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Fotografias Semanais que contam a
 história de Campos do Jordão.

de 12/04 a 18/04/2018

 

 

Históricas - Foto histórica - 1960


Foto histórica da década de 1960

Parte da casa que aparece à esquerda, é a casa onde morou o Sr. João Rodrigues da Silva, o conhecido João Maquinista de muitas histórias e sua esposa Dona Sinhá. Nesse local, posteriormente, residiu Olegarinho, filho do Sr. Olegário Frozino e, atualmente, está sediado o conjunto de lojas comerciais denominado “Via Candoti”, de propriedade da família Frozino. O prédio que aparece ao lado, também pertencia ao João Maquinista. Neste, durante muitos anos esteve sediado o Clube “A união faz a força”. Nesse local, atualmente, está sediado o Banco Bradesco. Essa casa marcou época em Campos do Jordão e foi, durante muitas décadas, histórica. Era totalmente coberta de telhas de zinco e as paredes externas, também, eram revestidas com o mesmo material. O zinco é um metal que foi muito utilizado para a produção de telhas, calhas e chapas para utilização nas construções residenciais. Essa casa, durante praticamente suas várias décadas, foi pintada da cor amarela e chamava muito a atenção. Foi demolida na década de 1970.

“João Rodrigues da Silva, o conhecido João Maquinista. Controvertida foi sua personalidade, admirado por alguns, odiado por outros. Foi grande proprietário de casas e terrenos em Campos do Jordão. Era muito caridoso e deixava transparecer essa virtude, nos repetidos gestos, que tomava, doando terrenos para a construção de sanatórios e hospitais.

Doou terrenos para a Associação dos Sanatórios Populares de Campos do Jordão, para o asilo São Vicente de Paulo, para trabalhadores de vila operária, núcleo modesto, ao norte da Vila, tratado pitorescamente de Favela. Doou também, grande área de terreno ao Hospital Dr. Adhemar de Barros, tendo, além desse donativo, feito outro, valiosíssimo, em dinheiro para a construção da Maternidade, que, enquanto em atividade até 2005, eternizava seu nome.

Foi apelidado Maquinista antes de vir para a Vila Nova de Campos do Jordão, atual Vila Abernéssia, quando trabalhava na Fazenda do Baú, de seu sogro e lidava com máquinas e monjolos. Era homem dinâmico e de visão comercial. O velho português emprestava dinheiro, a juros, suprindo a ausência de estabelecimentos bancários na cidade, e assim fazendo, estimulava o crescimento e a concretização de negócios.

Por problemas relacionados a divisas de suas terras com as terras do engenheiro José Magalhães, infelizmente acabou por assassiná-lo, com um certeiro tiro de espingarda, bem no meio da cabeça, na entrada da Vila Ferraz. Por três vezes foi julgado na Comarca de São Bento do Sapucaí, foi absolvido.”

(Pedro Paulo Filho - Livro História de Campos do Jordão)

 

 

 

Históricas - Vila Abernéssia - 1940


Foto da Vila Abernéssia, da década de 1940.

No primeiro plano à esquerda, parte do espaço que era ocupado pela Feira livre e o prédio do tradicional, antigo, maravilhoso e saudoso Mercado Municipal que funcionou até a década de 1960. Ao lado, o prédio do antigo Posto Policial e Cadeia Pública. Neste local, atualmente, está instalado o prédio onde,.

O antigo prédio do Posto Policial e Cadeia Pública, estava situado ao lado do antigo Mercado Municipal, em parte da praça existente ao lado do local onde, durante muitos anos, funcionou a Caixa Econômica Estadual - Nossa Caixa Nosso Banco e, posteriormente, a segunda agência do Banco do Brasil. Localizava-se também, quase em frente à atual Agência do Banco Santander e ao lado da antiga “A Campineira”, armazém de secos e molhados de propriedade do Sr. Paulo Cury, ex-prefeito Municipal de Campos do Jordão, local onde hoje está sediada a Drogaria São Paulo. Do lado esquerdo do Mercado Municipal, atualmente, está sediado o Fórum Embaixador José Carlos de Macedo Soares.

Duas curiosidades marcantes. Naquela época, na década de 1940, esse Posto Policial não contava com qualquer tipo de viatura. Apenas um único soldado era o responsável para dar segurança para toda cidade. Normalmente contava com um Delegado nomeado dentre as pessoas integras e conceituadas da cidade. Meu avô, Joaquim Ferreira da Rocha foi um desses delegados nomeados.

Outra curiosidade. Esse Posto Policial e cadeia pública, ficava ao lado do Mercado Municipal. Do lado esquerdo de quem adentrava o Mercado ficavam os açougues especializados em carne de vaca, como era comum dizer na época, hoje, carne bovina. Do lado direito, os açougues especializados em carne de porco, atualmente, carne suína. Os açougues eram especializados e não vendiam os dois tipos de carne.

O espaço existente entre os açougues de carne de porco e a cadeia pública não passava de dois metros e meio ou pouco mais. Diziam na época, que os presos pediam para amigos ou conhecidos que passavam pela rua que arrumassem uma vara de bambu bem comprida. Na calada da noite, da janela da cela estendiam a vara de bambu e, através da grade de ferro dos açougues, “pescavam” as lingüiças de carne de porco que ficavam penduradas nos varais próprios dentro do açougue. Depois de fisgadas, as lingüiças, eram fritas em latas com chama de álcool, que também pediam aos amigos. Feito isso, saboreavam o produto da “pescaria” clandestina, com o pão que recebiam das pessoas caridosas que, todas as tardes, iam comprar nas Padarias Santa Clara e Pinheiro, dos saudosos Victor Gonçalves e João Pinheiro.

Ao centro da foto a Rua Brigadeiro Jordão e três prédios. O prédio da esquerda foi demolido e totalmente reformado. No prédio antigo, durante muitos anos, esteve estabelecido o Hotel São Francisco, na esquina com a travessa, Próspero Olivetti que dá acesso à Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus. O prédio ao centro, embora tenha sofrido algumas reformas, praticamente continua como era no passado. Neste prédio, durante muitos anos, ficou estabelecido o Cartório de Notas e Ofícios. O prédio da direita foi totalmente reformado. Nesse local, atualmente, está o Restaurante Paratodos e o Chaveiro São Paulo.

 

 

 

Históricas - Padaria Emílio Ribas - 1960


Uma foto histórica de parte da Vila Capivari, da década de 1960.

A foto mostra, na descida da Rua Djalma Forjaz, proximidades da ponte de concreto sobre o Ribeirão das Perdizes, proximidades do Campos do Jordão Tênis Clube de Turismo. No prédio, na época, pertencente ao saudoso Sr. Manoel Francisco Villar, a tradicional, famosa e saudosa Padaria Emílio Ribas, de propriedade do bom, tranqüilo e generoso japonês Sr. Yoshio Otaki, o conhecido Sr. Luiz Otaki.

Essa padaria era um grande ponto de encontro de muitas pessoas que gostavam da noite, especialmente os boêmios que também freqüentavam o “Bruno´s Bar”, situado ao lado e no mesmo prédio, no Tênis Clube e outros locais. Nas madrugadas, especialmente durante o inverno rigoroso da cidade era costume procurar a porta dos fundos da padaria, que dava acesso à área da masseira, da confecção dos pães e do forno onde eram assados. Ali, além de se aquecerem ao calor do forno à lenha, aproveitavam para comprar e degustar os pãezinhos quentes e crocantes e deliciosos, saídos diretamente do forno.

Uma curiosidade. No ano de 1958 ganhei uma bicicleta nessa Padaria Emílio Ribas. Estavam em pleno vapor os preparativos para a Copa do Mundo de Futebol que foi realizada na Suécia, onde a nossa Seleção Brasileira de Futebol ganhou seu primeiro título mundial. Nessa época, vários locais de Campos do Jordão e, acredito do Brasil, vendiam as famosas balas de chupar especiais, com figurinhas dos jogadores de futebol. Ao completar um álbum de figurinhas de jogadores de futebol pertencentes aos principais times de futebol dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro ganhava-se uma bicicleta.

As figurinhas vinham enroladas em balas de chupar e, na época, eu as comprava na saudosa e famosa Padaria Emílio Ribas, de propriedade do Sr. Yoshio Otaki, o conhecido e, também saudoso seu Luiz Otaki. Para completar o meu álbum e ganhar a tão sonhada bicicleta, só faltava uma figurinha carimbada do Pelé. Era uma figurinha muito difícil. Outras pessoas também ganharam bicicletas e outros prêmios, em diversos locais da cidade.

Numa determinada tarde meu pai me deu dinheiro e disse: “Vá até a Padaria do seu Luiz e compre uma caixa fechada de balas de figurinhas”. Mais que depressa fui correndo comprar a caixa de balas e voltei para casa. Na frente de meu pai e minha mãe fui abrindo as balas e desenrolando cada uma das figurinhas que acompanhavam. Claro, as balas eram deixadas em uma vasilha ao lado para depois, aos poucos, serem consumidas. Em uma das balas, a grande surpresa, a figurinha carimbada com a fotografia do Édison Arantes do Nascimento, o Pelé que, posteriormente, foi consagrado como o Rei do Futebol. Na mesma hora, colei a figurinha no álbum e, feliz da vida, voltei à Padaria para buscar a minha bicicleta. Era uma bicicleta de cor “bordeaux” com filetes e detalhes em branco, com pneus balão, da marca Monark. Fiquei com essa bicicleta até início da década de 1980 quando vendi e comprei uma nova.

No local do prédio que pertencia ao saudoso Sr. Villar, atualmente, está instalado o maravilhoso e badalado “Pátio Paris”, com suas maravilhosas lojas comerciais, restaurantes etc., grande ponto de atração turística da Vila Capivari, em Campos do Jordão.

 

 

 

Pessoas - Padariia E. Ribas - Luiz Otaki


Na foto a figura impar do grande, tranqüilo, generoso e saudoso amigo, o japonês Sr. Yoshio Otaki, o conhecido Sr. Luiz Otaki, nas décadas de 1950 e 1060, proprietário da famosa, tradicional e saudosa Padaria Emílio Ribas que estava estabelecida na descida da Rua Djalma Forjaz, proximidades da ponte de concreto sobre o Ribeirão das Perdizes, proximidades do Campos do Jordão Tênis Clube de Turismo. No prédio, na época, pertencente ao saudoso Sr. Manoel Francisco Villar,

Essa padaria era um grande ponto de encontro de muitas pessoas que gostavam da noite, especialmente os boêmios que também freqüentavam o “Bruno´s Bar”, situado ao lado e no mesmo prédio, no Tênis Clube e outros locais. Nas madrugadas, especialmente durante o inverno rigoroso da cidade era costume procurar a porta dos fundos da padaria, que dava acesso à área da masseira, da confecção dos pães e do forno onde eram assados. Ali, além de se aquecerem ao calor do forno à lenha, aproveitavam para comprar e degustar os pãezinhos quentes e crocantes e deliciosos, saídos diretamente do forno.

Uma curiosidade. No ano de 1958 ganhei uma bicicleta nessa Padaria Emílio Ribas. Estavam em pleno vapor os preparativos para a Copa do Mundo de Futebol que foi realizada na Suécia, onde a nossa Seleção Brasileira de Futebol ganhou seu primeiro título mundial. Nessa época, vários locais de Campos do Jordão e, acredito do Brasil, vendiam as famosas balas de chupar especiais, com figurinhas dos jogadores de futebol. Ao completar um álbum de figurinhas de jogadores de futebol pertencentes aos principais times de futebol dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro ganhava-se uma bicicleta.

As figurinhas vinham enroladas em balas de chupar e, na época, eu as comprava na saudosa e famosa Padaria Emílio Ribas, de propriedade do Sr. Yoshio Otaki, o conhecido e, também saudoso seu Luiz Otaki. Para completar o meu álbum e ganhar a tão sonhada bicicleta, só faltava uma figurinha carimbada do Pelé. Era uma figurinha muito difícil. Outras pessoas também ganharam bicicletas e outros prêmios, em diversos locais da cidade.

Numa determinada tarde meu pai me deu dinheiro e disse: “Vá até a Padaria do seu Luiz e compre uma caixa fechada de balas de figurinhas”. Mais que depressa fui correndo comprar a caixa de balas e voltei para casa. Na frente de meu pai e minha mãe fui abrindo as balas e desenrolando cada uma das figurinhas que acompanhavam. Claro, as balas eram deixadas em uma vasilha ao lado para depois, aos poucos, serem consumidas. Em uma das balas, a grande surpresa, a figurinha carimbada com a fotografia do Édison Arantes do Nascimento, o Pelé que, posteriormente, foi consagrado como o Rei do Futebol. Na mesma hora, colei a figurinha no álbum e, feliz da vida, voltei à Padaria para buscar a minha bicicleta. Era uma bicicleta de cor “bordeaux” com filetes e detalhes em branco, com pneus balão, da marca Monark. Fiquei com essa bicicleta até início da década de 1980 quando vendi e comprei uma nova.

No local do prédio que pertencia ao saudoso Sr. Villar, atualmente, está instalado o maravilhoso e badalado “Pátio Paris”, com suas maravilhosas lojas comerciais, restaurantes etc., grande ponto de atração turística da Vila Capivari, em Campos do Jordão.

 

 

 

Históricas - Hotel Toriba - 1942


Uma foto história do ano de 1942 mostrando parte da construção do Hotel Toriba. Na foto à esquerda, o saudoso construtor Floriano Rodrigues Pinheiro, proprietário da Construtora Pinheiro, responsável pela construção do Hotel. À direita, o saudoso Sr. Luiz Dumont Villares, um dos proprietários do Hotel, juntamente com o saudoso Sr. Ernesto Diederichsen. Ao fundo, através da janela em construção, a imagem de um belo pinheiro e da tradicional Pedra do Baú.

O Hotel Toriba foi construído pelo grande construtor de Campos do Jordão Floriano Rodrigues Pinheiro. O Hotel Toriba foi inaugurado em 22 de janeiro de 1943, por Ernesto Diederichsen e Luiz Dumont Villares, quando o turismo na região ainda era incipiente, nesta bela cidade num dos altos da Mantiqueira, que, na época, era marcada muito mais pela profusão de sanatórios do que pela infra-estrutura para o visitante em busca de lazer. Logo o Toriba, que em tupi-guarani significa algo como "PAZ, ALEGRIA e FELICIDADE", tornou-se um hotel símbolo do melhor de Campos do Jordão, com a bem cuidada aparência alpina, local propício à prática de atividades saudáveis e de costumes em harmonia com a natureza.

O Toriba é um marco na história do turismo e na cultura de Campos do Jordão. Muitos foram aqueles que conheceram os encantos deste magnífico hotel, que traz tamanhas lembranças a mais de três gerações de pessoas que por ali passaram. Por muitos anos, voltam como hóspedes ou frequentadores do espetacular parque ajardinado e dos cobiçados restaurantes, ponto de encontro entre amigos de várias idades.

Os Alpes suíços foram a grande fonte de inspiração para definir as particularidades e o estilo arquitetônico da obra. O toque alpino do Toriba veio influenciar sobremaneira a arquitetura de Campos do Jordão, produzindo, em combinação com o privilegiado clima e a farta natureza, a chamada Suíça Brasileira, em plena Serra da Mantiqueira paulista.

 

 

 

Históricas - Antonio Abrantes e 1º Cemitério


Foto histórica do dia 22 de julho de 1934 mostrando a casa do Sr. Antonio Gonçalves Abrantes.

Essa casa ficava na Vila Jaguaribe, na primeira travessa, sem saída, à direita da atual Rua Sebastião de Oliveira Damas.

O Sr. Antonio Gonçalves Abrantes, de nacionalidade portuguesa, veio para Campos do Jordão no início da década de 1920, juntamente com o irmão Sr. Álvaro Gonçalves Abrantes. Foram pioneiros de Campos do Jordão. Ambos, excelentes e exímios carpinteiros e marceneiros que, com certeza, aprenderam a arte nas distantes terras portuguesas. Em Campos do Jordão foram responsáveis pela construção de inúmeras casas de madeira, construídas com as tábuas que eram serradas dos pinheiros de Campos do Jordão (araucária brasilensis ou angustifolia), na época em que não havia a preocupação da sua preservação. Foram também, responsáveis por diversos serviços de carpintaria e marcenaria executados nas construções de muitas residências, hotéis e sanatórios de Campos do Jordão. Construíram também as suas próprias casas onde residiram por muitos anos. Esta, de propriedade do Sr. Antônio Gonçalves Abrantes, foi ele quem construiu, acredito, com o auxílio do irmão Sr. Álvaro. A casa do Sr. Álvaro, localizada na atual Av. Eduardo Moreira da Cruz, anteriormente Av. Imbiri, existente até os dias atuais, com certeza, foi por ele construída com o auxílio do irmão Sr. Antonio Abrantes.

É interessante notar que ao fundo dessa casa, no topo do morro, existiam algumas árvores enormes. Essas árvores, alguns tipos de eucaliptos, foram plantadas para dar um pouco de sombra aos túmulos do primeiro cemitério de Campos do Jordão lá existente. Nesse local onde foram sepultados vários pioneiros, dentre eles, o engenheiro agrimensor José de Magalhães, o primeiro a ser ali enterrado, no ano de 1899.

Esse primeiro cemitério existente no povoado de Campos do Jordão, foi construído em 1898, por Matheus da Costa Pinto, o fundador da Cidade em 29/abril/1874, em decorrência das repetidas aflições dos moradores, que se viam obrigados a transladar os seus mortos a Santo Antonio do Pinhal e Pindamonhangaba para sepultamento, sempre transportados em redes, em forma de banguês “debaixo de grossa carraspana e de rezas misturadas a blasfêmias”.

Esse cemitério foi inaugurado em 1899 quando do sepultamento do engenheiro Dr.José de Magalhães, assassinado por João Rodrigues da Silva, o João Maquinista.

No cemitério onde o engenheiro Dr. José de Magalhães foi enterrado, situado no alto do local hoje denominado “Recanto Dubieux”, existia uma inscrição em um dos túmulos: “aqui jaz o Dr. José de Magalhães, barbaramente assassinado”. O pessoal chamava o campo santo de “cemitério da Basin”.

No ano de 1953, eu e meus pais, visitamos esse Cemitério e, ainda pude ver a lápide de mármore branco, com a inscrição acima.

Um pouco da história do primeiro Cemitério de Campos do Jordão.

O Engenheiro agrimensor José de Magalhães, nomeado para efetuar demarcação de terras em ação divisória promovida pelo Dr. Domingos José Nogueira Jaguaribe, foi morto no ano de 1899, por desavenças e desentendimentos com o Sr. João Rodrigues da Silva, o conhecido João Maquinista, por motivos ligados a questões de divisas de suas terras. João Maquinista chegou em Campos do Jordão por volta do ano de 1885 e foi grande proprietário de casas e terrenos, homem muito caridoso, deixando transparecer essa virtude, nos repetidos gestos, que tomava, doando terrenos para a construção de sanatórios e hospitais.

Em outubro de 1896 foi criada a sub-delegacia de Polícia, sediada em Vila Velha (Vila Jaguaribe), sendo nomeado para ocupar o cargo o engenheiro Dr. José de Magalhães.

O titular viera de São Paulo pelas mãos do Dr. Domingos Jaguaribe para fazer os serviços de agrimensura em suas vastas glebas, de cerca de 500 alqueires, em virtude da ocorrência de vários “grilos” que envolviam o Capitão Joaquim Pereira da Rosa, sogro de João Rodrigues da Silva, o João Maquinista.

Daí surgiu uma rixa que se tornou velha entre o Dr. José de Magalhães e João Maquinista, um dos condôminos da Fazenda, por questões de terras.

Dr. José Magalhães era um gaúcho forte, alto e valente. Sua mulher se chamava Clotilde. Na ação de divisão da Fazenda Natal, intentada na Comarca de São Bento do Sapucaí, fora nomeado agrimensor, chegando a iniciar os trabalhos de demarcação.

Certa feita, quando o Dr. Magalhães comandava a abertura de valetas (à época não havia arame farpado para dividir propriedades), ocorreu grave discussão entre Maquinista e Magalhães, tendo o primeiro levado uns safanões do segundo, e prometeu vingança.

Em outro entrevero, ocorrido em 28 de dezembro de 1899, na confluência da atual Rua Brigadeiro Jordão, com a Rua João Rodrigues Pinheiro, o resultado foi trágico, pois João Maquinista não permitiu que a abertura de valos prosseguisse em terrenos que dizia de sua propriedade.

Chamado o Dr. Magalhães ao local do embargo, travou-se ferrenha discussão entre ambos. No auge da grave discussão, que guardava certa distância, Magalhães gritou ao ver Maquinista de posse de uma espingarda:

- Atira, Maquinista! Se você for homem, atira aqui no peito!

João Maquinista que sabia do hábito do Dr. Magalhães de usar colete de aço, respondeu:

- No peito, não, Magalhães, vou atirar na cara mesmo! Assim o tombo é mais bonito.

João Maquinista desfechou um tiro certeiro e mortal, que atingiu o rosto do Dr. Magalhães, no queixo e outro no bigode, arrancando-lhe pedaços.

Entregando-se às autoridades de São Bento do Sapucaí que era a sede da Comarca, João Maquinista foi julgado em 09/02/1900 pelo Juiz Júlio Amaro da Rosa Furtado, quando foi absolvido. Reformada a sentença do Júri de São Bento do Sapucaí, e levado a novo julgamento em 20/05/1901, foi absolvido pelo mesmo Magistrado. Julgado pela terceira vez em 11/11/1901 pelo Juiz Afonso José de Carvalho, foi novamente absolvido e aí a sentença transitou em julgado.

OBS: OBS: Foto gentilmente cedida pela amiga e colaboradora Celeste Abrantes, através do sobrinho Rodrigo Abrantes.

 

 

 

Históricas - Hotel Refúgio Alpino - 1960


Na foto da década de 1960, ao alto, o belo Hotel Refúgio Alpino de Campos do Jordão. O magnífico e maravilhoso Hotel Refúgio Alpino, está situado em Vila Capivari, nas proximidades da famosa e conhecida Fonte Simão. Este hotel, idealizado e construído no final da década de 1940 pelo saudoso casal Sr. Mário Dal Pino e Dona Nenê Dal Pino. Na época, o hotel era composto por quinze apartamentos aconchegantes.

O Hotel Refúgio Alpino, juntamente com Grande Hotel, Hotel Toriba, Hotel Rancho Alegre e Hotel Vila Inglesa, fizeram parte da afamada rede hoteleira de Campos do Jordão, por muitas décadas, dignificando e honrando a hotelaria, ajudando a alavancar o turismo e contribuindo para o progresso da cidade.

O casal administrou esse hotel por várias décadas, angariando grande quantidade de amigos, hóspedes e admiradores, tanto da decoração interna e motivos de seu visual externo e também das acomodações aconchegantes do hotel e da sua maravilhosa gastronomia italiana, comandada habilmente pelas mãos de Dona Nenê.

O saudoso Embaixador José Carlos de Macedo Soares que era grande amigo do casal Dal Pino freqüentou muito o Hotel Refúgio Alpino. O Embaixador sempre falava, até escreveu, assinou e datou, em 01 de fevereiro de 1948. O casal Dal Pino utilizou o que dizia e escreveu e assinou, para colocar na propaganda do Hotel : “Um dos mais lindos recantos do mundo”.

O Hotel Refúgio Alpino apesar de necessitar da modernidade exigida nos dias atuais, continua em plena atividade. Ao longo de algumas décadas, passou por diversificadas administrações.

O casal Dal Pino eram os Pais da nossa saudosa amiga Maria Ludovica Dal Pino, a Lolly, uma das Princesas da Iª Festa da Maçã de Campos do Jordão, realizada no ano de 1953. A Lolly foi proprietária do “Terrazza Hotel”, que existe até os dias atuais, comandado por uma de suas filhas. Está localizado próximo ao antigo Hotel Refúgio Alpino. No mesmo local onde, durante vários anos, foi palco de grandes shows de famosos cantores nacionais. Essa boate ficou famosa, pela realização dos concursos para eleição da Missa Suéter, e dos badalados e saudosos bailes do suéter para coroação da rainha e princesas. O prédio da saudosa Boate Refuginho aparece à direita na frente da foto.

 

 

 

Históricas - Hotel Rancho Alegre - 1950


Foto do final da década de 1950 mostrando a tradicional e badalada piscina de água aquecida pertencente ao tradicional Hotel Rancho Alegre de Campos do Jordão.

O Hotel Rancho Alegre foi idealizado e construído pelo saudoso Sr. Henry Jean Jacques Perroy, dignificando a classe hoteleira de Campos do Jordão durante as décadas de 1940 a 1960. Perroy foi também, fervoroso propagador das qualidades climáticas e naturais de Campos do Jordão, divulgando-as no país e no exterior, vislumbrando o desenvolvimento da “indústria sem chaminés”, a única alter4nativa de progresso da Estância.

Perroy chegou a Campos do Jordão no final da década de 1930. Em seguida comprou vasta área das terras denominadas Fazenda Correntinos, com 700 alqueires. Para essas terras, com muita propriedade, deu o nome de Descansópolis que, com o passar dos anos, ficou conhecido como Bairro Descansópolis. Durante várias décadas Perroy e a família sempre residiram nesse Bairro tradicional.

Em 1942, adquirindo mais terras, por intermédio da Agricobraz – Sociedade da Expansão Agrícola e Comercial Ltda., de sua propriedade, Henry Jean Jacques Perroy criou vários loteamentos e construiu residências, dando a cada um deles os nomes de seus filhos – Chantal, Marie-France, Cristiane, Bernard e Olivier. Também criou os loteamentos Águas Claras e Passos na Mantiqueira.

O Hotel Rancho Alegre ficou famoso especialmente durante a década de 1950 quando, nos anos 1953/1954 foi palco das filmagens do famoso filme da saudosa Companhia Cinematográfica Vera Cruz, “Floradas na Serra”, baseado em romance da escritora Dinah Silveira de Queiroz, tendo, dentre outros atores e atrizes, como atriz principal, a saudosa Cacilda Becker. Na sua piscina especial, moderníssima para a época, com cobertura e paredes de vidro transparente e água aquecida, foi palco de filmagens das cenas protagonizadas pelos saudosos atores, Jardel Filho e Silvia Fernanda

O prédio, bastante preservado, permanece até hoje, com pequenas modificações. Atualmente está funcionando como Hotel. Em determinada época da década de 1980, nesse prédio, foi instalada uma moderna clínica SPA.

 

 

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