Fotografias Semanais que contam a
história de
Campos do Jordão.
de
29.10 a 04.11.2010
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Artes Plasticas
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Palácio da Céris
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Lindo quadro com belo visual do nosso Palácio Boa Vista de Campos do Jordão, da autoria da artista plástica, Céris Ignes Soares Pereira, uma das maravilhosas filhas do tradicional e querido casal Julio Domingues Pereira e Dona Alvina. Ele de saudosa memória, ela, Graças a Deus continua dando muita alegria a todos seus familiares e amigos.
Céris é professora aposentada, casada com Armênio Soares Pereira, pessoa tradicional em Campos do Jordão, onde desempenhou diversas atividades profissionais, dentre elas Agente Fiscal de Rendas, Advogado, Vereador e Presidente da Câmara Municipal e Juiz de Paz. O casal teve três filhos maravilhosos: o Armênio Filho, o Menito, Tito e Cerinha, todos casados, dando-lhes três netos e três netas, também maravilhosos.
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Arquitetura
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Pensão Santista
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Prédio da antiga e famosa “Pensão Santista”, local onde se hospedavam pessoas que vinham para Campos do Jordão, durante as décadas de 1930 até 1950, em busca do clima para a cura da tuberculose.
Essa pensão estava localizada em Vila Abernéssia, na Av. Dr. Januário Miráglia, esquina da atual Rua Monsenhor José Vita, no local onde hoje está estabelecida a Drogaria Central, dos Irmãos liderados por Joaquim e José João da Silva, sob comando dos irmãos Benedito e Francisco. Na época, essa Pensão estava localizada em frente à antiga, também famosa “Padaria e Confeitaria Pinheiro”, inicialmente de propriedade do Sr. João Rodrigues Pinheiro, posteriormente pertencente aos Irmãos Biagioni, onde hoje está sediada a famosa e conhecida “Casas Pernambucanas”.
Em frente à Pensão várias pessoas, dentre elas o Sr. Benigno Rios, pai dos amigos Paulo, Silvério e Silvio Rios.
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Energia Elétrica
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Funcionários da Cia. Sul Mineira
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Antigos funcionários da CSME – Companhia Sul Mineira de Eletricidade, responsável pela distribuição da energia elétrica para Campos do Jordão, desde o ano de 1940 até o ano de 1966.
A Cia. Sul Mineira tinha seu escritório de Vila Abernéssia, situado na Rua Brigadeiro Jordão, 622, local onde hoje está sediada a Receita Federal de Campos do Jordão.
Na foto, na parte superior, da esquerda para a direita:
- Vicente Luiz de Oliveira, o seu Vicente, um dos primeiros funcionários da Companhia, por muito tempo, durante mais de vinte anos, trabalhou como guarda da linha elétrica de alta tensão que vinha da Usina de São Bernardo. Essa Usina ficava nas proximidades de Itajubá-MG., passando pelas terras da região da Água Santa, para auxiliar e reforçar o fornecimento de energia elétrica para nossas cidades de Campos do Jordão, São Bento do Sapucaí e Santo Antonio do Pinhal. Seu Vicente morava em uma casinha há mais de 20 quilômetros de Vila Abernéssia, situada no Bairro da Água Santa, denominada carinhosamente de “Casa do Mato”, que pertencia à Companhia. Uma grande ironia, era o guarda das linhas elétrica e, por muitos anos, em sua casa, não contou com os benefícios da energia elétrica, usava lampiões a querosene;
- Ben Hur Alves de Figueiredo, quando veio trabalhar em Campos do Jordão, no ano de 1958, já era antigo funcionário da Companhia Sul Mineira, desde o ano de 1930 quando trabalhava na cidade de Machado-MG.. Aqui em Campos do Jordão desempenhou as funções de encarregado do serviço de eletricidade e aposentou-se já na CESP., no ano de 1972;
- Afonso José Pereira – Também um dos primeiros funcionários da Companhia. Sempre trabalhou nos serviços internos do Escritório da Companhia, sempre se dedicando aos serviços de faturamento, arrecadação, controle de medições e atendimento;
- José Pinto da Silva – Trabalhou durante muito tempo em serviços de plantão e manutenção de redes e linhas de eletricidade e em serviços relacionados à instalação e retirada de medidores de energia elétrica;
Na parte inferior da foto, na mesma ordem:
- Durval Alvarenga – Um dos antigos funcionários da Companhia, sempre trabalhando nos serviços internos do Escritório, dedicando-se aos serviços de faturamento, arrecadação, controle de medições e atendimento;
- Antonio Rabelo, o conhecido Corujão, sempre fumando seu cigarro de palha. Sempre foi um eletricista especializado nos serviços gerais de manutenção de redes e linhas elétricas de distribuição;
- Roberto Moreira – Dos funcionários da Cia. Sul Mineira, era um dos mais novos. Trabalhou durante muito tempo como eletricista de serviços especializados em redes e linhas de distribuição, plantão e medição de energia elétrica. Posteriormente passou a Supervisor dos serviços de redes e linhas elétricas, comandando os serviços realizados, orientando todos comandados e repassando sua grande experiência no setor;
- José Rabelo de Araújo – irmão do Antonio Rabelo. Também um dos mais antigos funcionários da Companhia. Sempre foi um eletricista especializado nos serviços gerais de manutenção de redes e linhas elétricas de distribuição.
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Escolas
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Normalistas de 1965
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Formatura da turma do curso normal do EENE - Colégio e Escola Normal de Campos do Jordão do ano de 1965.
Na foto, sentados, da esquerda para a Direita: Maria José Ávila, professora de Educação, Professor João Gualberto Mafra Machado, Diretor do Colégio, Expedito Camargo Freire, Professor de Desenho e Desenho Pedagógico, Guido Machado Braga, Professor de desenho.
Em Pé, na mesma ordem da esquerda para a direita, os formandos: Benedita Regina Vieira Pinto, Sonia Maria Uribe, Eunice da Matta, Rosa Iriya, Doroty Nagato, Diva Soares Guedes, Aparecida Célia Bustamante, Benedita Augusta Guimarães, Tereza Shiromoto, Lyris Maria Frozino, Fernando Di Muzio Miranda, Maria Alice Martins, Mércia Salgado de Oliveira, Luiz Antonio Di Muzio Miranda e Alexandre Aboud.
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Esportes
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OSSO S.C. - Uma equipe dura de roer
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Foto do final da década de 1950, mostrando a famosa equipe de voleibol denominada “OSSO SPORT CLUB”, composta de alunos do nosso saudoso CEENE – Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão. Idealizada e constituída para ser reconhecida como “osso duro de roer”, e enfrentar as equipes mais sofisticadas e elitizadas que se apresentavam na quadra de areia por eles construída em Vila Capivari, na Avenida Macedo Soares, em frente ao Hotel Europa, bem no local onde hoje está sediado o Shopping Cadij. Essa quadra ficou famosa por algum tempo, sendo a sede do Clube Campestre de Voleibol.
Essa equipe do Osso, realmente, deu o que falar, foi um osso duro de roer, deu muita dor de cabeça para as equipes adversárias.
Agachados, da esquerda para a direita: Jair Kaianoke, João Mariano de Pontes Jr., Julio Vaz Ribeiro, José Ariosto Barbosa de Souza Junior e Anor Minamisako.
Em pé, na mesma ordem: Augary Barbosa de Souza, não identificado, Hermes de Figueiredo, Lincoln Parra Vasquez, José Marcos Martins, o conhecido Marcão, Francisco Aquino Neto, mais conhecido como Chico Meneses, Juvenal Rocha Pinheiro, o conhecido Daval.
Importante registrar que esse uniforme diferente, especialmente idealizado pela equipe, foi habilmente confeccionado pelas mãos da madrinha da equipe, a saudosa Dona Nilza Botelho, esposa do Álvaro José Francisco.>
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E.F.C.J.
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Gôndola salvadora
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Subindo a Serra da Mantiqueira, na década de 1960, linda Gôndola, também chamada Prancha, reconstruída pelos artífices da Estrada de Ferro Campos do Jordão, transportando veículos de turistas entre Pindamonhangaba e Campos do Jordão. Antigamente, até meados da década de 1970, ainda não existia a estrada de rodagem atual, SP. 123, ligando Campos do Jordão à Rodovia Presidente Dutra, na altura da cidade de Taubaté-SP.. Essa rodovia viria facilitar o acesso a diversas cidades, inclusive para os turistas oriundos do Rio de Janeiro ou das cidades do fundo do Vale do Paraíba.
Na época, a melhor maneira de subir a serra com destino a Campos do Jordão de carro ou descer até Pindamonhangaba, era por intermédio dessas Gôndolas, evitando o longo trajeto até São José dos Campos e de lá para cá a difícil subida da serra, numa rodovia com mais de 650 curvas, conforme contadas pela Revista Quatro Rodas.
Cada Gôndola transportava até três carros de tamanho médio. Era permitido aos passageiros ficar do lado de fora dos veículos, nas sobras de espaço da carroceria das Gôndolas, observando e se encantando com as lindas paisagens da Serra da Mantiqueira.
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Famílias
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A importante Família Martins
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Parte da família Martins que, durante muitos anos residiu na nossa tradicional e querida Vila Ferraz. Atualmente, ainda residem na mesma casa, as queridas amigas, as irmãs Maura e Myrtes.
Na foto está faltando o Patriarca da Família, Sr. José Pinto Martins Junior que, infelizmente já não estava por estas paragens terrenas.
Da esquerda para a direita, sentados: Maura, Sra.Maria Rosa, a saudosa Dona Rosalina Motta Martins, a Matriarca da Família, pessoa bondosa, muito gentil, hábil e exímia costureira, muito querida e disputada pelas moças e senhoras da nossa sociedade, que fez nome em Campos do Jordão, Nazareth e Myrtes.
Em pé, na mesma ordem, o Sr. Mário Andreoli, na época Oficial de Justiça do nosso Fórum de Campos do Jordão, casado com a Sra. Maria Rosa, a segunda da esquerda para a direita, Lucio Flávio e João Carlos, filhos do casal Mário e Maria Rosa, o nosso querido amigo José Marcos, o popular Marcão, de muitas e saudosas jornadas esportivas por este Campos do Jordão e fanfarra do nosso Colégio Estadual, casado com a Nazareth, a quarta que está sentada da esquerda para a direita, hoje residentes na grande e linda Vitória, Estado do Espírito Santo, o Sr. Veber Lamparelli, marido da Sra. Myrtes, a última sentada à direita da foto.
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Festividades
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Festa do Pinhão com a Seleção
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Durante as comemorações da Festa do Pinhão do ano de 1962, uma grande e maravilhosa surpresa para todos jordanenses. Os 41 jogadores convocados para os treinos que iriam definir a equipe titular da Seleção Brasileira de Futebol, que iria participar da Copa Mundial de 1962, em Viña Del Mar, no Chile, em disputa da “Taça Jules Rimet”, primeiramente, ficaram sediados em Campos do Jordão, a convite do então laborioso e dedicado prefeito, Dr. José Antonio Padovan, e ficariam hospedados nas dependências do maravilhoso, primoroso e fantástico Hotel Vila Inglesa. Essa concentração da Seleção Brasileira de Futebol em Campos do Jordão, na época, com muita propriedade, foi chamada e batizada de “ESTÁGIO DE CAMPEÕES” pelo nosso querido e saudoso amigo Plínio Freire de Sá Campello, homem ligado à propaganda em geral, que dedicou grande parte de sua vida na divulgação das belezas e dos atrativos da nossa querida “Campos do Jordão, a 1.700 metros acima das preocupações” – frase, também, de sua autoria e amplamente usada até hoje.
Na “Montanha Magnífica”, cognome também muito utilizado pelo Campello, para divulgar os Campos do Jordão, os convocados para o “Estágio de Campeões” chegaram no dia 22 de março de 1962. O desembarque dos primeiros jogadores e dirigentes ocorreu no período da tarde, por volta das 15 horas, em frente ao Departamento Municipal de Turismo – DMTUR, então sediado no local onde hoje está a Telefônica, na Praça Marcos Damas Caldeira, em Vila Abernéssia.
Nessa oportunidade, a Rainha do Pinhão Maria Gillei da Silva Moreira, juntamente com a Princesa Maria Célia Bustamante e a Rainha do ano anterior Idila Medeiros, acompanhadas pela Rainha da Cidade Sylvia Maria Dolores de Carvalho, foram recepcionar, (na praça do DMTUR - Departamento Municipal de Turismo, onde hoje está a nossa Telefônica, em frente à Estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão), os grandes jogadores de futebol, muitos dos quais campeões do mundo do ano de 1958, na memorável conquista na Suécia.
Na foto, o grande zagueiro central da seleção brasileira de futebol Hideraldo Luiz Beline beija a Rainha do Pinhão. Dentre inúmeros outros, à esquerda da foto, o homem sorriso Dr. Mario Trigo de Loureiro, dentista da seleção brasileira de futebol. No grande aglomerado de pessoas os seguintes jogadores e pessoas jordanense: Édison Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, Coutinho, Altair, Pepe, Zózimo, Dr. Fausto Bueno de Arruda Camargo, Presidente da Câmara Municipal, Arakaki Masakasu, Vice- Prefeito Municipal, Toninho da “Casa Ferraz”, João Manfredini, Coaracy Bustamente, Mário Gonçalves e muitas outras pessoas não identificadas.
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Flora e Fauna
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Sylvio P. Moysés, o Tio, e o cogumelo gigante
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Na foto o grande amigo, emérito esportista Jordanense, especialmente na área do futebol, esporte em que, por várias vezes, foi campeão pela equipe do glorioso Campos do Jordão Futebol Clube, Sylvio Pereira Moysés, o conhecido Tio, mostrando orgulhosamente, um exemplar do cogumelo dos Campos do Jordão, colhido em outubro de 1999, com o extraordinário peso de 760 gramas. Esse cogumelo foi colhido nos campos existentes nas proximidades da região conhecida como Campos dos Moreiras, atualmente denominada São José dos Alpes, localizada nas proximidades da Fazenda da Guarda ou Horto Florestal.
Esse tipo de cogumelo que, infelizmente, não conseguimos saber seu nome ou tipo real, já foi muito abundante em toda região de Campos do Jordão. Lembro-me que, na década de 1950 e 1960, fui com minha mãe, muitas vezes, colher esse tipo de cogumelo no sopé do nosso tradicional Morro do Elefante, especificamente no local onde hoje está sediado o tradicional Hotel Vila Regina, idealizado e construído pelo saudoso Sr. Adolfo Torresin. Colhíamos em cada vez, nada menos que uns cinco quilos desse tipo de cogumelo. Cogumelo especial, de sabor inigualável e delicioso, que propiciava preparação de pratos inesquecíveis.
Lembro-me também que, em determinada ocasião, na década de 1970, incentivado pelo próprio amigo Sylvio, o conhecido Tio, fui à região dos Campos dos Moreiras e lá fiquei impressionado com a grande quantidade desse cogumelo que aflorava em seus campos. Na oportunidade enchi um saco (tamanho de 60 quilos) com uns 15 quilos desse cogumelo com diversos tamanhos, enormes na grande a maioria. Fiquei muito impressionado com o tamanho dos cogumelos. Até duvidei se eram iguais aos que já conhecia e com certo receio de consumi-los..
Minha sorte é que, na época, o amigo Sr. Mário Akiharu Utiyama, proprietário da antiga Flora Campos do Jordão, mantinha no local a conhecida Chácara Cogumelandia, especializada na produção do cogumelo tipo “champignon”. Ele era um especialista em cogumelos. Levei minha coleta e mostrei a ele, perguntando se era cogumelo comestível. Para minha felicidade fui informado que poderia comer sem qualquer receio. Dividi parte dos cogumelos com o amigo e levei o restante para casa onde, depois de preparados com muito carinho, foram consumidos de diversas maneiras especiais.
O Sylvio é, com certeza, o maior conhecedor e apreciador desse tipo de cogumelo. Acredito que tenha até perdido a conta de quantas vezes foi colher esses cogumelos nativos e especiais dos nossos campos e qual a quantidade que já colheu durante toda sua vida. Disse-me certa vez, que esse tipo de cogumelo, começa aparecer depois das grandes estiagens do inverno, aflorando quase sempre, após as primeiras chuvas, nos meses de setembro ou outubro. Disse também que, muitas vezes, colheu quantidade tão significativa que chegou a conservar em vidros para utilização futura.
Nesta semana conversei com o Tio e perguntei se, neste ano, havia tentado colher os cogumelos. Muito entristecido informou que foi até aos Campos dos Moreiras, porém, não conseguiu colher um cogumelo sequer. Informou também que, a grande maioria das propriedades lá existentes, totalmente fechadas, com cercas de arame farpado e sistema de vigilância constante, impede a entrada de quem quer que seja.
Tenho saudade daqueles bons anos, quando esses maravilhosos cogumelos eram colhidos fartamente e sem qualquer impedimento. Esperamos que alguém continue se deliciando com essa espécie especial de cogumelo e não deixe que cheguem à extinção.
Edmundo Ferreira da Rocha -26/10/2010.
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Históricas
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Hasteamento da Bandeira em frente Correio
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Foto histórica, do hasteamento da Bandeira Nacional, em frente à Agencia do nosso Correios e Telégrafos de Campos do Jordão. Acredito que na oportunidade em que foi inaugurada a nova agência na década de 1950.
Hasteando a Bandeira Nacional o Chefe da Agência, o saudoso Sr. Antonio Reis, sendo observado pelos demais funcionários da época.
Da esquerda para a direita: José Eleutério Alves Pereira, o conhecido Zé meu, Carlos Alberto Pereira de Castro, Nilson Scófano, Paulo Antenor de Souza, o conhecido Paulo Viola, Nelson Soares, Nelson Pereira da Silva, o conhecido Nelson português, Olavo Sandin, o José, conhecido Zezinho do Correio, Dona Vicentina Pereira, Dona Cecília Nagib, Paulo Rios e Benedito Valadares Moysés.
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Sanatórios e Pensões
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O belo Sanatório Santa Cruz
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O Sanatório Santa Cruz, dentre todos demais Sanatórios de Campos do Jordão, que prestaram, durante várias décadas, relevantes serviços, em prol da cura para a tuberculose é, sem dúvida alguma, especialmente, internamente, o mais lindo do todos. A decoração interna do Sanatório Santa Cruz é especial, cuidadosamente planejada e executada com muito bom gosto e requinte, sempre procurando evitar e minorar aquele visual nada agradável de ambiente hospitalar. Salas de estar, salas de refeitórios, corredores, consultório médico, sala de dentista, sala de cirurgia, cozinha, pátios, solários, alojamento de hóspedes, capela, enfim tudo finamente decorado e de beleza inigualável.
O Sanatório Santa Cruz é um dos locais lindos de Campos do Jordão. Quem não conhece vale a pena conhecer. Com certeza, aqueles que se dispuserem fazer uma visita ao local, serão muito bem recebidos pelas maravilhosas Irmãs Mercedárias que continuam à frente da importante instituição. Aqueles com condições financeiras mais favoráveis, também, com certeza, irão acabar contribuindo para ajudar a melhorar cada vez mais o atendimento das pessoas que de lá dependem. Atualmente o Sanatório atende pessoas idosas e portadoras de deficiências diversas.
Edmundo Ferreira da Rocha
Sanatório Santa Cruz
Acometida de tuberculose, dona Leonor de Moraes Barros, à ausência de sanatórios no Brasil, viajou para a Suíça a fim de tratar-se.
Lá, fez uma promessa: logo que curasse e pudesse retornar à sua Pátria, fundaria um sanatório destinado ao tratamento de moléstias pulmonares, que pudesse atender não somente as pessoas com recursos, mas também aquelas indigentes.
Logo que retornou, curada, em terras brasileiras, procurou o Dr. José Carlos de Macedo Soares, obtendo dele a doação de uma área de terras na então Fazenda Santa Mathilde, para os fins pretendidos.
Não demorou muito e a pedra fundamental era lançada em 8 de julho de 1928, contratando-se o Dr. Adelardo Caiuby, que elaborou o projeto de construção de um sanatório, edificado pelo eng° Plínio da Rocha Mattos.
Na realidade, um pouco antes, a 26 de maio de 1928, Dona Leonor constituíra juridicamente a Entidade, juntamente com sua irmã Ana Maria Moraes Burchard.
Em 12 de julho de 1932, a Entidade transformou-se na Fundação do Sanatório Santa Cruz.
Antes da Revolução de 1932, dona Leonor de Moraes Barros financiou a vinda da Espanha da Congregação das Irmãs Mercedárias de N. S. das Mercês, que aportou a Campos do Jordão, logo que terminou a Revolução Constitucionalista.
Com Dona Leonor, assumiram as Irmãs Mercedárias os serviços de administração e enfermagem, atravessando o Hospital um período de florescente progresso.
A fase áurea, infelizmente, perdurou até 1956, pois, a partir daí, dona Leonor cansada e frágil, já não tinha forças para suportar o pesado ônus do funcionamento do Sanatório.
Preocupada com os fins da Instituição manifestou a fundadora o desejo de transferir o Hospital às Irmãs de N. S. das Mercês, que lhe haviam emprestado integral apoio, desde o funcionamento do nosocômio.
Antes de modificar os estatutos e formalizar a transferência, Deus convocou D. Leonor de Moraes Barros, que faleceu em 2 de fevereiro de 1963. Seus familiares, porém, conhecedores de seu desejo, cumpriram-no “post-mortem”, transferindo o Sanatório às Irmãs Mercedárias de N. S. das Mercês, que, procuraram, a todo o custo, por via de sucessivos convênios com o IAPB, IPASE, e depois INPS, a canalização de recursos que permitiram a sobrevivência do Hospital.
Ampliaram o prédio, construíram capela, salão de recreio, jardins, montaram farmácia, laboratório, postos de enfermagem, elevando o nosocômio a um nível de primeira classe.
A sua capela foi inaugurada em 12/11/1934, onde o padre José Gomes, capelão do Sanatório, celebrou a primeira missa.
Em declaração de última vontade, recomendou que todos os seus bens fossem doados ao Sanatório, o que foi cumprido “post-mortem”.
Presidiu, por longos anos, a Fundação do Sanatório Santa Cruz, a Irmã Ignês Sanguito Alberdi, que, em 1939, já estivera em Campos do Jordão, retomando depois à Espanha, para se devolver ao solo brasileiro em 1932, a pedido de dona Leonor de Moraes Barros.
Do Livro “História de Campos do Jordão”, da autoria do escritor, historiador, advogado, Pedro Paulo Filho - Editora Santuário - Ano 1988 - Páginas 288 e 289.
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Hotéis
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Hotel Bologna
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O tradicional e prestigiado Hotel Bologna, de propriedade do casal italiano Augusto Pagliacci e Dona Alba, com restaurante anexo, especializado na maravilhosa culinária italiana. Quase toda família Pagliaci trabalhava no hotel. Entre outros, os proprietários trabalhavam na administração; a cozinha, especializada na culinária italiana, contava com a experiência da Sra. Diva Pagliacci, mãe do seu Augusto; os sobrinhos Giovanni, Michelli e Emílio trabalhavam no restaurante como garçons. Esse hotel fez muito sucesso em Vila Capivari, prestigiou e valorizou a hotelaria de Campos do Jordão. Durante a década de 1960 e início da de 1970, o Hotel Bologna esteve arrendado para a família Chiarini, outra tradicional e famosa família italiana que veio para cá para continuar prestigiando o bom atendimento e a tradicional cozinha italiana do hotel. A família Chiarini fez história em Campos do Jordão. Também, todos trabalhavam no Hotel. O filho mais velho do casal Elizeu e Leontina, o Agostino, com o cunhado Delvino, casado com sua irmã Mirella, davam conta da administração do hotel; a área de camararia e lavanderia era comandada pela Mirella e pela Dona Leontina; o seu Elizeu comandava com rara habilidade a cozinha especializada na culinária italiana; os outros dois filhos do casal, o Rotoviano, mais conhecido como NIN, um italianão louro, alto e forte, com nariz amassado, lutador de box, parecido com o ator de cinema Kirk Douglas, e o irmão mais novo, o Otoliano, mais conhecido como NINE, auxiliavam no restaurante do hotel como hábeis garçons. Depois da saída do Delvino e da Mirella que voltaram para a Itália, os serviços desempenhados por ambos foram comandados pela Maria Helena Zolini Chiarini, esposa do Agostino.
Posteriormente o Hotel Bologna passou a pertencer ao saudoso Sr. Luiz Affonso e depois ficou sob a direção de seu filho Dr. Luiz Affonso Filho.
Atualmente pertence ao grande Empresário do ramo hoteleiro o meu grande amigo e colega do curso ginasial Alberto de Almeida Bernardino, o Albertinho.
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Paisagens
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Foto em ângulo raro da Vila Abernéssia
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Foto da Vila Abernéssia na década de 1930. Essa é uma das poucas imagens que temos desse ângulo da Vila Abernéssia, mostrando o local onde, atualmente, estão: o Mercadinho Piratininga, Edifício Pátio Dubieux, Clínica Média “SAMI”, prédio onde estão estabelecidos, Loja do Tadeu e a Padaria Karina, Correios, Dispensário Dr.Silvestre Ribeiro, Banco do Brasil e muitos outros.
Vemos a antiga Avenida de Ligação, atualmente Av. Dr. Januário Miráglia, ainda sem qualquer tipo de calçamento e os trilhos da nossa Estrada de Ferro Campos do Jordão. À esquerda da foto, a casinha ainda existente, até pouco tempo pertencente ao saudoso Manoel Fontela, funcionário do nosso Dispensário, ao lado da atual loja de materiais para construção “Serra dos Pinhos”. Do lado oposto, pouca mais à frente, a casa onde funcionou a nossa Prefeitura Municipal nessa década de 1930.
Infelizmente não consegui melhores informações sobre a casa existente à direita da foto. Acredito que nesse prédio, durante muitos anos, esteve estabelecido o Marcadinho Jordanense, dos saudosos Irmãos Miranda, Seu Antoninho e seu Francisco.
Ainda à direita e na parte mais alta, as construções existentes na Rua Brigadeiro Jordão, dentre elas o prédio maior ainda existente, pertencente às Irmãs de Nossa Senhora do Calvário.
É impressionante a grande profundidade da visibilidade dessa foto, coisa totalmente impossível atualmente. Vemos bem ao fundo da foto, o majestoso Morro do Elefante localizado na Vila Capivari, há mais de três quilômetros do local da foto.
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Pessoas
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ANTONIO REIS, um homem de sucesso
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“Em setembro de 1946, Olympio Muller, telegrafista da Agência dos Correios de Campos do Jordão, entra em licença de 40 dias e para substituí-lo vem à cidade um jovem de Areias-SP, concursado e nomeado há três meses: ANTONIO REIS.
Passados 0s 40 dias e na continuidade da ausência do titular, Reis vai-se fixando como telegrafista da agência local e tornando-se jordanense. Preso a Campos do Jordão por dever funcional, um outro grande motivo prende-o definitivamente à estância montanhesa: Reis enamora-se por uma linda jovem, filha de imigrantes italianos e em janeiro de 1949 casa-se com Quintina Pasquarelli.
No ano seguinte, já então conhecido por “Reis do Correio”, assume a chefia da Agência dos Correios e Telégrafos.
Vereador à Câmara Municipal, fez parte de inúmeras entidades comunitárias e clubes esportivos.
Homem imbuído de grande espírito público, prestou serviços à comunidade participando de campanhas beneficentes e de fins assistenciais. Ingressando no Lions Clube evidenciou-se mais ainda seu espírito humanitário, atuando na linha de frente, em todas as campanhas filantrópicas desse clube de serviço. No leonismo assumiu cargos elevados: presidente do clube por duas vezes, Presidente de Divisão, Diretor de Convenções e outros. Reis era um “tigrão” no meio de “leões”.
Aos 49 anos, em 05 de fevereiro de 1974, faleceu em São Paulo, vítima de acidente de trânsito. Reis cuidava, na ocasião, como past-presidente, de interesses do Lions.”
Do livro da autoria de Arakaki Masakasu,”Ruas da minha cidade Campos do Jordão” - Lis Gráfica e Editora Ltda. - 1988 - Página - 141.
Antonio Reis e Quintina Pasquarelli Reis tiveram três filhos maravilhosos que, a exemplo dos pais, se destacaram e continuam se destacando nas áreas em que atuaram e atuam, tanto em Campos do Jordão como em outras cidades: Carlos Donato, Cláudia Regina e Alfredo Fabiano.
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Personalidades
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Reunião do Rotary - década de 1960
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Na década de 1960, nas dependências do tradicional e maravilhoso Hotel Toriba, um dos mais requintados de Campos do Jordão, reunião de confraternização do Rotary Club.
Na foto, da esquerda para a direita, de frente: o feliz e bem humorado Sr. Neme Saloun Nejar, Dr. Samuel Barbosa da Costa, Waldyr Bitetti, Hideo Yamaguchi, Dr. Oswaldo Gomes da Silva, José Afonso dos Santos, Não identificado, Sr. Bráulio de Almeida Ramos, na cabeceira da mesa, Sr. Rubens Lima Rosa, o Ruboca.
De costas, na mesma ordem: Dr. João Pedro Além, não identificado, Dr. Silvestre Ribeiro, Sr. Floriano Rodrigues Pinheiro e mais três não identificados.
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Politica
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Especial recepção em nosso Colégio Estadual
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No início da década de 1950, o CEENE - Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão, recebe o Dr. Adhemar Pereira de Barros, acompanhado do Deputado Estadual Osny Silveira, do Engenheiro Manoel de Figueiredo Ferraz, casado com a Sra. Mariazinha, filha do casal Dr. Adhemar e Dona Leonor, do Prefeito Municipal Sr. Paulo Cury e esposa Sra. Nunciata Cury, Romeu Negreiros Mezzacapa, da CME - Comissão Municipal de Esportes e grande número de pessoas, sendo recepcionados à entrada do Colégio pelo Diretor Professor Raul Pedroso de Morais, acompanhado do filhinho Luiz Antonio, uma pessoa não identificada e o Sr. Benedito Máximo de Carvalho, mais conhecido com Dito Fazanello, e um policial em posição de sentido que, por mais de uma oportunidade, exerceu funções de Delegado de Polícia na cidade.
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Transportes
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Carro de bois entre Jaguaribe e Capivari
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Meio de transporte antigo, muito utilizado no passado, inclusive em Campos do Jordão, para transportar cargas diversas entre as principais Vilas da Cidade, Capivari, Jaguaribe e Abernéssia, até toda região do Jardim do Embaixador e Horto Florestal.
Na foto, no ano de 1944, lindo carro de bois, puxado por quatro juntas (oito bois), trafegando pela calma estrada de terra com destino a Vila Capivari. O trecho dessa estrada onde o carro de bois passava, é a atual Av. Dr. Emílio Ribas, exatamente no ponto situado em frente aos Edifícios Alpes e Mantiqueira e Restaurante “La Coupole”, proximidades da famosa Parada Grande Hotel, da Estrada de Ferro Campos do Jordão. O Corte de barranco existente um pouco à frente é o local onde, posteriormente, na década de 1950, foi construído o Edifício de Apartamentos “Sans Souci”.
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