Fotografias Semanais que contam a
história de
Campos do Jordão.
de
01/10 a 07/10/2010
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Artes Plasticas
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Desenhos de Carlos Barreto
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Desenhos ilustrativos da autoria do saudoso artista plástico, pintor, desenhista e músico Carlos Barreto. Estes desenhos foram elaborados em 15 de setembro de 1939 e foram utilizados para ilustrar artigo “O que é Campos do Jordão”, publicado no “CAMPOS DO JORDÃO JORNAL” - número 5 - Ano I, do dia 24/setembro/1939. O Jornal era de Propriedade da Organização Jordanense, tendo como Diretor : Benedito Vaz Dias, o Vazinho, e Redator Responsável Octávio Bittencourt.
As ilustrações mostram como era Campos do Jordão no passado (outrora), com suas matas de araucárias e a presença indígena e, no presente (agora), a arquitetura privilegiada, as araucárias e a presença dos turistas.
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Arquitetura
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Prédio da antiga "A Campineira"
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Prédio construído na década de 1940, pelo saudoso Floriano Rodrigues Pinheiro, um dos primeiros e principais construtores de Campos do Jordão.
Nesse prédio, durante muitos anos, desde o início, até meados da década de 1950, esteve estabelecido um armazém de secos e molhados finos, como era comum dizer antigamente, especializado em gêneros alimentícios, bebidas, alumínios, louças, artigos para limpeza e diversos outros.
Desde o início, até a década de 1950, esteve estabelecida nesse prédio a famosa “A Campineira” de propriedade do saudoso Sr. Paulo Cury, pessoa muito importante na história de Campos do Jordão. Posteriormente esse comércio foi vendido para o Sr. Shoichi Shiromoto que continuou com o mesmo ramo até final da década de 1960.
Paulo Cury foi o primeiro Presidente da nossa Câmara Municipal na legislatura 1948/1951. Posteriormente foi Prefeito Municipal no período de 1951 a 1953, tendo sido nomeado em 02 de julho de 1950 pelo então Governador do Estado Dr. Adhemar de Barros e, posteriormente confirmado pelo novo Governador Professor Lucas Nogueira Garcez. Paulo Cury solicitou afastamento do cargo em 04 de dezembro de 1953 quando o Governador Lucas Nogueira Garcez rompeu politicamente com o Dr. Adhemar Pereira de Barros, Chefe do Partido Social Progressista ao qual pertencia.
Ao lado da “A Campineira” a loja de armarinhos, roupas feitas e fazendas (tecidos) do saudoso Abrahim Jundi.
Nesse prédio, posteriormente, estabeleceu-se a Farmácia São Paulo de propriedade do saudoso Nestor de Oliveira Pinto que ali comandou a farmácia por várias décadas.No local, com o mesmo ramo de medicamentos, atualmente está estabelecida a Drogaria São Paulo.
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Energia Elétrica
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Funcionários da antiga Cia. Sul Mineira
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Foto tirada nos fundos do Escritório Administrativo da saudosa CSME - Companhia Sul Mineira de Eletricidade, responsável pela distribuição da energia elétrica para Campos do Jordão, desde o ano de 1940 até o ano de 1966.
A Sul Mineira tinha seu escritório de Vila Abernéssia, situado na Rua Brigadeiro Jordão, 622, na década de 1960, local onde hoje está sediada a Receita Federal de Campos do Jordão.
Na foto, equipe de funcionários da Sul Mineira:
Agachados: da esquerda para a direita: Waldomiro Antunes, Não identificado, e o saudoso Durval Alvarenga.
Em pé: Também da esquerda para a direita: O saudoso Seu Vicente Luiz de Oliveira, João Carlquist e os também saudosos - Armando Ladeira, Eduardo de Paula Freitas, Afonso José Pereira e Maris Alves.
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Escolas
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Grupo Rio Branco - Formandos de 1949
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Foto dos formandos do saudoso Grupo Escolar Municipal Rio Branco, do ano de 1949. Esse Grupo Escolar estava sediado no mesmo local e prédio onde, atualmente, está sediada a Escola EMEF - Monsenhor José Vila, ali nas proximidades da Vila Ferraz.
Essa Escola neste ano de 2010 completou 73 anos de existência. Ela foi criada no ano de 1937 pelo então Prefeito Municipal Gavião Gonzaga, pouco tempo depois foi transformada no Grupo Escolar Municipal Rio Branco. É certo que o sucesso dessa escola teve a dedicação de uma professora D. Severina Pepi de Souza e do prefeito Municipal Lourival Francisco dos Santos.
Na foto, partindo de baixo para cima, da esquerda para a direita:
Primeira fileira: Maria Martins, Maria Rosa Lima Cardoso, Mary Neide P. Vieira, (Não Identificado), Nobuno Yamada, Satumi Shironoto, Yoko Abe;
Segunda Fileira: Dalila Fernandes Silva,Darcy Domingues Pereira, Elizabeth Andrade, (Hidemi Anxar), Hilda Ribeiro de Toledo, Ingrid Bockmann, Reny F. da Silva,Maria Helena Ribeiro;
Terceira Fileira: José Marcos Martins, José Paulino da Silva Filho, José Ribeiro Martins, José Luiz do Valle, Marcos Ribeiro de Toledo, Naércio Menezes, (Onileoval) Rocha, Roque D. Garcia Netto, Villar N. Martins, Walter Dinamarco Camargo, Aurora Manhez Nogueira;
Quarta Fileira: Afonso da Costa Manso, Claro Manhez Nogueira, Fausto A. de Lima, Fernando Antonio da Conceição, Francisco Neves Miranda, Dr. Francisco de Moura Coutinho Filho - Homenagem, Gerson Marcos Santos, Jair dos Santos Bento, Jair Kaianoke;
Quinta e última fileira: Doracy Ferreira - Professora, Dr. Orestes de Almeida Guimarães - Prefeito Municipal, Zuleika Oliveira Guimarães - Madrinha, Paulo Cury - Patrono, Severina Pepi de Souza - Diretora
OBS: Foto gentilmente enviada pelo querido amigo José Marcos Martins, o Marcão, formando dessa turma do ano de 1939, atualmente residindo na grande Vitória, Espírito Santo.
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Esportes
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Equipe do Campos do Jordão Futebol Clube
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Equipe do glorioso Campos do Jordão Futebol Clube, da década de 1950, no campo de futebol de Vila Capivari, local pertencente ao Campos do Jordão Tênis Clube de Turismo.
Na foto, da esquerda para a direita:
Agachados : Cornélio Luiz Queiróz Filho, conhecido como Cornélio do Antenor, Gilberto Miranda, Silvestre Bissoli, Paulo Antenor de Souza, o popular Paulo Viola e Francisco, conhecido por Chico Cinzento;
Em pé : José Benedito da Silva, conhecido como Zé do Antenor, Wlademir Biaggioni, Manoel Augusto Esteves, o conhecido Mané Cabaça, Bodinho, Nelson Alves de Souza, o conhecido Nelson Friage, Pachola, José Palma, o conhecido Bispo, Vitor Adão e Renato de Almeida Guimarães, locutor esportivo da Rádio Emissora de Campos do Jordão ZYL-6, a mais alta do Brasil.
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E.F.C.J.
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Bonde a gasolina da E.F.C.J.- 1916
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Lindo Bonde movido a motor de explosão a gasolina, da Estrada de Ferro Campos do Jordão, no ano de 1916. Esse Bonde, moderno para a época, fazia o trajeto entre Campos do Jordão e Pindamonhangaba e vice-versa. Interessante notar que esse Bonde, além do espaço reservado e separado para o motorneiro (motorista do Bonde), tinha mais um compartimento separado, todo com porta e janelas envidraçadas, especial para passageiros de primeira classe. Logo atrás tinha engatado um vagão, também para passageiros, porém, sem portas ou janelas, especial para passageiros mais humildes, considerados de segunda classe.
Esses Bondes, movidos a motor de explosão a gasolina, permaneceram trafegando até o ano de 1924 quando a ferrovia foi eletrificada, passando a operar com Bondes mais modernos movidos com motores elétricos.
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Famílias
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Família Nodomi
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Foto da década de 1950, porém parcial, da laboriosa, operante e importante Família Nodomi, a grande responsável pela doação e distribuição de mudas de diversas espécies de cerejeiras ornamentais, rododendros, camélias, azáleas, hortênsias, tuias, liriodendros, liquidâmbares, plátanos e outras diversas espécies vegetais, que enfeitam a adornam praças, jardins e avenidas de Campos do Jordão.
Na foto, da esquerda para a direita : Liuko Nodomi, Keiko Nodomi, a saudosa Matriarca da Família Sra. Rosa Setsuko Nodomi, Eizo Nodomi, o saudoso Patriarca da Família Sr. Paulo Mitsuo Nodomi, Iuzi Nodomi e Teiji Nodomi. Mais atrás, o saudoso José Hajime Nodomi.
Observação: Posteriormente o casal Nodomi teve mais três filhos: Carmem Tioko Nodomi, Katsuo Nodomi e Yukishigue Nodomi, todos meus grandes amigos.
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Escolas
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Desfile do Colégio Estadual no ano de 1960
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Desfile de 07 de setembro do ano de 1960, do saudoso e glorioso CEENE - Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão.
A foto, tirada no sentido oposto, na antiga Av.Dr.Januário Miráglia, atualmente Avenida Frei Orestes Girardi, em frente ao Mercado Municipal, mostra, dentre outros alunos da escola:
Na fileira da esquerda : Maria Aparecida da Cruz Fernandes, a Cidinha, Eliana Guedes Reis, a saudosa Mércia Salgado de Oliveira, a saudosa Vera Lucia Barbosa (Batatais);
Na segunda fileira : Jorge Abe, o saudoso José Hajime Nodomi, Efraim Diniz, José Roberto Damas Cintra e João Antonio Pereira de Castro;
Na terceira Fileira : Clóvis, o regaçado, Wagner, filho do Geraldinho do açougue Jaguaribe, o saudoso Marcos Miravetti Franco e Eduardo Neme Nejar, o Dudu;
Na fileira das moças, logo atrás da fanfarra : Dentre outras, Ana Maria Damas, Iracema Miravette, Maria Gillei da Silva Moreira, as saudosa Maria Aparecida Rondon e Silvia Maria Dolores de Carvalho.
Se a memória não estiver me traindo, estacionados em frente ao Mercado Municipal, a camioneta do saudoso Sr. Neme Saloun Nejar que está entre as pessoas próximas, juntamente com o Sr. João Canossa, Shigueji Okamura e o Soldado José Aquino, o conhecido Pastéis - também o carro do saudoso Dr. Gumercindo Barros Galvão.
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Flora e Fauna
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O nosso pinho-bravo
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Pinheiro-bravo ou pinho-bravo, nosso segundo pinheiro de Campos do Jordão
Nome cientifico: Podocarpaceae lambertti Klotzsc.
Família: Podocapaceae
Sinonímia botânica: Podocarpus angustifolius Niederl.
Nomes vulgares: atamba-açu, em Santa Catarina; pinheirinho, no Estado do Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Estado de São Paulo; pinheirinhoalemão, no Rio Grande do Sul; pinheirinho-brabo; pinheirinho-bravo; pinheiro-bravo-de-campos-do-jordão, no Estado de São Paulo; pinheiro-nacional-bravo; pinheiro-brabo; pinheiro-do-mato; pinho-brabo; pinho-bravo, no Paraná e no Rio Grande do Sul.
Etimologia: Podocarpus vem de pous, que em grego significa pé (podos), em alusão ao pedicelo do pseudo-fruto; já o termo lambertii é em homenagem a Aylmer Bourke Lambert (1.761 — 1.842), botânico inglês que também investigou as Coníferas (Marchiori, 1995).
O pinho-bravo como é mais conhecido entre nós, é uma árvore nativa e muito importante no sul do Brasil, incluindo Campos do Jordão. Poucas pessoas já ouviram falar desta espécie, nunca chegando a conhecê-la.
Como o pinheiro do Paraná (araucária angustifólia), o pinho-bravo é uma gimnosperma. Essas duas espécies são as nossas coníferas brasileiras.
Gimnosperma significa “semente nua”, portanto, essas plantas como o pinheiro do Paraná e o pinho-bravo, não possuem nada que envolva suas sementes.
“Quando comemos um fruto, podemos perceber que as sementes estão no interior, sendo assim protegidas, não estando “nuas”. Árvores como o Pinheiro-bravo não possuem essa característica, logo não apresentam frutos. De seus ramos, as sementes são liberadas sem nenhuma cobertura, podendo ficar espalhadas pelo ambiente.”
O pinho-bravo é uma árvore que gosta do frio, podendo ser encontrada em solos de baixa fertilidade. Pode ser encontrada também em matas de galerias, ao longo dos cursos dos rios, em campos ruprestes, em encostas e topos de montanhas. Requer locais de incidência de grande luminosidade, necessitando de muita luz para o seu desenvolvimento.
O pinho-bravo pode atingir alturas aproximadas entre oito a quinze metros de altura. Apresenta folhas coriáceas e levemente grossas, com tronco de coloração parda e acinzentada.
A forma majestosa do pinho-bravo o recomenda apara utilização no paisagismos de praças, parques e áreas urbanas e até na recuperação de áreas degradadas.
Sua madeira é leve e macia apropriada para serviços de carpintaria comum, produção de embalagens, ripas, molduras, tábuas para forros, caixaria, brinquedos, marcenaria, caixas de ressonância, confecção de compensados e laminados, aglomerados, instrumentos musicais, palitos de fósforos, lápis, celulose e papel e outros artigos de pequeno porte. A lenha é ótima para a queima. Mas, embora apresente todas essas utilidades, o pinho-bravo certamente contribui muito mais enquanto está vivo.
O pseudofruto ou, na prática, o fruto do pinho-bravo tem cor roxo-escuro (cor de vinho tinto). O fruto ou semente pode ser utilizado como alimento, tanto para os homens e especialmente para animais. São recobertos por película adocicada, de sabor especial, diferente das camadas encontradas nos frutos verdadeiros. Muitas aves procuram as sementes do pinho-bravo para alimentação.
O pinho-bravo tem seu processo reprodutivo iniciado a partir dos oito anos de idade. Seu florescimento ocorre de setembro a dezembro e os frutos amadurecem de fevereiro a maio.
Suas folhas devidamente cozidas produzem um ótimo xarope que pode ser usado no combate a anemias, atuando como fortificante e estimulante. Sua resina também é utilizada no tratamento das afecções da bexiga. É depurativa e estimula a sudorese. Estes dados sobre o uso medicinal do pinho-bravo ou de outras espécies nativas devem ser considerados apenas como informação geral. O usos de medicamentos fitoterápicos deve ser precedido de informações médicas.
O podocarpus lambertti, o pinho-bravo, pelo fato de estar sempre associado às florestas de araucária, o pinheiro do Paraná, acha-se fortemente ameaçado devido à elevada exploração desses ambientes, normalmente transformados em campos destinados à agricultura, pastos ou simplesmente pela derrubada sem critério, até irracional e indiscriminada da vegetação.
Edmundo Ferreira da Rocha
Fontes Pesquisa:
- ESALQ / USP. Disponível em: http://www.esalq.usp.br/trilhas/gim/gim01.htm
- Árvores de Irati. Disponível em:
http://www.arvoresdeirati.com/index.php?area=descricao&id=138
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Históricas
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O famoso "Chynema Jandyra" - Ano 1933
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O antigo, tradicional e famoso "Chynema Jandyra", ou seja, Cinema Jandyra,construído por Desiré Pasquier, em terreno doado pelo benemérito Dr. Robert John Reid. Esse Cinema foi palco de grandiosos espetáculos cinematográficos, teatrais e carnavalescos nas décadas de 1920 a 1940. A doação do terreno para a construção do Cinema foi condicionada à exigência de que o mesmo fosse denominado "Chynema Jandyra", nome da filha mais velha do Dr. Robert John Reid.
Nesse Cine Jandyra foram realizados os maiores Carnavais das décadas de 1920 a 1940. Seu salão foi, durante muitos anos, habilmente decorado com motivos carnavalescos, feitos com muito carinho, dedicação e arte pelo Sr. Joaquim Corrêa Cintra, pessoa importante no desenvolvimento de Campos do Jordão e que deixou parte de nossa história registrada em seu Jornal "A Cidade". Também foi, nosso político brilhante e notável.
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Sanatórios e Pensões
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A famosa Pensão Báltica - Década 1920
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A famosa e importante Pensão Báltica, de propriedade do casal Alexandre Sirin e Dona Karlina Antonia Sirin, foi construída no início da década de 1920, prestou relevantes serviços nos primórdios de Campos do Jordão, na área da hospedagem em geral, para todos que procuravam a cidade e seu clima privilegiado. Situada na Vila Velha, onde começou a história de Campos do Jordão, a atual Vila Jaguaribe, ali nas proximidades da atual Igreja de Nossa Senhora da Saúde. Na época em que se tornou famosa era considerada pensão oficializada, funcionando em regime sanatorial, abrigando pessoas que para cá vinham em busca da cura para a tuberculose.
A Pensão Báltica foi dirigida pelo casal Sirin por várias décadas, disponibilizando boas acomodações e alimentação saudável, necessária ao tratamento de muitos que lá ficavam hospedados. A casa existe até hoje e, por incrível que pareça, continua nas mãos de sucessores da família Sirin. Atualmente reside nessa casa a Professora Salme Sirin Esquível. Em outra casa, na mesma propriedade, o irmão Rubens Endel Sirin, filhos do casal Alexandre e Karlina Sirin.
Para esta casa o tempo não passou. Depois de quase 90 anos, ela continua praticamente intacta e idêntica ao que era no princípio. Recentemente foi reformada e exibe sua beleza para todos que passam ali nas proximidades do Grupo Escolar Dr. Domingos Jaguaribe, na Av. Eduardo Moreira da Cruz.
Posteriormente a Pensão Báltica passou para as mãos do casal Minamisako, Sr. Kinosuke e Dona Fumiko, queridos japoneses que para cá vieram, também em busca do clima privilegiado para a cura da tuberculose.
Esse casal fez história com a Pensão Báltica. Pelo fato de dedicarem especial atenção aos hóspedes que ficavam internados na pensão, pelos cuidados especiais, pela excelente alimentação a eles fornecida, imprescindível para a cura esperada, pela bondade e pelo carinho empregado no relacionamento com todos, imprimindo ao local ótimo ambiente familiar, não tardou para que passassem a ser, carinhosamente, chamados de Papai e Mamãe. Papai, infelizmente já não está entre nós. Mamãe, felizmente continua conosco, alegrando nossa vida, especialmente aos sábados, oportunidades em que, em companhia do zeloso filho Osvaldo, vai até nossa feira municipal e não deixa de comer o delicioso pastel frito na hora, no “trailer”- barraca dos grandes amigos Maurílio e Cy (Guaracyaba Gonzalez).
OBS: Foto gentilmente cedida pela amiga Sra. Salme Sirin
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Hotéis
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O famoso Hotel Refúgio Alpino
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O magnífico e maravilhoso Hotel Refúgio Alpino, situa-se em Vila Capivari, nas proximidades da famosa e conhecida Fonte Simão. Foi idealizado e construído no final da década de 1940 pelo saudoso casal Sr. Mário Dal Pino e Dona Nenê Dal Pino. Na época, o hotel era composto por quinze apartamentos aconchegantes.
O Hotel Refúgio Alpino, juntamente com Grande Hotel, Hotel Toriba, Hotel Rancho Alegre e Hotel Vila Inglesa, fez parte da afamada rede hoteleira de Campos do Jordão, por muitas décadas, dignificando e honrando a hotelaria, ajudando a alavancar o turismo e contribuindo para o progresso da cidade.
O casal administrou esse hotel por várias décadas, angariando grande quantidade de amigos, hóspedes e admiradores, tanto da decoração interna e motivos de seu visual externo quanto das acomodações aconchegantes do hotel e da sua maravilhosa gastronomia italiana, comandada habilmente pelas mãos de dona Nenê.
O saudoso embaixador José Carlos de Macedo Soares que era grande amigo do casal Dal Pino freqüentou muito o Hotel Refúgio Alpino. O embaixador sempre falava sobre hotel, até escreveu, assinou e datou, em 01 de fevereiro de 1948. E o casal Dal Pino utilizou isso o que dizia para colocar na propaganda do Hotel : “Um dos mais lindos recantos do mundo”.
O Hotel Refúgio Alpino apesar de necessitar da modernidade exigida nos dias atuais, continua em plena atividade. Ao longo de algumas décadas, passou por diversificadas administrações.
O casal Dal Pino eram os pais da nossa amiga Maria Ludovica Dal Pino, a Lolly, uma das princesas da Iª Festa da Maçã de Campos do Jordão, realizada no ano de 1953. Atualmente, a Lolly é proprietária do “Terrazza Hotel”, localizado próximo ao antigo Hotel Refúgio Alpino.
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Paisagens
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Linda foto da Vila Abernéssia - ano 1930
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Linda paisagem da Vila Abernéssia na década de 1930 mostrando no primeiro plano as casas que existiam na antiga avenida de ligação entre Abernéssia, Jaguaribe e Capivari, posteriormente Av. Dr. Januário Miráglia, atualmente Av. Frei Orestes Girardi, na altura do antigo Posto Texaco dos irmãos Daval e Esther Pinheiro, hoje com a bandeira Ipiranga.
Do lado direito da foto a antiga estação da Estrada de Ferro Campos do Jordão, localizada no mesmo local da atual estação.
Ao centro da foto o antigo e famoso "Chynema Jandyra", ou seja, Cinema Jandyra, construído por Desiré Pasquier, em terreno doado pelo benemérito Dr. Robert John Reid. Esse Cinema foi palco de grandiosos espetáculos cinematográficos, teatrais e carnavalescos nas décadas de 1920 a 1940. A doação do terreno para a construção do Cinema foi condicionada à exigência de que o mesmo fosse denominado "Chynema Jandyra", nome da filha mais velha do Dr. Robert John Reid.
À esquerda do Cinema Jandyra a antiga casa onde, na década de 1950, esteve sediado o Cartório do Registro Civil, na época, tendo com Oficial o Sr. Sebastião Pinto. Nesse local, posteriormente, por várias décadas, em novo prédio, esteve estabelecido o famoso Banco Mercantil de São Paulo de propriedade do Dr. Gastão Vidigal. Atualmente, neste prédio, está sediada unidade das Casas Bahia, de propriedade do Sr. Samuel Klein. Na seqüência, um pouco acima, a casa onde este sediado o Escritório da “Construtora Pinheiro” de propriedade do saudoso Floriano Rodrigues Pinheiro e do se filho Jayme Rocha Pinheiro. Ainda mais acima, a casa onde, na década de 1950, esteve estabelecido o “Cartório do Registro de Imóveis”, tendo como Oficial o saudoso Sr. Délio Rangel Pestana. Atualmente, nesse local está sediado o Escritório da “Construtora Damas Cintra”, do amigo e grande arquiteto José Roberto Damas Cintra.
No alto, à esquerda, entre dois cedros que ainda continuam ali no final da subida da Rua Dr. Reid, proximidades das residências dos Drs. Fausi e Pedro Paulo, a antiga “Casa de Ignácio Caetano Vieira de Carvalho”, o desbravador, o primeiro que teve a glória de pisar nas terras dos Campos do Jordão. Essa casa serviu de residência ao Dr. Robert John Reid quando veio para cá fazer a demarcação da Fazenda Natal. Em 1929 essa casa pertencia aos Senhores Oscar Rodrigues e Sylvio Barreto de Mesquita. Posteriormente transformada na Pensão Belo Horizonte. Do lado oposto, na direita da foto, casas e prédios antigos. Alguns permanecem até hoje. Outros foram bastante modificados ou até demolidos.
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Personalidades
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Embaixador José Carlos de Macedo Soares
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Foto do ano 1946 onde aparece, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta (Bom Jesus do Amparo, 16 de julho de 1890 — Aparecida, 18 de setembro de 1982) foi um sacerdote católico brasileiro; vigésimo quarto bispo do Maranhão e seu segundo arcebispo; décimo quinto bispo de São Paulo, sendo seu terceiro arcebispo e primeiro cardeal. Foi também o primeiro arcebispo de Aparecida e à frente, de chapéu, a saudosa figura do Embaixador José Carlos de Macedo Soares.
Quem foi esse tal de Macedo Soares ?
A pergunta já foi feita várias vezes. Revela, no mínimo, um assustador desinteresse pelas coisas de nossa terra.
Toda pergunta é verdadeira. A resposta nem sempre.
Neste caso, a resposta é absolutamente verdadeira.
José Carlos de Macedo Soares é uma das figuras mais importantes na história de Campos do Jordão, de São Paulo e do Brasil. Aqui, as autoridades municipais reverenciaram a sua memória, dando o seu nome a importante via pública de Vila Capivari e as estaduais, ao Fórum da Comarca. É pouco. Muito pouco. Ele foi a personalidade mais importante de nossa terra, enquanto Estação de Cura da Tuberculose. Adquiriu em 1921 uma grande área do Banco do Brasil, a que deu o nome de sua esposa Fazenda Santa Mathilde. Em 1922 ajudou a fundar a Liga Beneficente para auxiliar o tuberculoso pobre, doando o terreno onde foi edificado o Centro de Saúde “Silvestre Ribeiro”. Possuía uma casa na Rua João Sampaio, em Vila Capivari e doou um terreno para as Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, na avenida que tem seu nome em Vila Capivari. Católico praticante. Trouxe os primeiros padres para a cidade, alguns já enfermos. A sua grande obra foi a fundação da Cia. de Melhoramentos de Campos do Jordão, projetando Vila Capivari. Doou terreno para a construção da Casa de São Carlos, perto da Parada Damas.
Macedo Soares teve ativa participação na construção da Rodovia SP-50 (Campos do Jordão – São José dos Campos) em 1936. Doou áreas de terras para a construção de quase todos os sanatórios de tratamento de tuberculose na Estação de Cura (Sanatório Divina Providência, Sanatório São Paulo, Preventório Santa Clara, Sanatório Santa Cruz, Sanatorinhos nº 1, Sanatório São Cristóvão, Sanatório Nossa Senhora das Mercês).
Costumava doar terrenos para operários, fazendo constar da escritura a cláusula de inalienabilidade, para impedir a revenda e garantir a construção da casa própria. Doou terreno para construção da Congregação Mariana.
Macedo Soares, com seu largo de prestígio influenciou muito na nomeação de prefeitos municipais junto ao Governo do Estado. Foi Interventor Federal em São Paulo, Ministro da Justiça e Ministro das Relações Exteriores no Governo Vargas, recebendo o titulo de “Chanceler da Paz”.
Fundou o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e participou da Academia Brasileira de Letras, como grande historiador católico.
A Edilidade jordanense deu-lhe o titulo de ”Cidadão Honorário”. Homem rico e sem filhos deu um destino benemérito e social aos seus bens. Na década de 60, visitou o saudoso prefeito José Padovan, quando foi recebido com todas as regalias. Pediu licença para dar ao jovem médico 5 conselhos, que José Padovan ouviu e seguiu ao longo da vida: 1º conselho – “Meu jovem prefeito, nunca pretenda solucionar imediatamente os problemas de sua cidade. Coloque-os numa pasta, e o deixe repousar. Depois de algum tempo, verificará que a maioria dos problemas foram solucionados sem a sua interferência.” 2º conselho – “Nunca use o poder de que está investido para perseguir a quem quer que seja, mesmo seus inimigos”. 3º conselho – “Aprenda a receber calúnias como coisas inerentes ao seu cargo”. 4º - conselho – “Se receber alguma denuncia, ouça todas as partes. A verdade nem sempre está onde a gente procura”. 5º conselho – “Não pense que está perdendo tempo ouvindo os humildes. Até os mais pobres sempre tem alguma coisa para nos ensinar. Ouça-os também”. O prefeito agradeceu comovido, mas Macedo Soares respondeu: “Não pense que estes conselhos são meus. Aprendi-os com o Presidente Getúlio Vargas!”
Meu Deus! E ainda há gente que pergunta: “Quem foi esse tal de Macedo Soares?”
Texto da autoria do Historiador, Advogado, Escritor e Jornalista Pedro Paulo
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Pessoas
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Pessoas que fizeram nossa história
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Foto da década de 1950 mostrando, da esquerda para a direita, os saudosos:
Floriano Rodrigues Pinheiro, Dona Leonor Mendes de Barros, Dr. Adhemar Pereira de Barros e o Sr. Joaquim Corrêa Cintra, pessoas importantes que participaram ativamente da vida da cidade de Campos do Jordão, muito contribuindo para o seu desenvolvimento e progresso, fazendo parte integrante da nossa história e cultura.
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Politica
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Dr. Ademar de Barros, Paulo Cury e Dona Leonor
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Foto do ano de 1951, mostrando o espaço em frente ao atual Restaurante e Pizzaria do Serginho, ao lado da nossa Praça da Bandeira (Jardim de Abernéssia), mostrando a figura ímpar do Dr. Adhemar Pereira de Barros e sua benemérita esposa Dona Leonor Mendes de Barros, em visita a Campos do Jordão, acompanhados do Prefeito Municipal Paulo Cury e outros correligionários do extinto partido político PSP - Partido Social Progressista. O PSP se tornou o maior partido político de São Paulo do período de 1946 a 1965, o único que mantinha diretórios em todos municípios do estado de São Paulo. O Dr. Adhemar de Barros foi seu fundador e, sempre, seu Presidente de Honra.
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Transportes
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Ônibus da Viação São Paulo - Campos do Jord~
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Lindo Ônibus da Empresa - Viação São Paulo - Campos do Jordão, zero quilometro. Era um ônibus da Marca “International - modelo KB7”, com carroceria montada pela Grassi & Cia., empresa especializada na confecção de carrocerias especiais para ônibus urbanos e inter-municipais. Na foto o ônibus estava saindo das oficinas de montagem de Grassi situada na cidade de São Paulo, no dia 07/07/1945.
A Empresa de ônibus, pertencia ao saudoso Sr. Antonio de Oliveira Pires. Esses ônibus faziam, diariamente, linha regular entre Campos do Jordão a São Paulo e vice-versa, durante as décadas de 1940 e início da década de 1950.
O Sr. Antonio de Oliveira Pires, posteriormente, se tornou famoso como primeiro produtor de olivas (azeitonas) do Estado de São Paulo, o primeiro a produzir o azeite de oliva brasileiro, em sua propriedade denominada Pousada na Serra, situada na estrada SP.50, que liga Campos do Jordão a São José dos Campos.
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