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Fotografias Semanais que contam a
 história de Campos do Jordão.

de 05.11 a 11.11.2010

 

 

Artes Plasticas - Frade Franciscano com crianças de várias raças


Lindo quadro da autoria do saudoso Carlos Barreto, da década de 1940, mostrando um frade franciscano numa paisagem típica de Campos do Jordão, sentado junto ao tronco de um pinheiro, rodeado de crianças representando as diversas raças.

Carlos Barreto foi um excelente pintor, tendo produzido inúmeros quadros retratando a paisagem de Campos do Jordão durante as décadas de 1930 e 1940. Tinha uma personalidade artística poliédrica, já que foi escultor, compositor, músico, pintor, desenhista, teatrólogo e cronista. Foi também um bom pianista e compositor de diversas músicas.

Esse quadro, atualmente de propriedade do artista plástico, também pintor, Luiz Pereira Moysés, foi encontrado em uma de suas visitas de auxílio a pessoas pobres. Na oportunidade, entrando pela humilde casa, viu pregado na parede que separava a minúscula sala da simples cozinha, provida de fogão à lenha, tapando um buraco, um quadro todo esfumaçado. Ao aproximar-se viu que era um quadro do saudoso pintor Carlos Barreto. Imediatamente perguntou para a senhora que residia na casinha se não queria vender-lhe aquele quadro. E ela disse: “Pode tirar e levar pro Senhor. Depois eu coloco outra ‘tauba’ (tábua) no lugar”. Moysés retirou o quadro com todo cuidado e, antes de se retirar, deu para a senhora uma recompensa pela generosidade em prol da preservação da nossa história e cultura. Conseguiu restaurar o quadro, retirando o excesso de fumaça nele impregnada e outras manchas e o mantém como relíquia em seu acervo.

Quadro com história tem muito maior valor.

Escreveu Pedro Paulo Filho, escritor, advogado, jornalista e historiador, em seu livro “Campos do Jordão, o presente passado a limpo” – Editora Vertente Produções Artísticas e Literárias – 1997, p. 94:

“Carlos Barreto nasceu em Funchal, na ilha da Madeira, em 28 de setembro de 1906, vindo ao Brasil ainda criança, quando seus pais se estabeleceram na cidade de São João da Boa Vista, neste estado de São Paulo. Adoeceu dos pulmões em 1937 e aportou em Campos do Jordão em busca da saúde perdida, como tantos milhares de pessoas. Curou-se e ficou, participando de todos os movimentos artísticos, culturais e cívicos que a comunidade até então promovia para o gueto dos enfermos pulmonares. Casou-se com Hermínia Valentim, com quem teve três filhas: Maria do Carmo, Cléo e Cácy. Era um homem alto e magro, muito bonachão e de grande sensibilidade artística. Faleceu em 14 de agosto de 1951, tendo o Poder Público Municipal dado o seu nome a uma das vias públicas da cidade, na Vila Suíça.”

 

 

 

Arquitetura - Linda casa da família Fracalanza


A linda casa, estilo português acredito, pertencente ao saudoso Sr. Julio Fracalanza, um pioneiro de Campos do Jordão, desde os anos da década de 1910. Essa casa, situada no local atualmente denominado Vila Fracalanza, em homenagem à família pioneira, embora bastante prejudicada pelo passar do tempo, continua muito bonita, guardando seu imponente estilo que a tornou diferençada em relação às demais existentes na região.

Essa casa era a sede da Chácara Fracalanza que se notabilizou pela sua plantação pioneira de frutas tipicamente européias, especialmente diversos tipos de maçãs. Essa plantação de maçãs foi a pioneira, não só em Campos do Jordão, como no Estado de São Paulo e no Brasil.

Com essa plantação e cultivo das maçãs, a atividade tomou grande impulso em Campos do Jordão, incentivando diversos outros produtores, dentre eles o Sr. Paulo Bockmann que, na realidade, acabou se transformando no maior produtor de toda região, sendo até cognominado como o “Rei das Maçãs”.

Durante boa parte das décadas de 1950 e 1960, Campos do Jordão, graças ao início da cultura da maçã, pelo Sr. Julio Fracalanza, foi palco de seis “Festas Nacionais da Maçã”, iniciadas através do dedicado trabalho desenvolvido pelo saudoso e competente Engenheiro Agrônomo da nossa Casa da Agricultura, Dr. Shizuto José Murayama.

OBS: Neste site, no link fotografias, a história e as fotografias dessas Festas Nacionais da Maçã.

 

 

 

Energia Elétrica - Funcionários da Cia. Sul Mineira


Antigos funcionários da CSME – Companhia Sul Mineira de Eletricidade, responsável pela distribuição da energia elétrica para Campos do Jordão, desde o ano de 1940 até o ano de 1966.

A Cia. Sul Mineira tinha seu escritório de Vila Abernéssia, situado na Rua Brigadeiro Jordão, 622, local onde hoje está sediada a Receita Federal de Campos do Jordão.

Na foto, na parte superior, da esquerda para a direita:

- José Benedito de Figueiredo - Filho de Pedro Alves de Figueiredo e Deolice Alves do Lago, nasceu na cidade de Campestre- MG., em 20/setembro/1907. Começou trabalhando na Companhia Sul Mineira de Eletricidade como eletricista. Tendo sido promovido, trabalhou em Campos do Jordão como Gerente, durante a década de 1950, sendo posteriormente transferido para a cidade de Varginha no ano de 1961, vindo a se aposentar na mesma Companhia. Foi casado com a Sra. Odila com que teve os filhos: Myrna, Eliphas, Malius, Hermes e Oliete.

- Armando Ladeira - Seo Ladeira como era conhecido, durante quase toda sua vida aqui em Campos do Jordão trabalhou nas empresas de energia elétrica. No início trabalhou durante muitos anos para a CSME - Companhia Sul Mineira de Eletricidade, concessionária responsável pela distribuição da energia elétrica para as cidades de Campos do Jordão, Santo Antonio do Pinhal e São Bento do Sapucaí, a partir da década de 1940 até o ano de 1966. Nessa Empresa Seo Ladeira desempenhou diversas atividades, dentre elas a de Gerente Local.

Mesmo após essa Empresa de eletricidade ter sido incorporada pela CEMIG - Centrais Elétricas de Minas Gerais, durante pouco tempo e posteriormente, pela CESP - Centrais Elétricas de São Paulo, que passou a ser a CESP - Companhia Energética de São Paulo, Seo Ladeira continuou prestando relevantes serviços na área da energia elétrica, transmitindo e ensinando seus sábios conhecimentos a muitos novos companheiros.

- Luiz Pires de Magalhães - Filho de Aníbal Pires de Magalhães e Isolina Pereira da Rosa, nasceu na cidade de São Bento do Sapucaí-SP., em 19/janeiro/1913. Ingressou na Companhia em 10/abril/1930 e, durante as décadas de 1940 e 1950 trabalhou em Campos do Jordão onde exerceu as funções de Gerente. Foi casado com a Sra. Maria Aparecida Alves Magalhães com quem teve os filhos: Luiz Alberto e Maria Helena.

- Geraldo Alves de Andrade - Filho de José Alves de Andrade e Maria de Jesus, natural de São Bento do Sapucaí-SP., nascido em 01/julho/1913. Foi eletricista da Companhia Sul Mineira de Eletricidade desde 01/01/1942 até a data do seu falecimento, em acidente do trabalho, quando executava serviços próximos da rede elétrica de alta tensão, em Vila Capivari, nas proximidades do Pensionato São José, há poucos metros da casa onde residia, ao lado da subestação de Capivari. Foi casado com Dona Rosaria Gabriel de Oliveira com quem teve os filhos: José, Maria Tereza, Paulo, Vicente, Maria Helena e Antonio.

Na parte inferior da foto, na mesma ordem:

- Maria Tereza Alves de Andrade - Filha de Geraldo Alves de Andrade e Rosária Alves de Oliveira, nascida em São bento do Sapucaí em 26/dezembro/1936, ingressou na Companhia em 01/abril/1955, tendo trabalhado em Campos do Jordão exercendo as funções de Escrituraria. Foi casada com o Sr. Luiz Saar, antigo funcionário da Estrada de Ferro Campos do Jordão, com quem teve os filhos: Rosely e Luiz Andrade Saar.

- Alcides Gonçalves de Souza - Filho de Antonio Gonçalves de Souza e Minervina Rosa de Jesus, natural de Campos do Jordão-SP., nascido em 21/maio/1937. Ingressou na Companhia em 01/agosto/1954, onde exerceu as funções de aprendiz de eletricista e eletricista. Seu pai foi o conhecido seu Antoninho, antigo funcionário da Companhia.

- João Carlquist Filho - Filho de João Carlquist e Julia Maria Carlquist, nasceu na cidade de Lavrinhas-SP., em 02/junho/1906. Ingressou na Companhia em 01/janeiro/1938. Trabalhou em Campos do Jordão durante as décadas de 1940 e 1950, exercendo as funções de Maquinista, na antiga Subestação de Vila Abernéssia. Por causa de sua descendência era conhecido como “Nego Sueco”. Foi casado com a Sra. Inez Rodrigues Carlquist com quem teve os filhos: Ida, Milton e Esther.

- Jacy Andreoli - Filho de João Andreoli e Tereza Bertini, natural de Capivari-SP., nascido em 30/janeiro/1925. Ingressou na Companhia em 01/fevereiro/1949, exercendo as funções de eletricista na cidade de Campos do Jordão, até o ano de 1951 quando começou trabalhar na Prefeitura Municipal da Cidade. Foi casado com a Sra. Expedita de Souza Andreoli com quem teve os filhos: Janete, Lucia e Tadeu.

 

 

 

Escolas - Turma de 1956 do Primário anexo ao CEENE


Foto da formatura da turma do Grupo Escolar anexo ao CEENE - Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão, do ano de 1956.

Na foto, na primeira fileira de baixo para cima, da esquerda para a direita: Professora Hilda Carvalho, Diretora da Escola, Não identificado, Silvia Maria Dolores de Carvalho, Não identificado, Benedita Regina Vieira Pinto, logo atrás: Não identificada, Não identificada, Não identificada, Clarice, filha do Sr. José da Farmácia Santa Izabel, Vera Lucia Toledo, Sonia Maria Uribe, Não identificada, Vera Lucia de Faria Souto, Maria Aparecida Franco e Professor Gad Aguiar, na época, Diretor do Colégio Estadual.

Na mesma ordem, na segunda fileira: Lourival Tocantins Duarte, Silvio, Não identificado, Eduardo Neme Nejar, o Dudu, Não identificado, Não identificado, Não identificado, José Benedito da Silva, Fernando Artur Brizola dos Santos, Não identificado, Jorge Abe, Não identificado.

Na mesma ordem, na terceira Fileira: Fernando Santos Nascimento, o conhecido “bola quatro”, Não identificado, João Marcondes da Silva, o conhecido “bodoque”, Luiz Antonio Franco, o.....GUGU Brügger, Iuzi Nodomi, Jamil Pedro Farah Zaiter, Coaracy Inajá Ribeiro, Julio Carlos Ribeiro Neto, o Julinho Pirata.

 

 

 

Esportes - Equipe de Futebol de salão do Grêmio Estudantil


Na década de 1960, na antiga quadra de cimento existente no mesmo local onde hoje está sediado o nosso Ginásio Esportivo “Armando Ladeira”, a gloriosa e excelente Equipe de Futebol de Salão do saudoso Grêmio Estudantil Jordanense, do nosso CEENE - Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão.

Agachados, da esquerda para a direita: Cláudio Ribeiro, Carlos, o conhecido Carlos Café, Marcos Miravetti Franco, o saudoso Marquinho, Américo Richieri Filho, o Ameriquinho, Hideto Miura e Walter Assis Mello.

Em pé, na mesma ordem: Luiz Carlos Bertoni, o conhecido Gambá, José Cláudio Bená, o conhecido Bená, Nelson Ladeira, Coaracy Inajá Ribeiro, Julio Carlos Ribeiro Neto, o Julinho Pirata, Eduardo Neme Nejar, o conhecido Dudu e Nelson Brügger, o Nelsinho.

 

 

 

E.F.C.J. - Eletrificação da Estrada de Ferro


Inauguração da eletrificação da Estrada de Ferro Campos do Jordão, ocorrida no dia 21 de dezembro de 1924. Na foto desse dia especial, o Dr. Carlos de Campos, de chapéu nas mãos, presidente do Estado de São Paulo, como era denominado na época, ex-deputado federal e jornalista do Jornal “Correio Paulistano”, acompanhado do senador Dr. Roberto Simonsen, à esquerda e esposa, Sra. Raquel Simonsen, à direita, e grande número de pessoas e militares. Na foto, de bigodes brancos, o Sr. Thadeu Rangel Pestana que, na oportunidade, fez a saudação ao Dr. Carlos de Campos.

 

 

 

Famílias - A numerosa Família da Matta


Na foto, grande parte da família da Matta, aparentados e amigos.

Na Fileira Superior:

- da esquerda para direita: bem no canto José Julião Machado, pouco aparece, está sentado no canto da casa, Benedito da Matta, o Dito da Matta, Paulo da Matta, Oscar da Matta Sobrinho, o Jacó da Matta, Francisco da Matta, o Chico da Matta, José da Matta, o Zeca da Matta, Francisco da Matta Sobrinho, o Nenê da Matta, a Matriarca da Família - Laurinda da Matta, Benedita, a Ditinha e Oscar da Matta, Angelino Renó de Azeredo e sua mulher Aparecida, a Cida, criança no colo Aparecida Renó de Azevedo, Elvira e embaixo dela seu marido Abílio da Matta, seguindo o casal Zilda e José Corrêa, o Juca,Maria de Lourdes Machado e Ivete da Matta.

Na Fileira Inferior:

-Na mesma ordem, da esquerda para a direita: Maria Adélia da Matta, Carlos Julião Machado, Roberto Renó de Azeredo, Ivo da Matta, o Abilinho, João da Matta, Joaquim Vitorino (velho), o Patriarca da Família - José da Matta (velho), menina Yolanda Renó de Azeredo, Nadir Machado, Neuza Machado, Diva da Matta, Reinaldo Machado, Octávio da Matta, o Vico, as filhas Dalila e Eunice, o filho Orlando.

 

 

 

Festividades - Desfile - Festa do pinhão - 1962


A foto, tirada na atual Av. Frei Orestes Girardi, anteriormente, Dr. Januário Miráglia, em frente ao tradicional Bar, Confeitaria e Restaurante Elite pertencente à laboriosa família Cintra, quase em frente à Estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão, local onde hoje está sediada a Farmácia de Manipulação Botica.

Montando garbosamente lindos cavalos do plantel do saudoso Aristides Inácio de Souza, responsável pelos animais e pela Cocheira pertencente ao Grande Hotel de Campos do Jordão, à esquerda, a linda Lucia Miravetti de Souza, portando a Bandeira Brasileira e à direita sua linda irmã Neuza Miravetti de Souza, portando a Bandeira Paulista, filhas do Sr. Aristides e da também saudosa Dona Alice.

Dentre outros que estão na foto, podemos destacar: a saudosa Dona Elfride Ruhig, a Dona Frida, esposa do também saudoso Werner Ruhig, antigos donos da conhecida, famosa e muito bem freqüentada Boite 1.003, situada na Rua Brigadeiro Jordão, 1.003, Geraldo Pereira, o Geraldo Padeiro, José Antenor de Souza, Délio Jácome Rangel Pestana, Oficial do Cartório do Registro de Imóveis de Campos do Jordão, Toninho da Casa Ferraz.

OBS: Foto gentilmente cedida pela amiga Neuza Miravetti de Souza.

 

 

 

Flora e Fauna - O sabiá-laranjeira


Este pássaro maravilhoso, especialmente o sabiá-laranjeira, de canto melodioso, quase divino, felizmente habita em abundância estas terras dos Campos do Jordão.

Durante quase todo ano podemos ver os sabiás voando e saltitando nos telhados e galhos das árvores, embelezando a paisagem, porém, já no início da primavera, eles começam a aparecer com maior freqüência. É a estação do amor, própria para o acasalamento e sua reprodução. Nessa época, ouvimos diariamente, verdadeiras sinfonias de cantos de sabiá por todos os lados. Em determinadas oportunidades, acordamos com o lindo canto dos sabiás e pensamos que o dia já amanheceu. Algumas vezes nos enganamos e ficamos até impressionados. Em plena madrugada, tudo completamente escuro, por volta das quatro e meia ou cinco horas da manhã, já ouvimos os sabiás entoado seus cantos maravilhosos.

De setembro, até aproximadamente novembro, quando já começam as voar os primeiros filhotes, os sabiás nos brindam com seus cantos melodiosos, até variados e diferençados.

Plagiando o maravilhoso Gonçalves Dias quando, na maravilhosa “Canção do Exílio”, diz: “Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá”, digo com muito orgulho e felicidade: Minha terra tem pinheiros, onde canta o sabiá.

Edmundo Ferreira da Rocha - 02/novembro/2010

SABIÁ

NOME POPULAR - Sabiá laranjeira
NOME CIENTÍFICO - Turdus rufiventris
NOME EM INGLÊS - Rufous-bellied Thrush
ORDEM: Passeriformes
FAMÍLIA: Turdidae
NO BRASIL podem ser encontradas várias espécies, dentre elas: Sabiá-uma (de cor predominante preta); Sabiá-pardo ou sabiá-poca; Sabiá-branco; Sabiá-coleira.
OUTROS NOMES: sabiá peito-roxo, sabiá gongá, sabiá vermelha, e sabiá amarelo.
LOCALIZAÇÃO: Estados litorâneos, São Paulo, Mato Grosso e Goiás. Sua distribuição ocorre em quase todo o território brasileiro à exceção da floresta amazônica.
TAMANHO: cerca de 25 cm
LONGEVIDADE: em torno de 30 anos
NÚMERO DE FILHOTES: número de ovos de cada postura é quase sempre 2, às vezes 3. Cada fêmea choca 3 vezes por ano, podendo tirar até 6 filhotes por temporada.
TEMPO DO CHOCO: O filhote nasce aos treze dias depois da fêmea deitar. Sai do ninho aos treze dias de idade, podendo ser separado da mãe com 35 dias.

O sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), também conhecido como sabiá amarelo ou de peito roxo, tornou-se em 2002 a ave-símbolo do Brasil (já era ave-símbolo do estado de São Paulo desde 22 de setembro de 1966) por sua imensa popularidade no país, citada por diversos poetas como o pássaro que canta na estação do amor ou seja, primavera. Mede aproximadamente 25 centímetros, tendo plumagem vermelho-ferrugem no ventre, levemente alaranjado, sendo o restante do corpo de cor parda, com bico amarelo-escuro.

É ave de canto muito apreciado, que se assemelha ao som de uma flauta. Canta principalmente ao alvorecer e à tarde. O canto serve para demarcar território e, no caso dos machos, para atrair a fêmea.

Não há dimorfismo sexual, pois, ambos são iguais e a fêmea também canta, mas numa freqüência bem menor que o macho.

O canto do Sabiá é parcialmente aprendido, havendo linhagens geográficas de tipos de canto, e se a ave conviver desde pequena com outras espécies, pode ser influenciada pelo canto delas e passar a ter um canto "impuro".

Os ninhos são feitos em diferentes locais e, na sua confecção, são utilizados materiais diversos. O Sabiá utiliza sacolas plásticas, galhos, penas e até fragmentos de serpentinas natalinas para compor seu ninho.

Na natureza, é encontrado em casais e grupos familiares quando em processo de criação. É ave de ambientes abertos, preferindo viver em bordas de matas, pomares, capoeiras, entorno de estradas, praças e quintais, sempre por perto de água abundante. É um pássaro territorial: demarca uma área geográfica quando está em processo de reprodução e não aceita a presença de outras aves da espécie. O sabiá-laranjeira vive em torno de 30 anos.

Sua nutrição se compõe basicamente de insetos, larvas, minhocas, e frutas maduras, incluindo frutas cultivadas como o mamão, a banana, a laranja e abacate. É uma ave que convive bem com ambientes modificados pelo homem, seja no campo ou na cidade, desde que tenha oportunidades de encontrar abrigo e alimento. Pode inclusive fazer seu ninho - uma tigela profunda de argila e folhas secas - em beirais de telhados.

Fonte: Wikipedia - A Enciclopédia livre

 

 

 

Históricas - A Favela antiga


Na foto, a antiga e famosa FAVELA de Campos do Jordão. A citação abaixo para identificar essa foto foi escrito pelo saudoso Condelac Chaves de Andrade eu seu histórico “ÁLBUM - Almanaque histórico de Campos do Jordão”, página 50, Editado no ano de 1948 por “Artes Gráficas São Paulo S.A.” o que segue:

-“A “Favela”. No meio de tanta ostentação de riqueza e luxo, ergue-se a “Favela” que, ao longo, parece um monturo, e de perto, uma senzala. Até quando perdurará esta nódoa?”

Lamentavelmente, esse tipo de nódoa, como mencionado pelo amigo Sr. Condelac, há mais de sessenta anos, perdura até hoje. Infelizmente agora, em proporções muito maiores e que já fogem aos controles de nossas principais autoridades governamentais.

Essa Favela ficava quase no final da atual Rua João Rodrigues da Silva, em homenagem ao conhecido João Maquinista, que começa ao lado do Supermercado Paratodos, e ficava à direita, nos fundos da nossa querida e tradicional Vila Ferraz, no local conhecido por muito tempo como “O buraco da onça”.

Essa Favela já não existe mais e há muito tempo. Suas humildes casinhas, quase choupanas, foram, ao longo do tempo, sendo transformadas em casas simples, até muito bem construídas, por muitos dos que lá já habitavam anteriormente, normalmente trabalhadores que muito contribuíram para o setor da construção civil de Campos do Jordão, prestando seus serviços em diversas empreiteiras e construtoras do ramo.

É importante registrar que, embora fosse denominada Favela, as humildes casinhas existentes na época e no local, eram bem melhores que as existentes nas inúmeras favelas da atualidade.

OBS: Foto cedida pelo amigo e colaborador José Adriano Chaves de Andrade, filho do escritor e historiador do Sr. Condelac Chaves de Andrade.

 

 

 

Sanatórios e Pensões - Preventório Santa Clara


Associação Sanatório e Preventório Santa Clara

Em 1927, um grupo de senhoras chefiadas por Luiza e Georgina de Souza Lopes, acolitadas por suas irmãs Irene e Maria Carlota, decidiram fundar uma associação de combate à tuberculose infantil.

A idéia nasceu no antigo Distrito Federal, ante os alarmantes índices de estado de pré-tuberculose nas estatísticas escolares.

As irmãs estavam em Paris, na residência de seu pai, o Cônsul brasileiro, Dr. João Batista Lopes, quando se auto-determinaram a iniciar uma grande obra social.

Logo, dona Mathilde e o Dr. José Carlos de Macedo Soares ofereceram, em doação, uma gleba de terras de 16 alqueires, e com ela, foi juridicamente constituída a Associação Sanatório Santa Clara, em 21 de julho de 1927, da qual faziam parte o Sanatório Santa Clara de Campos do Jordão e a Fazenda Santo Antonio, em Paraíba do Sul.

Iniciada a coleta de subscrições públicas, em 8 de janeiro de 1928 foi lançada a pedra fundamental, sob as bênçãos do padre Francisco Lino dos Passos.

Sem apoio oficial, e contando apenas com campanhas comunitárias, como a Campanha do Selo da Tuberculose, lançada precursoramente no Brasil pela Associação, iniciou-se a construção de seu primeiro pavilhão.

Somente após a visita oficial a Campos do Jordão do Dr. Barros Barreto, diretor de Serviço Social do Estado, em 18 de abril de 1931, foi possível obter o auxílio de cem mil cruzeiros em troca da reserva de 40 leitos para crianças de São Paulo.

O seu primeiro pavilhão foi inaugurado em 28 de junho de 1931, em solenidade a que compareceram o Cel. João Alberto, Interventor Federal de S. Paulo, Dom Fortunato da Silva Ramos, o Dr. Gabriel Fernandes, que falou em nome da Entidade, Dr. Belisário Pena, da Saúde Pública do Distrito Federal e Dr. Barros Barreto, do Serviço Social do Estado.

Em 21 de agosto de 1931, Olga Berthe Albrecht chegava a Campos do Jordão para organizar os serviços internos do Sanatório e em novembro do mesmo ano, começaram a chegar os materiais escolares, mandados pelo Dr. Lourenço Filho, diretor do Ensino de S. Paulo, para a instalação de uma sala de aulas.

A campanha para a construção do 2° pavilhão iniciou-se em 1934, e no ano seguinte, infelizmente, a Entidade perdia 3 de seus benfeitores: Prof. Miguel Couto, Prof. Olimpio Portugal e o Dr. Gabriel Fernandes.

Graças a subsídios federais, a Associação conseguiu em 8 de novembro de 1936 inaugurar o seu 2° pavilhão.

Prestavam assistência médica a 430 crianças os médicos Marco Antonio Nogueira Cardoso e Januário Miráglia, sob a coordenação administrativa de Olga Albrecht.

No ano de 1937, a sua escola, promovida a escola urbana de segundo estágio, tinha suas aulas prelecionadas ao ar livre, com assistência dentária de Nelson Gonçalves Barbosa e Silvestre Passy.

Inaugurava-se nova ala em 1939, e a enfermeira Maria Paula Machado de Almeida vinha do Rio de Janeiro auxiliar dona Olga B. Albrecht.

Ainda nesse ano, a Associação perdeu a sua grande colaboradora, Maria Luiza Ferreira Neves, que havia promovido o “Mês da Tuberculose”, conseguindo obter da Casa da Moeda, o “Selo da Tuberculose”, que beneficiou não somente a Entidade, mas todas as obras congêneres do País.

Em 1943, a Legião Brasileira de Assistência encaminhava crianças ao Preventório, e em 1945 realizou-se a sagração da Capela, que recebeu a Pedra D’Ara, com as relíquias de São Cornélio e Sta. Venusta, em cerimônia presidida por D. Francisco Borja do Amaral, Bispo da Diocese de Taubaté.

A campanha do “Cruzeiro Escolar” foi lançada em 1947, em benefício das obras da Associação, que, em 6 de outubro daquele ano, perdia uma de suas fundadoras, Irene Lopes de Azevedo Sodré, sucedida por sua irmã, Maria Carlota Paes de Carvalho.

O Governo de São Paulo, em 1948, denominou a Escola do Preventório

Santa Clara de “Irene Lopes Sodré”, e, em 1952, a instituição entregava a sua direção à Congregação das Filhas de São Camilo.

Dona Olga Berth Albrecht, em 1957, recebeu do Sr. Presidente da República a “Ordem do Cruzeiro do Sul”, pelos seus 27 anos de serviços prestados à criança brasileira, e do Consulado da França, as insígnias de “Chevalier de La Santé Publique de France”.

Seus restos mortais jazem no cemitério municipal. Atualmente, a entidade denomina-se Associação e Preventório Santa Clara. A E.E.P.G. “Irene Lopes Sodré” foi transferida para o novo prédio construído em Vila Nadir.

Atualmente, o prédio da Preventório Santa Clara tem sido muito utilizado durante os meses de julho, pelos alunos bolsistas do tradicional Festival de Inverno de Campos do Jordão, para aprendizado, aperfeiçoamento musical e hospedagem.

Do Livro “História de Campos do Jordão”, da autoria do escritor, advogado, jornalista e historiador, Pedro Paulo Filho, Editora Santuário, 1986, páginas 286 a 288.

 

 

 

Hotéis - Pensionato São José


O Pensionato São José, situado na Vila Capivari, proximidades da conhecida Parada Damas, da Estrada de Ferro Campos do Jordão, pertencente às Irmãs da Congregação Missionárias de Jesus Crucificado. No início, uma espécie de hotel, que somente recebia moças e senhoras da sociedade brasileira, caravanas de estudantes, também do sexo feminino, provenientes de diversos colégios da cidade de São Paulo e outras cidades do interior do Estado. Posteriormente, com a modernidade dos tempos, passou a aceitar hóspedes em geral, inclusive casais, porém, de uma classe mais determinada, acostumada a esse tipo de hospedagem mais tradicional, tranqüilo, vigiado, com orientação e controle das Irmãs ligadas à religião católica.

Atualmente, passou por uma grande reforma, tendo modernizado bastante suas instalações, inclusive sua entrada, trabalha com características de hotel.

 

 

 

Paisagens - A linda represa da Usina


Paisagem antiga e já histórica. Na foto, datada da década de 1950, a saudosa represa da Usina, na época, pertencente às antigas companhias de eletricidade: de Campos do Jordão e CSME - Companhia Sul Mineira de Eletricidade. Essa represa tinha finalidade de represar as águas dos rios da região ao longo do caminho de acesso ao Bairro do Umuarama. Essas águas, com o necessário peso, adquirido pelo represamento, através de tubulação especial e de grosso calibre, eram transportadas por um percurso de aproximadamente 900 metros, até à Usina Evangelina Jordão, situada no final da atual Rua Álvaro Alvim, no bairro conhecido com Bairro da Usina. Na Usina, impulsionavam as turbinas necessárias à geração da energia elétrica que seria distribuída para o abastecimento de parte da cidade de Campos do Jordão. Outra parte da cidade, era abastecida com a energia elétrica gerada na antiga Usina do Fojo, até hoje existente, sendo mantida como relíquia histórica de uma época memorável.

Essa Represa praticamente não existe mais. Atualmente, resfolegando dentre entulhos e grande assoreamento, o pequeno riozinho consegue, às duras penas, atravessar a região e seguir, com grande dificuldade, o seu curso até desaguar em outros rios que, também, sofrem as mesmas dificuldades de curso.

Nas proximidades do local onde existia essa linda e importante Represa, parte integrante da nossa história, vários loteamentos populares e até clandestinos, tomaram conta da nobre região de Campos do Jordão, dentre eles: Jardim Monte Carlo e Cachoeirinha.

A paisagem que aparece na foto foi, em diversas oportunidades, valiosa fonte de inspiração do nosso querido e saudoso Professor Camargo Freire, grande, renomado e premiado pintor que retratou com perfeição e propriedade, as paisagens de Campos do Jordão. Vários de seus quadros foram pintados aproveitando a paisagem maravilhosa, enfeitada pela linda represa. O Professor Camargo trafegou inúmeras vezes por toda essa região. Quando veio para cá, na década de 1940, em busca da cura para a tuberculose, ficou internado no antigo e histórico Sanatório Ebenezer, situado nas proximidades, no Bairro Umuarama.

 

 

 

Personalidades - O Sr. ATALA AIN


ATALA ABIB AIN

Nasceu na Síria, na cidade de Katana; veio para Campos do Jordão na década de 1930. É um dos mais antigos moradores desta cidade. Começou trabalhando como mascate, vendendo roupas de porta em porta, depois foi comerciante na Vila Jaguaribe. Posteriormente, veio para Vila Abernéssia, onde comprou um prédio, na atual Av. Dr. Januário Miráglia, nele residindo e se estabelecendo. Esse prédio existe até hoje. Atualmente, faz esquina com a praça/calçadão que leva o seu nome, em frente à antiga Loja Étika, que pertenceu ao saudoso e conhecido Zezé.

O seu Atala estabeleceu-se, a partir da década de 1940 até ao ano de 1965, com a famosa, bem sortida “Casa Paulista”. Essa loja tinha praticamente de tudo: diversos tipos de materiais para construção, panelas, facas, louças, peças automotivas, munição para armas, fogos de artifício, tintas, pincéis, gêneros alimentícios, bebidas e tudo mais que se possa imaginar em artigos diversos, impossíveis de serem encontrados em outras lojas.

O Sr. Atala teve quatro mulheres. Com a primeira teve uma filha de nome Odete; com a segunda teve cinco filhos: Jorge, Issa, Adélia, Iracema e Ester; com a terceira teve o filho Orlando, e com a quarta teve mais três filhas: Nazira, Maria de Lourdes e Soraya. No total teve dez filhos.

Durante o tempo em que esteve estabelecido com a “Casa Paulista”, contou especialmente com a ajuda dos filhos Jorge e Issa. Posteriormente, também recebeu ajuda da quarta esposa, Maria de Lourdes, com quem viveu até o final de sua vida.

Seu Atala era uma pessoa muito séria e de grande bondade, porém bastante bravo, nervoso e sem muita paciência para aturar brincadeiras e conversas fiadas de amigos e fregueses. Aliás, os filhos seguiram direitinho o jeitão do pai.

O dia em que seu Atala estava com a macaca, como costumamos dizer na linguagem popular, era para se sair de perto. Não queria conversa de espécie alguma. Muitas vezes, preferia deixar de vender suas mercadorias para não ter de aturar certos fregueses.

Certa oportunidade, ele estava num desses dias. Entrou um freguês, parou em frente ao balcão da loja, olhou demoradamente nas prateleiras e depois perguntou ao seu Atala se tinha uma determinada peça de que precisava para seu veículo. Seu Atala, que já não havia gostado do jeitão do freguês – parar e ficar olhando para as prateleiras da Loja –, respondeu de imediato que não tinha a tal peça. O freguês insistiu: “Seu Atala, a peça de que necessito é aquela que está ali na prateleira do meio”. Já irritado e agora muito mais, seu Atala foi curto e grosso: “Aquela ali não é para vender”. Virou as costas e saiu do local.

Incrível. Essa pequena história se repetia muitas e muitas vezes, quando seu Atala não estava para conversas. É preciso dizer que essa tal peça só poderia ser encontrada, aqui em Campos do Jordão, na “Casa Paulista”.

Com já dito, seu Atala era uma pessoa muito boa, que não costumava guardar rancores para sempre. Se as pessoas tivessem cuidado e paciência, voltando à loja em outra oportunidade mais favorável, poderiam comprar, sem qualquer obstáculo, o produto desejado.

 

 

 

Pessoas - Reunião do Rotary Club - década 1960


Reunião de amigos do Rotary Club de Campos do Jordão, em dependências do Grande Hotel de Campos do Jordão, na década de 1960.

Na foto, da esquerda para a direita, sentados: Pedro Advíncula Ribeiro Lopes, Alberto Gonçalves, o conhecido Tucano da Padaria Santa Clara, irmão do Sr. Victor Gonçalves, Agripino Lopes de Moraes, Aziz Maluf, e Enio Pinotti.

Em pé, na mesma ordem: Dráusio Silva, Cirurgião Dentista, irmão do conhecido e famoso Dr. Nathanael Silva, renomado médico Pediatra que trabalhou em Campos do Jordão durante vários anos, na Casa da Criança, pertencente ao Sanatório São Vicente de Paulo, o conhecido Sanatório do Padre Vita (Dr. Nathanael continua clinicando na cidade de São José dos Campos -SP.) e o conhecido Ceará.

 

 

 

Politica - Visita do Dr. Adhemar de Barros - década 1940


Foto histórica do final da década de 1940, de mais uma visita da figura ímpar do Dr. Adhemar Pereira de Barros e sua benemérita esposa Dona Leonor Mendes de Barros e a linda filha Mariazinha, em visita a Campos do Jordão, acompanhados do Dr. Januário Miráglia, Sr. Paulo Cury, Sr. Joaquim Corrêa Cintra, Sr.Francisco Clementino de Oliveira, Sr. Antonio Carvalho, Dr. Francisco de Moura Coutinho Filho, Sr. Castorino Ribeiro de Almeida e outros correligionários do extinto partido político PSP - Partido Social Progressista. O PSP se tornou o maior partido político de São Paulo do período de 1946 a 1965, o único que mantinha diretórios em todos municípios do estado de São Paulo. O Dr. Adhemar de Barros foi seu fundador e, sempre, seu Presidente de Honra.

 

 

 

Transportes - Carro de bois - década 1940


Meio de transporte antigo, muito utilizado no passado, inclusive em Campos do Jordão, para transportar cargas diversas entre as principais Vilas da Cidade, Capivari, Jaguaribe e Abernéssia, até toda região do Jardim do Embaixador, Lagoinha e Horto Florestal.

Na foto, da década de 1940, lindo carro de bois, puxado por quatro juntas (oito bois), guiadas por experiente carreiro, trafegando pela calma estrada de terra que liga a região da Lagoinha ao Jardim do Embaixador, exatamente no trecho em frente às terras e às lagoas, pertencentes a família Reis Magalhães, ultimamente, ao meu saudoso amigo, o gentil, educado e simpático Dr. Paulo Reis Magalhães. Terras e lagoas que ficaram famosas e determinaram o nome da região “Lagoinha”.

 

 

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