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Fotografias Semanais que contam a
 história de Campos do Jordão.

de 19/11 a 25/11/2010

 

 

Artes Plasticas - Bela imagem de Jesus Cristo


Lindo quadro com bela imagem de Jesus, o nosso Jesus Cristo. Esse quadro é da autoria da artista plástica Raide Mastrandréa que, aos poucos, vai se destacando no cenário artístico de Campos do Jordão. Já participou de diversas exposições, juntamente com artistas de nomes relevantes da Cidade que, sempre, procuram difundir e elevar essa nobre arte para fora de nossos limites territoriais.

 

 

 

Arquitetura - Capela de Jaguaribe - década 1920


Consta da história que “Da entrada dos Campos à Capela de São Matheus, onde existe um núcleo de povoação, ali formado pelo cidadão Matheus Pinto...”. Consta também: “Engalanou-se a Vila de São Matheus do Imbiri, em 02 de fevereiro de 1879 para uma solenidade especial: é que o Bispo, D.Lino, lançava a pedra fundamental da Capela de N.S. da Conceição dos Campos do Jordão, que foi inaugurada, em 19 de março de 1885, com o nome de Nossa Senhora da Saúde”.

A Foto, da década de 1920, mostra a Capela de Nossa Senhora da Saúde, acreditando-se situada no mesmo local onde anteriormente existiu a Capela de São Matheus. Essa mesma Capela, anos mais tarde, recebeu bem ao centro da sua fachada, uma pequena torre que modificou bastante seu visual. Nesse mesmo local, posteriormente, foi edificada a atual Igreja de Nossa Senhora da Saúde.

Ao lado da pequena Capela de Nossa Senhora da Saúde, uma casa bastante antiga, talvez a casa onde tenha morado inicialmente Matheus da Costa Pinto.

 

 

 

Energia Elétrica - Funcionários da Cia. Sul Mineira


Antigos funcionários da CSME – Companhia Sul Mineira de Eletricidade, responsável pela distribuição da energia elétrica para Campos do Jordão, desde o ano de 1940 até o ano de 1966.

A Cia. Sul Mineira tinha seu escritório de Vila Abernéssia, situado na Rua Brigadeiro Jordão, 622, local onde hoje está sediada a Receita Federal de Campos do Jordão.

Na foto, na parte superior, da esquerda para a direita: -Mucíola Diniz Figueiredo - Natural de Machado- MG., nascida em 27/dezembro/1944, filha de Ben-Hur Alves de Figueiredo e Silvia Diniz Figueiredo, ingressou na Companhia em 01 de abril de 1965, na função de Escrituraria.

- João Cimadon - natural de Ouros-MG., nascido em 30/maio/1924, filho de Faustino Cimadon e Rita Rosa Cimadon, ingressou na Companhia em 01/abril/1948, na função de Eletricista.

- José Maria da Silva - o conhecido Mocotó - natural de Campos do Jordão-SP., nascido em 19/outubro/1943, filho de Pedro Alves e Maria José da Silva Alves, ingressou na Companhia em 01/outubro/1960, na função de Eletricista.

- Luiz Ribeiro da Rosa - o conhecido Coringa - Natural de Campos do Jordão, nascido em 04/agosto/1928, filho de Antonio Ribeiro da Rosa e Etelvina Mira Maciel, ingressou na Companhia em 01/abril/1949, na função de Eletricista.

Na parte inferior da foto, na mesma ordem:

- Ruy Teixeira Pinto - natural de São Bento do Sapucaí-SP., nascido em 11/abril/1940, filho de Joaquim Teixeira Pinto e Maria de Lourdes Teixeira, ingressou na Companhia em 01/outubro/1960, na função de Escriturário.

- Yoshio Tanaka- natural de Yasugun - Estado de Shiga Ken - Japão, em 20/agosto/1919, filho de Kakutaro Tanaka e Tola Tanaka, ingressou na Companhia em 01/fevereiro/1949.

-Mauro dos Santos - natural de São Bento do Sapucaí-SP., nascido em 08/maio/1926, filho de João Custódio dos Santos e Maria Cândida de Jesus, ingressou na Companhia em 01/fevereiro/1949, na função de Eletricista B-2.

- Dinorah Pereira Alves- natural de Campos do Jordão-SP., nascida em 01/junho/1928, filha de Manoel Pereira Alves e Alzira Cezar Alves, ingressou na Companhia em 01/fevereiro/1952 na função de Escrituraria.

 

 

 

Escolas - Desfile cívico com lindas normalistas


Desfile festivo do CEENE - Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão, realizado na década de 1950, talvez ano 1954 ou 1955, comemorativo ao dia da nossa Independência, (proclamada por D. Pedro I, às margens do Riacho Ipiranga, no dia 07 de setembro de 1822). A foto mostra quando o desfile estava concentrado na Av. Dr. Januário Miráglia, em frente à Estação da Estrada de Ferro Campos do Jordão e DMTUR - Departamento Municipal de Turismo, situado no local onde hoje está sediada a Telefônica.

Embora a foto seja em preto e branco, aproveitando a letra da linda música da autoria de Benedito Lacerda e David Nasser, “Normalista”, podemos afirmar que: “vestidas de azul e branco, trazendo sorrisos francos nos rostinhos encantadores, rapidamente conquistando corações sem amor...” estavam as nossas lindas normalistas de Campos do Jordão. Dentre as normalistas que estavam concentradas nesse desfile: Nhura Vasconcelos, Elda Randoli, Ruth Sagesse, Ovídia Silva, Maria da Glória Seabra, a Lita, Aracy Carvalho, Marilda Lauretti, Clarice, Edith Ogata, Marion Arsch.

 

 

 

Esportes - São Paulo F.C. em treino histórico - 1949


No ano de 1949, a Equipe de Futebol do São Paulo Futebol Clube, da Capital, sob comando do experiente e conceituado Técnico Vicente Feola, veio concentrar-se em Campos do Jordão e participou de grande e eficiente treinamento para enfrentar o Campeonato Paulista de Futebol daquele ano.

Pedro Paulo Filho, nosso amigo, advogado, escritor, jornalista e historiador que, naquela época, era apenas um garoto de onze anos de idade, presenciou alguns desses treinamentos e contou-nos que no dia em que esta foto foi tirada, o São Paulo Futebol Clube participou de treino coletivo enfrentando a conceituada equipe do Campos do Jordão Futebol Clube. Esse jogo treino foi realizado no campo de futebol existente na propriedade pertencente ao Campos do Jordão Tênis Clube, em Vila Capivari.

Apenas como comentário Os distintivos e as camisas do Campos do Jordão Futebol Clube e do São Paulo Futebol Clube, são praticamente iguais. A única coisa que as diferenciam são as iniciais. A do São Paulo tem as iniciais “S.P.F.C”. e a do Campos do Jordão “C.J.F.C.”. No dia dos treinamentos coletivos o São Paulo Futebol Clube jogou com seu uniforme número 2, para não causar complicações em campo.

Contou-nos também Pedro Paulo Filho que, a certa altura do jogo, a equipe do São Paulo vencia pelo placar de 10 x 0 (dez a zero). Vicente Feola, técnico do São Paulo F.C., entrou no meio do campo com os braços abertos e gritou: “Para tudo!”. “Assim é impossível continuar. Desse jeito o nosso goleiro não vai ser treinado”. “Vamos inverter. O Mário (goleiro do São Paulo) vai passar para o gol do Campos do Jordão e o Paco (goleiro do Campos do Jordão) vai para o gol do São Paulo”. “Só assim o Mário vai poder mostrar sua habilidade como goleiro”.Mesmo com essa troca de goleiros, o São Paulo Futebol Clube acabou vencendo esse jogo treino pelo placar de 15 x 0 (quinze a zero).

Na foto, agachados, da esquerda para a direita, os jogadores do Campos do Jordão Futebol Clube: Silvestre Bissoli, Paco, Luiz Burquim (filho do relojoeiro), Manoel Augusto Esteves, o Mané Cabaça, Darcy, Vitor Adão, Berto (Alberto) Mariano, Cornélio Luiz de Queiroz Filho (o Cornélio do Antenorzinho), irmão do Paulo Antenor de Souza, o Paulo Viola, Jacinto Rosa, o Marungo, Geraldo Medeiros e Miguel Negro, o conhecido e até famoso Guegué.

Em pé, na mesma ordem, os jogadores do São Paulo Futebol Clube: Rui, Bauer, Leônidas da Silva, o grande e famoso Diamante Negro, o jogador que inventou e ficou famoso com seus gols de bicicleta, Savério, Noronha, Não identificado, Não identificado, Remo, Ponce de Leon, Mauro Ramos, (campeão mundial de futebol nas copas de 1958 na Suécia e 1962 no Chile) Teixeirinha, Mário e Vicente Ítalo Feola (01/11/1909 - 06/11/1975), o grande e respeitado técnico de futebol, o primeiro que conquistou uma Copa do Mundo de Futebol, com nossa Seleção Brasileira, no ano de 1958 na Suécia. Vicente Feola participou da fase de treinamento da Seleção Brasileira de Futebol em 1962, na cidade de Campos do Jordão. Estando em recuperação de nefrite aguda, foi substituído pelo técnico Aymoré Moreira que conseguiu nossa segunda Copa Mundial no ano de 1962 no Chile.

OBS: Foto gentilmente cedida pelo saudoso amigo Nelson Pereira da Silva, o conhecido Nelsinho português, do Correio.

 

 

 

E.F.C.J. - Comboio da Estrada de Ferro C. Jordão


Na década de 1950, lindo comboio da Estrada de Ferro Campos do Jordão, trafegando no trecho compreendido entre Pindamonhangaba e Piracuama, puxado por um dos antigos e tradicionais vagões identificados por V.1 e V.2, com mais quatro vagões de carga acoplados, transportando lenha para ser utilizada nas fornalhas para queima de tijolos e cerâmicas diversas, nas olarias situadas nesse trecho.

Um desses vagões, o V.1, foi totalmente reformado e remodelado, sendo transformado num lindo bondinho de turismo que trafega entre as Estações Emílio Ribas e o Portal de entrada da Cidade.

 

 

 

Famílias - Laboriosa Família Yamaguchi


A importante, laboriosa e numerosa família Yamaguchi, em foto do dia 29 de julho de 1956.

Primeira fileira - as crianças em pé: Da esquerda para a direita: Filhos de Torao Yamaguchi e Tieko Yamaguchi: Kazuo, Toshio, Fumiko e Kiyoshi.

Segunda fileira, na mesma ordem:

Em pé: a menina Neuza Yaeko Yamaguchi. Sentados: Torao (Jorge) Yamaguchi e esposa Tieko Yamaguchi; a Matriarca da Família Sra. Kiwa Yamaguchi, o Patriarca da Família Sr. Tassaburo Yamaguchi, (um lutador exemplar e vitorioso, competente agricultor, dos maiores produtores da nossa região de Campos do Jordão, na propriedade situada no Bairro do Lajeado); Kazue Yamaguchi e o marido Umeo Yamaguchi (José).

Terceira fileira, na mesma ordem:

Em pé: Irene Yamaguchi, Satico Yamaguchi, Toshico Yamaguchi, Mítico Yamaguchi, Shigueo Yamaguchi, Hideo Yamaguchi e Kiyoko Yamaguchi.

OBS: Foto gentilmente cedida pelo saudoso amigo Akira Yamaguchi.

 

 

 

Festividades - Desfile do Centenário


Grupo de ilustres pessoas ligadas às mais diversas atividades de Campos do Jordão, pertencentes ao Lions Clube local, desfilam garbosamente e respeitosamente durante as comemorações do centenário de Campos do Jordão, no dia da Cidade, 29 de abril do ano de 1974. Passando pela pista da avenida, na época, ainda Av. Dr. Januário Miráglia, posteriormente, a partir do ano de 1988, Av. Frei Orestes Girardi, no trecho em frente à Estação da Estrada de Ferro Campos do Jordão e Casa Oriete.

Na primeira fileira:os Srs. Nobuharu Miayaoka, o conhecido Seu Francisco Miyaoka, da tradicional Rádio Técnica Universal, Lázaro de Oliveira Medeiros, Gerente da Empresa de Ônibus Vila Natal Turismo, responsável pelos transportes coletivos da cidade, antiga Empresa de ônibus Hotel dos Lagos, César Vassimon, Cartorário Oficial Maior do Cartório do Primeiro Ofício de Notas de Campos do Jordão.

Na segunda fileira:Srs. Miguel Abrahaão, Gerente da Empresa Nestor Pereira Pina S/A, filial de Campos do Jordão, atacadista de gêneros alimentícios e bebidas em geral, Major João Ferreira Neves, Vereador à Câmara Municipal de Campos do Jordão e Presidente da Colonia de Férias do Oficiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, com sede na Vila Albertina.

Na calçada, em frente à Casa Oriete, Dr. Nelson Elias, filhoi de Campos do Jordão, médico cardiologista em São Paulo, filho de Dona Maria Aparecida Rossi Elias e Sr. Aziz Elias, ao lado do Sr. Álvaro Cavalheiro, funcionário da Casa da Lavoura de Campos do Jordão.

 

 

 

Flora e Fauna - O lindo canário-da-terra


O maravilhoso canário-da-terra, numa determinada época, até aos anos 1970, foi bastante abundante nestas paragens de Campos do Jordão. Voavam por toda nossa cidade. Eram lindos, espeialmente os machos, de coloração predominantemente alaranjada no corpo e a cabeça levemente avermelhada. Grande cantor que nos deixava encantados com seus trinados melodiosos, dando vida à nossa vegetação nativa, onde estava sempre, à procura do assa-peixe ou cambará-guaçu, arbusto de folhas oblongas, amplas e membranáceas, grande produtor de flores violáceas-pálidas reunidas em capítulos densos e numerosos que, depois de secos produzem pequeninas sementes especiais para a boa alimentação dos canários-da-terra, pintassilgos e coleirinhas.

Lamentavelmente, devido à caça constante, desrespeitosa e sem critérios, esses maravilhosos pássaros eram pegos em grandes quantidades. Eram caçados em açalpões e outros tipos de armadilhas onde eram usados os visgos, espécie de massa aderente feita com o leite, acredito que cozido ou defumado, colhido após ranhuras feitas nos troncos e galhos das figueiras. Esse visgo era colocado em pequenas varetas de bambu e afixadas nas gaiolas onde sempre existia uma “chama”, pássaro da mesma espécie que acostumado a cantar, ficava cantando com muita frequência causando muita curiosidade aos pássaros que estavam soltos nas proximidades. Os coitados dos canários-da-terra, iludidos com o canto das “chamas”, acabavam se aproximando e pousando nessas varetas e não conseguiam mais sair, ficando com as patinhas presas nessa massa colante. Em seguida, os pássaros presos ao visgo eram retirados com muito cuidado e colocados em gaiolas sobressalentes. Assim, grande quantidade desses e de outros pássaros que também já desapareceram de nossas terras, eram aprisionados em viveiros e gaiolas, em casas particulares. Também, grandes quantidades desses pássaros eram caçados para serem vendidos para diversos outros colecionadores de outras cidades.

Assim, hoje, lamentavel e dificilmente um exemplar e visto por estas paragens.

Edmundo Ferreira da Rocha - 18-11.2010

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Emberizidae
Género: Sicalis
Espécie: S. flaveola
Nome binomial
Sicalis flaveola
(Linnaeus, 1766)

O canário-da-terra-verdadeiro ou canário-da-terra (Sicalis flaveola) é uma espécie de ave da família Emberizidae. Originário da América do Sul, é encontrado na Colombia, Equador, Venezuela, Peru, Brasil e Argentina. No Brasil, podemos o encontrar no Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná , Mato Grosso e Goiás.

Os filhotes são da cor cinzenta ou parda, independente do sexo. Quando adultos, os machos têm cor predominante amarela, principalmente na cabeça com tons avermelhados, e as fêmeas tomam um tom pardo ou amarelo misto com estrias escuras. Os machos podem brigar entre si por fêmeas – que normalmente atiçam as brigas – até à fuga de um dos canários. Tanto os machos quanto as fêmeas cantam, sendo que as últimas alcançam menor diapasão. A alimentação é tipicamente constituída de sementes (como alpiste) e vegetais folhosos. Alcançam um tamanho de 13,5 centímetros.

O canário-da-terra faz ninho, na natureza, em cavidades, chegando a utilizar frequentemente, ninhos abandonados de joão-de-barro, assim como crânios de gado dispostos para tal em estacas. Há referências a ninhos colocados no telhado das casas. São muito agressivos na defesa do ninho, chegando a atacar aves maiores que dele se aproximem. Em cativeiro, muitas vezes reproduzem-se em gaiolas de 70x40x30 cm, com uma caixa para ninho com 15 cm de lado e que tenha um furo para entrada. Normalmente, podem ser utilizados sacos de estopa cortados e desfiados para que a fêmea confeccione o ninho.

É um passáro muito utilizado em rinhas de briga, onde as lutas podem durar até 25 minutos sem intervalos, é uma pratica ilegal e cruel.

Por ser um pássaro nativo do Brasil, é necessária uma licença do IBAMA para a criação em cativeiro.

Fonte: Wikipedia - A Enciclopédia livre

 

 

 

Históricas - Cintra e Carlos Barreto-Homenagem Gordo e Magro


Foto histórica da década de 1940, mostrando os saudosos Joaquim Corrêa Cintra e Carlos Barreto, caracterizados e representando, respectivamente, a dupla de comediantes mais famosa do cinema antigo, composta por um um gordo, o americano Oliver Hardy (1892–1957) e um magro, o inglês Stan Laurel (1890–1965). A dupla tornou-se conhecida como o Gordo e o Magro e fez grande sucesso durante as décadas de 1920 e 1930 pelo seu trabalho em filmes e comédias, também aparecendo em apresentações teatrais na América e na Europa. A foto foi tirada nas dependências do antigo, tradicional e famoso "Chynema Jandyra", ou seja, Cinema Jandyra, construído por Desiré Pasquier, em terreno doado pelo Dr. Robert John Reid. Esse Cinema foi palco de grandiosos espetáculos cinematográficos, teatrais e festividades carnavalescas nas décadas de 1920 a 1940. A doação do terreno para a construção do Cinema foi condicionada à exigência de que o mesmo fosse denominado "Chynema Jandyra", nome da filha mais velha do Dr. Robert John Reid. O Cine Jandyra, o primeiro cinema de Campos do Jordão.

Esse Cinema foi, durante muito tempo, comandado pelo saudoso Joaquim Corrêa Cintra que, nas épocas do Carnaval, decorava com muito carinho e esmero, todo seu interior com motivos alusivos a essa grande festa. Acredito que, muitas vezes foi auxiliado pelo grande amigo, o artista plástico Carlos Barreto, com quem aparece na foto.

 

 

 

Sanatórios e Pensões - Sanatório São Cristovão


Desde 1929, a Sociedade Beneficente dos Chauffeurs do Estado de São Paulo vinha procurando obter do Dr. José Carlos de Macedo Soares, a doação de uma área de terras, em Campos do Jordão, para a edificação de um sanatório para tuberculosos. Interessante é que, para esse mistér, os contatos eram feitos através do motorista particular do Embaixador, João da Silva Pinto.

De fato, não demorou muito para a Sociedade receber a doação pretendida, consubstanciada em uma área de 13 alqueires, situada na extinta Fazenda Santa Mathilde, do Dr. José Carlos de Macedo Soares.

O lançamento da pedra fundamental do Hospital deu-se aos 27 de junho de 1931.

Um dos presidentes da Sociedade e diretor-fundador, José Ramos Paiva, relatou: “No ano de 1931, uma caravana de conselheiros dirigiu-se a Campos do Jordão para assistir aquela solenidade. A comitiva, constituída de 30 pessoas, partiu de São Paulo, às 9 horas da manhã, e só veio a chegar em Campos, no meio da madrugada.

Muitos carros não dispunham de correntes nos pneus e foram obrigados a retornar a Pindamonhangaba, sem conseguir alcançar o Alto da Serra; somente 6 conselheiros conseguiram chegar ao local das obras, pois a trilha era mais para carros de boi que para automóveis.

O último carro chegou às 4 horas da madrugada”.

Dos poucos que chegaram, Albano Augusto do Vale e José Ramos Paiva, hospedaram-se numa pensão em Vila Capivari.

No dia seguinte, 28 de junho de 1931, o Interventor Federal em São Paulo, Dr. João Alberto, que se encontrava em Campos do Jordão, para a inauguração do Preventório Santa Clara, aproveitou a oportunidade e assistiu à solenidade.

Nessa noite caiu uma terrível geada que congelou completamente as roupas dos varais, deixando a população e visitantes enregelados. A sociedade gastou 50 contos para a construção da primeira casa de repouso, no estilo da atual casa n° 1, do Recanto São Cristóvão.

Conta Ramos Paiva, que logo a Diretoria do Preventório Santa Clara começou a reclamar ao Embaixador Macedo Soares “da má vizinhança daqueles chauffeurs.”

Foi um mal que veio para bem, pois, além de indenizados, Macedo Soares chamou, então, o Presidente, Domingos Mantovani, e pediu que ele escolhesse 6 alqueires em Vila Mathilde, que seriam doados à Instituição, como de fato o foram, em 1933.

Foi a partir daí que se iniciaram, realmente, as obras do Sanatório São Cristóvão, e como cada presidente que assumia, pedia ao Embaixador mais um pedaço de terras, a Sociedade acabou ficando com 15 alqueires, a gleba total, atual.

Em 1939, a fim de propiciar a aquisição de um aparelho de Raios X, a Sociedade desfez-se de 2 alqueires.

Os recursos eram canalizados para a construção do Sanatório, por via de convescotes organizados pelos conselheiros e diretores, até que, em 10 de junho de 1934, foi inaugurado o Sanatório São Cristóvão.

O médico Osório Pinto de Oliveira, diretor clinico desde 1945, contou: “... foi um começo muito difícil. Um grupo de homens, ainda não bem realizados na vida, se reuniram, certa feita, num pequeno quarto, em São Paulo, tendo como mobiliário, toscos caixotes, para constituir uma sociedade beneficente, entregando-se a ela de corpo e alma.

Depois de muita luta, alegres e entusiastas, os membros da primeira diretoria, tendo a frente Domingos Mantovani, construíram um modesto pavilhão, em 1931, para fimatosos, com capacidade para 20 leitos, cuja conclusão se deu em 1934.”

Sua capacidade atual é de 152 leitos, com índice de cura de 98%. Foi médico do nosocômio, durante longos anos, o cirurgião José Antonio Padovan.

A Instituição mantém o Recanto São Cristóvão, dotado de modernas instalações, que recebe hóspedes sadios, tendo desativado o seu sistema hospitalar a partir de 1984.

OBS: Histórico do Livro “História de Campos do Jordão” da autoria do Escritor Pedro Paulo Filho, Editoria Santuário - 1986, Páginas 244 e 295.

 

 

 

Hotéis - Hotel dos Lagos


Na foto, linda paisagem mostrando o tradicional e aguardado Hotel dos Lagos, pertencente à importante e histórica família Caravelas que muito contribuiu para o progresso de Campos do Jordão.

A família Caravelas foi proprietária, acredito, desde a década de 1930 até a de 1970, ou mais, da importante e famosa Estamparia Caravelas, uma das maiores fábricas de São Paulo, sediada em sua imponente edificação situada na Rua José Antonio Coelho, na Vila Mariana; especializada na confecção de estamparias diversas (arte de imprimir letras, dísticos, figuras, etc., servindo-se de moldes ou matrizes, sobre tecidos, metais, papéis, plásticos, etc.), e obtendo cópias isoladas ou repetições sucessivas.

A partir da década de 1940, essa família Caravelasiniciou a construção de moderno e imponente prédio, com arquitetura e instalações projetadas para ser um dos mais importantes hotéis de Campos do Jordão, o Hotel dos Lagos que, infelizmente, nunca chegou a ser inaugurado com esse nome. O prédio foi edificado até a sua cobertura e o seu fechamento, porém, a sua conclusão foi paralisada, por diversos motivos que não vêm contribuir para estes registros. A conclusão desse prédio ficou paralisada por quase trinta anos. Nesse prédio, precariamente, durante a década de 1960, por pouco tempo, esteve instalado o “Country Club de Campos do Jordão”. Posteriormente, na década de 1980, felizmente, tratativas de sucesso, resultaram na venda dessa propriedade a outra Empresa que providenciou a conclusão da construção até então paralisada e, com modernas instalações, inaugurou o atual, maravilhoso e imponente “Orotour Garden Hotel”, orgulho da nossa hotelaria jordanense e nacional.

 

 

 

Paisagens - Monteiro Lobato fotografa Vila Capivari


Linda paisagem mostrando parte do tradicional Bairro, Vila Capivari, no início da década de 1940, especificamente o trecho daAvenida Macedo Soares, existente entre o atual Market Plaza do Empresário João Dória Junior e o centrinho da Vila Capivari. É de reparar que o leito da Avenida Macedo Soares ainda era de terra, não contando com benfeitoria asfáltica.

Na foto, vendo-se ao fundo o maravilhoso Morro do Elefante, do lado esquerdo, o lindo sobrado que, durante muitos anos, pertenceu ao saudoso Benedito Olimpio Miranda, sendo sua residência e de sua família, proprietário da tradicional “Casa B.O.Miranda”, localizada nas proximidades, na Av. Victor Godinho, especializada em roupas e tecidos, na época, dirigida pelo saudoso amigo Sr. Moreira. Acredito que essa casa, ainda pertencente aos seus herdeiros. Há pouco tempo´, nessa linda casa, esteve estabelecido o Restaurante Santiago, sob o comando do Nelson e seu filho Nelsinho, filho e neto do saudoso Sr. José Manoel Gonçalves, do tradicional e conhecido Restaurante Nevada.

Na sequência, a casa que pertenceu até a década de 1980, ao grande ourivez, exímio fabricante de jóias finas, muito procuradas pelos admiradores, Bruno Steinmann; a casa onde durante muito tempo esteve estabelecida a Agência do Expresso Zefir que, com seus automóveis próprios, transportava de um a quatro passageiros entre Campos do Jordão e São Paulo e vice-versa, até a década de 1950. Esta casa estava situada em frente à residência do benemérito e memorável Embaixador José Carlos de Macedo Soares, que aparece em parte, do lado direito da foto, onde, atualmente, está sediado o Center Suiço; na sequência, a casa que pertenceu ao famoso e memorável escritor José Bento de Monteiro Lobato (18/04/1882 - 04/07/1948)quando esteve morando, temporariamente, aqui em Campos do Jordão,em seu lindo sobrado que ficava nessa Avenida Macedo Soares, em frente ao atual Center Suiço, tentando a cura para a tuberculose adquirida por um de seus filhos, o menino Guilherme Monteiro Lobato, falecido em fevereiro de 1939.

 

 

 

Personalidades - Minha Tia, Palmyra F.Rocha


Para muitos que estarão vendo esta foto e lendo o histórico, poderão, a princípio, pensar: não conheci essa pessoa. Não tenho o menor interesse em saber algo sobre ela. Muitos poderão ver a foto e ler o histórico apenas por curiosidade, procurando saber alguma coisa a mais sobre a história de Campos do Jordão.

Bem, essa pessoa, na foto do ano de 1928, é minha Tia Palmyra Ferreira da Rocha que, na época, estava no auge dos seus dezoito anos de idade. Ela nasceu na antiga cidade de Faxina, no Estado de São Paulo, hoje, a cidade de Itapeva, no dia 22 de janeiro de 1910. Ela é filha dos meus avós Joaquim Ferreira da Rocha e Maria Gütler da Rocha, a sétima filha do casal que teve quatorze filhos, exatamente a do meio da prole.

Naquela foto história da famíla de Joaquim Ferreira da Rocha e Maria Gütler da Rocha, colocada recentemente no site, do dia 09/09 a 16/09/2010, ela é aquela criancinha de pouco mais de três meses de idade que aparece no colo da minha avó Maria, no ano de 1910.

Palmya e seus outros irmãos mais velhos e alguns mais novos, vieram para Campos do Jordão no longínquo ano de 1914, acompanhados de seus pais, durante todo o período em que meu avô Joaquim, prestando serviços como sub-empreiteiro para o grande Sebastião de Oliveira Damas, seu conterrâneo do pequeno Concelho de Castelo de Paiva, Portugal, como Empreiteiro responsável, atravessaram o Vale do Rio Paraiba, subiram a Serra da Mantiqueira, construindo a Estrada de Ferro Campos do Jordão, ligando as cidades de Pindamonhangaba e Campos do Jordão, durante os anos de 1912 a 1914, no auge do período negro da tuberculose que assolava o país. A pequena ferrovia era o ínicio das grandes esperanças de acesso rápido e confortável para Campos do Jordão, propiciando aos doentes, oriundos de todos rincões brasileiros, a busca do clima invejável, privilegiado e especial, propagado como única possibilidade para a cura da terrível doença.

Palmyra morou em Campos do Jordão desde essa época até meados da década de 1940. Casou-se com o escrivão de polícia Paulo Sampaio Camargo, um dos Filhos de Dona Maria Emília Sampaio Camargo, uma das pessoas que prestou relevantes serviços para esta cidade de Campos do Jordão, especialmente no auxílio financeiro prestado ao Sanatorinhos - Ação Comunitária de Saúde, sendo por isso considerada Presidente Honorária e Benemérita da Instituição.

Palmyra teve três filhos: Paulo, o conhecido Paulinho Camargo, grande esportistas, amigo dos esportistas antigos de Campos do Jordão, Jairo e Yara. Praticamente criou sozinha os três filhos considerando que o marido faleceu ainda muito jovem. Infelizmente, todos filhos já faleceram.

Palmyra, sempre foi grande heroína. Em momento algum veio a se abater e entregar os pontos como costumamos dizer, mesmo com os diversos e grandes problemas enfrentados durante toda sua vida; falecimento do marido ainda jovem e dos três filhos, a Yara de acidente autobilístico na Rodovia Presidente Dutra, nas proximidades da cidade de Aparecida-SP., deixando três filhos ainda pequenos, Jairo que, desde garoto, enfrentou durante muitos anos seguidos, sérios problemas cardíacos e Paulinho, logo após sua reforma como Coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Sempre foi uma pessoa muito bem humorada, dinâmica, muito bem apessoada, bonita, vaidosa na sua postura e maneira de vestir e se apresentar em qualquer situação. Sempre disposta a ajudar, aconselhar e incentivar.

Por tudo isso foi premiada com a Graça Divina. É a representante da família Ferreira da Rocha com maior longevidade até ao presente momento. Já completou seu centenário de nascimento e tudo leva acreditar que, no próximo dia 22 de janeiro de 2011, estará completando 101 (cento e um) anos de existência. Dos quatorze filhos da família dos meus avós Joaquim e Maria, ela e a Tia Idalina que mora em Pindamonhangaba-SP, com 93 anos de idade, completados no dia 16 de novembro, são as únicas vivas.

Palmyra está numa ótima casa de saúde nas proximidades da cidade de São Paulo. Físicamente está muito bem, porém, a memória, a visão e a audição, estão bastante comprometidas.

Para todos que tiveram paciência e oportunidade de ler estes relatos, agradecemos penhoradamente, afirmando que esta é uma pequena homenagem a esta Tia Palmyra que trouxe muita alegria e felicidade a todos nós e a todos que a conheceram e conhecem. Por tudo isto e muito mais, inclusive pela sua linda voz, diferençada e marcante, sempre esteve e estará eternamente em nossos corações.

 

 

 

Pessoas - Histórica escalada - Pedra do Bau


Histórica foto de uma grande aventura com a escalada da Pedra do Baú no dia 15 de agosto de 1957.

Na foto, uma pequena visão da saudosa casinha construída em cima da Pedra do Baú, dotada de 21 camas de campanha, especialmente para pernoite de alpinistas. Era feita de tijolos, com telhado de cobre, com sistema próprio para armazenamento das águas pluviais. Essa casinha foi construída pelo Empreiteiro Floriano Rodrigues Pinheiro, sob o patrocínio do empresário Sr. Luiz Dumont Villares. Na frente dessa casinha havia um pedestal que sustentava uma placa e um sino de bronze para ser tocado quando da conclusão das escaladas. A placa tinha os seguintes dizeres : “Refúgio Antonio Cortez / Escalado em 12.8.1940 / Inaugurado em 1948 / Altitude 1.900 Mts.”

Nada disso existe atualmente, a linda casinha do topo da Pedra do Bau, foi totalmente destruída por ações de puro vandalismo, juntamente com todos pertences que adornavam seu interior, inclusive diversos livros e objetos de decoração, cozinha com vários utensílios, lareira, sistema de água, a placa, o sino e muitas outras coisas, Hoje somente é possível ver alguns vestígios da sua fundação.

Na frente da foto, da esquerda para a direita: José Ireu Gonçalves Abrantes, Iracema Gonçalves Abrantes, Marion Arsch e Adolpho Gonçalves Abrantes.

Na parte de trás, na mesma ordem: o motorista Toledo, Norma, Áurea Gonçalves Abrantes, Carmem Astolfi, Elda Randoli e Onofre Martins Cardoso.

OBS: Foto gentilmente cedida pelas amigas: Edith Ogata e Elda Randoli

 

 

 

Politica - 10º Congresso de Municípios - 1966


Foto histórica do 10º Congresso dos Municípios do Estado de São Paulo, realizado no ano de 1966, na cidade de Ribeirão Preto. Na oportunidade, representando a Câmara Muicipal de Cidade de Campos do Jordão, os Vereadores Dr. Fausto Bueno de Arruda Camargo, Joaquim Corrêa Cintra e Jesus de Carvalho. No quadro negro a inscrição “Ribeirão agradece Campos do Jordão também, porque municipalismo não tem fronteiras, não tem sede e não tem bairrismo !”.

Na oportunidade, o competente, ativo, grande orador e combativo Vereador Joaquim Corrêa Cintra, estava acompanhado com sua esposa Dona Noêmia Damas Cintra e pelo filho José Roberto Damas Cintra.

 

 

 

Transportes - Carruagem relembra o passado


Um maravilhoso veículo de transporte muito utilizado no passado que, aos poucos, vem ressurgindo para utilização no transporte turístico de passageiros, em pequenos e pré estabelecidos roteiros, sendo utilizado de maneira saudosista em alguma cidades brasileiras e do mundo.

Essa maravilhosa carruagem ou trole, idealizado e construído pelo saudoso João Miravetti de Souza que, em vida, acabou se especializando na construção desse tipo de veículo, tendo construído vários por encomenda, alguns enviados para diversas cidades brasileiras, inclusive Manaus, no Estado do Amazonas e alguns para cidades situadas fora do território brasileiro, ainda trafega em algumas oportunidades, nas ruas e avenidas de Campos do Jordão, alegrando o visual e a linda paisagem da cidade.

Na oportunidade dessa foto, tirada no dia 26 de maio de 2007, o elegante cocheiro era o nosso amigo Aristides Miravetti de Souza Junior, irmão do João que, todo vestido com uniforme tradicional e bem escolhido, fazia os passeios turísticos, tendo como ponto inicial de partida e retorno, a praça João de Sá situada em frente ao lindo Hotel Alcalá Plaza, situado nas proximidades da tradicional e conhecida Parada Grande Hotel, da Estrada de Ferro Campos do Jordão.

 

 

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