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Fotografias Semanais que contam a
 história de Campos do Jordão.

de 29/04 a 05/05/2016

 

 

Históricas - Centenário de C.Jordão


No ano de 1974 quando a CADIJ Imóveis completava seu 23º aniversário de fundação (21/04/1951 - 21/04/1974), através desse folder da autoria do saudoso Orestes Mário Donato, (grande projetista, fotógrafo, desenhista, jornalista e especializado na idealização e criação de propagandas comerciais diversas), saúda Campos do Jordão pelo seu centenário de fundação - 29/04/1874 - 29/04/1974.

Neste ano de 2016, no dia 29 de abril, Campos do Jordão comemora o seu 142º? aniversário de fundação.

A Empresa CADIJ - Construtora e Imobiliária Ltda., foi inaugurada em 21 de abril de 1951, pelo saudoso Antonio Leite Marques, que ficou conhecido como Toninho da Cadij. A Cadij, desde o início, sempre esteve estabelecida na Av. Macedo Soares, 174, em Vila Capivari. O nome Cadij foi idealizado pelo saudoso Orestes Mário Donato, grande projetista, fotógrafo, desenhista, jornalista e especializado na idealização e criação de propagandas comerciais diversas, utilizando as abreviaturas de: Companhia Administradora e Distribuidora de Imóveis Jordanense. No ano de 1954 o Toninho, como sócio majoritário, resolveu separar as duas atividades, ficando somente com a parte da Imobiliária. A partir daí, o Dr. Marcos Wulf Siegel, associado da CADIJ, que havia chegado a Campos do Jordão no ano de 1953, com a separação das atividades, assumiu a Construtora. Assim, em 1954, fundou uma Construtora. Essa Construtora passou a ser denominada pelo nome, também da autoria de Orestes Mário Donato, COPEL, abreviatura de: Construções, Projetos e Engenharia Limitada. O Engenheiro responsável pela COPEL era o Dr. José Ariosto Barbosa de Souza. Também fazia parte da administração o Professor Harly Trench. Orestes Mário Donato que, além das suas muitas outras habilidades, era especialista em projetos e desenhos, foi contratado para ser o projetista da COPEL.

A partir da década de 1960 o Antonio Leite Marques, o conhecido Toninho da Cadij, continuava enfrentando antigo e sério problema pulmonar, principal motivo de ter vindo para Campos do Jordão em busca da cura. Devido a isso, quase sempre estava ausente do trabalho, mas, felizmente, tinha como seu braço direito, no comando da CADIJ, um corretor de imóveis de muito sucesso, o competente, simpático e hábil Walter Nicolau, de saudosa memória. Assim, Toninho, impossibilitado de continuar à frente da imobiliária vendeu a CADIJ para o Walter Nicolau que continuou no seu comando até seus últimos dias no ano de 2014. A Cadij Imóveis, com toda sua pioneira tradição no comércio imobiliário de Campos do Jordão, continua em plena atividade, agora sob o comando da Família Nicolau. Neste ano de 2016, no dia 21 de abril, comemorou seu 65º aniversário (21/04/1951 - 21/04/2016).

 

 

 

Históricas - Igreja São Benedito


Uma bela e histórica foto do final da década de 1950, mostrando a Igreja de São Benedito, situada em Vila Capivari, em Campos do Jordão, embora já em funcionamento, ainda estava em fase de acabamento da sua construção.

É importante notar que na entrada da Igreja havia um pequeno pórtico suportado por duas colunas. Esse pórtico, na fase final da conclusão da Igreja foi abolido. Atualmente, não existe mais.

Nessa época, tanto à esquerda da Igreja como à sua direita, só existiam terrenos vazios, sem qualquer tipo de construção. Também, ainda não existiam as duas ruas aos seus lados.

Um pouco da sua história

No dia 20 de fevereiro de 1944, às 09:30 horas da manhã, foi realizada uma Missa campal e, na seqüência, aconteceu a grande solenidade do lançamento da pedra fundamental da nova Igreja da Vila Capivari. Posteriormente essa Igreja recebeu o nome de São Benedito. O projeto dessa Igreja é da autoria dos famosos e conceituados arquitetos Américo Salfati e Mário Buchighani.

Há quem diga que o nome da Igreja de São Benedito foi dado pelo Embaixador José Carlos de Macedo Soares, freqüentador assíduo de Campos do Jordão, proprietário da linda casa que existia na Avenida que leva o seu nome, onde hoje está sediado o Center Suiço; grande benfeitor de Campos do Jordão, doador de quase todas as terras onde foram construídos os Sanatórios que tiveram fator preponderante na época áurea da tuberculose e que prestaram relevantes serviços nesse processo da cura da doença do século.

No dia do lançamento da pedra fundamenta da Igreja de São Benedito estavam presente: O Vereador Maurício de Figueiredo (1948 a 1951), Nicola Scófano, o famoso construtor de Campos do Jordão Pedro João Abitante, responsável pelo início da construção da Igreja de São Benedito, Pedro Zanda, Sra. Rachel Simonsen (esposa do Dr. Roberto Simonsen, abaixo referido), o menino Orlando Abitante (falecido no ano de 2011), Sra. Baby Gonçalves, grande benemérita de Campos do Jordão, Dr. Roberto Cochrane Simonsen (Santos, 18 de fevereiro de 1889 — Rio de Janeiro, 25 de maio de 1948) foi um engenheiro, empresário, político e historiador brasileiro. Foi membro da Academia Paulista de Letras e Academia Brasileira de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Instituto Histórico e Geográfico de Santos e Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; pertenceu ao Clube de Engenharia do Rio de Janeiro e ao Instituto de Engenharia de São Paulo. No exterior era membro da National Geographic Society, de Washington, DC, Estados Unidos da América, da Royal Geographic Society, de Londres, Inglaterra e da Academia Portuguesa de História. Foi grande benemérito e importante batalhador pelas boas causas de Campos do Jordão; o vigário João Crisóstomo Arns - O.F.M., (Forquilhinha-SC. - 21/03/1915 - 06/12/2002 - Curitiba-PR.). No primeiro semestre de 1938, como diácono, esteve em tratamento de saúde em Campos do Jordão. Na seqüência, de 1940 a 1947 continuando o tratamento de saúde em Campos do Jordão, foi guardião e Pároco; irmão de Dom Frei Paulo Evaristo Arns O.F.M.(Forquilhinha, 14 de setembro de 1921) frade franciscano, sacerdote católico brasileiro; quinto arcebispo de São Paulo, tendo sido o terceiro prelado desta Arquidiocese a receber o título de cardeal. Atualmente é arcebispo emérito de São Paulo e da saudosa e benemérita Dona Zilda Arns Neumann (Forquilhinha, 25 de agosto de 1934 — Porto Príncipe, 12 de janeiro de 2010) foi uma médica pediatra e sanitarista brasileira, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que recebeu diversas menções especiais e títulos de cidadã honorária no país; professor Maurício Levy e Maria da Glória Degli Esposti Esteves.

A primeira missa da Igreja de São Benedito, de Vila Capivari, foi celebrada no dia 13 de maio de 1946, quando da sua inauguração, pelo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, presente o Interventor Federal em São Paulo, dr. José Carlos de Macedo Soares. (Do livro “Historia de Campos do Jordão”, da autoria do historiador Pedro Paulo Filho - Editora Santuário - junho de 1986 - Capítulo XIV - Crenças Religiosas - 1 Igreja Católica - 1.11 - Página 366)

Neste ano de 2016, no dia 13 de maio a Igreja de São Benedito de Vila Capivari estará completando 70 (setenta) anos.

OBS: Esta foto, da autoria do saudoso e grande fotógrafo Donato, foi gentilmente disponibilizada pelas queridas amigas Malú Donato e Luciana Donato, respectivamente, a esposa e a filha do saudoso amigo Donato.

 

 

 

Históricas - Igreja São Benedito


Uma bela e histórica da década de 1980, mostrando a Igreja de São Benedito, situada em Vila Capivari, em Campos do Jordão, em funcionamento, carecendo apenas de alguns acabamentos da sua construção.

É importante notar que na entrada da Igreja o pequeno pórtico suportado por duas colunas mostrada na foto anterior, da década de 1950, já havia sido abolido e retirado. Atualmente, não existe mais.

Nessa época, tanto à esquerda da Igreja como à sua direita, já existiam várias construções, inclusive, à sua direita, o Shopping Capivari, o primeiro de Campos do Jordão. Também, já existiam as duas ruas aos seus lados.

Um pouco da sua história

No dia 20 de fevereiro de 1944, às 09:30 horas da manhã, foi realizada uma Missa campal e, na seqüência, aconteceu a grande solenidade do lançamento da pedra fundamental da nova Igreja da Vila Capivari. Posteriormente essa Igreja recebeu o nome de São Benedito. O projeto dessa Igreja é da autoria dos famosos e conceituados arquitetos Américo Salfati e Mário Buchighani.

Há quem diga que o nome da Igreja de São Benedito foi dado pelo Embaixador José Carlos de Macedo Soares, freqüentador assíduo de Campos do Jordão, proprietário da linda casa que existia na Avenida que leva o seu nome, onde hoje está sediado o Center Suiço; grande benfeitor de Campos do Jordão, doador de quase todas as terras onde foram construídos os Sanatórios que tiveram fator preponderante na época áurea da tuberculose e que prestaram relevantes serviços nesse processo da cura da doença do século.

No dia do lançamento da pedra fundamenta da Igreja de São Benedito estavam presente: O Vereador Maurício de Figueiredo (1948 a 1951), Nicola Scófano, o famoso construtor de Campos do Jordão Pedro João Abitante, responsável pelo início da construção da Igreja de São Benedito, Pedro Zanda, Sra. Rachel Simonsen (esposa do Dr. Roberto Simonsen, abaixo referido), o menino Orlando Abitante (falecido no ano de 2011), Sra. Baby Gonçalves, grande benemérita de Campos do Jordão, Dr. Roberto Cochrane Simonsen (Santos, 18 de fevereiro de 1889 — Rio de Janeiro, 25 de maio de 1948) foi um engenheiro, empresário, político e historiador brasileiro. Foi membro da Academia Paulista de Letras e Academia Brasileira de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Instituto Histórico e Geográfico de Santos e Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; pertenceu ao Clube de Engenharia do Rio de Janeiro e ao Instituto de Engenharia de São Paulo. No exterior era membro da National Geographic Society, de Washington, DC, Estados Unidos da América, da Royal Geographic Society, de Londres, Inglaterra e da Academia Portuguesa de História. Foi grande benemérito e importante batalhador pelas boas causas de Campos do Jordão; o vigário João Crisóstomo Arns - O.F.M., (Forquilhinha-SC. - 21/03/1915 - 06/12/2002 - Curitiba-PR.). No primeiro semestre de 1938, como diácono, esteve em tratamento de saúde em Campos do Jordão. Na seqüência, de 1940 a 1947 continuando o tratamento de saúde em Campos do Jordão, foi guardião e Pároco; irmão de Dom Frei Paulo Evaristo Arns O.F.M.(Forquilhinha, 14 de setembro de 1921) frade franciscano, sacerdote católico brasileiro; quinto arcebispo de São Paulo, tendo sido o terceiro prelado desta Arquidiocese a receber o título de cardeal. Atualmente é arcebispo emérito de São Paulo e da saudosa e benemérita Dona Zilda Arns Neumann (Forquilhinha, 25 de agosto de 1934 — Porto Príncipe, 12 de janeiro de 2010) foi uma médica pediatra e sanitarista brasileira, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que recebeu diversas menções especiais e títulos de cidadã honorária no país; professor Maurício Levy e Maria da Glória Degli Esposti Esteves.

A primeira missa da Igreja de São Benedito, de Vila Capivari, foi celebrada no dia 13 de maio de 1946, quando da sua inauguração, pelo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, presente o Interventor Federal em São Paulo, dr. José Carlos de Macedo Soares. (Do livro “Historia de Campos do Jordão”, da autoria do historiador Pedro Paulo Filho - Editora Santuário - junho de 1986 - Capítulo XIV - Crenças Religiosas - 1 Igreja Católica - 1.11 - Página 366)

Neste ano de 2016, no dia 13 de maio a Igreja de São Benedito de Vila Capivari estará completando 70 (setenta) anos.

OBS: Esta foto, da autoria do saudoso e grande fotógrafo Donato, foi gentilmente disponibilizada pelas queridas amigas Malú Donato e Luciana Donato, respectivamente, a esposa e a filha do saudoso amigo Donato.

 

 

 

Históricas - A Tiroleza Lembranças


Uma foto da década de 1950 e bastante histórica, mostrando o saudoso Sr. Karl Polhuber em plena atividade. Nas paredes, diversas lembranças típicas ornamentadas por excelente trabalho de pirogravura, bastante utilizado na época. Ele e sua esposa D. Ernestina foram proprietários de uma das primeiras lojas de lembranças típicas de Campos do Jordão. Essa loja denominada “Jordanense Lembranças”, também conhecida como “A Tirolesa”, foi famosa durante o final da década de 1940 até à década de 1970. Essa loja era especializada na arte tirolesa (arte do Tirol), com lembranças típicas confeccionadas em madeira, couro e outros materiais, adornadas com lindos motivos em pirogravura. Estava localizada no centro turístico da Vila Capivari, no local onde durante algum tempo esteve sediada a “Esquina dos Pastéis”, do José Luiz Santiago da Costa e da saudosa Mila Padula Santiago da Costa. Nesse mesmo local, em prédio moderno, totalmente remodelado, esta a “Osteria Perretti”, do amigo Luiz Carlos Perretti, restaurante especializado em risotos, galetos e massas artesanais da nobre culinária italiana.

OBS: Esta foto, da autoria do saudoso e grande fotógrafo Donato, foi gentilmente disponibilizada pelas queridas amigas Malú Donato e Luciana Donato, respectivamente, a esposa e a filha do saudoso amigo Donato.

 

 

 

Históricas - Vila das Lembranças


Uma foto da década de 1950, mostrando a saudosa D. Zilah de Lauro em plena atividade, fazendo serviços de pirogravura. Nas paredes e pequenas prateleiras diversas lembranças típicas e muitas ornamentadas por excelente trabalho de pirogravura, bastante utilizado na época.

Durante as décadas de 1950 e 1960, a cidade de Campos do Jordão sentia-se orgulhosa em poder contar com uma loja maravilhosa, bem montada e com inúmeras sugestões de presentes, finamente escolhidos e, muitos, confeccionados por mãos hábeis de artesãos jordanenses. Essa loja denominada “Vila das Lembranças” atraia grande número de pessoas da cidade e, especialmente, turistas. Foi a primeira loja de presentes e lembranças típicas de Campos do Jordão e estava localizada na Vila Abernéssia, proximidades do nosso atual Correios e Telégrafos, no prédio onde, durante vários anos, esteve estabelecida a saudosa “Comercial Ceibel”, especializada em utilidades domésticas e presentes diversos, de propriedade do saudoso amigo Waldyr Bitetti.

O nome - “Vila das Lembranças”, foi muito bem escolhido pelos seus proprietários, Sra. Zilah de Lauro e Sr. Jurandir Rocha Moreira. Ficou conhecida também, como: “Vila das Lembranças, a casa do Gato de Botas”. O famoso Gato de Botas, que passou a fazer parte do logotipo e a identificar a tradicional Loja de artesanatos, presentes e lembranças típicas de Campos do Jordão, foi idealizado pelo grande artista plástico José Aloízio Diana que, inclusive, adorava usar finas fantasias e abrilhantar os tradicionais e saudosos Carnavais de Campos do Jordão. Aloízio, durante muitos anos, trabalhou nos hotéis Toriba e Bologna.

OBS: Esta foto, da autoria do saudoso e grande fotógrafo Donato, foi gentilmente disponibilizada pelas queridas amigas Malú Donato e Luciana Donato, respectivamente, a esposa e a filha do saudoso amigo Donato.

Veja o famoso gato de botas

 

 

 

Históricas - Lembranças artesanais


Uma foto da década de 1960, e nela, o saudoso Sr. Joaquim Shröder mostrando ao saudoso Plínio Freire de Sá Campello, um Brasão de Campos do Jordão, por ele confeccionado. O Sr. Joaquim Shröder era um exímio e excelente artesão especializado em maravilhosos trabalhos manuais feitos em madeira e, também, feitos em metais diversos, especialmente cobre. Inicialmente fazia seus trabalhos em sua própria. Posteriormente passou a expor seus trabalhos em pequena loja situada na Av. Macedo Soares, 183, em uma das lojas do prédio de lojas comerciais, construído e de propriedade do Sr. João Tavela, localizado bem no centro da Vila Capivari, praticamente o primeiro prédio com lojas térreas e sobrelojas para escritórios. Esse prédio existe até os dias atuais e fica localizado entre o prédio construído pelo saudoso Sr. João Canossa, onde está localizado o tradicional “Restaurante Nevada” e o prédio onde, atualmente, esta sediada a “Osteria Perretti”, do amigo Luiz Carlos Perretti, restaurante especializado em risotos, galetos e massas artesanais da nobre culinária italiana.

OBS: Esta foto, da autoria do saudoso e grande fotógrafo Donato, foi gentilmente disponibilizada pelas queridas amigas Malú Donato e Luciana Donato, respectivamente, a esposa e a filha do saudoso amigo Donato.

 

 

 

Históricas - Frei Orestes e artesanatos da SEA


Uma foto da década de 1960, e nela, o saudoso Frei Orestes Girardi e os meninos da guarda mirim, amparados por ele e pela SEA - Sociedade de Educação e Assistência por ele criada. Na oportunidade Frei Orestes apreciava os trabalhos manuais e artesanais fabricados pelos meninos nas oficinas especializada da SEA. Em todos esses trabalhos eram utilizadas madeiras de pinho e cedrinho, pinhas de pinheiros chilenos, transformados em lembranças típicas de Campos do Jordão, muitos ornamentados com trabalhos em pirogravuras. Esses trabalhos eram vendidos em local na própria instituição e o valor arrecadado era revertido em seu benefício.

OBS: Esta foto, da autoria do saudoso e grande fotógrafo Donato, foi gentilmente disponibilizada pelas queridas amigas Malú Donato e Luciana Donato, respectivamente, a esposa e a filha do saudoso amigo Donato.

Um pouco sobre Frei Orestes Girardi

FREI ORESTES GIRARDI, Irmão Franciscano, da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, nasceu em Nova Prata RS., aos 06.09.1921, batizado por Antônio Fernandes, entrou na Ordem Franciscana aos 06.09.1936. Passou em várias fraternidades no sul, servindo como alfaiate, hortelão, porteiro, sacristão, enfermeiro, auxiliar de dentista...

Sua chegada a Campos do Jordão deu-se no ano de 1955, designado a auxiliar como porteiro e sacristão. Aqui é que “Frei Orestes haveria de descobrir, aos poucos, a sua verdadeira vocação”.

Frei Orestes trabalhou muito na Igreja Matriz de Santa Teresinha, nos serviços gerais de reboco de paredes, ornamentação dos altares,na aquisição e instalação dos sinos, e também fazia os serviços de secretaria e de portaria. Impressionou-se com a extrema pobreza encontrada nos bairros e comunidades e nos sucessivos e diários pedidos de socorro, o que pôde constatar nos locais por ele visitados.

Compadecido pelas pessoas, sobretudo as crianças desvalidas, conseguiu 300 cobertores da melhor qualidade com a senhora Helena Matarazzo, os quais foram distribuídos rapidamente.

Aceitou o conselho do jornalista jordanense Romeu Negreiros Mezzacapa, que lhe disse: “Frei é melhor cuidar das crianças que são indefesas do que dos adultos!”

A partir deste momento, como quem tivesse aceitado um grande desafio, vislumbrou o sonho de iniciar uma obra social para cuidar de crianças.

Então, aproveitando a vinda do Frei Adriano Hypólito, visitador dos Franciscanos, obteve a doação do terreno da Província Franciscana da Imaculada Conceição e de amigos e benfeitores juntou dinheiro para adquirir uma casa velha e abandonada para poder reunir a criançada. Conseguiu a doação do projeto da Empresa Severo e Villares o qual foi aprovado pelo Prefeito da época, depois de muita cobrança por telefonemas das próprias crianças.

Contudo, foi preciso organizar juridicamente uma sociedade (hoje associação) com estatutos próprios, surgindo daí a Sociedade de Educação e Assistência em 14 de abril de 1959.

Assim no inicio dos anos de 1960 a SEA começou a funcionar num barracão de madeira, muito simples e com 02 salas de aula, buscando ajuda junto ao SESI, Serviço Social da Indústria. Parceria essa que muito auxiliou a SEA até o ano de 1992.

A partir de então, a SEA adquiriu personalidade jurídica com seu estatuto.

Foi eleita a 1ª Diretoria da Instituição que ficou assim constituída:

Presidente: Frei Anacleto Wiltuschnig, OFM
1° Vice-Presidente: Délio Jácome Rangel Pestana
2° Vice-Presidente: Arakaki Masakasu
1° Secretário: Geraldo Osório de Figueiredo
2° Secretário: Sebastião Alves Rodrigues
3° Secretário: Antonio Reis
Tesoureiro Geral: Seddy Salinas
1° Tesoureiro: Romeu Rodrigues Pinheiro
2° Tesoureiro: Mario Greco
Diretor Social: Frei Orestes Girardi
Conselho Fiscal: João de Sá, José Correa Cintra e Romeu Negreiros Mezzacapa


Em 07 de setembro de 1962, era lançada a pedra fundamental dos pavilhões da SEA. Daí, iniciou-se com diversas Campanhas que obteve as primeiras adesões com o então, Governador Abreu Sodré e dona Maria do Carmo.

Em seguida, constituiu-se dezenas de padrinhos amigos e benfeitores e em 1971, foi terminado mais um pavilhão onde funcionaria o Ginásio.

A SEA já atuava em diversas modalidades: parque infantil, creche, Jardim da infância, cursos de alfabetização, escola profissional de gráfica, marcenaria, malharia, corte e costura e a guarda mirim.

Centenas de alunos freqüentavam os cursos do primário e ginásio (hoje ensino fundamental).

Frei Orestes morava num pequeno apartamento à esquerda da entrada da SEA, tinha vida pobre e sacrificada entremeada de dores físicas, em razão das limitações que tinha, mas era uma pessoa feliz, por ser amado pelas crianças, e esse amor era a sustentação do seu dia a dia.

Percebendo que sozinho não poderia levar adiante a SEA, que estava adquirindo grandes proporções, com o apoio do Bispo Diocesano D. Francisco Borja do Amaral e com a ajuda da saudosa Irmã Maristela, fundaram a Pia União das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora de Fátima que recebeu a aprovação diocesana em 10 de fevereiro de 1969.

Apesar de tantos empreendimentos, desafios e surpresas do Espírito do Senhor, o sonho de ser sacerdote persistia. Conseguiu ordenar-se Diácono no dia 12.03.72. Após isso, recorreu ao Papa Paulo VI e ao Papa João Paulo II para obter licença de ser ordenado Sacerdote, o que não conseguiu. Porém não o foi de nome, mas de coração e por atos.

E no dia 13 de maio de 1988 foram aprovadas canonicamente como Congregação pelo Bispo Diocesano, Dom Antonio Afonso de Miranda, hoje Bispo Emérito, as Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora de Fátima, com missa festiva na capela da SEA, data essa inesquecível para nós.

Foi uma grande graça e de profundo alcance na vida do Frei Orestes este acontecimento que no fim da cerimônia, ajoelhando-se em frente ao Senhor Bispo, e elevando os braços em forma de ação de graças, disse: “Agora, Senhor, posso morrer em paz. Eu vi realizar-se o meu sonho”. Não se pode descrever a emoção causada em todos os presentes por este profundo gesto de humildade e agradecimento.

Pouco menos de três meses depois, no dia 05 de agosto de 1988, Frei Orestes encerra sua caminhada nesta terra. Na verdade sua Obra estava definitivamente encaminhada, firme nos alicerces de seu trabalho e de seus princípios.

O Instituto das Irmãs Franciscanas de N. Sra. de Fátima, fundado pela SEA – Casa Mãe, hoje já ultrapassa as fronteiras de Campos do Jordão, pois, mantém casas em Minas Gerais, no Paraná, e participa de projetos Missionários na Amazônia e em breve no Rio de Janeiro. Somos nós Irmãs Franciscanas, herdeiras legítimas de seu espírito, de seu ideal e de sua missão.

O importante é que Frei Orestes viveu uma história de amor, de fé, de sacrifício e dedicação a serviço da Igreja, do povo e principalmente das crianças que tomou como sua família.

OBS: Texto escrito pela Irmã Lucia Zanin, com pequenas adaptações.

 

 

 

Históricas - Pérgula das Glicínias


Uma linda e histórica foto da década de 1950, mostrando o nosso saudoso Jardim de Vila Abernéssia, com sua inesquecível e saudosa pérgula de glicínias ao centro. À esquerda da foto a antiga estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão.

O nosso Jardim de Vila Abernéssia, na realidade, a nossa importante e querida Praça da Bandeira, foi inaugurada em festividade marcante, prestigiada por grande parte da população de Campos do Jordão e diversas autoridades, no dia 19 de novembro de 1942, durante a administração do prefeito municipal Dr. Lourival Francisco dos Santos (10/06/1941 a 12/07/1946). O prefeito municipal, na oportunidade, bastante entusiasmado e até emocionado, falou da importância da praça, especialmente como principal ponto de encontro da população jordanense e, também, como importante registro da nossa história e motivo de orgulho para as gerações vindouras.

Desde sua inauguração esse Jardim tinha seus canteiros bordados com os tradicionais e inesquecíveis buxinhos, ao fino estilo clássico francês, desenhados, especialmente, pelo saudoso, famoso e hábil artista plástico Carlos Barreto, que residiu em Campos do Jordão, em busca da cura para a tuberculose. O tradicional Jardim de Vila Abernéssia e os lindos canteiros de buxinhos, infelizmente, foi quase totalmente descaracterizado, no ano de 2012.

De 1940 a 1960, em nosso Jardim Municipal, nossa Praça da Bandeira, havia uma linda e admirada pérgula em formato arredondado, totalmente cercada de várias mudas ou “cipós” de glicínias, cujos troncos tinham quase dez centímetros de diâmetro que, com algum esforço, podem ser vistos na foto. No interior dessa pérgula havia um pequeno aquário com peixinhos brancos e vermelhos, muito admirados pelos freqüentadores desse local. Essa pérgula, totalmente coberta pelos múltiplos galhos das glicínias, que tinha como sustentáculo troncos de pinheiro araucária e armações de ferro, na época da primavera, ficava totalmente coberta pelos cachos de flores, de tonalidades variadas de lilás e roxa, sendo o principal ponto de atração dessa Praça. Eram espetáculos anuais maravilhosos que deixaram muita saudade para os jordanenses e turistas que freqüentaram Campos do Jordão naquelas décadas. As pessoas costumavam ficar sentadas nas muretas de pedra que circundavam a pérgula, especialmente no início das tardes. Os cachos de glicínias iluminados pela tênue luz do Sol das tardes ficavam parecendo cachos lilases e roxos de pura porcelana. Tão grande como esse grande espetáculo de luz e cores era o espetáculo do perfume que exalava das flores das glicínias. Que perfume maravilhoso, inebriante, único e inesquecível para todos, especialmente para os casais enamorados que procuravam esse local para pronunciar suas juras de amor e de paixão.

Infelizmente, em meados da década de 1960, as cortinas desse maravilhoso palco de paz, grandiosidade e beleza, que nos proporcionaram lindos espetáculos, foram fechadas para sempre. As lindas glicínias foram implacavelmente cortadas pelos machados dos inexperientes e insensíveis. Seus troncos inertes foram levados para algum lugar para serem aproveitados como lenha, e suas ramagens menores, jogadas em algum canto por aí. Não tiveram nem o cuidado de esperar a época certa para evitar esse ato criminoso. Esse ato poderia ter sido evitado se, na época certa, com o devido cuidado, tivessem arrancado criteriosa e tecnicamente todas essas glicínias que poderiam ter sido reaproveitadas e plantadas em algum outro local previamente preparado, para recebê-las, aqui em nossa cidade, dando continuidade aos nossos espetáculos anuais.

No local dessa pérgula demolida, foi construída uma fonte luminosa que jamais pôde apresentar espetáculos tão grandiosos e belos como os da nossa saudosa PÉRGULA DAS GLICÍNIAS. Essa fonte luminosa, utilizada por algum tempo, ficou completamente desativada por vários e incontáveis anos. Recentemente, foi reformada. Está sendo utilizada mais como chafariz do que como fonte luminosa; porém está enfeitando e dando um pouco mais de graça à nossa Praça da Bandeira.

OBS: Esta foto, da autoria do saudoso e grande fotógrafo Donato, foi gentilmente disponibilizada pelas queridas amigas Malú Donato e Luciana Donato, respectivamente, a esposa e a filha do saudoso amigo Donato.

 

 

 

Históricas - Mercado Municipal - 1970


Na foto da década de 1970, parte do Prédio do atual Mercado Municipal de Campos do Jordão, inaugurado em 16 de novembro de 1958, quando, ainda, tinha a cobertura central, espaço por muitos anos utilizado pelas diversas bancas de frutas e verduras. Na foto uma visão geral das saudosas bancas de frutas da Família ABE.

OBS: Esta foto, da autoria do saudoso e grande fotógrafo Donato, foi gentilmente disponibilizada pelas queridas amigas Malú Donato e Luciana Donato, respectivamente, a esposa e a filha do saudoso amigo Donato.

Um pouco da história do novo Mercado Municipal

Contrariando informações antigas, que perambulam entre muitos que se dizem entendidos em história de Campos do Jordão, a história do novo Mercado Municipal é, praticamente, a seguinte:

No final do ano de 1955, o recém formado Engenheiro Civil Fausi Paulo, habilitado em concurso público para a Petrobrás, estava de malas prontas para assumir seu cargo em uma das unidades da Empresa situada na Bahia.

Seu Pai, o saudoso Sr. Pedro Paulo, não se conformava com a idéia de ficar longe de seu filho querido. Tomando conhecimento que a Prefeitura Municipal de Campos do Jordão necessitava de Engenheiro Civil para assumir o cargo, até então ocupado pelo Engenheiro Dr. José Ariosto Barbosa de Souza, que havia se afastado para ingressar como Engenheiro junto à COPEL - Construções Projetos e Engenharia Limitada, de propriedade do Dr.Marcos Wulf Siegel. Vislumbrando a possibilidade de manter seu filho trabalhando em Campos do Jordão, não mediu esforços, foi conversar com o então Prefeito Municipal o médico Dr. Antonio Nicola Padula (04/12/1953 a 20/11/1956), nomeado pelo Governador do Estado de São Paulo.

O Prefeito Dr. Padula não perdeu a grande oportunidade, imediatamente, nomeou o Engenheiro Fausi Paulo com Engenheiro responsável pelos serviços da Prefeitura Municipal, a partir de 01 de janeiro de 1956. A Petrobrás perdeu a oportunidade de ter o Engenheiro Fausi Paulo em seu quadro de funcionários e o Sr. Pedro Paulo conseguiu seu intento, evitando que seu filho fosse para muito longe de sua companhia, mantendo-o aqui em Campos do Jordão.

Um dos primeiros trabalhos que o Prefeito Dr. Padula repassou para o Engenheiro Fausi Paulo foi a utilização da verba, na época, no valor de Cr$ 5.700.000,00 (cinco milhões e setecentos mil cruzeiros), recebidos do D.O.S. - Departamento de Obras Sanitárias do Estado de São Paulo, para a construção do novo Mercado Municipal a ser construído em Vila Abernéssia, no local onde se encontra.

Uma das exigências do Engenheiro Fausi Paulo junto ao Prefeito Municipal Dr. Padula para aceitar a incumbência, foi a sua concordância, para que pudesse contar com serviços profissionais de algumas pessoas que, politicamente, não comungavam com sua preferência partidária. O Prefeito não titubeou. De imediato, concordou com a exigência. Assim, foram contratados para auxiliar o Dr. Fausi Paulo na empreitada de construção do Mercado Municipal, o Empreiteiro Olegário Frozino, como responsável técnico, os serviços especializados de Gustavo Biagioni para a área de controle e almoxarifado e João Costa para os serviços especializados de confecção de formas de madeira para estruturas metálicas com concreto.

No local onde deveria ser construído o Mercado havia uma cobertura metálica antiga, que abrigava alguns compartimentos utilizados por produtores rurais da região, para exposição e venda de frutas, verduras e legumes. A cobertura estava em péssimas condições e precisava ser demolida. O local, já denominado baias, era utilizado como comedouro para cavalos, mulas e burros dos produtores.

Resolvidos alguns entraves surgidos com o D.O.S. - Departamento de Obras Sanitárias do Estado, responsável pela construção dessa cobertura, não concordando com sua demolição, no ano de 1957 foi iniciada a construção do novo Mercado Municipal.

É importante registrar que o novo Mercado Municipal foi construído através de Administração Direta da Prefeitura Municipal, utilizando pessoal pertencente ao seu quadro de funcionários.

Durante a construção do Mercado Municipal o Prefeito nomeado, Dr. Antonio Nicola Padula, foi afastado do cargo, a partir de 20/11/1956. Assumiram interinamente o cargo de Prefeito Municipal, durante esse afastamento: no período de 21/11/1956 a 12/02/1957, o Dr. Moacyr Padovan, Responsável pela área jurídica da Prefeitura e, no período de 13/02/1957 a 01/11/1957, o Sr. José Alves dos Reis, reassumindo a Prefeitura Municipal o Dr. Antonio Nicola Padula, a partir de 02/11/1957 até 19/08/1958.

Novo afastamento foi imposto ao Prefeito Municipal Dr. Antonio Nicola Padula. Nesta oportunidade, assumiu interinamente o cargo de Prefeito Municipal o Sr. Geraldo Osório Figueiredo, a partir de 20/08/1958 até 31/12/1958.

De conformidade com eleição municipal realizada em novembro de 1958, o Prefeito Municipal eleito, o médico Dr. José Antonio Padovan, deveria ser empossado a partir de 31/01/1959 até 31/12/1962.

De comum acordo, o Prefeito interino Sr. Geraldo Osório de Figueiredo e o Prefeito Municipal Dr. Antonio Nicola Padula, embora afastado do cargo, com estratégia, aproveitando oportunidade política favorável, mesmo faltando vários acabamentos ao prédio do Mercado Municipal, marcaram sua inauguração para o dia 16 de novembro de 1958.

Assim como programado, o novo Mercado Municipal foi oficialmente inaugurado na data marcada, dia 16/novembro/1958. Coube, portanto, ao novo Prefeito Municipal Dr. José Antonio Padovan, empossado para o período de 31/janeiro/1959 a 31/12/1962, providenciar a conclusão dos acabamentos necessários.

De conformidade com todo relato supra, o prédio do novo Mercado Municipal, foi iniciado e praticamente concluído durante a administração do Prefeito Municipal Dr. Antonio Nicola Padula, embora inaugurado precocemente, durante a administração do Prefeito interino Sr. Geraldo Osório de Figueiredo. Durante toda construção do novo Mercado Municipal, do seu início até sua conclusão total, quando da posse do novo Prefeito Municipal Dr. José Antonio Padovan, a quem coube a conclusão dos acabamentos pendentes, a responsabilidade da obra, sempre esteve a cargo do Engenheiro Civil da Prefeitura Municipal Dr. Fausi Paulo.

Como mostra a foto, no projeto do novo Mercado Municipal que, infelizmente, até hoje não se sabe a autoria, nova cobertura central foi introduzida, abrigando os comerciantes estabelecidos com comércio de frutas e verduras.

Posteriormente, essa cobertura central e parcial, foi substituída por nova cobertura total que permaneceu por algumas décadas. Essa cobertura há poucos anos, foi totalmente retirada e os comerciantes estabelecidos nesse espaço foram obrigados a procurar outros locais para seus estabelecimentos. O espaço interno do Mercado Municipal, anteriormente ocupado pelos comerciantes foi, até pouco tempo, utilizado para ajardinamento. Posteriormente esse espaço passou por nova e demorada reforma e recebeu uma nova cobertura total, prevendo nova utilização.

 

 

 

Pessoas - Monsieur Lebrun


Na foto da década de 1960, o saudoso amigo, belga de nascimento, jordanense de coração, Monsieur Lebrun, pai do saudoso Guy Boris Lebrun, grande cartunista e desenhista, responsável pela elaboração de muitos desenhos animados e comerciais, para nossa televisão brasileira, nas décadas de 1950 a 1970.

Emile Xavier Raymond Lebrun, mais conhecido em Campos do Jordão, como Monsieur Lebrun, nascido na Bélgica, porém residindo por boa parte da sua vida na França, veio para o Brasil para reencontrar o filho Guy Boris Lebrun, logo depois do falecimento de sua esposa Georgette Pasquier. Primeiramente Monsieur Lebrun residiu na Capital São Paulo. Logo que ficou sabendo da existência de uma cidadezinha localizada em região montanhosa, com clima semelhante ao europeu, não demorou e não teve dúvidas, subiu rumo às montanhas dos Campos do Jordão e nunca mais saiu. Permaneceu na cidade até os últimos dias da sua vida. Em Campos do Jordão, primeiramente, foi proprietário do Hotel Everest, situado em Vila Capivari, nas proximidades do conhecido Pensionato São José, no mesmo prédio onde anteriormente esteve estabelecida a famosa Pensão Glória e, posteriormente, o Hotel Helvetia.

Depois que vendeu o Hotel, Monsieur Lebrun passou a residir em uma das casinhas pertencentes ao Campos do Jordão Tênis Clube, localizada na área próxima às quadras de tênis. Com grande habilidade, especialmente com a famosa serrinha tico-tico e os pincéis, passou a trabalhar com a confecção de placas e logotipos comerciais, tendo feito muito sucesso na época.

Em várias oportunidades, Monsieur Lebrun nos brindou no Tênis Clube, com pequenos recitais de músicas clássicas, tocadas com grande habilidade em seu violoncelo, que ele, carinhosamente denominava rabecão.

Segundo o próprio Monsieur Lebrun, durante vários anos, participou como músico e membro da Orquestra Filarmônica da Bélgica.

OBS: Esta foto, da autoria do saudoso e grande fotógrafo Donato, foi gentilmente disponibilizada pelas queridas amigas Malú Donato e Luciana Donato, respectivamente, a esposa e a filha do saudoso amigo Donato.

 

 

 

Históricas - Capivari - Década 1970


Uma bela foto da década de 1970 mostrando no primeiro plano à direita, um jovem pinheiro (araucária angustifolia ou brasiliensis) e à esquerda, um belo exemplar da linda mimosa (Acácia dealbata), árvore ornamental nativa da Austrália. É muito conhecida pelas suas lindas flores amarelo-canário, que aparecem entre os meses de julho a setembro. Adapta bem até em pequenos jardins. Os frutos em forma de vagem, aparecem entre os meses de setembro e outubro. Tem crescimento rápido e desenvolve-se rapidamente. Embora seja uma planta magnífica, ela possui pouca resistência contra ventos e também é pouco longeva e de difícil transplante. Não vive normalmente mais do que 30 ou quarenta anos, ao fim dos quais é substituída por outras. É conhecida vulgarmente como mimosa, no entanto não pertence ao gênero Mimosa.

Esta foto foi tirada da ponte existente no final da Rua Djalma Forjaz, em frente ao Tênis Clube. Ao centro da foto, caminhando calmamente o Ribeirão das Perdizes que, a pouco mais de trezentos metros à frente, vai desaguar no principal rio da cidade, o Rio Capivari. À direita da foto o prédio da Escola Dr. Antonio Nicola Padula.

OBS: Esta foto, da autoria do saudoso e grande fotógrafo Donato, foi gentilmente disponibilizada pelas queridas amigas Malú Donato e Luciana Donato, respectivamente, a esposa e a filha do saudoso amigo Donato.

 

 

 

Históricas - Café Terraço - 1950


Linda paisagem da década de 1950 mostrando, ao centro, o saudoso e primitivo Café Terraço dos Lagos e à direita, o Recanto das Moças, com o maravilhoso lago, situados no Bairro da Vila Natal. Segundo consta, esse pequeno e aconchegante Hotel, foi denominado Recanto das Moças, considerando que nesse local, só aceitavam como hóspedes, moças e senhoras. Diziam que homens não eram aceitos.

Os prédios do Café Terraço, do Recanto das Moças e do inacabado Hotel dos Lagos, pertenciam à importante e histórica família Caravelas que muito contribuiu para o progresso de Campos do Jordão.

Nessa época, os prédios do “Café Terraço” e do inacabado “Hotel dos Lagos”, iniciado na década de 1940, estavam arrendados para uma sociedade que tentou aqui instalar o “Country Clube de Campos do Jordão”. Esse clube, provisoriamente, ocupou as dependências do prédio inacabado que, estava sendo especialmente construído pela Família Caravelas, com a intenção de nele instalar um dos melhores hotéis de Campos do Jordão, com a denominação de “Hotel dos Lagos”.

Depois de algum tempo, acredito, pelo fato do prédio estar com a construção paralisada e a idéia do Country Clube não ter prosperado, a família Caravelas retomou a posse do imóvel, vendeu-o para um grupo de São Paulo. Esse grupo concluiu a construção do prédio e nele instalou o famoso e badalado “Orotour Garden Hotel”, hotel categoria cinco estrelas que engrandece a hotelaria Jordanense.

O Café Terraço antigo foi utilizado, por algum tempo, pelo Country Clube, com o nome de “Iate Clube de Campos do Jordão” e foi palco de grandes e inesquecíveis encontros de estudantes do nosso Colégio Estadual de Campos do Jordão. Esses encontros aconteceram nas décadas de 1950 e 1960, quando os estudantes lá freqüentavam, especialmente aos sábados e domingos, aproveitando para dançar no salão especial, nadar e andar de barco no lindo lago. Muitos namoros foram iniciados naquela ocasião. Alguns permanecem até hoje.

O Recanto das Moças foi demolido definitivamente no início da década de 1960. O Café Terraço foi demolido na década de 1990, porém, posteriormente, por iniciativa do saudoso amigo Renato Muller Caravelas, foi construído novo e belo prédio ao estilo do anterior, mantendo o mesmo e tradicional nome, até continua funcionando um magnífico restaurante.

OBS: Esta foto, da autoria do saudoso e grande fotógrafo Donato, foi gentilmente disponibilizada pelas queridas amigas Malú Donato e Luciana Donato, respectivamente, a esposa e a filha do saudoso amigo Donato.

 

 

 

Históricas - Açougue Capivari


Inicialmente, na década de 1950, no mesmo local onde esteve estabelecido esse “Açougue Capivari”, esteve estabelecido um outro açougue, muito bem montado, especializado em diversos tipos de carnes. Na época, pertencia ao Sr. Helmutt Bügner, um alemão que veio acidentalmente para o Brasil, no finalzinho da década de 1930, a bordo do famoso navio alemão Windhuk (canto do vento), cujo destino, na realidade, não era o Brasil.

O Sr. Helmutt Bügner foi um dos tripulantes desse famoso navio alemão que, Segunda Guerra Mundial (1939-1945), fugindo das embarcações da marinha inglesa, ancorou no porto de Santos – SP, no dia 07 de dezembro de 1939. Vários desses alemães que pertenciam à tripulação do navio Windhuk vieram para Campos do Jordão – 34 ao todo. Para cá vieram graças à intervenção do também alemão Henrique Hillebrecht, visando ao aproveitamento da mão de obra ociosa dos alemães do Windhuk.

Destacaram-se no ramo da hotelaria, especialmente nos hotéis Toriba e Grande Hotel, na época de sua propriedade comercial, como músicos, barmen, cozinheiros, garçons, maîtres d´hotel, gerentes de hotel, cabeleireiros, confeiteiros. Graças ao Sr. Henrique Hillebrecht, esses alemães fincaram as primeiras estacas da infraestrutura hoteleira de Campos do Jordão. Trabalharam em diversas atividades ligadas ao ramo da hotelaria e do bom atendimento ao turista.

Os tripulantes do navio alemão de 17 mil toneladas, com 176 metros de comprimento, 22 de largura e 9,6 de calado, da Deutsche Afrika Linien e da Woermann Linien, denominado Windhuk, que zarpou de Hamburgo, na Alemanha, em 21 de julho de 1939, para iniciar sua rota normal, oceano adentro, jamais poderiam imaginar que, por alguma fatalidade, muitos anos mais tarde, haveriam de interligar-se à história de Campos do Jordão.

Inicialmente, o Sr. Helmutt trabalhou, de meados da década 1940 até final dela, no Grande Hotel de Campos do Jordão, na área da cozinha, especialmente na atividade de açougueiro. No início da década de 1950, montou o seu açougue no centrinho da Vila Capivari. Especializado como açougueiro, sabia lidar, com muita afinidade, habilidade e conhecimento, com carnes em geral. Mas não era somente isso que sabia fazer. Era grande conhecedor e hábil fabricante de embutidos em geral, como salsichas diversas, salsichões, mortadelas, salames e outras iguarias especialmente utilizadas na famosa e tradicional culinária e gastronomia alemã, apreciada no mundo todo. Ele tinha em seu açougue os equipamentos exigidos e necessários para a fabricação desses embutidos.

Esse açougue, na mesma década de 1950, foi vendido pelo Sr. Helmutt Bügner para o saudoso amigo Plínio Vasconcellos de Oliveira, também um excelente açougueiro, gentil, educado e grande conhecedor dessa sua atividade profissional. Infelizmente, não se dedicou à continuidade da fabricação dos famosos embutidos fabricados pelo seu antecessor. Nessa época, já trabalhava com ele um de seus irmãos, o também saudoso Aércio Luiz de Oliveira que, posteriormente se estabeleceu com o ramo de açougue e se tornou famoso como o seu “Açougue do Aércio”, até hoje em funcionamento, sob a direção de seus filhos.

A placa de identificação desse açougue foi idealizada e desenhada pelo saudoso amigo, Orestes Mário Donato (grande projetista, fotógrafo, desenhista, jornalista e especializado na idealização e criação de propagandas comerciais diversas) foi confeccionada pelo saudoso amigo Emile Xavier Raymond Lebrun, belga de nascimento, jordanense de coração, hábil com a famosa serrinha tico-tico e os pincéis, se tornou famoso na confecção de placas e logotipos comerciais, tendo feito muito sucessos na época. Ele era pai do saudoso Gui Lebrun, grande cartunista e desenhista, responsável pela elaboração de muitos desenhos animados e comerciais, para a nossa televisão brasileira, nas décadas de 1950 a 1970.

Esse açougue ficava ali no famoso centrinho comercial da Vila Capivari, existiam somente três prédios: o maior, situado de acordo com a mão de direção atual, do lado direito, o prédio com apenas nove lojas comerciais, na época, pertencente ao Sr. João Dias Afonso e sua esposa, D. Olga Fonseca; do lado esquerdo, o prédio de propriedade do saudoso Sr. João Canossa, com apenas três estabelecimentos comerciais, o Restaurante “Ao Franciscano”, inicialmente, de propriedade do saudoso Willie Schlote, também, um dos alemães tripulantes do famoso navio alemão Windhuk e companheiro de Helmutt Bügner), depois, filial do tradicional Restaurante de São Paulo, posteriormente o Bar e Restaurante “Três Irmãos”, dos irmãos Abitante, Luiz, Sergio e Orlando, local onde, atualmente, está instalado, há muitos anos, o tradicional e famoso “Restaurante Nevada”; a tradicional Mercearia Caruso e a CIF – Cia. Industrial e Financeira, que comercializava as terras do famoso loteamento Parque da Ferradura, administrado pela querida D. Hilda Degli Esposti; e, na esquina da Av. Macedo Soares com a Rua Djalma Forjaz, o sobrado onde, na parte térrea, estava estabelecida a famosa e primeira loja de lembranças de Campos do Jordão, “A Tirolesa”, de propriedade do Sr. Karl Polhuber e sua esposa, D. Ernestina, e, na parte superior, sua residência.

OBS: Esta foto, da autoria do saudoso e grande fotógrafo Donato, foi gentilmente disponibilizada pelas queridas amigas Malú Donato e Luciana Donato, respectivamente, a esposa e a filha do saudoso amigo Donato.

 

 

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