no Estado de São Paulo, no alto da Serra da Mantiqueira, está assentada a majestosa Pedra do Baú. É um imponente bloco de granito com base de 540 metros de comprimento, 40 metros de largura e 340 metros de altura, numa altitude de 1.950 metros. Obrigatoriamente, a Pedra do Baú, um dos principais cartões postais de Campos do Jordão, faz parte do nosso roteiro turístico, podendo ser avistada de quase todo o município.
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Pessoas
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Waltinho Nicolau e irmã Tânia - Década 1970
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Uma foto histórica, acredito, da década de 1970, mostrando o meu grande amigo e maravilhoso fotógrafo Walter Nicolau Junior, o Waltinho da Cadij Imóveis e sua linda e saudosa irmã Tânia que, infelizmente, nos deixou prematuramente no ano de 2004. Na oportunidade da visita ao Hotel Toriba, acompanhavam a gravação de um comercial e foram convidados para participar. Assim, os irmãos, felizes, garbosamente, como se fossem um casal de hóspedes, passeavam nos jardins e dependências do maravilhoso Hotel Toriba de Campos do Jordão, orgulho da nossa classe hoteleira e parte integrante da história da nossa cidade.
OBS: Foto disponibilizada na internet através do Facebook.
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Pessoas
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CESP - Paulo Sergio e Rosely
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Uma foto mostrando o casal amigo Paulo Sérgio Ribeiro de Campos e sua esposa Rosely. Paulo Sérgio foi, aqui em Campos do Jordão, durante vários anos, a partir de meados da década de 1960, o Gerente da CESP - Companhia Energética de São Paulo. Aliás, o Paulo Sergio começou trabalhando na cidade de Piquete, sua terra natal. Depois foi promovido e veio para Campos do Jordão para o cargo de Gerente local, quando a CESP ainda era Centrais Elétricas de São Paulo. Posteriormente, já formado em Administração de Empresas, a partir do ano de 1977, Paulo Sérgio foi promovido para o cargo de Gerente do Distrito de Ubatuba. Alguns anos depois, foi transferido para a gerência do Distrito de Rio Claro-SP.. na seqüência, por seu trabalho sempre exemplar e dedicado, foi novamente promovido, para o cargo de Gerente Regional de Rio Claro, também, na área da CESP. Mais adiante foi transferido para a Regional de Atibaia, no mesmo cargo de Gerente Regional e, na seqüência, mais uma vez, promovido para o cargo de Gerente do Departamento de Distribuição Leste que era composto pelas Regionais de Atibaia e Guarujá, onde se aposentou. Atualmente reside com a esposa, filhas e netos na vizinha cidade de São José dos Campos. Nunca deixou de voltar e visitar Campos do Jordão e muitos amigos que aqui mantém, desde a época em que trabalhou em nossa cidade, dentre esses, seu dentista especial, desde aquela época, Dr. Homero Godliaukas Zen que cuida de toda sua família.
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